sábado, 27 de fevereiro de 2010

FATOR 3 666



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Ao que parece, durante a negociação entre o PT e PMDB ocorrida em Brasília, o 'pomo da discórdia' continua sendo o já famoso ' fator 3666'. Ponto de pauta que vencido, destrava todas as outras falsas ou secundárias amarras que supostamente impedem um entendimento entre o Governo do Pará e as legendas partidárias,que supostamente estariam equivocadas por estarem possuidas de olhos‘altamente gulosos’sobre esses recursos,

pleiteando um espécie de 'dote'o que, como era de se esperar, não esta sendo aceito por quem responsável por bem aplica-la,o próprio Estado.Mas,estão aí e se reapresentam enfileiradas para executar a irreversível tarefa em nova dobrada,que será reeleger a arquiteta Ana Julia Carepa para um segundo mandato a frente do governo do Estado do Pará, sob o comando e a batuta, principalmente, do Partido dos Trabalhadores e PMDB.

A inquietação de grande parte da militância petista é do limite daquilo o que esta sendo negociado. Que a direção estadual do PT não cometa o mesmo erro que injustiçou o ex-deputado Vladimir Palmeira em 1998, quando foi chamado mais uma vez para disputar o governo.Ganhou a convenção do partido,no Rio de Janeiro,mas a direção nacional fez uma intervenção desastrosa,para que se apoiasse o candidato Antony Garotinho, o dono de vastos laranjais.

Já ficou bastante claro para toda a sociedade paraense e brasileira,
faltando comunicar somente a ONU, que o empréstimo solicitado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento pelo Governo Estadual, a despeito do momento em que o foi solicitado, tem fundamento técnico comprovado pela lógica do volume das obras fundamentais que estão sendo tocadas nas principais regiões pólos, dantes relegadas ao ostracismo e esquecimento pelo niilismo do tucanato, 100% belemita dos enxertadores de orquídeas e arquitetos estetas dos borboletários,

A ação do Governo do PT no interior do Estado traduz-se numa proeza empolgante de inversão de valores e prioridades, inédita na nossa história após golpe militar, fato este diuturnamente noticiado pelas grandes redes de comunicação em todo o País, a sociedade esta fortemente aprovando e não deseja inetrrupções.

A suposta e aparente sabotagem na AL, entidade que representa um Estado tão grande, seria um absurdo que nos deslocaria para a época do coronelismo do chicote, pois que os recursos estratégicos solicitados serviriam para serem usados como garantia estrutural mínima e necessária pela atual administração, para prevenir um apagão no andamento do desenvolvimento local.
Seria triste, cheiraria a traição, o povo claramente não escolhe o momento de ser beneficiado.

O ato de patrocinar, e engessar o gerenciamento das prioridades de Estado pelo método balcânico do garrote aos créditos disponíveis ao erário,comprovado, pareceria uma espécie de ‘pegadinha’ de mau gosto por parte de alguns parlamentares com mandato popular,

sabendo-se que são recursos inclusive par mitigar e se contrapor as perdas do ICMS e para dar andamento e ritmo nas obras em todo o Estado,inclusive as do PAC,menina dos olhos do Governo Federal e diamante dos caroneiros felpudos,e seus labe-botas que historicamente usufruem legitimamente na partilha do sucesso.

Na busca de um acordo equilibrado, que transcenda os erros de julgamento e avaliação que muitos consideram politicamente insinceros, -planilha, são planilhas- já que a decisão recorrida de mediação possuiria neste momento uma natureza interlocutória superior, as questões meramente paroquiais e locais, deverão ser superadas, postergadas ou ignoradas,

prevendo-se para breve, uma solução contemplando uma saída de onde todos sejam contemplados, mas que aponte, principalmente, um viés que desconstrua o aparente estado de chantagem que estaria sendo vítima a Administração Estadual por parte do PMDB que teria imposto condições leoninas para votar o emprestimo por ela solicitado.

Desfeito o tensionamento que já vai para alem do tempo regulamentar, o PMDB, daria uma demonstração pública de grandeza desfazendo a suposta impressão de que estaria possuído de uma largura de alforje sem limites, por ter confundido e enquadrado, talvez, de maneira desproporcional, um legítimo pleito de Estado como sendo um pleito setorial da legenda PT,que teria o intuito ao uso eleitoral,desconfiança que pode ser facilmente desmontada pelos mecanismos afiados de rastreamento da justiça e da P.F brasileira.

Desta forma, o cerco perde o sentido diante do efeito tático parcialmente vitorioso no que tange a demarcação de terreno pelo PMDBl. Feito o inferno, os músculos e caninos deveram se enquadrar ao cérebro.

Principalmente sabendo-se que o papel e objetivo do chefão do PMDB, jamais será o de inviabilizar a aliança para 2010,ao contrário,deverá no tempo certo, ’visibilizar’ a campanha da governadora petista, e que ninguém duvide,ela estará com toda certeza lado a lado com Dilma e Lula, percorrendo as mesmíssimas obras ora objeto de cisma, fato que ira somar para sua eleição ao senado, sabe disso, o atual deputado federal, em céu de brigadeiro.

O certo é que: se ele for todo esse gênio que certa professora tanto gosta de enaltecer, saberá avaliar que chegou ao seu limite e terá que ceder,em algum momento, mesmo contra a vontade de alguns dos seus, a uma lógica de sobrevivência, e longevidade inspirada em seu próprio manual, onde reza a lição do não fechar todas as portas e jamais matar a galinha dos ovos de ouro...


Feito o seu jogo, e dado o seu recado, antes do início da grande partida, com todas as letras e como regra numero um de combate, deverá ele render-se ao próximo desafio que será ajudar a governar com coesão a reconquista dos espaços que espoliou –não se assustem, a lupa é potente- antes, durante e após o segundo mandato governo do Estado.

Por dever de responsabilidade ‘transpartidaria,’ sente-se parte viva de tudo aquilo o que esta concretamente construído em nível nacional no que tange o compartilhamento de poder pelo seu partido, que esta devidamente sacramentado dentro do projeto maior que aponta Dilma Rouseff como a virtual nova Presidente do Brasil, salvo um desastre, quer uns queiram ou não, tendo como vice um nome do PMDB, que infelizmente, não poderá ser o seu.

Como não da mais para remar contra a maré, por estar faltando duzentos e poucos dias para as eleições,ciente de que qualquer desarrumação neste tabuleiro, equivalerá a dar um tiro no próprio pé.

Para quem é tido como bom de pontaria, o cenário de terra arrasada é terreno que ele quer distancia como o capeta da cruz...



*Por Felipe San Martim

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