domingo, 22 de novembro de 2015

“No SBT você não pode falar de política”, diz Silvio Santos a Sheherazade


Da veja:

O sempre sem filtro Silvio Santos vai atacar novamente neste domingo, durante seu programa no SBT. O apresentador vai receber, entre outros convidados, a jornalista Rachel Sheherazade, âncora do SBT Brasil, para o jogo Não Erre a Letra. No meio da conversa, o patrão vai comentar, em tom de brincadeira, a postura da emissora de admitir tom neutro ao falar sobre política.
“Aqui você não pode falar em política. O SBT não se mete em política. O SBT é uma estação de entretenimento”, diz Silvio a Rachel. “Se você quer falar de política vai falar na Record, vai falar na Band, na Jovem Pan. Aqui é para entretenimento. De vez em quando, no meu programa, eu coloco algumas músicas descobertas pelo Agnaldo (o sonoplasta). Músicas de mais de 30 anos e não mudou nada. São tão atuais como se tivessem sido feitas ontem.”
O apresentador também pergunta à jornalista por que ela não se dedica mais a assuntos que dão bastante audiência, como a vida das celebridades. “Pode fazer fofoca dos artistas, tem muito assunto. Por que, ao invés de fazer política, você não faz fofoca da Xuxa?”, pergunta para Rachel, que responde que não sabe muito sobre a vida da apresentadora da Record. “Faz fofoca da Xuxa, faz fofoca do Faustão, faz fofoca do Luciano Huck, do Gugu. Gugu é bom para fazer fofoca.” A jornalista responde: “Dá Ibope, é verdade”.
(…)

sábado, 21 de novembro de 2015

Ayres Brito, o Marionete da Globo, que garantiu sua imagem à custa da imagem das vítimas



O ex-Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ayres Britto é o principal responsável pela Lei deDireito de Resposta que ele critica na Folha de hoje (clique aqui).
A entrevista ocultou a questão de que, hoje em dia, Ayres trabalha para grupos e associações de mídia. No STF sempre defendeu os interesses desses grupos.
Pior: assumiu essa posição depois de denúncias sobre uma suposta articulação entre ele e seu genrooferecendo proteção a políticos encrencados com a Lei da Ficha Limpa. O genro procurava o político e oferecia o estratagema: como Ayres tinha sido a favor da Lei, bastaria contratar o genro para ele se declarar impedido e o acusado ter um voto a menos contra.

O golpe foi denunciado pelo ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz. Saiu na mídia. Nos dias seguintes, Ayres tornou-se o principal defensor dos grupos de mídia no STF a ponto de liquidar com o Direito de Resposta. E nunca mais se tocou no caso do genro.
Para liquidar com a Lei de Imprensa, valeu-se de um estratagema malicioso: tratou a lei como fruto do regime militar e, portanto, draconiana. Deixou de lado o fato de que o Direito de Resposta, previsto em lei, nada tinha de draconiano e se constituía na única defesa, ainda que bastante frágil, dos atingidos pela mídia.
Quando questionado sobre o direito de resposta, limitava-se a um sofisma: era um direito constitucional, portanto continuava valendo. De nada valeram os alertas de Marco Aurélio de Mello que, se fossem suprimidas as formas de se buscar o direito, ele se tornaria de difícil aplicabilidade.
No mesmo período, Ayres montou um grupo no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) composto por representantes da ABERT (Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão) e da ANJ (Associação Nacional dos Jornais) visando exclusivamente coibir ações consideradas severas demais contra grupos de mídia. Em nenhum momento, esse grupo atuou a favor do jornalismo dos blogs - alvos de ações de indenização por parte dos mesmos grupos de mídia.
Concedeu diversas entrevistas no período, em todas elas tratando a liberdade de imprensa como valor absoluto, em nenhuma delas tratando das responsabilidades da mídia ou se referindo às vítimas dos abusos de imprensa.

Na época, escrevi uma carta aberta a ele.

Ministro Ayres Brito,
Em que mundo o senhor vive? O senhor tem feito o jogo do jornalismo mais vergonhoso que já se praticou no país, usurpado os direitos de centenas de pessoas que buscavam na Justiça reparação 
contra os crimes de imprensa de que foram vítimas. E não para, não se informa, não aprende, não 
consegue pisar no mundo real, dos fatos.No poder judiciário, o senhor tornou-se o principal 
responsável pelo aprofundamento inédito dos vícios jornalísticos. Sua falta de informação, sua 
atração pelo aplauso fácil, fez com que olhasse hipnotizado para os holofotes da mídia e, ao 
acabar com a Lei de Imprensa sem resolver a questão do Direito de Resposta, deixasse de cumprir 
seu dever constitucional de zelar pelos direitos individuais de centenas de vítimas de abusos da 
imprensa.
Centenas de pessoas sendo massacradas pelo jornalismo difamatório e o senhor ainda vem com 
essa história de defender a mídia das decisões de juízes de primeira instância.

Ele me convidou para um almoço em Brasília. Cobrei dele as entrevistas e sua resposta foi cândida:
sempre falo dos direitos da imprensa e dos deveres; mas a imprensa só publica a primeira parte.
O que me obrigou, com todo respeito, a lembrar a piada da moça atacada pelo tarado. Quando foi?,
indaga a mãe. Antes de ontem, ontem e hoje.
O segundo encontro foi em um Congresso da OAB nacional no Rio de Janeiro, para um público de
mais de 500 pessoas. Participamos de uma mesa com mais palestrantes.
Na palestra de Ayres Britto, loas à liberdade de imprensa como valor maior. Não teve a grandeza
sequer de apontar os vícios da mídia, a busca do sensacionalismo, o desrespeito generalizado à
reputação, as jogadas políticas.
Apresentei meu trabalho com um Power Point. Em um dos trechos falei dos estratagemas da mídia,
um dos quais era o Mito dos Homens Bons, as figuras tornadas poços de virtude por fazer o jogo da
mídia. Enquanto falava, iam entrando as fotos dos varões de Plutarco: Joaquim Barbosa, Gilmar
Mendes, José Serra, ACM, Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres e, por último, Ayres Britto.
Não pronunciei seu nome. Apenas o relacionei na lista dos heróis de mídia.
Pois Ayres pediu a palavra e ficou por 8 minutos discorrendo sobre os votos progressistas que deu no
STF e para explicar que um Ministro precisa ser julgado por seus votos, não por suas palavras.
O empenho dele em responder a uma tela que meramente o apontava como um dos Homens Bons da
mídia dá um pequeno exemplo de como os dados à imagem afetam as pessoas. Ali no evento, tomou
a palavra por 8 minutos para se explicar.
Sabe a que ele recorreu? Ao Direito de Resposta. E recorreu, mesmo sem ter sido mencionado
expressamente, porque considerou que a imagem que construiu tinha sido afetada pela mera inclusão
dele na lista dos heróis da mídia.
Uma pessoa com tal suscetibilidade com sua própria imagem não é capaz de emular os direitos e os
problemas das vítimas da mídia? Não, porque, no seu caso, a construção da imagem pública foi feita
à custa do comprometimento da imagem de terceiros, vítimas atrozes da mídia, e que foram rifadas
por Ayres em troca da sua blindagem.
Terminei a apresentação com uma análise de caso: como a mídia, orquestrada por Serra, tinha
procedido ao assassinato de reputação de Gabriel Chalita.
Ao final, fui ovacionado de pé pelo público, não pelas virtudes da palestra, mas pela urgência do
tema, a impotência generalizada ante os abusos recorrentes da mídia.
No final, o presidente da mesa fez uma breve enquete sobre a necessidade de regulação da mídia.
Apenas um advogado do público se declarou contrário.
Conto isso para mostrar como se dá esse jogo.
Os jornais esmeram-se em apresentar os defeitos da Lei. Não permitem o contraponto. Ayres foi
transformado em figura pública graças ao seu comportamento pró-mídia. Agora, se vale do capital de
imagem angariado, construído pela mídia, para se apresentar como um ex-Ministro supostamente
neutro falando sobre o assunto. Nenhum contraponto, nenhum argumento dos que são a favor da Lei,
nenhuma menção aos crimes da mídia, nenhuma proposta alternativa.
Foi graças à total insensibilidade de Ayres que abriu-se espaço para o pior jornalismo já praticado no
Brasil e, como reação, uma lei de direito de resposta mais severa. No fundo, Ayres Brito é o pai da
nova Lei de Direito de Resposta.

2018: DILMA SUSTENTA O COVEIRO DO PT



A menos que o PT lance o zé Cardozo!​

A ilimitada mediocridade do Ministro Levy governa o ajuste desde que a candidata Dilma demitiu o Mantega em plena campanha e, em seguida, empossou o Levy, enquanto o Aecím ainda comemorava a derrota com o Luciano Hulk.
Levy, portanto, ajusta há um ano.
 
Nessa sexta-feira, o ministro do Planejamento Nelson Barbosa, que deveria estar no lugar do Levy, 
anunciou o resultado de um ano de jestao levyana:
- crescimento negativo do PIB de 3%;
- e inflação de 10%!
Ah, ainda não deu tempo de o ajuste fazer o efeito, dirão os levyanos.
O Congresso atrapalhou e as obras anti-cíclicas demoram, são assim mesmo.
E o comercio exterior do Brasil não é tão significativo a ponto de o Real barato salvar a pátria.
O que o Levy deveria ter feito ele não faz: destravar a Petrobras, como sugerem os professores 
Bercovici, Walfrido e José Francisco, com o “plano de salvamento do projeto nacional de 
infraestrutura”.
E taxar os ricos, porque o Levy não lê o Piketty.
E assim, nessa toada, a Presidenta Dilma vai deixar o Levy enterrar o PT nas eleições de 2018.
Porque não será o Dr Sergio Não Vem ao Caso Moro que realizará essa proeza.
(A menos que, com a ajuda do e sua disciplinada Polícia Federal, ele consiga fazer o Lula e seus 
filhos passarem o Natal a cadeia.)
O envenenamento do PT na opinião publicada vem de longe, desde o mensalão, que não provou que 
havia o mensalão do PT (o do PSDB sumiu com a denuncia que o Youssef fez do Aecím: evaporou-
se…).
Já fez o estrago que poderia ter feito.
E o PSDB não chega a ser a Madre Superiora, mesmo com a incansável e diligente ajuda da Vara de 
Guantánamo.
O bolso é a parte mais sensível do corpo humano, já dizia o Delfim (depois ele nega).
O Levy terá um efeito mais devastador do que 1001 Moros.
E, se, com um ano de governança, ele consegue um crescimento negativo de 3% e uma inflação de 
10% - esquece!
Está claro que na hora de votar o eleitor ainda vai sentir os efeitos devastadores do ajuste levyano.
Mesmo que a situaçao melhore – um pouco - daqui para lá.
O eleitor associará seu infortúnio a qualquer candidato – Lula ou Jaques Wagner – que o PT 
apresente.
A menos que o PT lance o zé Cardozo – esse , sim, imbatível!

Paulo Henrique Amorim

Direito de resposta pode conter tiro global a Lula

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247 – A nova Lei do Direito do Resposta será usada pela primeira vez para conter ataques do grupo Globo de comunicação, da família Marinho, contra o ex-presidente Lula.
Desta vez, quem aciona o dispositivo é o advogado Roberto Teixeira, que é amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi atacado pelo colunista Merval Pereira.
"Lula garantiu que, desde que era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, na passagem pela Presidência e até hoje, nunca ninguém lhe ofereceu 'nem uma pêra'. Mas é fato sabido, e nunca desmentido, que Lula morou durante anos em uma casa de seu amigo Roberto Teixeira", escreveu o colunista.
Teixeira contesta Merval e diz que sua honra e sua imagem foram atingidas. "O fato de eu haver emprestado um imóvel ao Sr. Luiz Inácio Lula da Silva no final da década de 80 não configura qualquer ilegalidade e muito menos se contrapõe ao fato deste último haver afirmado que não participou de qualquer ato ilegal ao longo de sua vida pública", diz ele.

Leia, abaixo, a íntegra do pedido de direito de resposta, apresentado pelo advogado Cristiano Zanin Martins:

Ref: Direito de Resposta (Lei nº 13.188/2015).
ROBERTO TEIXEIRA, brasileiro, casado, advogado, portador da Cédula de Identidade RG nº 3104174/SSP, inscrito no CPF sob o nº 335.451.038-20, com endereço na Rua Padre João Manuel, 755, 19º andar, São Paulo (SP), vem à presença de Vossa Senhoria, por meio do advogado infraassinado (doc. 01), exercer, com fundamento na Lei Federal nº 13.188/2014, o DIREITO DE RESPOSTA em relação à coluna intitulada “No mundo da(o) Lu(l)a”, publicada em 20/11/2015 no jornal “O Globo”, subscrita pelo jornalista Merval Pereira (“Coluna”), pelos fatos a seguir aduzidos.
No bojo da Coluna, o jornalista Merval Pereira fez expressa referência ao nome do Requerente no trecho a seguir transcrito: 
“Por fim, Lula garantiu que, desde que era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, na passagem pela Presidência e até hoje, nunca ninguém lhe ofereceu “nem uma pêra”. Mas é fato sabido, e nunca desmentido, que Lula morou durante anos em uma casa de seu amigo Roberto Teixeira. E hoje um filho de Lula mora em um apartamento de uma empresa ligada ao mesmo Roberto Teixeira” (destacou-se). 
A Coluna trata de entrevista concedida pelo ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao jornalista Roberto D’Avila, na última quarta-feira (18/11/2015).
Durante a aludida entrevista, o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que ninguém jamais lhe ofereceu “nem uma pera” ao afastar a sua participação na prática de atos ilegais.
Para tentar fazer um contraponto a essa posição, Merval Pereira afirmou na Coluna que “Lula morou durante anos” em um imóvel de minha propriedade. 
É verdade que o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva morou em um imóvel de minha propriedade no final da década de 80. Esse imóvel estava desocupado há 02 (dois) anos e havia uma preocupação em relação à segurança de Lula no imóvel onde ele morava anteriormente.
O empréstimo desse bem não importa qualquer constrangimento e muito menos indica a prática de qualquer ato ilegal, ao contrário do que Merval pretendeu afirmar. No início da década de 80, conheci o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ele era um líder sindical e eu era Presidente da Subsecional de São Bernardo do Campo da Ordem dos Advogados do Brasil. Ali nasceu uma amizade verdadeira e desinteressada.
Não posso ser julgado pelo fato desse amigo haver se tornado Presidente da República muito tempo depois. O fato de eu haver emprestado um imóvel ao Sr. Luiz Inácio Lula da Silva no final da década de 80 não configura qualquer ilegalidade e muito menos se contrapõe ao fato deste último haver afirmado ao jornalista Roberto D'Avila que não participou de qualquer ato ilegal ao longo de sua vida pública.
Portanto, a publicação feita por Merval Pereira atenta contra o meu nome e contra a minha imagem. O fato de eu haver emprestado um imóvel ao Sr. Luiz Inácio Lula da Silva no final da década de 80 não configura qualquer ilegalidade e muito menos se contrapõe ao fato deste último haver afirmado que não participou de qualquer ato ilegal ao longo de sua vida pública.
Assim, sendo claro o enquadramento da situação acima descrita no quanto dispõe o caput art. 2º da Lei nº 13.188/2015, bem como de seu parágrafo primeiro1 , requer-se, mediante publicação do inteiro teor do texto anexo no prazo de 07 (sete) dias, no mesmo espaço e com os mesmos caracteres, conforme previsto no art. 5º do mesmo Diploma, sob pena de configuração de interesse jurídico para a propositura de ação judicial para essa finalidade. São Paulo, 17 de novembro de 2015.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A ARMAÇÂO DA NOIVA DE CHUCKY E DO ROLANDANDOLFE RODRIGUES




No Blog da Cidadania

Na noite da última da última terça-feira (17/11), começou a se espalhar pelas redes sociais (a partir do What’s App) uma interpretação maliciosa, canalha, inacreditavelmente estúpida e verdadeiramente criminosa de decreto do governo federal que passa a considerar como “acidente natural” rompimentos de barragens que “ocasionem movimentos de massa”.



Imediatamente, o Blog começou a receber mensagens de leitores questionando medida que estava 
sendo apresentada por opositores do governo como iniciativa da presidente Dilma Rousseff para 
“inocentar a Samarco”, mineradora responsável pelo rompimento da Barragem do Fundão, em 
Mariana (MG), que dizimou o distrito de Bento Rodrigues.


De fato, o decreto 8572, de 13 de novembro de 2015, dá margem a tal interpretação se reproduzido 
fora do contexto para atingir pessoas pouco preocupadas com os fatos e dispostas a condenar sem 
reflexão.
Os rumores nas redes sociais, porém, decorreram do fato de que, no mesmo dia 17, o senador pelo 
Amapá Randolfe Rodrigues (ex-PSOL, atualmente filiado ao partido Rede Sustentabilidade) foi à 
tribuna do Senado espalhar essa versão absurda sobre o decreto da presidente da República.No dia 
seguinte, a subprocuradora Sandra Cureau, que atua na área de meio ambiente na Procuradoria-Geral 
da República e que se tornou uma notória antipetista, criticou o decreto da presidente por julgar que 
a medida poderia ter reflexos nas áreas penal e cível e poderia ser usada pela mineradora Samarco 
para buscar reduzir penas nessas esferas.
Não tardou para a má fé cooptar a ignorância. Pessoas irresponsáveis começam a propagar a farsa 
pela internet



No mesmo dia 17, à noite, o Blog entrou em contato com a assessoria do ministro-chefe da 
Secretaria de Governo da Presidência, Ricardo Berzoini, e obteve as explicações necessárias. 
Informada por este Blog sobre o que estava acontecendo, a Secretaria divulgou as explicações em 
suas páginas nas redes sociais.



Todavia, bastava a leitura atenta do decreto, em seu inteiro teor, para entender que tudo não passou 
de uma armação.
O decreto de Dilma alude ao que está disposto no inciso XVI do caput do art. 20 da Lei nº 8.036/90. 
Se fossem procurar o que diz essa lei, veriam que ela dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço e o art. 20 estabelece as hipóteses nas quais podem ser sacados os valores correspondentes 
ao FGTS.
O inciso XVI, por sua vez, determina que poderá haver saque do FGTS por motivos de necessidade 
pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural. O decreto nº 8.572/2015, portanto, 
serve para assegurar às vítimas de desastres decorrentes de rompimento de barragens a possibilidade 
de sacar o FGTS.
Esse decreto altera o decreto nº 5.113/2004 que regulamenta as hipóteses de saque de FGTS em 
situações de emergência ou estado de calamidade pública decorrentes de desastre natural.
Nesse decreto não consta como desastre natural o rompimento de barragens, não sendo possível o 
saque do FGTS pelos afetados pelo rompimento da barragem em Mariana. Assim, para fins de 
possibilitar o recomeço da vida das pessoas atingidas, foi editado o decreto nº 8.036/90 
possibilitando a movimentação da conta do FGTS.
Quanto às interpretações do senador Randolfe Rodrigues e da subprocuradora Sandra Cureau, são 
vergonhosas. São pessoas que conhecem a lei. Como podem afirmar que rompimento de barragens 
vai ser considerado desastre natural mesmo que comprovada negligência da empresa responsável?
Infelizmente, enquanto as mentiras ganharam milhares de compartilhamentos nas redes sociais, as 
explicações do governo ficaram reduzidas a pouquíssimos desses compartilhamentos, razão pela qual 
o Blog exorta as pessoas a que difundam os fatos quanto puderem, apesar de que o mal já está feito, 
pois muita gente jamais se dará o trabalho de procurar a verdade.

A POBREZA DE CARÁTER DE MIRIAN LEITÃO - FAZEMOS QUALQUER NEGÓCIO PARA MANTER REGALIAS DA DITADURA



Defesa fraca dos interesses dos patrões geneticamente golpistas


Parafrazeando Paulo Nogueira no DCM


Os colunistas da mídia têm que melhorar seus argumentos contra o direito de resposta se quiserem ser levados a sério.
Existe um lugar comum que provoca risadas tão logo lido: mordaça. Foi o que Míriam Leitão escreveu dias atrás.


Ora, isso coloca numa situação ridiculamente de vítima uma mídia que não tem limites e vive que mamatas do Estado há décadas.
Para elas, vigora o chamado Nanny State, um Estado Babá. O que o Brasil necessidade, urgentemente, é de umchoque de capitalismo em sua mídia viciada, acomodada e frequentemente desonesta.

Sequer a reserva de mercado foi removida para a imprensa. Parece coisa do Sensacionalista: um dos argumentos que a Globo utilizou para a manutenção da reserva é que os chineses poderiam fazer propaganda comunista numa tevê que controlassem.
Em qualquer sociedade avançada, o direito de resposta é uma prática consagrada para evitar abuso de poder da imprensa.
O principal objetivo é cercear acusações sem prova.
Para ficar no jornal de Míriam, Lauro Jardim jamais teria afirmado que Lulinha fora citado numa delação em sua “estreia triunfal” se houvesse direito de resposta.
Ele faria um trabalho rigoroso de checagem que não existe no jornalismo brasileiro exatamente por causa da impunidade.
A Veja, no caso mais dramático da mídia nacional, não teria se transformado num reduto de gangsterismo editorial com uma legislação que impedisse abusos.
A imprensa não está acima da sociedade, ao contrário do que os colunistas da mídia, e sobretudo seus patrões, parecem pensar.
Direito de resposta é apenas um dos pontos imprescindíveis para forçar a imprensa a ser mais responsável e melhor.
As indenizações também terão que ser discutidas no Brasil. Pateticamente baixas, ela não inibem nenhuma prática jornalista criminosa.
Compare.
Nos Estados Unidos, corre um caso estrepitoso. A revista Rolling Stone publicou uma reportagem sobre um estupro numa universidade. Era um texto pesadamente acusatório em relação à atitude da universidade.
Os fatos mostraram que a revista errou. Houve uma retratação histórica. A revista publicou o relatório de um consagrado professor de jornalismo contratado especialmente para investigar o caso.
Mas a universidade entendeu que não era o bastante. Ela pede na Justiça uma indenização de 25 milhões de dólares pelos prejuízos morais que sofreu.
Outro argumento de extraordinária pobreza utilizado contra o direito de resposta fala em intimidação da imprensa. Em seu artigo, Míriam Leitão falou nisso.

Ora, é como dizer que as leis que vigoram para os cidadãos intimidam Míriam Leitão. Não. Elas servem de referência. Se Míriam não as infringir, viverá em paz.

O real problema seria a ausência de leis para Míriam e para todos nós. Viveríamos no Velho Oeste.
É o que acontece hoje com a imprensa, que pode tudo sem que existam consequências.
Numa resposta que figura nos livros britânicos de história do jornalismo, um primeiro ministro disse a um barão da imprensa no começo da década de 1930 que poderes sem responsabilidade são um atributo exclusivo das meretrizes.
Esta é a situação presente da mídia brasileira.

A visão da esquerda sobre a criação do Estado Islâmico

 
por Edmilson Costa
O terrorismo é um método de ação pequeno-burguês, eivado de niilismo e revolta cega, cujos autores imaginam que podem mudar alguma coisa mediante ações individuais, desligadas das massas. Além disso, quando o terrorismo é realizado indiscriminadamente, atingindo a população civil, esse tipo de ação se torna ainda mais condenável, pois mata pessoas inocentes e não serve à causa que os próprios terroristas defendem. Trata-se apenas do terror pelo terror, da barbárie pura e simples. Em algumas situações, em que se torna necessário ações específicas contra certos objetivos militares ou governamentais, no bojo de grandes lutas de massas ou dualidade de poder, essas ações podem até ser realizadas, desde que não atinjam civis ou inocentes.
 
Esse atentado em Paris se enquadra nas ações de terrorismo puro e simples. Cerca de 130 pessoas foram assassinadas, nenhuma delas possuía relação com o governo ou tinha realizado qualquer ação contra o islamismo. Foram mortos simplesmente por estar no lugar errado, na hora errada. Tratou-se, evidentemente, de um ato bárbaro que ceifou a vida de inocentes, executado por fanáticos, sem nenhum critério político, ideológico ou militar. Na verdade, os executores desse massacre eram apenas peões guiados desde longe por interesses geopolíticos e econômicos do imperialismo, tanto europeu quanto norte-americano. O atentado deve ser duramente condenado e seus autores punidos severamente, mas é importante refletirmos: por que ocorrem tragédias tão bárbaras como esta em pleno século XXI?
Os atentados realizados na França, como o das torres gêmeas nos Estados Unidos e em vários países se assemelham à lenda do feiticeiro que, ao desenvolver de maneira descontrolada o feitiço, terminou não controlando mais a alquimia e esta voltou-se contra o próprio feiticeiro. Os atentados contra as torres gêmeas foram realizados pela Al Qaeda, um grupo terrorista treinado e financiado pela CIA para lutar contra os soviéticos no Afeganistão. Enquanto lutou contra os soviéticos, Bin Laden era festejado como herói, saia em fotos ao lado de dirigentes dos Estados Unidos e era reverenciado no Ocidente. Quando a guerra acabou e os EUA tentaram descartá-lo porque este não servia mais aos seus interesses, recebeu o troco, com os atentados que resultaram em milhares de mortes no centro do império.
Agora a França está sentindo na carne pela segunda vez a mesma dupla moral do imperialismo. O Estado Islâmico e outros grupos terroristas que atuam na Síria foram treinados e armados pelo Ocidente para derrubar o presidente Bashar Assad, porque a Síria representa no Oriente Médio um espinho na garganta do imperialismo, uma vez que não se dobra aos interesses do Ocidente na região. Os Estados Unidos e a Europa, especialmente a França, além da Arábia Saudita, Qatar e Turquia, organizaram milhares de mercenários, oriundos de dezenas de países, construíram rede logística, doaram equipamentos bélicos altamente sofisticados para invadir a Síria e depor seu presidente. Provocaram uma guerra civil e um banho de sangue no País, cujo resultado é a morte de 280 mil sírios, entre os quais milhares de crianças, o deslocamento de 11 milhões de habitantes e o êxodo de 800 mil refugiados que hoje perambulam famintos pela Europa.
Poucos também ainda lembram de que há quatro anos, o Departamento Militar dos Estados Unidos na Europa, a OTAN, com o apoio decisivo da França e sem nenhum motivo plausível, a não ser o desejo de derrubar o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, colocou toda a sua máquina de guerra para bombardear a Líbia e organizou milhares de mercenários para invadir o País e matar o presidente, num espetáculo dantesco divulgado pelas TVs do mundo inteiro. Essa guerra particular do imperialismo contra uma nação soberana custou milhares de vidas, desarticulou o Estado líbio e espalhou a anarquia institucional, onde cada região do País é governada por gangues mercenárias que espalham diariamente o terror entre a população.
É educativo recordar ainda que a guerra dos mercenários contra a Síria tem o apoio também decisivo da França, que forneceu armamento aos mercenários, chamados eufemisticamente de "grupos moderados". Ao admitir que estava entregando armas para esses grupos, o presidente "socialista" francês, François Hollande, disse que os equipamentos bélicos estavam dentro do compromisso europeu com o esforço para derrubar Assad. Esse mesmo argumento foi também expresso pelo presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, quando solicitou ao Congresso verbas para o financiamento dos "rebeldes sírios". Qualquer observador sabe que esses mercenários são treinados em campos da Jordânia e da Turquia pela CIA e depois são enviados para a Síria. Ao chegar na Síria, as armas terminam caindo nas mãos do Estado Islâmico porque os mercenários não têm moral:   lutam ao lado de quem paga mais. E o Estado Islâmico, que controla regiões petrolíferas do Iraque, tem dinheiro suficiente para absorver os novos combatentes. Tudo isso é feito com o conhecimento da CIA, resultando no fato de que o Estado Islâmico se tornou o grupo mais forte entre os mercenários no interior do País.

Estado Islâmico ganha vida própria

Nessa conjuntura, o Estado Islâmico ganhou vida própria. Instalou um Califado na região, instituiu leis medievais nas cidades sob seu controle, destruiu monumentos históricos, realizou um conjunto de atrocidades contra os povos das áreas ocupadas e ainda tinha a prática de degolar os habitantes que não se convertiam ao islã. Enquanto acontecia com os povos da região, essa prática era tolerada pelo Ocidente e desconhecida do grande público. Só se tornou um fato internacional quando jornalistas ocidentais e estrangeiros em geral, europeus e norte-americanos, foram degolados publicamente, com grande estardalhaço e publicidade. A partir daí o mundo inteiro tomou conhecimento dos métodos do Estado Islâmico e sua imagem se deteriorou internacionalmente. Mesmo assim a CIA e os outros serviços de inteligência ocidental continuaram fornecendo, por baixo do pano, armas e material logístico para esses terroristas continuarem matando civis na Síria.
Um dos elementos da conjuntura que mostra a hipocrisia do imperialismo norte-americano e europeu na guerra da Síria é fato de que, quando a imagem do Estado Islâmico se deteriorou definitivamente, o Estados Unidos e os países da Europa resolveram "combater" o Estado Islâmico. Era uma forma de dar alguma satisfação à opinião pública diante das atrocidades cometidas por esses terroristas. Após mais de um ano de bombardeios, o Estado Islâmico continuou mais ativo do que nunca, sofisticando suas ações, ampliando seu exército e conquistando novos territórios.
Quando a Rússia decidiu, por solicitação da Síria, bombardear efetivamente os terroristas do Estado Islâmico, em coordenação em terra com o Exército Sírio, logo a opinião pública mundial tomou conhecimento do engodo que era a luta dos Estados Unidos e da Europa contra esses terroristas. Em menos de três semanas, os russos destruíram campos de treinamento, sua logística, depósitos de armas, bunkers, mudando assim o curso da guerra. A partir daí, com os terroristas em debandada, o Exército Sírio foi retomando as cidades ocupadas e demonstrando ao mundo a farsa dos bombardeios dos Estados Unidos. Ou seja, em um mês a Rússia fez mais do que os Estados Unidos e o Ocidente em mais de um ano.
Diante desse fato insofismável, qual foi a reação do governo norte-americano e de seus aliados? Um cinismo risível. Quando os primeiros resultados dos certeiros bombardeios se tornaram públicos, em vez dos Estados Unidos elogiarem os russos pelos êxitos no combate aos terroristas que eles teoricamente estavam também combatendo, colocaram toda a máquina de propaganda para divulgar que os russos não estavam bombardeando o Estado Islâmico mas os "rebeldes" treinados pela CIA, que os russos erraram alvos e acertaram civis ou que bombardearam por engano território do Irã. Como essas informações eram fantasiosas e convenciam poucas pessoas, mudaram de tática e agora procuram se desvincular do jogo sujo, criando algum fato para salvar sua imagem.
Recentemente, diante da inevitável derrota do Estado Islâmico pelos bombardeios russos, os Estados Unidos novamente buscam manipular a opinião pública através dos meios de comunicação a serviço de seus interesses. Agora, divulga-se que os EUA estão bombardeando efetivamente o Estado Islâmico e num desses bombardeios chegaram a matar o chefe dos terroristas que degolava os estrangeiros. Querem desesperadamente mudar a imagem, associando sua ação à morte de um terrorista "degolador de ocidentais". Pura propaganda. Para quem estava há mais de um ano lutando contra esse grupo terrorista, matar um degolador é um feito não muito digno do exército mais bem equipado e sofisticado do mundo.
Não se pode esquecer também que a França é um dos principais parceiros da Arábia Saudita, uma monarquia feudal e reacionária, principal baluarte do imperialismo no Oriente Médio. Fica muito difícil para a França dizer que todos devem se unir para combater o terrorismo, ao mesmo tempo em que é um dos principais países vendedores de armas para a Arábia Saudita, a principal financiadora dos grupos mais radicais do terrorismo internacional. Essas armas francesas terminam caindo nas mãos dos terroristas. Além disso, como país colonialista, a França não respeita a soberania dos países africanos, suas antigas colônias. Nos últimos anos, mesmo com um governo que se diz socialista, invadiu vários países para defender seus interesses. É contraditório e ridículo querer combater o terrorismo alimentando os terroristas ou os países que os financiam. Em outras palavras, a política francesa para o Oriente Médio contribuiu para o fortalecimento do terrorismo no mundo. Criaram um monstro e foram atacados por ele.
Os mortos de segunda classe
Neste momento, todos os dirigentes dos países ocidentais estão consternados com as mortes de Paris, mas nenhum deles se sensibiliza com as mortes que ocorrem diariamente nos países da periferia, fruto da política imperialista dos Estados Unidos e da Europa. No mesmo momento em que ocorreram os atentados em Paris também os terroristas do Estado Islâmico realizavam um atentado em Beirute no qual morreram 43 pessoas e mais de 280 ficaram feridas. Há algum tempo atrás os terroristas invadiram uma universidade no Quênia e mataram 147 estudantes, da mesma forma que mataram outras centenas na Nigéria.
Todos os dias palestinos são mortos pelas tropas de ocupação de Israel, num espetáculo de brutalidade que já se tornou rotina na região. Milhares de pessoal morreram na invasão da Líbia pelos bombardeios da OTAN e pelas tropas mercenárias a serviço do imperialismo. Outros milhares também morreram ou estão ainda morrendo no Iraque e no Afeganistão. Na Síria, o número de mortes causadas pela guerra imperialista já pode ser considerado um genocídio. Todas estas mortes são da responsabilidade direta da política imperialista para o Oriente Médio e a África na sua insaciável busca por fontes de petróleo, gás e matérias-primas. Para atingir seus objetivos, o imperialismo não limites.
Nenhum dirigente das potencias ocidentais veio a público condenar de forma tão indignada essas atrocidades como estão fazendo com os atentados de Paris. É a indignação seletiva do Ocidente. Parece que a vida dos árabes e africanos tem pouco valor, são mortes de segunda classe. Afinal, nenhum deles era branco de olhos azuis ou residente nas metrópoles imperialistas. Além da brutalidade como o imperialismo trata esses povos, existe também algo vinculado ao racismo, fenômeno típico das sociedades ocidentais, que cresceram e se desenvolveram explorando e humilhando esses povos.
Isso pode ser visto claramente na cobertura realizada pelos meios de comunicações, também controlados pelas nações ocidentais. Nas mortes de segunda classe, eles praticamente silenciam. Tratam a carnificina no Oriente Médio e na África como uma coisa de pouco destaque. Mas quando os atentados são realizados nas vitrines do capital, nos Estados Unidos ou na Europa, os jornais realizam uma cobertura com grande estardalhaço. Passam dias e dias desdobrando o assunto. Transformam essas mortes de primeira classe numa calamidade mundial, incitam a população à solidariedade induzida e todos os dirigentes tratam esses episódios como uma guerra contra os valores ocidentais.
Quem são os verdadeiros responsáveis?
Na verdade, os principais responsáveis pelo terrorismo no mundo são o imperialismo norte-americano e europeu, além de Israel. São os seus governos que armam, treinam e constroem a logística e fornecem as coordenadas de inteligência para esses grupos atacarem países que não seguem o receituário imperialista. Armam terroristas contra Cuba, "contras" para desestabilizar a Nicarágua, Bin Laden e a Al Qaeda para atacar os soviéticos, mercenários para invadir a Líbia e outros grupos que estão direta ou indiretamente servindo aos seus interesses. Na Síria, todos os grupos terroristas, especialmente o Estado Islâmico, foram armados e treinados pelos serviços de inteligência ocidental.
O Estado Islâmico e os outros grupos mercenários que atuam na Síria são criaturas do imperialismo, filhos legítimos ou bastardos da política externa do Ocidente imperial. Sem as armas, o treinamento, a logística e a inteligência e o financiamento do imperialismo estes grupos não teriam condições de operar da mesma forma que estão operando na Síria. Como se explica que um grupo como o Estado Islâmico, inexpressivo há cinco anos, construa num passe de mágica um exército com mais de 50 mil pessoas, com armamento pesado, artilharia, tanques, mísseis e toda a parafernália militar sofisticada que utilizam atualmente? Como explica os desfiles triunfais desse grupo terrorista, com centenas de pick-up novinhas, dezenas de tanques, armamento pesado e moderno, quando conquistam uma cidade ou território?
Todo esse armamento é fornecido pelos países imperialistas e por seus satélites para desestabilizar governos legítimos. Por isso, as lágrimas de crocodilo derramadas pelos dirigentes franceses e ocidentais em geral é uma tremenda hipocrisia contra a opinião pública mundial e os franceses em particular. As balas que mataram os franceses inocentes nesses atentados provavelmente foram fabricadas nos Estados Unidos, na Inglaterra ou na França e os terroristas que executaram os atentados possivelmente foram treinados pelos serviços de inteligência ocidentais. Denunciar essa hipocrisia dos líderes ocidentais neste momento, esclarecer a população sobre os verdadeiros responsáveis por esses atentados é um dever de todos aqueles querem transformar o mundo e se livrar do imperialismo.
A funcionalidade do terrorismo
Vale ressaltar finalmente que o terrorismo é funcional para o capital e o imperialismo, especialmente neste período de crise sistêmica global. Alimentando e financiando o terrorismo contra governos legitimamente eleitos, mas contrários à política do império, desestabiliza-se essas nações, depõe-se seus dirigentes e implementa-se a política econômica imperialista, ampliando-se assim as fronteiras geopolíticas do capital. Pouco importa se para realizar essas ações sejam assassinados centenas de milhares de pessoas, como aconteceu na invasão do Iraque, da Líbia e na guerra mercenária contra o governo da Síria.
Quando o terrorismo ganha vida própria, comete atrocidades nas regiões onde atua e esses fatos chegam à opinião pública internacional, os terroristas deixam de ser funcionais e são descartados por seus patrocinadores. Inverte-se então a equação:   para vingar-se da ingratidão, os terroristas punem severamente seus antigos patrocinadores com atrocidades selvagens, como ocorreu agora em Paris. Mas essas atrocidades são muito menores do que aquelas que praticam nas regiões onde aterrorizam as populações locais. Como são realizadas contra povos de segunda classe não ganharam manchetes nos jornais, rádio ou televisão. Mas quando ocorrem no centro do império, ganham dimensão mundial.
No entanto, por incrível que pareça, esses atentados são também funcionais para o capital em época de crise. Sob o pretexto de combater o terrorismo, os governos ocidentais promulgam leis cada vez mais repressivas contra a população e os trabalhadores. Procuram criminalizar os movimentos sociais. Os partidos de extrema-direita, ganham novos argumentos para perseguir os imigrantes e crescerem eleitoralmente em seus países, tornando-se uma reserva de valor político muito importante que poderá ser utilizada nos momentos de agravamento da crise, como ocorreu no período anterior à Segunda Guerra. Portanto, as lágrimas de crocodilo dos dirigentes ocidentais representam não só a hipocrisia dos representantes de uma classe apodrecida e a dupla moral do imperialismo, mas principalmente a necessidade de superar o sistema imperialista.