segunda-feira, 22 de março de 2010



A população mundial está poluindo os rios e oceanos com o despejo de milhões de toneladas de resíduos sólidos por dia, envenenando a vida marinha e espalhando doenças que matam milhões de crianças todo ano, disse a ONU nesta segunda-feira.

"A quantidade de água suja significa que mais pessoas morrem hoje por causa da água poluída e contaminada do que por todas as formas de violência, inclusive as guerras", disse o Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês).

Em um relatório intitulado "Água Doente", lançado para o Dia Mundial da Água nesta segunda-feira, o Unep afirmou que dois milhões de toneladas de resíduos, que contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente, causaram gigantescas "zonas mortas", sufocando recifes de corais e peixes.
O resíduo é composto principalmente de esgoto, poluição industrial e pesticidas agrícolas e resíduos animais.

Segundo o relatório, a falta de água limpa mata 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos de idade anualmente. Grande parte do despejo de resíduos acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90 por cento da água de esgoto sem tratamento.
A diarréia, principalmente causada pela água suja, mata cerca de 2,2 milhões de pessoas ao ano, segundo o relatório, e "mais de metade dos leitos de hospital no mundo é ocupada por pessoas com doenças ligadas à água contaminada."
O relatório recomenda sistemas de reciclagem de água e projetos multimilionários para o tratamento de esgoto.

Também sugere a proteção de áreas de terras úmidas, que agem como processadores naturais do esgoto, e o uso de dejetos animais como fertilizantes.
"Se o mundo pretende... sobreviver em um planeta de seis bilhões de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos nos tornar mais inteligentes sobre a administração de água de esgoto", disse o diretor da Unep, Achim Steiner. "O esgoto está literalmente matando pessoas."

(Por Tim Cocke)

Um comentário:

  1. Grande debate Bueres, o despejo de milhares de litros de esgoto sem tratamento são despejados todos os dias na baia do Guajará. Isso significa mais pessoas doentes e aumento dos casos de doenças por veiculação hídrica (diarreias, colera, dengue, amebíase, ancilostomíase, esquitossomose, febres tifóide e paratifóide, etc.).
    Esse relatório, intitulado "Água Doente", meu caro Eduardo, tem tudo a ver, se não vejamos, imaginemos o quanto de esgoto, de poluição industrial, pesticidas, fungicidas e resíduos sólidos que são jogados em nosso corpos hídricos. Para você ter uma idéia, a cidade de Belém despeja, todo dia, 20.000 m³ de esgoto "in natura", sem nenhum tratamento, isso explica uma das conclusões do relatório, mais da metade dos leitos de hospital em qualquer parte do mundo é ocupada por pessoas com doenças ligadas à agua contaminada.
    Nesse momento, você perguntaria a saída para esse estado de coisas? Temos alguma solução para reduzir esse proceso que está ocorrendo no mundo? Eu diria para você que tem solução além da reciclagem, reuso e reutilização da água, existem, como diz o relatório, projetos milionários e as vezes inezequíveis de tratamento de esgoto.
    Na cidade de Belém, Eduardo, bastaria que o prefeito continuasses e ampliasse as obras do prefeito Edimilson Rodrigues, ou seja, o projeto de Biorremediação no Lixão do Aurá, a continuação e ampliação da rede esgotos na ilha de Mosqueiro, a implantação de sistemas isolados de ETEs em áreas afastadas do grande centro e na área insular da cidade. Mais isso seria exigir demais de um prefeito, que todos conhecemos... essa peça não fez nem a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) prevista na 1ª fase do Tucunduba, com recursos destinados pela CEF e a disposição da PMB, através do projeto. Felizmente quem vai concluir é o Governo do Estado!!!
    O que ele faz e faz muito bem é enrolar, enganar o povo e pasmem pensar propostas miraboralantes como, por exemplo, fechar os canais da Doca (não levado a termo pela reação contrária da sociedade) ou a atual maluquice de construir uma ponte de Outeiro a Mosqueiro (minha nossa senhora nos proteja deste cidadão!!!) ou os tais portais da cidade, esses infelizmente levados a termo, com nossos recursos públicos.
    O que esse "nacional", parafraseando nosso Juca, do 5ª emenda (que Deus o tenha!!!), não faz, meu caro é investir em saneamento ambiental, ou seja, ir superando nosso déficit em rede esgoto e não investe em ETEs, pois exige muito recurso público e muito tubo enterrado, o que não rende dividendos (votos) eleitorais para ele e sua quadrilha instalada na PMB.
    O que talvez ele não saiba e, obviamente, não é alertado por sua assessoria, é que o investimento de cada 1 real em saneamento, nós deixamos de gastar 5 reais em saúde pública, nos parece lógico, coerente e consequente investir
    nessa política pública para assim irmos reduzindo uma divida que o poder público tem com a sociedade, que é de:
    1) Universalizar o acesso ao abastecimento de água potável a toda a população;
    2) Elaborar projetos, captar recursos para abastecimento de água e redes de esgoto;
    3) Construir infraestrutura necessária a drenagem urbana, impedinco a total impermeabilização da cidade;
    4) Reduzir a perda de cobertura vegetal na cidade, facilitando o clima mais ameno e a recarga de água em nosso subsolo;
    5) E combater, diuturnamente, os vetores de doenças por contaminação hídrica e diminuir assim os custos em saúde pública.

    Abraços,

    WladLenn

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