quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CRISE NO PARÁ: A MAIOR DO BRASIL...

 

BC diz que economia do Pará perdeu dinamismo


A economia paraense, que teve bom desempenho no período de 2003 a 2006, com crescimento anual médio de 5,5% – acompanhando por pequena diferença o da Região Norte (5,7%) e superando o índice nacional (4%) –, perdeu dinamismo a partir de 2007 e permanece até hoje em ritmo moderado. A informação foi dada ontem, em Belém, pelo diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo. Ele apresentou, aos representantes dos setores público e privado, o Boletim Regional, publicação trimestral do BC que faz uma análise dos indicadores econômicos das cinco regiões do país.

De acordo com o estudo, a economia paraense cresceu nos últimos doze meses, até agosto passado, cerca de 5%. No mesmo período, o crescimento econômico da Região Norte foi de 7,2%, índices abaixo da média nacional, que no período chegou a 7,4%. O BC atribui o menor crescimento da economia paraense (e regional) ao fato de ter convivido a região nesse período com taxas mais altas de inflação.

Em 2009, segundo Araújo, o impacto da crise no Pará foi mais acentuado do que na média nacional, devido sobretudo aos efeitos sobre a indústria extrativa, com destaque para a mineração. Em 2010, segundo ele, há uma recuperação significativa da economia paraense, embora ainda inferior à do país. De qualquer forma, destacou o diretor do BC que há um crescimento expressivo do nível de emprego no mercado formal de trabalho, o que delineia perspectivas positivas para a continuidade da expansão das vendas.

Ele informou que o BC trabalha hoje com uma estimativa de crescimento de 7,3% da economia brasileira em 2010 e de algo em torno de 4,5% no próximo ano. O bom momento econômico vivido pelo país – que foi o último a entrar na crise financeira global de 2008/2009 e o primeiro a sair –, faz o BC prever também um forte aquecimento do comércio no Natal deste ano. O crescimento contínuo do mercado de trabalho, a expansão do crédito, as transferências de renda proporcionadas pelos programas sociais do governo federal e a confiança dos consumidores são, segundo ele, os fatores que devem impulsionar as vendas no final do ano.

Para o 1° trimestre do ano que vem, todavia, o diretor do BC diz que as projeções indicam que ele não deverá ser “tão interessante” como foi o de 2010. O que aconteceu este ano, conforme frisou, foi uma explosão de vendas causada pela euforia que sobreveio ao fim da crise financeira. Nos três primeiros meses de 2010, conforme Araújo, a taxa de crescimento anualizada foi de cerca de 11%. Em 2011, com taxa mais modesta de crescimento, acredita o BC que o comportamento do comércio terá um ritmo também moderado. 


FonteDiário do Pará

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