O MViva!, espaço aberto, independente, progressista e democrático, que pretende tornar-se um fórum permanente de ideias e discussões, onde assuntos relacionados a conjuntura política, arte, cultura, meio ambiente, ética e outros, sejam a expressão consciente de todos aqueles simpatizantes, militantes, estudantes e trabalhadores que acreditam e reconhecem-se coadjuvantes na construção de um mundo novo da vanguarda de um socialismo moderno e humanista.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Lula deplora e repudia violência tucana. Maior lider civil do Brasil se solidariza com professores do PR

Do yahoo:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais para se manifestar sobre a greve de professores do Paraná e a reação da Polícia Militar, que na tarde desta quarta-feira, 29, entrou em confronto com os manifestantes. “Solidarizo-me com os professores do Paraná, que foram agredidos de forma violenta pela Polícia Militar do Estado”, escreveu. O Paraná é governado pelo tucano Beto Richa.
Segundo Lula, a polícia tem que garantir o direito das pessoas de se manifestar e protegê-las. “É inadmissível que o direito de manifestação seja restringido a qualquer pessoa, principalmente àqueles que trabalham pela educação de nossos jovens e o futuro do País”, escreveu o ex-presidente.
De acordo com o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), cerca de 150 pessoas (professores, a maioria) ficaram feridas após receber tiros de bala de borracha e serem atingidas com bombas de gás lacrimogêneo no confronto entre policiais militares e docentes, no Centro Cívico de Curitiba, próximo à prefeitura.

AÉCIO: O SILÊNCIO DO SABE DE NADA INOCENTE

O BRASIL PRECISA DAR UM BASTA A HER RICHA

De Jean Wyllys, no facebook:
O que está acontecendo no Paraná é estarrecedor e deveria ser, agora mesmo, o foco de atenção de todos aqueles e aquelas que defendemos a democracia como forma de vida. O governador Beto Richa (PSDB) transformou hoje a cidade de Curitiba num verdadeiro cenário de guerra!


Os professores e professoras da rede pública e outras categorias tinham se mobilizado para protestar contra a votação de um projeto de lei do governo estadual que pode desfinanciar o fundo estadual da previdência dos servidores públicos (porque o governador quer usar esses recursos dos trabalhadores para cobrir o rombo das contas públicas que sua má gestão provocou) e o protesto, legítimo, foi reprimido de forma brutal pela Polícia Militar sob as ordens do tucano, deixando mais de 150 feridos, dos quais alguns em estado grave.
Os e as policiais — foram mobilizados mais de 4 mil agentes — estão usando balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta, cassetete, jatos de água e até cachorros que são lançados sobre manifestantes e jornalistas, que acabam sendo mordidos. Parecem cenas da época da ditadura militar!
Acabei de conversar por telefone com nosso companheiro Cesar Fernandes, do diretório municipal do PSOL de Curitiba. Ele me contou que os manifestantes foram atacados durante mais de uma hora e meia com bombas de gás lacrimogênio e existem, nos prédios que rodeiam a manifestações, franco-atiradores (!!) colocados pela polícia, que atiram com balas de borracha e acertam, em muitos casos, na cara dos manifestantes.
 

Bombas de efeito moral foram jogadas de helicópteros e também foi usada uma nova forma de repressão que consiste em atordoar as pessoas com um aparelho que produz um tipo de som insuportável para o ser humano. A prefeitura da Capital (não alinhada com Richa), em estado de emergência, mobilizou o sistema de saúde para atender os feridos e a OAB está colaborando com os sindicatos e movimentos sociais, porque há muitos manifestantes presos.
Um dado chocante: dezessete policiais estão presos, por ordem do governador, porque se recusaram a participar da repressão brutal contra os trabalhadores.
Parte da grande mídia, como sempre, fala em “confronto entre professores e policiais”, o que resulta em ridículo: é como falar em confronto entre o peito e a bala, entre as costas e a paulada. Como bem explica Bernardo Pilotto, ex-candidato a governador do PSOL do Paraná, de um lado há trabalhadores e do outro tem até helicópteros.
E a categoria que mais se mobilizou foi a dos professores, composta majoritariamente por mulheres e “envelhecida” pela falta de concursos públicos. Aliás, quem já participou de greves e mobilizações sabe que a violência sempre parte do lado da polícia (e, quando parece que partiu do lado dos manifestantes, geralmente trata-se de pessoas infiltradas pela própria polícia para provocá-la e depois dizer que foram “vândalos”).
Acabamos achando natural que uma manifestação de estudantes ou trabalhadores só pode terminar com cenas de violência, mas não é assim. Existem experiências em outros países (onde antes acontecia o mesmo) que provam que quando os governos mudam a política de repressão violenta dos conflitos sociais pela negociação, com o diálogo e a contenção não violenta das manifestações, com a polícia se limitando apenas a cuidar do patrimônio e a segurança das pessoas (também dos próprios manifestantes), um protesto pode sim começar e terminar em paz.
O Paraná é um bom exemplo do extremo contrário. O jeito tucano de fazer as coisas (o governo não aceitou negociar ou ceder em nada e, enquanto a polícia instalava a barbárie fora da Assembleia Legislativa, dentro votavam tudo o que ele queria) se mistura com as pretensões autoritárias do governador, que age como um ditadorzinho arrogante e violento. O resultado disso são dezenas de pessoas feridas e hospitalizadas e gás lacrimogênio até nas creches próximas ao local da repressão.
O Brasil precisa dar um basta a Beto Richa.

Mais uma contra o povo: gangue de achacadores na Câmara derruba a obrigatoriedade da rotulagem de alimentos transgênicos



Mais uma da Câmara do retrocesso. Muitos consideram o PL um atentado ao direito à informação da população, cujo projeto só beneficiaria as empresas do agronegócio.

Da Página do MST

Na noite desta terça-feira (27), a Câmara dos Deputados aprovou em plenário o Projeto de Lei que
prevê a não obrigatoriedade da rotulagem de alimentos que possuem ingredientes transgênicos.
Foram 320 votos a favor e 120 contra. Muitos consideram o PL 4148/2008, do deputado ruralista
Luiz Carlos Heinze (PP/RS), um atentado ao direito à informação da população, cujo projeto só
beneficiaria as empresas do agronegócio que querem esconder a origem do produto comercializado.
Agora, o PL segue para o Senado.
Como funciona
Pela atual lei, desde 2003, todos os produtos que contêm os chamados Organismos Geneticamente
Modificados (OGMs) devem trazer em seus rótulos o símbolo T amarelo e a informação da espécie
doadora dos genes.
O projeto 4148 pretende, no entanto, suplantar essa conquista do consumidor em favor da liberdade
da indústria alimentícia de não informar o real conteúdo que disponibiliza nas prateleiras.

Lula participa do 1º de maio em São Paulo



“Com essa lei, querem voltar ao passado", disse Lula em evento que lembrou os 35 anos das 
grandes greves do ABC.

Dia do Trabalhador terá marcha contra retirada de direitos no centro da cidade

A CUT, a CTB, a Intersindical, o MST, o MTST, a CMP, a FAF e outras importantes organizações dos movimentos social e estudantil (ver lista no final) promovem ato conjunto em comemoração ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora neste 1º de Maio (sexta-feira), no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo.
As principais bandeiras que marcam o evento em 2015 são a defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política (saiba mais no http://migre.me/pDtji).
Também participarão o prefeito de São Paulo Fernando Haddad; o ex-presidente Lula; o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência da República, os deputados Sibá Machado, líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados; e José Guimarães, líder do governo na Câmara dos Deputados, entre outras autoridades.
A partir das 09h00 os/as trabalhadores/as e militantes vão se concentrar em três pontos da cidade de onde sairão em marcha até o Vale do Anhangabaú, onde a programação do dia de luta tem início – às 10h00 – com realização de ato ecumênico seguido de ato político-cultural.

As marchas sairão desses três pontos:

1 – Luz – CUT, MST, PT, MTST

2 – Praça da República/Largo do Arouche – CTB, PC do B, CMP, PCO

3 – Pátio do Colégio – Bancários, FAF e Químicos de SP


Em tempo: 1º de Maio é dia de defender os direitos trabalhistas



Presidente nacional da CUT, Vagner Freitas aponta que data será primeiro passo para construir bloco de esquerda

A celebração deste 1º de Maio acontece em uma conjuntura bem diferente dos últimos anos, desta vez, com a classe trabalhadora sob ataques sem precedentes aos direitos trabalhistas.
No Legislativo, a recente aprovação do Projeto de Lei 4330 pela Câmara dos Deputados, amplia a terceirização para todos os setores da empresa e rebaixa salários, direitos e conquistas.
No Executivo, as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que dificultam o acesso a abono salarial, seguro desemprego e auxílio doença.
Presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, ressalta que a resposta a qualquer tentativa de retrocesso será a formação de um grande bloco de esquerda encabeçado pelo movimento sindical e que terá também os movimentos sociais e partidos que comunguem com a defesa da democracia, da Petrobrás e não aceitem o financiamento empresarial de campanha.
Em entrevista, o dirigente ressalta ainda que o Dia do Trabalhador é mais uma página em uma agenda de lutas nacionais como as que ocorrem em 13 de março e 15 de abril e que não têm hora para acabar. “A direita conservadora tentará trazer o retrocesso ao país e conseguirá, se não fizermos enfrentamento”, alerta.

Qual a diferença deste 1º de Maio para os de anos anteriores?

Vagner Freitas – Esse 1º de Maio acontece num contexto histórico em que a direita procura avançar numa visão conservadora de sociedade, preconceituosa, machista e que não leva em conta o direito das minorias e dos direitos trabalhistas. Nesse sentido, vemos o PL 4330, que significa rasgar a CLT, acabar com as férias, com a carteira de trabalho e transformar o trabalhador em alguém precarizado, que ganha menos e trabalhando mais. Por isso, o 1º de Maio será um marco da luta e da resistência dos trabalhadores para fazer o enfrentamento nas ruas contra esse projeto que unifica toda a esquerda e o movimento sindical numa batalha para não acabar com carteira assinada. No mesmo sentido, de resistência à retirada de direitos, também nos colocamos contra as MPs 664 e 665, porque retiram direitos de pensionistas, de companheiros que trabalharam e precisam do seguro-desemprego. Uma medida inoportuna, atabalhoada e que deveria ser discutida antes em um Fórum Nacional da Previdência Social.

O Congresso, que aprovou o PL 4330, também será lembrado nas manifestações desta sexta?

Vagner – Certamente. Será uma oportunidade para conversar com mais pessoas sobre o papel que assume esse Congresso conservador, financiado pelos empresários e que além de retirar os direitos trabalhistas, quer emperrar o processo de construção de uma sociedade plural que estamos construindo. Não só em relação aos direitos trabalhistas, mas também contra conquistas como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com a redução da maioridade penal, com ataques a medidas contra a homofobia. Este 1º de Maio será um grito pela liberdade, pela democracia e pela construção de uma sociedade menos desigual. Para isso precisamos de uma reforma política com o fim do financiamento empresarial de campanha, precisamos da regulação dos meios de comunicação para que tenhamos democracia e pluralidade, para que avancem pautas trabalhistas como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, a regulamentação do direito de greve e negociação no serviço público, a reforma agrária. Tudo isso depende do Congresso.

Especialmente em São Paulo, o Dia do Trabalhador terá um caráter mais popular, com artistas mais engajados e uma marcha que antecederá o ato político. Por que mudou o formato?

Vagner – O 1º de Maio deste ano é parte de uma agenda de mobilizações e têm como objetivo sair pelo Brasil cantando nossas palavras de ordem e chamando à batalha os trabalhadores que não tem outra saída a não ser defender de maneira unificada seus direitos. Fundamentalmente é uma demonstração de luta e de organização com reivindicações claras, de maneira forte, clara, porque o momento é de luta. A CUT nunca perdeu suas origens, mas esse Dia do Trabalhador é diferente porque está numa conjuntura pior do que nos últimos anos. Temos o avanço de uma política conservadora que tenta consolidar a agenda negativa mesmo após elegermos uma presidenta com o compromisso social e popular. O 1º de Maio dialoga com a conjuntura que vivemos e tem a cara da CUT, que luta e adapta essa luta aos desafios que a conjuntura apresenta.

A edição deste Dia do Trabalhador também terá mais entidades ao lado da Central. A conjuntura abre possibilidades da formação de um amplo bloco de esquerda?

Vagner – O 1º de Maio será um marco inicial para unificação da esquerda brasileira, da construção de um bloco da esquerda que leve em conta sindicatos, movimentos sociais e até partidos políticos que tenham em comum o interesse da defesa da classe trabalhadora, da liberdade e da democracia. A direita conservadora tentará trazer o retrocesso ao país e conseguirá, se não fizermos enfrentamento. Esse bloco dará a condição para fazermos o combate e impedir ataques aos nossos direitos.

Greve? Não existe. Falta d’água? Não existe. A política da negação de Geraldo Alckmin





Picolé de chu chu...

por : Kiko Nogueira

Ao longo de décadas, Geraldo Alckmin aperfeiçoou seu jeito de lidar com as crises em seu governo. Alckmin é um legítimo, incontestável, imbatível negacionista. Em Ribeirão Preto, na abertura de um evento, declarou que “na realidade, não existe greve dos professores”. Eles “estão dando aulas e os alunos, estudando. A média de falta é de 3%, aumentou 1%, e é de temporários”.

A Apeoesp, sindicato da categoria no estado, divulgou uma nota avisando que os profissionais estão parados desde 13 de março, com adesão que varia “entre 50% e 75%”.
Não é a primeira vez e não será a última em que Geraldo usa esse subterfúgio esquisito. Hoje mesmo, 28 de abril, contou a empresários que não vai faltar água no período seco que se avizinha.
Uma alma generosa montou um tumblr com um apanhado de negativas alckmistas em 2014 e 2015. O endereço está aqui. É uma beleza.
Apenas para ficar em alguns exemplos:

. Alckmin nega falta de verba para escolas estaduais
. Alckmin nega que crise tenha levado a redução de imposto de água mineral
. Alckmin nega erro em projeto de monotrilho
. Alckmin nega racionamento em SP
. Alckmin nega rodízio
. Alckmin nega divisão no PSDB sobre impeachment de Dilma
. Alckmin nega ter esperado eleições para reajustar conta

É da natureza da política mentir. Mas Geraldo incrementou essa habilidade com um traço de, possivelmente, hipnose coletiva: se ele falar que não existe, o assunto desaparece. Não se sabe se vale para as montanhas, a chuva, os assaltos, a enxaqueca ou o carro enguiçado.
Nunca foi cobrado devidamente por isso. “Governador, o senhor garantiu que não ia faltar água no ano passado”. Na possibilidade de acontecer, ele provavelmente negará que afirmou tal barbaridade.
Há alguns anos, um professor de psicologia da Universidade de Massachussetts, nos EUA, lançou um livro chamado “The Politics of Denial” (“A Política do Negacionismo”). Michael Milburn pesquisou extensivamente as atitudes de políticos, o papel das emoções na opinião pública e os efeitos da mídia de massa no comportamento deles.
Para Milburn, aqueles que nunca fizeram terapia e experimentaram altos níveis de punição na infância são mais propensos à negação. “Há uma dificuldade, eventualmente, em ser capaz de discernir o quanto é negação real em termos das próprias crenças deles e o quanto é uma tentativa de distorcer um fato para alterar a percepção das pessoas”, disse Milburn à Newsweek. “A negação é um mecanismo de defesa que se desenvolve como um método de sobrevivência.”
O caso de Alckmin parece ser tudo junto. Como na história de Calvin e Harold, quando o menino pergunta para o tigre de pelúcia que é seu melhor amigo.

— De que estado você é?
— Do estado de negação.

O paulista pode acrescentar: do estado de negação de São Paulo.

Richa e os Tucanos do Paraná tratam professores como quem trata vagabundo:na porrada!



Truculência da polícia de Beto Richa deixa 107 servidores feridos. Requião: agressão de Richa contra os professores é estúpida, violenta, cruel,imbecil, idiota e desnecessária.

Na tarde desta quarta-feira (29), professores em greve no Paraná e policiais militares entraram em confronto na frente da Assembleia Legislativa em Curitiba, onde é votado projeto de lei que altera a fonte de pagamento de cerca de 30 mil beneficiários para o Fundo Previdenciário.
De acordo com relatos, os policiais usaram bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha e jatos de água contra os manifestantes.
“Agressão de Richa contra os professores é estúpida, violenta, cruel,imbecil, idiota e desnecessária”, manifestou-se o senador Roberto Requião (PMDB-PR) pelo twitter.
Com as mudanças na Paranáprevidência, o governo estadual, comandado por Beto Richa (PSDB-PR) deixa de pagar sozinho as aposentadorias e repassa parte da conta para os próprios servidores, já que o fundo é composto por recursos do Executivo e do funcionalismo. A medida cria uma economia de R$ 125 milhões mensais ao governo.


““Nunca imaginei que em pleno século XXI depois de lutas muito importantes pela democracia, pudéssemos viver um momento terrível como esse, um aparato policial de guerra, com helicóptero voando baixo derrubando as barracas e ameaçando retirar os professores que luta conta a retirada de direitos previdenciários dos servidores públicos do Estado do Paraná. Nesse momento, somos mais de 20 mil nessa praça de guerra.”, afirmou Carmen Foro, vice-presidenta da CUT Nacional.
De acordo com o portal G1, o presidente da Assembleia disse que manterá a votação.

“O que ocorre lá fora não é problema desta Assembleia”, declarou o presidente Ademar Traiano (PSDB).
“Não há bomba na Assembleia, a sessão tem que continuar”, finalizou.


Em tempo: Já são 107 feridos:


Jornal GGN - O governo do Paraná, capitaneado pelo tucano Beto Richa, montou uma estrutura "de guerra", segundo relatos da equipe da Folha de S. Paulo, para conter os protestos de trabalhadores do setor público (a maioria, professores) contra a votação do projeto que altera a previdência dos servidores pelos deputados estaduais, nesta quarta-feira (29).
O Estadão relatou, por volta das 15h, que professores e policiais militares entraram novamente em confronto em frente à Assembleia Legislativa do Paraná, e cerca de 50 pessoas sairam feridas após a polícia lançar mão de bombas de efeito moral, balas de borracha, jatos de água e gás de pimenta. No dia anterior, o arsenal foi o mesmo, mas o número de feridos aumentou no confronto de hoje. Os professores estão em greve desde o início da semana.
Segundo a Folha, entre os manifestantes há alunos da rede pública, que tiveram de recuar depois da truculência da PM, mas ainda tentam acompanhar a votação do projeto encaminhado por Richa à Assembleia. No início do ano, a Casa foi invadida por servidores em greve. Desta vez, os deputados conseguiram na Justiça a proibição de invasores na sessão. A polícia diz que recebeu ordens de cumprir com o mandado.
Um vídeo caseiro divulgado pela página do Facebook "Insurgência" - que, por volta das 17h, já falava em mais de 100 feridos - mostra o cenário de violência encampado pela polícia do Estado. A prefeitura de Curitiba, que fica em frente à Assembleia, foi usada como ambulatório emergencial para dar conta dos casos de agressão. Em comunicado oficial, o Paço disse que o Centro Cívico parece "uma praça de guerra" e está evacuando as escolas da região por conta dos efeitos do gás. Os funcionário da prefeitura seguiram no atendimento às vítimas.
Todas as entradas da Assembleia estão fechadas e os policiais foram orientados a usar o cassetete se for preciso, mas sem mirar em membros superiores. "Se precisar usar a tonfa [cassetete], é por baixo! Nada de sair girando por cima", disse um dos comandantes.
Os deputados começaram a votar, esta semana, um projeto que pretende alterar a previdência estadual, aliviando o caixa do governo em R$ 1,7 bilhão ao ano. Por volta das 17h40, eles ainda debatiam o assunto, com alguns parlamentares de oposição ao governo Richa lamentando a operação de guerra montada pelo tucano.
O deputado Ademar Traiano (PSDB) foi para a truculencia. Mesmo com pedidos de diversos parlamentares para que a sessão fosse adiada, ele disparou: "A bomba não é aqui dentro. Então, vamos votar [o projeto do governador]."
Além de professores, outras categorias como agentes penitenciários e sevidores da saúde estão unidos contra o projeto.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Incompetência gritante!.Trabalhadores em educação do estado pedem a saída de Helenilson Pontes.





Trabalhadores da educação agora querem a cabeça do Secretário de Educação.

No Blog de augusto alves


Na audiência ocorrida no TJE|PA (22|04) entre o Sindicato e governo Jatene, mediados pela desembargadora, Gleide Moura, os representantes do governo estadual não recuaram nas proposições de atacar os direitos dos trabalhadores em educação, em greve desde o dia 25 de março, por falta de diálogo e responsabilidade de Jatene|Helenilson.

Mesmo com um acordo judicial em mãos, assinado em 2013, o judiciário paraense não conseguiu mediar as divergências nos pontos cruciais que apontam para um possível fim no movimento grevista.
O governo não apresentou uma proposta concreta em suas proposições, como um cronograma definido para a reforma das escolas.
Foi apresentada como proposta de acordo por parte do Sintepp a lotação de 2015, aos moldes da portaria de lotação de 2014, ou que se aplique a Lei 8030/2014. Que o retroativo do Piso, seja pago em no máximo 3 parcelas: maio, junho e julho. Que seja apresentado um cronograma de reforma das escolas. Que o governo estabeleça um prazo mínimo para enviar o projeto do PCCR Unificado para a Alepa e que seja realizado concurso público.
Porém, mais uma vez o governo Jatene, mostrou sua intransigência e reafirmou a posição que levou a categoria à greve. De concreto, o governo retrocedeu da posição divulgada pela mídia anteriormente, sobre a aplicação de 1/3 de hora atividade já em 2015. Dessa forma retorna os 25% atualmente aplicado.
Mais uma vez o judiciário não conseguiu mediar a crise, mesmo tendo em mãos o acordo judicial assinada perante a própria justiça. Com esse reforço o governo Jatene|Helenilson mostrou-se irredutível quanto às reivindicações da categoria.
 
Análise de Conjuntura (com informações do Sintepp)

Como alguém tão tolo quanto Joaquim Barbosa pode ter chegado ao STF?


JB 'premiado' pela Globo

por : Paulo Nogueira

Como alguém tão tolo quanto Joaquim Barbosa pode ter chegado ao STF ?...
Os tuítes que ele coloca esporadicamente em sua conta no twitter são um clássico da obtusidade desinformada.

Aqueles com os quais ele entusiasmadamente felicitou a Globo pelos 50 anos merecem ser embalsamados, como Lênin, para ser desfrutados eternamente pela humanidade quando as pessoas quiserem rir.
JB enxergou “avanços consistentes” na integração de negros no jornalismo na Globo.
Vejamos os negros e as negras da inclusão à Globo. São mesmo muitos, e confirmam a tese clássica de Ali Kamel – alguém aí falou em Nobel da Antropologia? — de que não somos racistas.
Ei-los.
Carlos Schroeder, Merval, Ali Kamel, Míriam Leitão, Renata Vasconcellos, William Wack, Leilane 
Neibarth, Mônica Waldwogel, Jabor.
Etc etc.
Se você acrescentar os negros da CBN ficará impressionado. Max Gehringer, por exemplo. 
Sardenberg, também. Ou Mauro Halfeld.
É que como é rádio não vemos, só ouvimos as vozes. Mas a inclusão racial é formidável na CBN.
Se você for a uma redação da Globo terá a sensação de que está no vestiário de uma seleção de futebol africana.
Joaquim Barbosa enxergou também um formidável traço de união que a Globo trouxe ao Brasil ao chegar com seu sinal a todo o país.
Quer dizer: não foi uma rapinagem serial com concessões Brasil afora. Foi uma política generosa da Globo de nos unir sob o sotaque carioca dos Marinhos.
Obrigado, Globo amiga!
Joaquim Barbosa agradeceu a Globo por ter ouvido, quando moço, com “absoluto espanto”, o sotaque baiano de Caetano Veloso.
Quer dizer: sem a Globo não conheceríamos Caetano Veloso, e nem saberíamos que existe uma coisa chamada sotaque baiano no Brasil.
Talvez ele pudesse agradecer a Globo por apresentá-lo também ao sotaque de Liverpool dos Beatles.
Durante muitos anos a Globo veiculou essa lengalenga de que aproximou brasileiros. Mas nem ela mesma ousa repetir essa falácia mais.
Mas JB faz o serviço.
Em sua efusão global, JB terá alguma noção dos mortos e torturados graças à ação de pessoas como Roberto Marinho?
JB já leu algum livro sobre o assunto?
O que vi de JB no Mensalão me fez saber que jamais deveria esperar algo de interessante e inteligente dele.
Mas desta vez ele se superou. Ao se juntar ao carnaval autocongratulatória da Globo, ele mostrou que boçalidade e bajulação não conhecem limites.
Os Estados Unidos tiveram Muhamammad Ali. Nós temos Pelé.
Os Estados Unidos tiveram Malcom X. Nós temos JB.
Fica aqui a sugestão para que num dos próximos episódios dos 50 anos da Globo todos usem as máscaras de carnaval encalhadas de JB.

CAIU A FICHA !: TESE GOLPISTA DO IMPEACHMENT ABRIRIA CAMINHO CONSTITUCIONAL PARA TEMER E O PMDB DE CUNHA AO PLANALTO



Fernando Henrique Cardoso e José Serra criticam a busca por um crime a ser atribuído a Dilma. Desde outubro do ano passado, as raposas velhacas do PSDB já se mostravam dividida sobre o impeachment. A pergunta que não quer calar é: dentro das atuais regras constitucionais, em caso de golpe e impedimento de Dilma, quem assumiria a sua cadeira na vacancia?. Resposta: o ultra-super pragmático PMDB. Essa possibilidade isolaria e remeteria ao pó as possibilidades de retomada de poder pelos tucanos.

Beto Richa, Aécio Neves e José Serra

  
No Carta Capital 



Durante palestra no sábado 18, na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, o senador José Serra (PSDB-SP) pediu “responsabilidade” à oposição ao criticar a proposta. “Impeachment não é programa de governo de ninguém”, ironizou. “Impeachment é quando se constata uma irregularidade que, do ponto de vista legal, pode dar razão a interromper um mandato. E eu acho que essa questão ainda não está posta”, complementou.

No dia seguinte, domingo 19, foi a vez do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso contrariar Aécio. Em seminário no Fórum de Comandatuba, na Bahia, FHC chamou a proposta de “precipitada”. “Como um partido pode pedir impeachment antes de ter um fato concreto? Não pode”.

Em situação delicada no Paraná, após uma série de protestos de servidores públicos da educação, o governador Beto Richa (PSDB-PR) também já havia se manifestado contra a proposta, em artigo publicado na revista Época. “Impeachment é coisa séria. O fato gerador precisa ser incontestável. Coisa que até agora, convenhamos, não existe", escreveu.

Com planos para se candidatar à Presidência em 2018, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, preferiu falar em “investigação” em vez de apoiar o presidente do partido. “Nada impede que se discuta. Eu já votei favorável ao impeachment”, afirmou ao se referir à destituição do ex-presidente Fernando Collor do cargo. “Mas acho que, neste momento, o que se quer é que a investigação seja feita de maneira ampla e profunda”, concluiu.

Apesar disso, Aécio Neves tem apoio de nomes como Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, e Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara dos Deputados. O argumento principal para o pedido de impeachment é o relatório aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que classifica as chamadas “pedaladas fiscais” de crime de responsabilidade.

O parecer, do ministro José Múcio Monteiro, foi aprovado na quarta-feira 15 e recomenda a oitiva de alguns dos principais integrantes da antiga equipe econômica de Dilma, como Guido Mantega (Ministério da Fazenda), Arno Augustin (Secretaria do Tesouro), Jorge Hereda (Caixa Econômica Federal) e Alexandre Tombini (Banco Central). Mas Dilma não está no rol de quem deve responder ao TCU em até 30 dias. Quanto a essa possibilidade, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu que a manobra não ofende a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo ele, esta sistemática de pagamentos ocorre desde 2001 e, portanto, passou pelos governos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula também, e não só pela gestão da presidenta.
Para Aécio, que é presidente do PSDB, as falas dos caciques tucanos criam uma saia justa. Antes contrário ao impeachment, o senador mineiro mudou de posição após a pressão de movimentos da sociedade civil que lideraram os protestos anti-Dilma em 15 de março e 12 de abril. Agora, para voltar atrás e falar a mesma língua de seus correligionários, o ex-candidato a presidente precisaria abandonar a principal causa dos movimentos que contam com o senador para liderá-los.

domingo, 26 de abril de 2015

O 3º turno chegou a fim



Na foto, funcionários da Globo se despedem do Império. E o Moro fará companhia ao Gilmar, na Casa Grande.
A agenda oficial da Presidência da Republica prevê um encontro na manhã desse sábado (25/04) com o Ministro Nelson Barbosa do Planejamento.
No PiG, se lê que a reunião contará com vinte e seis auxiliares da Presidenta para discutir o lançamento de obras em aeroportos, rodovias, ferrovias, portos, dragagens e hidrovias.
Como disse o Lula, no revelador discurso – a Dilma não sobrevive sem o PT, nem o PT sobrevive sem a Dilma: “o ajuste está feito, mas precisamos dizer o projeto de desenvolvimento que temos”.
O projeto de Desenvolvimento que deve estar na cabeça do progressista Nelson Barbosa é criar as condições para voltar a crescer, com ajuste, com inversão na infra-estrutura, e sem esquecer a prioridade: o pobre !
Razão de ser da Dilma e do PT – para isso foram eleitos para governar 16 anos !
Para o pobre !
Quer dizer que o Brasil voltou a ser normal.
Acabou o Terceiro Turno.
O terceiro turno acabou quando o Bendine tirou a Petrobras das garras do Moro.
E as ações da Petrobras voltaram a bombar, especialmente as ON, na Bolsa de Nova York.
O Moro agora cumprirá sua prevista tarefa política de botar na cadeia uns ladrõezinhos do cartel, que roubam a Petrobras desde os tempos do FHC.
Mas, o efeito político do Moro, sua devastadora ação demolidora evaporou-se com o Prêmio Faz a Diferença e a prisão do Vaccari e a cunhada, que não era a cunhada.
Moro alojou-se no compartimento em que o Mino Carta depositou o Gilmar: é um juiz da Casa Grande.
(O brasileiro sabe o que acontece quando a Globo bajula um candidato a tirano.)
Até porque, agora, com o balanço da Petrobras, as fornecedoras podem recorrer ao Simão, da CGU, para celebrar seus acordos de leniência.
Moro não quebrou o Brasil, tentou o PiG.
Deu chabu o impítim, que ia derrubar a Dilma nas ruas da GloboNews.
Na segunda passeata, foi um desastre ferroviário.
O impítim implodiu o PSDB por dentro, a ponto de o Cerra, na sua infinita capacidade de se transformar em bolinha de papel, voltar para cima do muro.
E o Aecím foi reduzido ao que sempre foi, fora da casca blindada pela irmã: um playboy aventureiro, Machão do Leblão, que deve a provisória sobrevivência ao Janó e ao Ministro Teori.
Outro ingrediente do Terceiro Turno, o #DevolveGilmar ! , deu com os insignes burros n’água.
O PT virou o jato da Lava na direção ao Gilmar e decidiu que não recebe mais dinheiro das empresas.
Vai doar esse sacrossanto privilegio ao PSDB – que até agora viveu de quermesse… -, ao PMDB, ao DEM e a essa notável partido socialista brasileiro, que ainda não revelou quem era o dono do jatinho.
Com quatro meses de segundo mandato, a Dilma e o Bendine concluíram a apuração dos votos do Terceiro Turno.
O Terceiro Turno perdeu.
O PAC vai voltar a funcionar em sua plenitude.
E a Petrobras, também !
Cada vez mais produzir óleo do pré-sal, no regime da partilha, para gerar royalties para a Educação e a Saúde.
Porque o país voltou ao normal, como diz o Claudio Lembo.
Ditadura ?
É a da toga, disse ele !
Crise é na Casa Grande.
A crise que se reflete no “projeto Bonner”, um coruscante Baile da Ilha Fiscal.

Paulo Henrique Amorim

LULA CRITICA OS 'TEATRÓLOGOS' DA LAVA JATO: 'NEM PEDIRAM DESCULPAS'


"O que não pode, é prender a Cunhada do Vaccari, achando que ela cometeu um crime, e no dia seguinte só soltar, sabe? Nem pediram desculpas", disse o ex-presidente Lula, em evento do Partido dos Trabalhadores, na noite de ontem; Lula também falou sobre como serão as próximas campanhas políticas, agora que o PT decidiu não mais receber doações de empresas; "Vai ser mais difícil, mas quem sabe a gente não reconquista alguma coisa que a gente tinha perdido: o direito de andar com a cabeça erguida neste pais". 

247 - O ex-presidente Lula fez, na noite de ontem, sua primeira crítica direta à Operação Lava Jato, ao se referir ao "caso Marice", a cunhada do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que foi presa por engano, ao ser confundida com a própria esposa de Vaccari num vídeo de um banco.
"O que não pode, é prender a cunhada do Vaccari, achando que ela cometeu um crime, e no dia seguinte só soltar, sabe? Nem pediram desculpas", disse ele.
Lula também voltou a falar no processo de "criminalização do PT" e comentou a decisão do partido de não mais aceitar doações de empresas. "Vai ser mais difícil, mas quem sabe a gente não reconquista alguma coisa que a gente tinha perdido: o direito de andar com a cabeça erguida neste pais", afirmou.
Ele também pediu a dirigentes da legenda que o partido tenha mais cautela. "Nós temos que ter mais cuidado e o PT tem que errar menos", afirmou. "O PT não pode fazer aquilo que ele criticava nos outros, tem que ser exemplo."
No encontro, o presidente do PT, Rui Falcão, antecipou que o partido pedirá à presidente Dilma Roussef que vete o projeto de lei 4.330, que amplia a terceirização para praticamente todas as atividades profissionais no país. Segundo Rui, o projeto é "odioso".



Em evento em SP, ex-presidente sugeriu que o fracasso de Dilma pode significar o fim do PT.
"Não elegemos uma revolucionária para permitir que ela fracasse", disparou.


Jornal GGN - Em evento para petistas na capital paulista, na noite de sexta-feira (24), o ex-presidente Lula cobrou reação de sua sucessora no Planato, Dilma Rousseff, que enfrenta uma crise política e dificuldades econômicas que têm reduzido sua popularidade. Segundo Lula, Dilma precisa dar sentido ao segundo mandato, lançando mão de mais diálogo com o Congresso e dizendo à população quais serão os novos projetos encampados pelo governo.
Para Lula, o PT não elegeu "uma revolucionária" para depois assisti-la "fracassar" e levar o partido junto. “Eu não vim ao mundo para fracassar. O PT não nasceu para fracassar”, disse. "Eu sou um dos pais do PT e um dos filhos desse partido. E eu não pretendo deixar ele acabar. Nós vamos ressurgir ainda mais fortes", acrescentou.
“Nós precisamos a começar a dizer o que vamos fazer no segundo mandato. Qual é a nossa política de desenvolvimento que vamos colocar em prática, qual é o tipo de indústria que vamos incentivar”, afirmou Lula, para militantes, dirigentes e parlamentares petistas, reunidos na quadra do Sindicato dos Bancários. As informações são do Valor Econômico.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Não tira o pé da senzala midiática - as babozeiras puxasacais do dotô





Candidato a 'salvador da pátria' na disputa presidencial de 2018, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa trata de ficar bem com a família Marinho; ele usou seu perfil no Twitter para sessão 'gratuita' de elogios à Rede Globo, que comemora seus 50 anos; primeiro negro no Supremo, Barbosa disse no microblog que a emissora dos Marinho "aproximou milhões de brasileiros, via língua, cultura e sotaques jamais imaginados"; ele relata 'a experiência pessoal' de, quando jovem, ter tido contato com outros sotaques brasileiros por meio da Globo; "Foi com absoluto espanto que, adolescente pela 1ª vez no Rio, eu ouvi e me deliciei com o fantástico sotaque baiano", escreveu o pré-candidato; grande parcela da população vê na Globo, porém, a tentativa de empurrar goela a baixo os padrões cariocas.

247 - Joaquim Barbosa disse no microblog que a emissora dos Marinho "aproximou milhões de brasileiros, via língua, cultura e sotaques jamais imaginados".
Contrapondo o ex-ministro, porém, grande parcela da população vê na Globo a tentativa de empurrar goela a baixo os padrões cariocas como os corretos para a cidadania brasileira.
Joaquim Barbosa ainda relatou 'a experiência pessoal' de, quando jovem, ter tido contato com outros sotaques brasileiros por meio da Globo. "Foi com absoluto espanto que, adolescente pela 1ª vez no Rio, eu ouvi e me deliciei com o fantástico sotaque baiano", escreveu o pré-candidato no Twitter.
E para fechar a conta, ele parabenizou a emissora por seu papel de 'inclusão' de jornalistas negros. "Fez pouco, mas já fez mais do que seus concorrentes na ainda discreta porém consistente de negros no seu jornalismo".

SÓ MESMO DEUS PARA SALVA BABILONIA E A REDE NOJO



Flop
por : Paulo Nogueira

Babilônia não tem público, mas em compensação milhares de pessoas se dedicam a animados debates sobre as razões do seu fracasso.
O último especialista a palpitar foi Boni. Para ele, o problema não está na polêmica em torno de coisas como o casal de senhoras lésbicas.
A novela, simplesmente, é ruim, diz Boni.
Não vi e nem verei uma só cena de Babilônia, mas sei o mal de que padece a novela: internet.
As discussões ignoram isso: televisão e seus produtos como novela viraram obsolescência na Era Digital.
Ninguém mais vê televisão. Ou melhor: o público que importa para a sua sobrevivência – os jovens 
— não vê.
Tevê deixou de fazer parte da vida dos jovens com o florescimento da internet, e isto é uma sentença de morte.
Uma pesquisa recente do Ibope mostrou o envelhecimento do público da tevê: os consumidores estão, essencialmente, acima dos 50 anos.
A mesma coisa ocorre com jornais e revistas. Talvez alguém da Globo possa se sair com uma frase antológica do diretor de redação da Veja, Eurípides Alcântara.
Perguntado por seu chefe sobre por que o leitor da Veja é tão idoso – acima dos 60 –, Eurípides invocou Charles Aznavour. Disse que a Veja é “Charles Aznavour” das revistas, como se isso fosse um triunfo.
Eurípides se notabilizou na juventude por editar a célebre matéria do boimate – uma pegadinha de 1.o de abril de uma revista científica estrangeira que dizia ter sido feita uma combinação de boi com tomate. Mas, com a menção a Charles Aznavour, ele se superou na meia idade.
Qualquer coisa que passe na televisão, daqui por diante, padecerá do mesmo mal de Babilônia: escassez desesperadora de público.
Imagine que a Globo traga o criador de Breaking Bad, Vince Gilligan, e encomende a ele uma novela.
Será maravilhosa, graças ao talento exuberante de Gilligan. Só que ninguém vai ver.
O mesmo drama vale, naturalmente, para o telejornalismo da Globo.
A audiência do Jornal Nacional, hoje, é irrisória perto do que foi dez ou vinte anos atrás. É como se os telespectadores estivessem escorrendo por uma torneira o tempo todo.
Você pode mandar embora Ali Kamel, Bonner e toda a equipe que nada vai mudar substancialmente.
A internet é uma mídia disruptora. Não há nada que a Globo possa contra ela. Em seus 50 anos de domínio sobre o Brasil, não interrompido sequer com a chegada do PT ao poder, a Globo jamais encontrou um obstáculo como a internet.
A Globo não tem como intimidar, pressionar, sabotar a internet. A internet é infinitamente maior que ela.
Os brasileiros devem ter gratidão eterna pela internet.
Sem ela, a Globo continuaria a agrilhoar o Brasil e impedir, indefinidamente, o avanço da sociedade.
Agora, a Globo tem que lutar pela sobrevivência – e o dia em que os anunciantes acordarem para o fato de que pagam muito por uma audiência cada vez menor os sinos fatalmente dobrarão para a 
família Marinho.

Made in USA. Como os EUA ajudaram a criar o Estado Islâmico





BBC Brasil


Um dos grupos extremistas mais poderosos da atualidade, o autointitulado ‘Estado Islâmico’, nasceu em um lugar surpreendente: uma prisão americana no deserto do Iraque.
 

Isto segundo analistas e comandantes que instalaram a prisão de Camp Bucca, no sul do Iraque, e os soldados que trabalharam no local.
Camp Bucca não era o nome original da prisão. Logo depois da invasão do Iraque, a instalação foi batizada de Camp Freddy pelas forças britânicas.

Mas, em abril de 2003, quando os americanos assumiram o controle do campo de detenção, ele foi rebatizado para homenagear Ronald Bucca, um chefe de bombeiros de Nova York que morreu durante os trabalhos de resgate após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra as torres do World Trade Center.
O centro de detenção fica nos arredores da cidade de Basra, sul do Iraque, e foi considerado uma prisão modelo, com unidades habitacionais de cimento e teto de madeira, atividades gerenciadas pelos próprios detentos, direito a visita familiar e assistência médica.
Camp Bucca chegou a ter 27 mil detentos espalhados em 24 campos e classificados com uniformes de cores diferentes. Muitos destes detentos foram para a prisão transferidos de Abu Ghraib, depois do escândalo de torturas e abuso de prisioneiros.
Por esta prisão passaram, entre outros, nove integrantes da cúpula do ‘Estado Islâmico’, segundo um relatório do Soufan Group, uma organização que oferece serviços estratégicos de inteligência em segurança a governos e multinacionais. O informe, chamado The Islamic State, foi publicado em novembro de 2014.
‘Universidade’
O líder do ‘Estado Islâmico’, Abu Bakr al-Baghdadi, que afirma ser o califa e “líder de todos os muçulmanos”, passou cinco anos em Camp Bucca.
Em fevereiro de 2004 al-Baghdadi estava em uma prisão em Fallujah, a oeste da capital iraquiana, Bagdá, quando foi transferido para o complexo no deserto.
Ele estava com 33 anos e há alguns meses tinha ajudado a fundar o Jeish Ahl al-Sunnah al-Jamaah, um grupo militante com raízes nas comunidades sunitas nos arredores de sua cidade natal, Samarra.
Aqueles eram os tempos da insurgência sunita contra os Estados Unidos.
Mas, o grupo que ele ajudou a fundar não era muito conhecido e, por isso, ele chegou a Camp Bucca sem muita fama.
“Os americanos não sabiam quem estavam prendendo”, disse Hisham al-Hashimi, assessor do atual governo do Iraque.
Em Camp Bucca, al-Baghdadi conheceu aquele que seria o número dois na cúpula de poder do ‘Estado Islâmico’, Abu Muslim al-Turkmani, assim como o experiente militar Haji Bakr, já falecido.
E, de acordo com o Soufan Group, também esteve na prisão Abu Qasim, líder dos combatentes estrangeiros.
Para analistas, Camp Bucca apenas aprofundou o extremismo entre eles.
“Antes de sua prisão, al-Baghdadi e outros eram radicais violentos (…), mas seu tempo na prisão aprofundou seu extremismo e deu a eles a oportunidade de aumentar o número de seguidores”, afirmou o ex-militar Andrew Thompson ao jornal The New York Times em novembro de 2014.
“A prisão se transformou em uma universidade virtual de terroristas”, acrescentou.
 

David Petraeus ( foto acima) general que liderou a operação americana no Iraque, já tinha reconhecido este fato quase com as mesmas palavras.
“Estes extremistas estavam, basicamente, gerenciando uma universidade para treinar terroristas em nossas próprias instalações. Estávamos liberando indivíduos que eram mais radicais do que quando chegaram (a Camp Bucca)”, afirmou.
Radicalização
O chefe da polícia iraquiana, Saad Abbas Mahmoud, também se referiu à radicalização dentro de Camp Bucca em uma entrevista ao jornal americano The Washington Post.
 

“Estes homens não estavam plantando flores no jardim.”
James Skylar Gerrond, comandante encarregado da prisão entre 2006 e 2007, tem esta mesma opinião.
“Muitos de nós em Camp Bucca nos preocupávamos que, ao invés de apenas alojar os detidos, também tínhamos criado uma panela de pressão do extremismo”, escreveu Gerrond em sua conta no Twitter.
Os analistas também afirmam que Camp Bucca não foi apenas um lugar para a radicalização, mas também para a colaboração.
Foi naquela prisão que os membros do Baath, o partido do ex-líder iraquiano Saddam Hussein, se encontraram com os fundamentalistas islâmicos. E isto acabou em um “casamento de conveniência”, segundo o Soufan Group.
Os analistas afirmam que cada grupo ofereceu o que o outro precisava. Assim, os jihadistas aprenderam com os membros do Baath habilidades para se organizar e disciplina militar. E os baathistas, por outro lado, encontraram um propósito entre os militantes islamistas.
“Em Bucca, as matemáticas mudaram quando as ideologias adotaram traços militares e burocráticos e os burocratas se transformaram em extremistas violentos”, afirmou o relatório do Soufan Group.
De acordo com o jornalista da BBC Peter Taylor, que tem 35 anos em assuntos como insurgência e violência política, conhecer estes fatos é fundamental para entender o fenômeno que é o ‘Estado Islâmico’.
O EI é um grupo que, em poucos meses, levantou uma fortuna calculada em US$ 2 bilhões, controla grandes áreas na Síria e Iraque, onde vivem cerca de 8 milhões de pessoas, conta com cerca de 50 mil combatentes, usa com muita habilidade as redes sociais para fazer propaganda e, conseguiu levar cerca de 12 mil militantes estrangeiros a prometerem fazer parte da Jihad. 

Via DCM

terça-feira, 21 de abril de 2015

Patrulhamento implacável. Jô, que defende Dilma, vira sessão coruja na Rede Nojo

247 - Apresentador da Rede Globo que saiu em defesa do atual mandato da presidente Dilma Rousseff duas vezes nos últimos cinco meses, Jô Soares está sendo deslocado para a madrugada na programação da emissora. Para se ter uma ideia, nesta quinta-feira (23), o Programa do Jô será exibido às 2h22, após o Jornal da Globo (o jornalístico mais antipetista da TV dos Marinho).
Na semana passada, em um debate sobre o cenário político, o apresentador rebateu declarações da jornalista Ana Maria Tahan e saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff. "Agora eu tenho muito medo dessa vitimização da presidente da República. Eu acho isso meio inconcebível", disse Jô. "Em qual sentido?", perguntou Ana Maria. "No sentido de que estão fazendo dela uma vítima de uma Eleição que foi absolutamente legítima", respondeu o apresentador. "Me desculpa, Jô, mas ela está pagando pelos erros dela mesma", retrucou a jornalista. "Mas isso vale o 'Fora Dilma'?", questionou o apresentador. "Jô, tem gente que pensa de toda forma. [O direito de] se manifestar está garantido pela Constituição", respondeu em seguida. Posteriormente, ela disse que "foi uma eleição também onde as pessoas perceberam que foram enganadas um mês depois no discurso. A presidente fez alhos e bugalhos. A conta de luz mais do que dobrou". E ele rebateu novamente: "Ah, eu não acho. Todo mundo sabia o que ia acontecer" (leia mais aqui).
Já em dezembro do ano passado, Jô Soares rechaçou a ideia de impeachment da presidente (relembre aqui). "O Brasil vivia um outro momento [na época de Collor], era uma coisa inteiramente nova no Brasil acontecer isso, os caras pintadas na rua... isso sim teve uma repercussão positiva no mundo inteiro. Mas um impeachment, hoje, da nossa presidente, que acabou de ser reeleita, é golpe. Pra mim é golpe", disse ele.
Com perda de audiência em seu horário nobre, diante do fracasso da atual novela das 9, Babilônia, a Globo tem empurrado toda a sua programação para mais tarde. Sendo assim, Jô Soares está entrando pela madrugada. Na quinta, o Jornal Nacional entrará no ar a partir das 20h49. Babilônia virá na sequência depois de 21h27, seguido de Chapa Quente (22h41) e do especial Luz, câmera 50 anos (23h25). O Na Moral de Pedro Bial será apresentado a partir de 1h04, seguido do Jornal da Globo e, finalmente, Jô Soares (2h22).

FLÁVIO DINO: ‘TODO PATRIOTA DEVE DEFENDER A IMUNIZAÇÃO DA PETROBRAS’



Governador que derrubou oligarquia dos Sarney no Maranhão tem posição crítica em relação a questões como a intolerância política, a apuração de casos de corrupção e a defesa dos interesses do país.

Na Rede Brasil Atual 




Brasília – Eleito para governar o Maranhão pelo PCdoB com 63% dos votos, o ex-juiz federal e ex-deputado federal Flávio Dino tem chamado a atenção no país por adotar um protagonismo na defesa de questões nacionais que vão além dos problemas do seu estado. Recentemente, Dino destacou a importância de serem taxadas as grandes fortunas, como forma de se fazer com que o ajuste fiscal – em curso pelo Executivo – também tenha impacto sobre os mais abonados “e não apenas o bolso dos trabalhadores”, conforme deixou claro. Foi ele, também, o primeiro governador a se posicionar contrário ao pedido pelo impeachment da presidenta, ao capitanear um movimento que contou com a adesão de outros chefes de executivos estaduais da Região Nordeste.
Em relação às denúncias de corrupção na Petrobras, Dino demonstra preocupação com o que chama de “interesses provenientes do mercado” em sabotar a companhia. Alertou, inclusive, para que seja tomado cuidado no sentido de se evitar que a crise não acarrete em prejuízos ainda mais graves para o país. Por esse motivo, ele faz, nesta entrevista, uma conclamação aos brasileiros, quando ressalta que “todo patriota deve, hoje, defender a imunização da Petrobras”.
A entrevista com o governador Flávio Dino foi concedida durante o programa Espaço Público, da TV Brasil, que tem como âncora o jornalista Paulo Moreira Leite, e teve participação do jornalista Florestan Fernandes Júnior e da repórter Hylda Cavalcanti, da Rede Brasil Atual. Leia alguns trechos.
A Entrevista:
O senhor integra um grupo de governadores que divulgou carta de apoio à presidenta Dilma Rousseff. Como é possível conciliar essa agenda que assume compromisso com as medidas a serem feitas pelo Executivo e também pede por mais investimentos, num período de ajuste fiscal e cortes no orçamento?

Temos o consenso de defender a democracia política. Isso é o que nos une. Somos contra qualquer tentativa golpista. Não há espaço no país para falar em qualquer intervenção militar, tampouco para se falar em impeachment, que é uma sanção para um crime pessoalmente cometido pelo presidente da República, coisa que não acontece. Temos que preservar a estabilidade econômica, a estabilidade da moeda, e compreendemos a necessidade de ajuste fiscal. Mas o mundo é matizado e, nesse universo do chamado ajuste fiscal, há diferenças de ênfase. Por exemplo, estamos colocando um ingrediente na discussão que é a necessidade do ajuste fiscal ser para todos. Não apenas para os mais pobres, mas para aqueles que lucraram no período de bonança econômica, por isso que é preciso regulamentar o imposto sobre grandes fortunas.

A situação política do Brasil, hoje, está marcada pela intolerância e por uma cultura de ódio. Como fortalecer a democracia em nosso país?
As grandes conquistas democráticas do Brasil foram possíveis diante de grandes frentes políticas. Lembro bem do papel gigantesco do Mário Covas na Constituinte. A campanha pelas Diretas também se deu assim. Hoje, nosso principal desafio é abominar o ódio como instrumento de luta política, o que é incompatível com nosso ambiente democrático. Precisamos romper com o sectarismo e construir um ambiente que permita o encontro de contrários. No meu estado fizemos uma frente política que inclui do PT ao PSDB e hoje governamos todos juntos numa plataforma avançada, de reformas sociais. É uma contribuição que acho possível ser dada neste momento. É preciso um diálogo mais amplo pelas forças políticas. Temos espaço para isso no Brasil, porque a sociedade está mostrando que não suporta essa luta nas ruas de forma infinita. As instituições existem justamente para fazer um arbitramento dos conflitos.


Como o senhor avalia os protestos do último dia 12, que tiveram a metade do público observado nas manifestações de março?



Acredito que haverá, agora, um arrefecimento dessas manifestações. Claro que podem voltar em outro momento, dependendo da conjuntura econômica. Particularmente, acho que viveremos um ano difícil na economia, mas teremos uma retomada do crescimento com a manutenção das conquistas sociais, de modo que haja uma paz política que nos conduza até disputas posteriores nas ruas, como é próprio de uma democracia. Não imagino que perdure esse clima de lutas até 2018.Como o senhor vê a operação Lava Jato, que utiliza a delação premiada para chegar a corruptos e corruptores? O que está acontecendo no Brasil que faz parecer que a Justiça passou a ser seletiva, aplicando tudo para uns e passando em brancas nuvens, para outros?
Não há dúvidas que há circunstâncias que causam enorme perplexidade. Uma prova é o mensalão comparado com o mensalão mineiro. No primeiro caso, houve julgamento, no outro não – e é impossível entender isso. Ninguém consegue explicar. De fato, é preciso assegurar alguns princípios. O primeiro é que todos os casos de corrupção precisam ser apurados e punidos. Todos. Os que se refiram a políticos e ao mundo econômico, ao empresariado, porque é preciso olhar para além da superfície desses escândalos. Há uma promiscuidade entre a política e o poder econômico que está na origem de todos os escândalos de corrupção no Brasil e é preciso ir a fundo nestas relações perversas. O segundo critério que devemos defender é que a lei seja para todos e não haja seletividade, nem na abordagem, nem na priorização dos casos.

Quando falamos em seletividade, observamos também que denúncias da Petrobras que envolvem o PT recebem mais atenção do que as que envolvem o PP. De onde vem essa seletividade? Podemos imaginar que há uma preferência política dos órgãos que fazem a Justiça no Brasil?

Claro que há preferência política, porque são todos humanos. Sempre digo nas minhas palestras que o único juiz neutro que conheço está no cemitério. Para isso que existem as normas, as regras do jogo, para exatamente imunizar o máximo quanto possível, para o processo judicial não virar o rei do arbítrio. O que eu temo é que em razão, exatamente, do crescimento do protagonismo, da visibilidade do Judiciário, acabe havendo uma contaminação, uma ruptura do filtro, porque são sistemas de poder que operam de modo intrincado na sociedade, no subsistema judiciário, político, na mídia, no poder econômico.
Um processo judicial é um conjunto bastante complexo de contradições que se resolvem nos autos naquele momento, então é claro que é preciso ficar muito atento. A impressão que eu tenho, e não me refiro à Lava Jato, porque conheço bastante o juiz Sergio Moro e o acho muito sério, é que essa é uma indagação a ser feita ao conjunto do Poder Judiciário porque é preciso aferir e responder essas questões a partir dos resultados. Na medida em que apenas alguns julgamentos ocorrem e outros não, o resultado alimenta o discurso de que na origem está havendo uma contaminação, uma ruptura dos filtros que garantem que o subsistema Judiciário opere com relativa independência.


Com a crise da Petrobras em função da Lava Jato, não tem sido criada uma situação que vai muito além da Justiça e gera desemprego para muitas pessoas?
Digo até mais que isso: todo patriota deve hoje defender a imunização da Petrobras em relação aos efeitos da crise o máximo quanto possível. A desaceleração da Petrobras impacta o motor da economia brasileira nas últimas seis, sete décadas, porque Petrobras, indústria automobilística, restauração de estradas e rodovias, equivale tudo ao mesmo motor econômico. É uma cadeia produtiva gigantesca, por isso a crise da Petrobras é muito profunda. É indiscutível que foram cometidos crimes gravíssimos e, obviamente, todos os responsáveis devem ser punidos.
Agora, a partir daí você impedir, sabotar a governança de uma empresa, abalar sua credibilidade é algo muito sério. Há um jogo especulativo claro. Há pessoas no mercado que ganham dinheiro, têm interesses, e manipulam os seus interesses a partir da perspectiva de ganhos financeiros imediatos. Temos que olhar para os efeitos sociais profundos disso e observar a geopolítica do mundo, em que os grandes conflitos mundiais são derivados da disputa por energia. Mao Tse Tung, num dos seus textos, alertava para buscar a contradição principal dos problemas. No caso da Petrobras para além desse aspecto grave, dessa crise de credibilidade, há a contradição do interesse da nação, do interesse da preservação da Petrobras, da possibilidade do Pré-Sal derivar todos os dividendos e o daqueles que, por interesses politiqueiros e do mercado, querem sabotar a estatal.