O MViva!, espaço aberto, independente, progressista e democrático, que pretende tornar-se um fórum permanente de ideias e discussões, onde assuntos relacionados a conjuntura política, arte, cultura, meio ambiente, ética e outros, sejam a expressão consciente de todos aqueles simpatizantes, militantes, estudantes e trabalhadores que acreditam e reconhecem-se coadjuvantes na construção de um mundo novo da vanguarda de um socialismo moderno e humanista.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A QUEDA, AS ULTIMAS HORAS DE ZÉ ALAGÃO!


Sidney Rezende: O leitor Zappa, querido de todos nós, sempre me alerta que escrevo sobre Serra e Dilma, como se fossem únicos na disputa presidencial, e que não dou a devida atenção aos demais. Zappa, realmente, eu levo em consideração, neste momento, a uma constatação: a corrida presidencial está polarizada. É evidente que pode mudar. Se tiver evidências disso, escreverei exaustivamente sobre o tema.
Repare a mais atual pesquisa Datafolha em que mostra a queda de José Serra de 37% para 32% e a subida de Dilma Rousseff de 23% para 28%. Ciro Gomes, do PSB, saiu dos 13% que tinha para 12%. E Marina Silva, do PV, patinou e não saiu do lugar. Tinha 8%, e ali ficou.
A pesquisa abrange os dias 24 e 25 de fevereiro e foi uma sondagem com 2.623 eleitores com mais de 16 anos. E revela que Dilma saltou de uma diferença de 14 para 4 pontos. É muita coisa. Foi um pulo e tanto. O padrinho de Dilma, o presidente Lula, continua no alto da sua aprovação recorde, com 73% de ótimo e bom.
Esta pesquisa detona a estratégia de José Serra de ficar quietinho e não fazer marola, já que está na liderança. Se continuar assim, será esmagado, pois Lula e Dilma estão em campanha há muito tempo. E já melhorou a popularidade dela, desconhecida ainda por 14% dos eleitores. Neste blog cheguei a escrever que Serra deveria ter ido à luta em janeiro, lembra-se? Ele decidiu não ir. O resultado está aí. Se continuar reticente tomará uma lavada nas urnas. Não esqueçamos que nesta pesquisa Datafolha, 25% dos eleitores estimulados dizem que não votariam em Serra; 23%, em Dilma; 21%, em Ciro; 20%, em Aécio, caso saia candidato; e 19%, em Marina.
Esta pesquisa tem outro dado a ser comemorado no Palácio do Planalto: Lula transfere votos, sim. E demonstra que chuva em São Paulo e os percalços de Gilberto Kassab arranham Serra. E uma pergunta matadora sugere que hoje tem churrasco em Brasília com carne comprada por Dona Marisa: Você votaria no candidato apoiado por Lula? 42% disseram que sim; 26%, talvez; e 22% afirmaram que não.
Sidney Rezende recentemente foi demitido da rádio que troca notícia, a CBN, e não deixou lado tucano de fazer análise política. Seu coração bate mais forte para os lados da Elite Burguesa Paulista.

Editado(a) por DANIEL PEARL em 28.2.10 0 Dilmistas comemoram.

Entrevísta com Alexandre Padilha



ENTREVISTA » Responsável pela costura política do governo, ministro das Relações Institucionais terá papel crucial na campanha de Dilma



O médico Alexandre Padilha, 38 anos, ministro das Relações Institucionais, é o responsável pela articulação política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tem a missão de conduzir as relações do Palácio do Planalto com o Congresso, estados e municípios. Nos últimos meses, tem sido visto frequentemente ao lado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República. Padilha é um dos estrategistas da pré-campanha de Dilma e diz que trabalhará integralmente, “durante o dia e a noite”, para ajudar a eleger os candidatos da base governista.

Mais jovem ministro do governo Lula, Padilha fala sobre a retomada das atividades do Congresso Nacional e do processo eleitoral. Ele aposta que a ministra Dilma conseguirá mobilizar mais militantes em torno de sua eleição do que o próprio presidente Lula e que, na campanha, a liderança e a capacidade de interlocução da pré-candidata petista com os partidos da base e com a sociedade crescerão. Otimista, defende uma eleição polarizada entre a candidato governista e o adversário do PSDB, ainda indefinido.

Otimismo é a bandeira
- (Wilson Dias/ABr)

Como o senhor acha que a ministra Dilma vai lidar com o próprio PT?
Eu tenho certeza de que a ministra lidará com isso com a mesma facilidade do presidente Lula. Ela conseguiu algo que nem o presidente Lula conseguiu no PT: ser candidata sem prévia. Em 2002, o presidente teve que enfrentar a prévia contra o senador (Eduardo) Suplicy para ser candidato a presidente. A ministra conseguiu unificar o conjunto do partido em torno do nome dela. O partido compreendeu que a melhor pessoa para a sucessão seria aquela que estaria no centro do governo. Também acho que conseguiu essa unanimidade porque ela nunca operou pessoalmente para ser candidata. A candidatura dela nunca foi um desejo pessoal e nem de uma tendência do PT. Acabou sendo um projeto coletivo. Além disso, nós vamos enfrentar a campanha, e é quando ficará nítida a capacidade de liderança da nossa candidata. Ao longo da campanha, vai crescer ainda mais a capacidade de interlocução dela com os partidos e com a sociedade.

O PT sempre foi um partido conhecido por sua capacidade de mobilização do eleitorado, mas tinha um líder carismático liderando o partido e concorrendo às eleições. Embora o PT esteja unido em torno de Dilma, ela não é uma “petista de carteirinha”. O senhor acredita que haverá a mesma mobilização em torno dela?
Acredito que será ainda maior. Os militantes de todos os partidos da base do governo do presidente Lula e sobretudo aquela população que viu o ciclo de crescimento ininterrupto no país no governo Lula — desde os setores mais pobres, os setores que migraram para a classe média, aos empresários — vão querer defender esse governo e vão querer que esse caminho continue.

Então, vocês apostam mesmo numa eleição plebiscitária?
Essa eleição, como diz o presidente Lula, é a eleição “do quem sou eu, quem és tu”. Iniciamos um novo caminho para o país. Respeitamos quem é contra esse caminho, quem tem um caminho alternativo. Mas nós queremos debater com quem é contra quais os rumos para este país. O Brasil não pode permitir retrocesso nem aventura, e nós queremos fazer esse debate.

Como o governo tem se preparado para a saída da ministra Dilma do cargo e dos outros ministros que concorrerão a cargos eletivos?
O presidente Lula tem dado sinais de que pretende manter a máquina andando, quer a continuidade das políticas, e pretende manter a economia acelerada. A tendência é que os ministros que saem sejam substituídos por alguém da própria área.

Qual é exatamente o seu papel na pré-campanha da ministra Dilma?
O que faço no governo é manter a base unida. Acho que posso contribuir para a coordenação da campanha no sentido de fazer esse diálogo com os parlamentares. Temos o coordenador da campanha, que é o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e outros membros. O Dutra vai conversar com os demais partidos para compor uma coordenação mais formal de campanha. E o meu papel é ajudar o presidente Lula a terminar o governo, e a ministra Dilma naquilo que ela nos demandar nessa pré-campanha.

O senhor tem sido visto muito ao lado dela ultimamente…
Isso é por conta da relação com os governos estaduais e municipais. Eu dirigi a Secretaria de Assuntos Federativos e isso fez com que tivesse papel permanente com os governos estaduais e municipais. E, como há as viagens com os governadores envolvidos e as obras do PAC, isso faz com que a gente seja convidado.

Muito se fala sobre a guinada mais à esquerda do PT a partir do congresso do partido. Como o senhor avalia essa questão?
O congresso do partido mostrou que a grande maioria do PT compreende que a mudança já começou no governo do presidente Lula, que a inflexão na política econômica nós já fizemos no nosso governo, quando colocamos como objetivos centrais a manutenção do crescimento, a redução do desemprego, da pobreza e da vulnerabilidade externa. Fizemos isso mantendo os instrumentos da política macroeconômica, metas de inflação, superávit primário e câmbio variável, fazendo com que essas metas fossem submetidas a esses ajustes fiscais. E o PT tem a percepção de que o governo da futura presidenta Dilma tem que dar continuidade a esse mesmo caminho.

*Por Andrea Pimheiro para
o Correio Braziliense.

Então, vamos rir um pouquinho...



o MVIVA ofereçe aos seua leitores uma lasquinha da arte paidequíssima do nosso genial papa-xibé, Biratan Porto. Confiram e riam,pra valer...! genial
l

sábado, 27 de fevereiro de 2010

NOTA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES


O Partido dos Trabalhadores vem, por meio desta nota, reafirmar que não se desviará de seus objetivos e finalidades para 2010, entre elas, a de eleger Dilma Rousseff, presidente da República, reeleger Ana Júlia Carepa para o governo do Estado e Paulo Rocha para o Senado.

Da mesma forma, continuaremos trabalhando para honrar os compromissos políticos, principalmente aqueles que dizem respeito à consolidação de alianças para a formação de uma frente ampla, de apoio à reeleição de Ana Júlia.

O confronto de ideias é saudável e devemos mantê-lo, porque tem sido assim no PT, nos seus 30 anos, tendo, como finalidade, o fortalecimento da democracia interna e de suas instâncias partidárias.

E é por reconhecer e respeitar as instâncias partidárias que o PT não tem por hábito a intromissão nos assuntos de outros partidos.

Por último, queremos louvar a decisão da governadora Ana Júlia Carepa em revogar o decreto de Lei que transferia competências administrativas da Casa Civil. A decisão reflete a sua preocupação permanente com o desenvolvimento do nosso Estado e do povo paraense."

João Batista
Presidente do PT
Recebido por e-mail

PUNIÇÃO EXEMPLAR PARA OS RATOS PEDÓFILOS!


MVIVA Esta nessa Luta!

Punição aos pedófilos!

" A CPI nos permitiu compreender que, entre os maus tratos cometidos contra crianças e adolescentes, o abuso sexual é a ultrapassagem de limites de direitos humanos, de limites legais ou de poder, que afeta irremediavelmente o desenvolvimento das vítimas. É a desumanização de quem é atingido, destruindo a sua identidade, transformando-a em mercadoria e objeto que atende à nefasta necessidade do abusador. Junta-se à violação do corpo, a violação da alma.

Vimos crianças com o olhar perdido, triste, rosto pálido, assustado, e, pior do que isto, envergonhadas, como se fossem elas as culpadas! Ainda assim, tiveram coragem de contar suas histórias, substituindo o medo pela confiança que nos dedicaram. Aliás, esse foi o maior mérito da CPI: romper o pacto do silêncio, favorecido pela cultura hegemônica da nossa sociedade que acata a violência como elemento constitutivo das relações humanas, por ainda considerar “natural” o poder do mais forte sobre o mais frágil.

A CPI permitiu trazermos à luz crimes silenciosos, malignos, com sequelas emocionais incuráveis e dar voz aos que foram atemorizados para se calarem. Desenterramos de profundezas subterrâneas muita dor e pranto de vítimas desprotegidas, expusemos à sociedade e à opinião pública a gravidade e complexidade dessa mazela social.

(...)O Poder Judiciário tem a tarefa de garantir a celeridade na apuração das denúncias e na rigorosa pena que merecem esses criminosos. Todos sabemos que a impunidade inibe a coragem, destroi a confiança e enfraquece a cidadania."

(Trecho do relatório final da CPI da Pedofilia da Alepa, cujo relator foi o deputado estadual Arnaldo Jordy (PPS), presidida pelo deputado Adamor Aires (PR) e integrada pelas deputadas Simone Morgado (PMDB), Regina Barata (PT), Suleima Pegado (PSDB), e deputados Márcio Miranda (DEM) e Deley Santos (PV)).

O blog vai publicar, em partes, todos os dias, trecho desse importante documento em defesa da dignidade e da vida de nossas crianças e adolescentes. Ajudem a divulgar e a pressionar pela punição dos culpados de tão pavoroso crime.


Postado em seu Blog por
Franssinete Florenzano

Enquanto isso em Brasília...

POR QUE NÃO PEDIR A PRISÃO DE DUCIOMAR ?


sexta-feira, 27 de março de 2009
Por que não pedir a prisão de Duciomar Costa? Por quê?
Nunca antes, na história desta cidade, na história desta Belém, um prefeito debochou tanto do Poder Judiciário como o prefeito Duciomar Costa.
Nunca antes, na história desta cidade, um prefeito desprezou tanto as decisões judiciais e as notificações do Ministério Público como o prefeito Duciomar Costa.
Nunca antes, na história desta cidade, um prefeito mostrou tanta falta de noção sobre os efeitos, as repercussões, os reflexos da desobediência como o prefeito Duciomar Costa.
Desobediência é crime.
Isso não é força de expressão, não.
Desobediência é crime mesmo, no duro, ao pé da letra.
Está tipificado no artigo 330 do Código Penal Brasileiro, um tipo, digamos, de literatura que não é muito estranha a Sua Excelência.
Diz lá o artigo 330 do CPB:

Desobediência
Art. 330. Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
A desobediência em que tem incorrido o prefeito de Belém é mais do que grave.
É gravíssima, porque ele é o prefeito de Belém.
É prefeito de uma cidade de 1,3 milhão de habitantes.
Governa uma cidade que ele mesmo, Sua Excelência, está deixando ingovernável.
Governa uma cidade onde as pessoas morrem em busca de Saúde.
As pessoas, os pobres sobretudo, estão morrendo no governo Duciomar Costa – que já foi pobre - em busca de socorro.
As pessoas morrem, no governo desobediente de Duciomar Costa, porque Duciomar Costa, desobediente, não está nem aí para intimações que tentam compeli-lo a sanar omissões de toda ordem.
A desobediência de Sua Excelência não é uma só. Não tem sido esparsa. Não tem sido eventual.
A desobediência do prefeito tem sido reiterada, repetida, sucessiva, frequente. É uma desobediência atrás da outra.
Por tudo isso, é uma desobediência que se transformou num crime. Crime configurado, tipificado, materialmente comprovável.
Duciomar, o desobediente, já foi notificado nove vezes, entre março e dezembro de 2008, para que solucionasse diversos e graves problemas no atendimento à saúde da população de Belém. Ignorou todas as notificações. Desobedeceu-as todas. Todinhas.
Sua Excelência, em parceria com a governadora Ana Júlia e com as secretárias de saúde Rejane Jatene, do município, e Laura Rossetti, do Estado, já foi multado em R$ 1 milhão porque tem sido desobediente há oito meses. O prefeito, há oito meses, nega-se a cumprir decisão judicial obriga o município a fornecer gratuitamente medicamentos essenciais à sobrevivência de pacientes diabéticos.
Sua Excelência não diz, há praticamente um ano, onde estão equipamentos adquiridos para equipar postos de saúde. A Saúde do governo Duciomar pede socorro e o prefeito, de forma desobediente, não dota os postos de saúde e os pronto-socorros de condições mínimas de funcionamento. A desobediência é tanta que na próxima segunda-feira o juiz federal Antonio Carlos Campelo e a procuradora da República Ana Karízia irão pessoalmente aos PSMs da 14 de Março e do Guamá, para verificar as condições em que se encontram. Depois disso, o magistrado vai decidir sobre um pedido do MPF, para que sejam bloqueados R$ 17,8 milhões e todos os repasses federais subsequentes para o setor de Saúde.
Sua Excelência é desobediente em qualquer circunstância, e não apenas quando se trata de saúde. Duciomar, o Desobediente, foi multado porque desobedeceu a uma decisão judicial do ano passado que o obriga a finalizar a restauração do Palacete Pinho, na Cidade Velha. Há oito meses que Duciomar desobede a essa ordem da Justiça Federal. Oito meses.
É muita desobediência para um Duciomar só.
É muita desobediência.
A desobediência, assim configurada, é lesiva ao interesse público. Mas o que faz o prefeito desobediente? Escala assessores para escreverem que lesivo ao interesse público é pedir CPIs para investigar o caos na Saúde do prefeito desobediente. Infelizmente, o assessor escalado não pôde dizer que lesivo ao interesse público é o governo Duciomar Costa, o Desobediente. A desobediência de Duciomar Costa, portanto, não é qualquer uma.
Está configura. Configuradíssima.
Por estar configurada, por ter repercussões enormes numa cidade de 1,3 mihão, por ser repetida, reiterada, por tudo isso a desobediência do prefeito Duciomar Costa precisa ser inibida, proibida, punida, contida com a força da lei.
Ducimar Costa, portanto, já está por merecer um pedido de prisão por crime de desobediência. Aliás, crime não; crimes. Crimes de desobediência – repetidos e graves.
O Ministério Público, admita-se, tem sido ultimamente muito cauteloso em medidas dessa natureza, como pedir a prisão de um prefeito de capital. Acautela-se o MP porque, quando faz isso, normalmente é acusado de jogar para a torcida.
Às vezes, é.
Mas nem sempre é.
Aliás, ultimamente, poucas vezes tem sido assim.
No caso das desobediências de Duciomar, todavia, um pedido de prisão do prefeito Duciomar Costa não seria excessivo, nem representaria pretensões de atrair holofotes.
Ao contrário, seria um ato de justiça.
Um ato de justiça para uma cidade à qual a desobediência de seu prefeito tem sido lesiva.
Lesiva aos interesses públicos.
Lesiva aos interesses dos cidadãos.
Lesiva à vida.
Uma desobediência que tem matado.
O que falta para punir o prefeito Duciomar Costa, o desobediente, por crime de desobediência?
O que falta?


Publicado no Blog Espaço Aberto

PAPO de 3 666


Enquanto isso em certa torre...

A Bandalheira Tucana


Basta que Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República recém-ungida por Lula, faça referências bastante genéricas à natural, inescapável relação entre Estado e Economia, e de pronto o deus nos acuda se estabelece. Quem acompanha a cobertura jornalística, quem lê os editoriais dos jornalões, fica exposto à sensação (à certeza?) de que, se Dilma ganhasse as próximas eleições, o Brasil cairia nas mãos da horda estatizante.

Mauricio Dias, em sua Rosa dos Ventos, agudamente avisou, faz duas semanas, que a divergência quanto à correta interpretação do papel do Estado nos domínios econômicos acabaria por excitar cada vez mais o debate eleitoral. Pois a questão está posta, e ganha tons exasperados, e até anacrônicos, na convicção medieval de que aos barões cabe a propriedade de tudo.

Nesta edição, o confronto já esboçado está na capa. Aqui me agrada recordar certas, fundamentais circunstâncias em que se deram as privatizações celebradas como trunfo do governo de Fernando Henrique Cardoso, entre elas, em primeiro lugar, o desmantelamento da velha Telebrás, leiloada para uma plateia de barões à sombra do martelo de um punhado de extraordinários leiloeiros.

Final de 1998, FHC já reeleito, mas ainda não empossado, para o segundo mandato. Operação entregue aos cuidados do então ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, de André Lara Resende, presidente do BNDES, de Ricardo Sergio de Oliveira, diretor do Banco do Brasil. Entre outros menos qualificados. Grampos variados acabaram por revelar o pano de fundo de uma bandalheira sem precedentes na história pátria.

Foi uma orgia de fitas. Em sua reportagem de capa da edição de 25 de novembro de 1998, CartaCapital dizia: "Fala-se em 27, mas certeza só tem quem participou dos grampos". Ilegais, obviamente, e desde o início do ano destinados a ouvir as conversas do próprio Luiz Carlos Mendonça de Barros, que ainda estava na presidência do BNDES. O que movia os grampeadores, adversários de Mendonção, era buscar as razões da vertiginosa ascensão da Link Corretora de Mercadorias Ltda., dos filhos do grampeado: em quatro meses de atividade tornara-se a terceira operadora no ranking do Índice Bovespa Futuro. "Cerca de 40% desse índice – sublinhava CartaCapital – era composto por ações da Telebrás, empresa sob o comando do presidente do BNDES."

O cerco a Mendonção prosseguiu mesmo quando ele se mudou para o Ministério das Comunicações, e ali, no seu gabinete, as gravações mais significativas, relativas ao leilão da Telebrás, foram executadas entre 21 de julho e 21 de agosto de 98. O próprio governo, pego no contrapé, cuidou de divulgar uma versão da fitalhada, com cópias generosamente fornecidas às semanais Veja e Época. Cópias amplamente manipuladas, para provar a lisura dos comportamentos das figuras governistas chamadas a conduzir a privatização do sistema. Ocorre que outros ouvidos entraram em cena, e tiveram acesso a largos trechos cancelados nas versões oficiais. Os ouvidos de Luiz Gonzaga Belluzzo e do acima assinado, que participaram de uma audição especial, e do então redator-chefe, Bob Fernandes, privilegiado em outra ocasião.

Cito algumas passagens edificantes, que não figuravam nos textos de Veja e Época. De Mendonção para o irmão José Roberto: "O negócio tá na nossa mão, sabe por quê, Beto? Se controla o dinheiro, o consórcio. Se faz aqui esses consórcios borocoxôs são todos feitos aqui. O Pio (Borges, vice-presidente do BNDES) levanta e depois dá a rasteira". De Mendonção para André Lara Resende, novo presidente do BNDES: "Temos de fazer os italianos na marra (Telecom Italia) que estão com o Opportunity (...) fala para o Pio que vamos fechar (os consórcios) daquele jeito que só nós sabemos fazer". De André Lara Resende para Persio Arida, sócio de Daniel Dantas no Opportunity: "Vá lá e negocia, joga o preço para baixo, depois, na hora, se precisar, a gente sobe e ultrapassa o limite".

As pressões chegam ao clímax, e Mendonção propõe: "Temos que falar com o presidente". E Resende: "Isso seria usar a bomba atômica!" E ele a usa: "Precisamos convencer a Previ", recomenda a FHC. A Previ poderia prestar-se ao jogo, como se prestou no caso da privatização da Vale do Rio Doce. O fundo, contava Carta-Capital na reportagem de capa assinada por Bob Fernandes, "parecia compor-se com o grupo capitaneado por Antonio Ermírio de Moraes, à última hora bandeou-se para a nau pilotada por Benjamin Steinbruch". Na manobra para enredar a Previ no caso do leilão da Telebrás, foi decisiva, segundo os trechos omitidos das versões oficiais, a pronta colaboração de Ricardo Sergio, o diretor do Banco do Brasil.

Tal é o bastidor das privatizações à moda nativa, ou melhor, tucana. Ou fernandista, se quiserem. A trupe dos privatizadores abandonou a ribalta faz bom tempo, mas não é arriscado imaginar que viva dias pacatos. O mais ostensivo, no seu bem-bom, é André Lara Resende, hoje dono de uma quinta em Portugal. Devotado aos esportes equestres, freta aviões para importar seus cavalos.

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FATOR 3 666



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Ao que parece, durante a negociação entre o PT e PMDB ocorrida em Brasília, o 'pomo da discórdia' continua sendo o já famoso ' fator 3666'. Ponto de pauta que vencido, destrava todas as outras falsas ou secundárias amarras que supostamente impedem um entendimento entre o Governo do Pará e as legendas partidárias,que supostamente estariam equivocadas por estarem possuidas de olhos‘altamente gulosos’sobre esses recursos,

pleiteando um espécie de 'dote'o que, como era de se esperar, não esta sendo aceito por quem responsável por bem aplica-la,o próprio Estado.Mas,estão aí e se reapresentam enfileiradas para executar a irreversível tarefa em nova dobrada,que será reeleger a arquiteta Ana Julia Carepa para um segundo mandato a frente do governo do Estado do Pará, sob o comando e a batuta, principalmente, do Partido dos Trabalhadores e PMDB.

A inquietação de grande parte da militância petista é do limite daquilo o que esta sendo negociado. Que a direção estadual do PT não cometa o mesmo erro que injustiçou o ex-deputado Vladimir Palmeira em 1998, quando foi chamado mais uma vez para disputar o governo.Ganhou a convenção do partido,no Rio de Janeiro,mas a direção nacional fez uma intervenção desastrosa,para que se apoiasse o candidato Antony Garotinho, o dono de vastos laranjais.

Já ficou bastante claro para toda a sociedade paraense e brasileira,
faltando comunicar somente a ONU, que o empréstimo solicitado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento pelo Governo Estadual, a despeito do momento em que o foi solicitado, tem fundamento técnico comprovado pela lógica do volume das obras fundamentais que estão sendo tocadas nas principais regiões pólos, dantes relegadas ao ostracismo e esquecimento pelo niilismo do tucanato, 100% belemita dos enxertadores de orquídeas e arquitetos estetas dos borboletários,

A ação do Governo do PT no interior do Estado traduz-se numa proeza empolgante de inversão de valores e prioridades, inédita na nossa história após golpe militar, fato este diuturnamente noticiado pelas grandes redes de comunicação em todo o País, a sociedade esta fortemente aprovando e não deseja inetrrupções.

A suposta e aparente sabotagem na AL, entidade que representa um Estado tão grande, seria um absurdo que nos deslocaria para a época do coronelismo do chicote, pois que os recursos estratégicos solicitados serviriam para serem usados como garantia estrutural mínima e necessária pela atual administração, para prevenir um apagão no andamento do desenvolvimento local.
Seria triste, cheiraria a traição, o povo claramente não escolhe o momento de ser beneficiado.

O ato de patrocinar, e engessar o gerenciamento das prioridades de Estado pelo método balcânico do garrote aos créditos disponíveis ao erário,comprovado, pareceria uma espécie de ‘pegadinha’ de mau gosto por parte de alguns parlamentares com mandato popular,

sabendo-se que são recursos inclusive par mitigar e se contrapor as perdas do ICMS e para dar andamento e ritmo nas obras em todo o Estado,inclusive as do PAC,menina dos olhos do Governo Federal e diamante dos caroneiros felpudos,e seus labe-botas que historicamente usufruem legitimamente na partilha do sucesso.

Na busca de um acordo equilibrado, que transcenda os erros de julgamento e avaliação que muitos consideram politicamente insinceros, -planilha, são planilhas- já que a decisão recorrida de mediação possuiria neste momento uma natureza interlocutória superior, as questões meramente paroquiais e locais, deverão ser superadas, postergadas ou ignoradas,

prevendo-se para breve, uma solução contemplando uma saída de onde todos sejam contemplados, mas que aponte, principalmente, um viés que desconstrua o aparente estado de chantagem que estaria sendo vítima a Administração Estadual por parte do PMDB que teria imposto condições leoninas para votar o emprestimo por ela solicitado.

Desfeito o tensionamento que já vai para alem do tempo regulamentar, o PMDB, daria uma demonstração pública de grandeza desfazendo a suposta impressão de que estaria possuído de uma largura de alforje sem limites, por ter confundido e enquadrado, talvez, de maneira desproporcional, um legítimo pleito de Estado como sendo um pleito setorial da legenda PT,que teria o intuito ao uso eleitoral,desconfiança que pode ser facilmente desmontada pelos mecanismos afiados de rastreamento da justiça e da P.F brasileira.

Desta forma, o cerco perde o sentido diante do efeito tático parcialmente vitorioso no que tange a demarcação de terreno pelo PMDBl. Feito o inferno, os músculos e caninos deveram se enquadrar ao cérebro.

Principalmente sabendo-se que o papel e objetivo do chefão do PMDB, jamais será o de inviabilizar a aliança para 2010,ao contrário,deverá no tempo certo, ’visibilizar’ a campanha da governadora petista, e que ninguém duvide,ela estará com toda certeza lado a lado com Dilma e Lula, percorrendo as mesmíssimas obras ora objeto de cisma, fato que ira somar para sua eleição ao senado, sabe disso, o atual deputado federal, em céu de brigadeiro.

O certo é que: se ele for todo esse gênio que certa professora tanto gosta de enaltecer, saberá avaliar que chegou ao seu limite e terá que ceder,em algum momento, mesmo contra a vontade de alguns dos seus, a uma lógica de sobrevivência, e longevidade inspirada em seu próprio manual, onde reza a lição do não fechar todas as portas e jamais matar a galinha dos ovos de ouro...


Feito o seu jogo, e dado o seu recado, antes do início da grande partida, com todas as letras e como regra numero um de combate, deverá ele render-se ao próximo desafio que será ajudar a governar com coesão a reconquista dos espaços que espoliou –não se assustem, a lupa é potente- antes, durante e após o segundo mandato governo do Estado.

Por dever de responsabilidade ‘transpartidaria,’ sente-se parte viva de tudo aquilo o que esta concretamente construído em nível nacional no que tange o compartilhamento de poder pelo seu partido, que esta devidamente sacramentado dentro do projeto maior que aponta Dilma Rouseff como a virtual nova Presidente do Brasil, salvo um desastre, quer uns queiram ou não, tendo como vice um nome do PMDB, que infelizmente, não poderá ser o seu.

Como não da mais para remar contra a maré, por estar faltando duzentos e poucos dias para as eleições,ciente de que qualquer desarrumação neste tabuleiro, equivalerá a dar um tiro no próprio pé.

Para quem é tido como bom de pontaria, o cenário de terra arrasada é terreno que ele quer distancia como o capeta da cruz...



*Por Felipe San Martim

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Lei Maria da Penha sofrerá modificação.



LEI MARIA DA PENHA SOFRE MUDANÇAS
STJ julgará hoje mudanças na Lei Maria da Penha
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga hoje (24) se o Estado deve agir obrigatoriamente para investigar e punir a violência doméstica ou se deve aguardar autorização das vítimas. Por decisão do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, da 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, a decisão vinculará a Justiça de todo o país.A questão está sendo discutida em recurso especial por causa dos inúmeros recursos que chegam ao STJ sobre esse ponto da lei.O procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, requereu ao STJ um julgamento definitivo para evitar as decisões divergentes no país. Estima-se que mais de 90% das ocorrências policiais são arquivadas por falta de representação das vítimas.A ministra do STJ Laurita Vaz, que presidirá o julgamento, comunicará o resultado a todos os tribunais de Justiça e regionais federais para aplicação imediata em casos semelhantes.
(Agência Brasil)
Postado em seu blog por
Ariel Castro às 14:20 0 comentários

Sandra Batista assume a prefeitura de Ananindeua...

Fonte muito próxima da vice prefeita de Ananindeua, Sandra Batista, (PT), deixou bem claro ao MVIVA,em recente e casual encontro ocorrido nos corredores do Palácio dos Despachos, que não existe a menor possibilidade da ex-deputada -mesmo aparecendo bem nas consultas - aceitar qualquer acordo com o PMDB, com quem não negocia separadamente,em especial dentro de um cenário em que ela e o prefeito Helder Barbalho,simultaneamente, abririam mão dos seus cargos, em comum acordo, para disputarem outros cargos eletivos em 2010,

Deixando assim o terreno livre para que o presidente da Câmara Municipal, Eliel Faustino, assuma a prefeitura metropolitana. Segundo a bem informada fonte, ‘Helder Barbalho saindo, ela incontinente, cumpre o rito constitucional e assume a cadeira sem hesitação’...

Complementou afirmando que a vice-prefeita, esta desta forma decidida, por considerar-se permanentemente afinada com os projetos estratégicos do seu Partido dos Trabalhadores.



A conquista do voto feminino será a conquista política?

Hoje é comemorado o Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil, que passou a ser obrigatório a partir de 1946. Uma data que deve ser lembrada, uma vez que até hoje, em pleno século XXI, as mulheres ainda encontram dificuldade de serem inseridas na política. As poucas que conseguem, muitas vezes, encontram dificuldades de se manter e precisamos alterar esta lógica de que política é coisa de “macho” neste país.
A resistência feminina na política é antiga, desde 1922 quando Bertha Maria Júlia Lutz, uma das pioneiras nessa batalha pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, representou as brasileiras na assembléia-geral da Liga das Mulheres Eleitoras nos Estados Unidos, onde foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. Ao regressar, criou a Federação Brasileira para o Progresso Feminino a fim de continuar a luta pela extensão de direito de voto às mulheres, até o decreto ser sancionado por Getúlio Vargas.
O voto feminino foi garantido, no entanto, a cidadania não. Muitas mulheres são excluídas do processo eleitoral, simplesmente pelo preconceito ainda teimoso em existir. Não se candidatam, não ousam entrar neste meio. São desestimuladas a participarem dos pleitos. Aquelas que rompem a barreira para serem candidatas, sofrem com a falta de apoio, falta de estrutura e recursos financeiro e humano.
Como disse o Presidente Lula durante o 4º Congresso Nacional do PT recentemente, “a verdade é que a mulher ainda é tratada no submundo de cada residência, como se fosse um objeto de segunda classe”, ela não participa da política, é impedida, uma vez que não é um setor considerado próprio DELAS. A lei de igualdade de voto ajuda, a Constituição também ajuda, mas o que é necessário, o que é preciso, é a quebra do preconceito, a quebra de uma cultura machista.
Nossa cultura patriarcal ainda nos impede de enxergar que a mulher pode comandar, gerir e executar política. Este é um desafio que costuma mover a luta feminina, mostrando sua capacidade de superação de limites. Com base nos meus mais de 20 anos de vida pública e outros 25 de vida universitária, convivendo com vários tipos de pessoas, posso garantir que a mulher se supera a cada dia.Há tempos nós mulheres, lutamos por isso, por uma posição na política brasileira. Este ano, as eleições estão aí. A mulher na política tem sido o tema principal, já que teremos, pela primeira vez, várias candidatas potenciais do sexo feminino concorrendo à vaga de Presidente da República. É uma conquista! As mulheres estão chegando...
Vamos fazer do Dia da Conquista do Voto Feminino, 24 de fevereiro, não só uma data a ser lembrada, mas uma bandeira a ser erguida. A mulher conquistou o voto, mas não conquistou a política. Vamos conquistá-la!

*Serys é 2ª Vice-Presidente do Senado Federal e Senadora do PT por Mato Grosso

ENVIADO POR E-MAIL E PUBLICADO PELO GUERRILHEIRO

ONU critica FHC por apoiar, juntamente com o narcotraficante Uribe, a maconha


ONU critica ex-presidentes por posição favorável à legalização da maconha. Posição está no relatório da Junta de Fiscalização a Entorpecentes. Ex-presidente Fernando Henrique é um dos defensores da causa.
Leia mais sobre a posição vexatória que o ex-presidente coloca o Brasil

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

MVIVA diz: Abaixo o Político Cachorro !

Politicagem, não!

'A Associação Antônio Juracy de Britto (Sarapó) desenvolve, desde 2001, o Projeto “Sorriso nos Rios”. Idealizada pelo médico Cláudio Britto, cirurgião plástico do HPSM, articula ações de prevenção, tratamento e reabilitação social de vítimas de escalpelamento provocado por acidentes com motores de barcos nos rios da Amazônia - mulheres e, principalmente, crianças ribeirinhas, que desde a mais tenra idade se deslocam em embarcações sem proteção.

O tratamento leva meses. São necessárias várias cirurgias para enxerto de pele, que precisam ser feitas sob anestesia. Porém, pela impossibilidade de vazão do fluxo no centro cirúrgico do HPSM, muitos procedimentos eram e ainda são feitos em enfermarias, a sangue frio (!).

As que sobrevivem sofrem sequelas irreversíveis - físicas, psíquicas e sociais -, dificultando ainda mais sua inserção numa sociedade que já oferece tão poucas oportunidades aos cidadãos.

Pois esse trabalho - que deve ser contínuo, permanente e ato de cidadania - já está sendo ameaçado pelos arreganhos do uso político-eleitoreiro. A Associação se prepara para apresentar denúncia ao Ministério Público Federal. O blog é voluntário e conclama a todos que se juntem a essa nobre causa'.

PIERRE VERGER














AGORA SIM... TÁ NA MÃO !



A Governadora do Estado, inaugurou, ontem, no Guamá, os novos serviços do Projeto Tá na Mão,que bem poderia chamar-se 'Mão Na Roda'. Só Quem já precisou dos serviços pode falar do que era a verdadeira Via Crucis, que obrigava o cidadão a deslocar-se por varias repartições em bairros diferentes.Herança de um desrespeito crônico, agora corrigido, pois que demandava perda de tempo e dinheiro.

"Significa que agora a população já pode contar com o atendimento dos Correios para efetuar pagamentos e fazer emissão de CPF e também com os serviços do Detran que irá emitir antecedentes estaduais e federais da Polícia Civil e Carteiras de Habilitação.
Ainda neste semestre o Corpo de Bombeiros também fará parte do atendimento aos cidadãos, vistoriando obras residenciais".

Os serviços disponibilizados a partir da próxima semana são:
  • emissão da carteira de identidade,
  • antecedentes criminais estadual e federal,
  • título de eleitor,
  • cartório,
  • Banpará,
  • Detran,
  • Cosanpa,
  • Procon,
  • cadastro e encaminhamento de emprego e pesquisa (SETER/SINE) (cadastro, encaminhamento e pesquisa),
  • correios
  • Defensoria Pública.
  • Além de aumentar a distribuição de senhas de atendimento em 100%.
"Futuramente, se Deus quiser, levarei o Projeto Tá na Mão também a outros municípios para atender o maior número de pessoas, de todo o nosso Estado" , finalizou Ana Julia.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

ENTREVISTA DE LULA AO ESTADÃO

Saiu no Blog do BacanaPerguntamos se o sr. já pensava em lançar uma mulher como candidata à sua sucessão. Sua resposta foi: ‘No momento em que eu disser isso, uma flecha estará apontada para esse nome, seja ele qual for.’ Naquela época, o sr. já tinha decidido que seria a ministra Dilma? Quando o sr. decidiu?



Quando aconteceram todos os problemas que levaram o companheiro José Dirceu a sair do governo, eu não tinha dúvida de que a Dilma tinha o perfil para assumir a Casa Civil e ajudar a governar o País. Na Casa Civil ela se transformou na grande coordenadora das políticas do governo. Foi quase uma coisa natural a indicação da Dilma. A dedicação, a capacidade de trabalho e de aprender com facilidade as coisas foram me convencendo que estava nascendo ali mais do que uma simples tecnocrata. Estava nascendo ali uma pessoa com potencial político extraordinário, até porque a vida dela foi uma vida política importante.



Mas a escolha da ministra só ocorreu porque houve um "vazio" no PT, como disse o ex-ministro Tarso Genro, com os principais candidatos à sua cadeira dizimados pela crise do mensalão, não?



Não concordo. Não tinha essa coisa de ‘principais candidatos’. Isso é coisa que alguém inventou.



José Dirceu, Palocci...



Na minha cabeça não tinha "principais candidatos". Estou absolutamente convencido de que ela é hoje a pessoa mais preparada, tanto do ponto de vista de conhecimento do governo quanto da capacidade de gerenciamento do Brasil.



Naquele momento em que sr. chamou a ministra de "mãe do PAC", na Favela da Rocinha (Rio), ali não foi apresentada a vontade prévia para fazer de Dilma a candidata?



Se foi, foi sem querer. Eu iria lançar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), na verdade, antes da eleição (de 2006). Mas fui orientado a não utilizar o PAC em campanha porque a gente não precisaria dele para ganhar as eleições. Olha o otimismo que reinava no governo! E o PAC surgiu também pelo fato de que eu tinha muito medo do segundo mandato.



Por quê?



Quem me conhece há mais tempo sabe que eu nunca gostei de um segundo mandato. Eu sempre achei que o segundo mandato poderia ser um desastre. Então, eu ficava pensando: se no segundo mandato o presidente não tiver vontade, não tiver disposição, garra e ficar naquela mesmice que foi no primeiro mandato, vai ser uma coisa tão desagradável que é melhor que não tenha.



O sr. está enfrentando isso?



Não porque temos coisas para fazer ainda, de forma excepcional, e acho que o PAC foi a grande obra motivadora do segundo mandato.



O sr. não está desrespeitando a Lei Eleitoral, antecipando a campanha?



Não há nenhum desrespeito à Lei Eleitoral. Agora, o que as pessoas não podem é proibir que um presidente da República inaugure as obras que fez. Ora, qual é o papel da oposição? É criticar as coisas que nós não fizemos. Qual é o nosso papel? Mostrar coisas que nós fizemos e inaugurar.



Mas quem partilha dessa tese diz que o sr. praticamente pede votos para Dilma nas inaugurações...



Eu dizer que vou fazer meu sucessor é o mínimo que espero de mim. A grande obra de um governo é ele fazer seu sucessor. Não faz seu sucessor quem está pensando em voltar quatro anos depois. Aí prefere que ganhe o adversário, o que não é o meu caso.



Há quem diga que o sr. só escolheu a ministra Dilma, cristã nova no PT, com apenas nove anos de filiação ao partido, porque, se eleita, ela será fiel a seu criador. Isso deixaria a porta aberta para o sr. voltar em 2014. O sr. planeja concorrer novamente?



Olha, somente quem não conhece o comportamento das mulheres e somente quem não conhece a Dilma pode falar uma heresia dessas. Ninguém aceita ser vaca de presépio e muito menos eu iria escolher uma pessoa para ser vaca de presépio. Não faz parte da minha vida nem no PT nem na CUT. Eu já tive a graça de Deus de governar este país oito anos. Minha tese é a seguinte: rei morto, rei posto. A Dilma tem de criar o estilo dela, a cara dela e fazer as coisas dela. E a mim cabe, como torcedor da arquibancada, ficar batendo palmas para os acertos dela. E torcendo para que dê certo e faça o melhor. Não existe essa hipótese .



O sr. não pensa mesmo em voltar à Presidência?



Não penso. Quem foi eleito presidente tem o direito legítimo de ser candidato à reeleição. Ponto pacífico. Essa é a prioridade número 1.



O sr. não vai defender a mudança dessa regra, de fim da reeleição com mandato de cinco anos?



Não vou porque quando quis defender ninguém quis. Eu fui defensor da ideia de cinco anos sem reeleição. Hoje, com a minha experiência de presidente, eu queria dizer uma coisa para vocês: ninguém, nenhum presidente da República, num mandato de quatro anos, concluirá uma única obra estruturante no País.



Então o sr. mudou de ideia...



Mudei de ideia. Veja quanto tempo os tucanos estão governando São Paulo e o Rio Tietê continua do mesmo jeito. É draga dali, tira terra, põe terra. Eu lembro do entusiasmo do Jornal da Tarde quando, em 1982, o banco japonês ofereceu US$ 500 milhões para resolver aquilo. A verdade é que, para desgraça do povo de São Paulo, as enchentes continuam. Eu não culpo o Serra, não culpo o Kassab e nenhum governante. Eu acho que a chuva é demais. No meu apartamento, em São Bernardo, está caindo mais água dentro do que fora. Choveu tanto que vazou. Há dias o meu filho me ligou, às duas horas da manhã, e disse: "Pai, estou com dois baldes de água cheios." Eu fui a São Paulo no dia do aniversário da cidade e disse que o governo federal está disposto a sentar com o governo do Estado, com o prefeito, e discutir uma saída para ver se consegue resolver o problema, que é gravíssimo. Não queremos ficar dizendo: "Ah, é meu adversário, deu enchente, que ótimo". Quem está falando isso para vocês viveu muitas enchentes dentro de casa.





‘Quero criar no País uma megaempresa de energia’





Pelas diretrizes do programa do PT, um eventual governo Dilma Rousseff parece que será mais à esquerda que o seu...



Eu ainda não vi o programa, eu sei que tem discussão. Mas conheço bem a Dilma e, como acho que ela deve imprimir o ritmo dela, se ela tomar uma decisão mais à esquerda do que eu, eu tenho que encarar com normalidade. E, se tomar uma posição mais à direita do que eu, tenho que encarar com normalidade. Tenho total confiança na Dilma, de que ela saberá fazer as coisas corretas para este país. Uma mulher que passou a vida que a Dilma passou - e é sem ranço, sem mágoa, sem preconceito - venceu o pior obstáculo.



A experiência de poder distanciou o sr. do pensamento mais utópico do PT, não?



Veja, o PT que chegou ao poder comigo, em 2002, não era mais o PT de 1980, de 1982.



Não era porque houve a Carta ao Povo Brasileiro...



Não é verdade. Num Congresso do PT aparecem 20 teses. Tem gosto para todo mundo. É que nem uma feira de produtos ideológicos. As pessoas compram o que querem e vendem o que querem. O PT, quando chegou à Presidência, tinha aprendido com dezenas de prefeituras, já tínhamos as experiências do governo do Acre, do Rio Grande do Sul, de Mato Grosso do Sul... O PT que chegou ao governo foi o PT maduro. De vez em quando, acho que foi obra de Deus não permitir que eu ganhasse em 1989. Se eu chego em 1989 com a cabeça do jeito que eu pensava, ou eu tinha feito uma revolução no País ou tinha caído no dia seguinte. Acho que Deus disse assim: "Olha, baixinho, você vai perder várias eleições, mas, quando chegar, vai chegar sabendo o que é tango, samba, bolero." O PCI italiano passou três décadas sendo o maior partido comunista do mundo ocidental, mas não passava de 30%. Eu não tinha vocação para isso. E onde eu fui encontrar (a solução)? Na Carta ao Povo Brasileiro e no Zé Alencar. Essa mistura de um sindicalista com um grande empresário e um documento que fosse factível e compreensível pela esquerda e pela direita, pelos ricos e pelos pobres, é que garantiu a minha chegada à Presidência.



Mesmo assim, o sr. teve de funcionar como fator moderador do seu governo em relação ao partido...



E vou continuar sendo. Eu não morri.



Mas a Dilma poderá fazer isso?



Ah, muito. Hipoteticamente, vocês acham que o PSTU ganhará eleição com o discurso dele? Vamos supor que ganhe, acham que governa? Não governa.



As diretrizes do PT, que pregam o fortalecimento do Estado na economia, não atrapalham?



Quero crer que a sabedoria do PT é tão grande que o partido não vai jogar fora a experiência acumulada de ter um governo aprovado por 72% na opinião pública depois de sete anos no poder. Isso é riqueza que nem o mais nervoso trotskista seria capaz de perder.



Os críticos do programa do PT dizem que o Estado precisa ter limites como empreendedor. Por que mais Estado na economia?



Vou fazer uma brincadeira: o único Estado forte que eu quero é o Estadão (risos). Não existe hipótese, na minha cabeça, de você ter um governo que vire um governo gerenciador. O governo tem dois papéis e a crise reforçou a descoberta deste papel. O governo tem, de um lado, de ser o regulador e o fiscalizador; do outro lado, tem de ser o indutor, o provocador do investimento, que discute com o empresário e pergunta por que ele não investe em tal setor.



Por que é preciso ressuscitar empresas estatais para fazer programas como a universalização da banda larga? O governo toca o Luz Para Todos com uma política pública que contrata serviços junto às distribuidoras e não ressuscita a Eletrobrás.



Mas nós estamos ressuscitando a Eletrobrás. O Luz Para Todos só deu certo porque o Estado assumiu. As empresas privadas executam sob a supervisão do governo, que é quem paga.



Não pode fazer a mesma coisa com a banda larga?



Pode. Não temos nenhum problema com a empresa privada que cumpre as metas. Mas tem empresa privada que faz menos do que deveria. Então, eu quero, sim, criar uma megaempresa de energia no País. Quero empresa que seja multinacional, que tenha capacidade de assumir empréstimos lá fora, de fazer obras lá fora e fazer aqui dentro. Se a gente não tiver uma empresa que tenha cacife de dizer "se vocês não forem, eu vou", a gente fica refém das manipulações das poucas empresas que querem disputar o mercado. Então, nós queremos uma Eletrobrás forte, para construir parceria com outras empresas. Não queremos ser donos de nada.



A banda larga precisa de uma Telebrás?



Se as empresas privadas que estão no mercado puderem oferecer banda larga de qualidade nos lugares mais longínquos, a preço acessível, por que não?



Mas precisa de uma Telebrás?



Depende. O governo só vai conseguir fazer uma proposta para a sociedade se tiver um instrumento. Não quero uma nova Telebrás com 3 ou 4 mil funcionários. Quero uma empresa enxuta, que possa propor projetos para o governo. Nosso programa está quase fechado, mais uns 15 dias e posso dizer que tenho um programa de banda larga. Vou chamar todos e quero saber quem vai colocar a última milha ao preço mais baixo. Quem fizer, ganha; quem não fizer, tá fora. Para isso o Estado tem de ter capacidade de barganhar.



O sr. teme que o PSDB venha na campanha com o discurso de gastança, de inchaço da máquina, que o seu governo contratou 100 mil novos servidores?



Vou dar um número, pode anotar aí: cargos comissionados no governo federal, para uma população de 191 milhões de habitantes. Por cada 100 mil habitantes, o governo tem 11 cargos comissionados. O governo de São Paulo tem 31 e a Prefeitura de São Paulo tem 45.



Deixar o governo de Minas para o PMDB de Hélio Costa facilita a vida de Dilma junto à base aliada?



A aliança com o PMDB de Minas independe da candidatura ao governo de Estado. O Hélio Costa tem me dito publicamente que a candidatura dele não é problema. Ele propõe o óbvio, que se faça no momento certo um estudo e veja quem tem mais condições e se apoie esse candidato. Acho que os companheiros de Minas, tanto o Patrus Ananias quanto o Fernando Pimentel se meteram em uma enrascada. Estava tudo indo muito bem até que eles transformaram a disputa entre eles em uma fissura muito ruim para o PT. Como a política é a arte do impossível, quem sabe até março eles conseguem resolver o problema deles.



A desistência da pré-candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) facilitaria a vida de Dilma?



O Ciro é um companheiro por quem tenho o mais profundo respeito. Eu já gostava do Ciro e aprendi a respeitá-lo. Um político com caráter. E, portanto, eu não farei nada que possa prejudicar o companheiro Ciro Gomes. Eu pretendo conversar com ele, ver se chegamos à conclusão sobre o melhor caminho.



Ele diz que o "santo Lula" está errado.



É preciso provar que o santo está errado. É por isso que eu quero discutir.



O sr. ainda quer que ele seja candidato ao governo de São Paulo?



Se eu disser agora, a minha conversa ficará prejudicada.



O senador Mercadante pode ser o plano B?



Não sei. Alguém terá de ser candidato.



O Ciro tem dito que a aliança da ministra Dilma com o PMDB é marcada pela frouxidão moral.



Todo mundo conhece o Ciro por essas coisas. Mas acho que ele não disse nada que impeça uma conversa com o presidente.



O que se teme no Temer? Ele é o nome para vice?



O Michel Temer, neste período todo que temos convivido com ele, que ele resolveu ficar na base e foi eleito presidente da Câmara, tem sido um companheiro inestimável. A questão da vice é uma questão a ser tratada entre o PT, a Dilma e o PMDB.



O sr. não teme que Dilma caia nas pesquisas após sair do governo?



Ela vai crescer.



Mas sozinha?



Ela nunca estará sozinha. Eu estarei espiritualmente ao lado dela (risos).



Há quem tenha ficado assustado com a foto do sr. abraçando o Collor, depois de tudo o que passou na campanha de 1989.



O exercício da democracia exige que você faça política em função da realidade que vive. O Collor foi eleito senador pelo voto livre e direto do povo de Alagoas, tanto quanto foi eleito qualquer outro parlamentar. Ele está exercendo uma função institucional e merece da minha parte o mesmo respeito que eu dou ao Pedro Simon, que de vez em quando faz oposição, ao Jarbas Vasconcelos, que faz oposição. Se o Lula for convidado para determinadas coisas, não irá. Mas o presidente tem função institucional. Portanto, cumpre essa função para o bem do País e, até agora, tem dado certo. Fui em uma reunião com a bancada do PT em que eles queriam cassar o Sarney. Eu disse: muito bem, vocês cassam o Sarney e quem vem para o lugar?



O sr. acha que o eleitor entende?



O eleitor entende, pode entender mais. Agora, quem governa é que sabe o tamanho do calo que está no seu pé quando quer aprovar uma coisa no Senado.



O governo depende do Sarney no Senado? O único punido até agora foi o Estado, que está sob censura.



O Sarney foi um homem de uma postura muito digna em todo esse episódio. Das acusações que vocês (o jornal) fizeram contra o Sarney, nenhuma se sustenta juridicamente e o tempo vai provar. O exercício da democracia não permite que a verdade seja absoluta para um lado e toda negativa para o outro lado. Perguntam: você é contra a censura? Eu nasci na política brigando contra a censura. Exerço um governo em que eu duvido que alguém tenha algum resquício de censura. Mas eu não posso censurar que os Poderes exerçam suas funções. Eu não posso censurar a imprensa por exercer a sua função de publicar as coisas, nem posso censurar um tribunal ou uma Justiça por dar uma decisão contrária. Deve ter instância superior, deve ter um órgão para recorrer.



O sr. e o PT lideraram o processo de impeachment de Collor e nada, então, se sustentou juridicamente porque o STF absolveu o ex-presidente. O sr. está dizendo que o jornal não deveria publicar as notícias porque não se sustentariam juridicamente? Os jornais publicam fatos...



Não quero que vocês deixem de publicar nada. Minha crítica é esta: uma coisa é publicar a informação, outra coisa é prejulgar. Muitas vezes as pessoas são prejulgadas. Todos os casos que eu vi do Sarney, de emprego para a neta, daquela coisa, eu ficava lendo e a gente percebia que eram coisas muito frágeis. Você vai tirar um presidente do Senado porque a neta dele ligou para ele pedindo um emprego?



O caso da neta é o corporativismo, o fisiologismo, os atos secretos...



O que eu acho é o seguinte: o DEM governou aquela Casa durante 14 anos e a maioria dos atos secretos era deles. E eles esconderam isso para pedir investigação do outro lado. É uma coisa inusitada na política.



O sr. acha que os fatos do "mensalão do DEM", no Distrito Federal, são fatos inverídicos também?



No DEM tem um agravante: tem gravação, chegaram a gravar gente cheirando dinheiro.



No mensalão do PT tinha uma lista na porta do banco com o registro dos políticos indo pegar a mesada...



Vamos pegar aquela denúncia contra o companheiro Silas Rondeau, que foi ministro das Minas e Energia. De onde se sustenta aquela reportagem dizendo que tinha dinheiro dentro daquele envelope? Como se pode condenar um cara por uma coisa que não era possível provar?



O sr. tem dito, em conversas reservadas, que quando terminar o governo, vai passar a limpo a história do mensalão. O que o sr. quer dizer?



Não é que vou passar a limpo, é que eu acho que tem coisa que tem de investigar. E eu quero investigar. Eu só não vou fazer isso enquanto eu for presidente da República. Mas, quando eu deixar a Presidência, eu quero saber de algumas coisas que eu não sei e que me pareceram muito estranhas ao longo do todo o processo.



Quem o traiu?



Quando eu deixar a Presidência, eu posso falar.



Por que é que o seu governo intercede em favor do governo do Irã?



Porque eu acho que essa coisa está mal resolvida. E o Irã não é o Iraque e todos nós sabemos que a guerra do Iraque foi uma mentira montada em cima de um país que não tinha as armas químicas que diziam que ele tinha. A gente se esqueceu que o cara que fiscalizava as armas químicas era um brasileiro, o embaixador Maurício Bustani, que foi decapitado a pedido do governo americano, para que não dissesse que não havia armas químicas no Iraque.



O sr. continua achando que a Venezuela é uma democracia?



Eu acho que a Venezuela é uma democracia.



E o seu governo aqui é o quê?



É uma hiper-democracia. O meu governo é a essência da democracia.