quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

MASSACRE: PODRIDÃO MUSICAL E POLUIÇÃO SONORA DOS PARAENSES CASTIGAM TURISTAS


por  Eduardo Bueres

O turismo é uma das forças geradoras de divisas mais importantes que  um país pode e deve  contar. Fora os vantajadíssimos discursos oficiais das agências governamentais e privadas que,  universalmente,  classificam esta atividade na ordem de fenômeno agregador em nível humano, coisa de primeira ordem, pelo seu  perfil catalisador e potencializador cultural e científico, tratar-se mesmo, de uma industria limpa, despossuída de chaminés que, faz bem para o planeta e para todos os seres que o habitam.

Pesquisas e estudos acadêmicos concluem, mormente, que: os cidadãos que possuem a devida graça de pratica-lo, apresentam-se com menores níveis de estresse que outros grupos que, por um conjunto de razões, não o praticam e,  por conta disso, gozam de  menor saúde e  longevidade.

São muitos os que afirmam ser este mal (estresse) o pai do câncer,úlcera, gastrite, homicídios, e de quase todos os outros males, físicos éticos e morais, tratando-se mesmo de um 'suicida inconsciente', aquele que, sabendo-se vítima do mesmo, não se trata. 

Aqui no Estado do Pará, aquele que tentar praticar o turismo  ao lado da família, como forma de fugir do estresse e não ganhar o mato cerrado, estará ferrado.
Me refiro ao estratosférico nível de poluição sonora inabalavelmente impregnada na alma nativa do nosso povo. Agressão física e psicológica que é praticada por pessoas de todos os níveis e todas as classes.
Quem já viu um desses animais prepotentes e arrogantes abrir a tampa do seu carro nas praias, igarapés, praças pública entre outros locais, liberando toneladas de decibéis dessas pragas de sons e arremedos de ritmos e fragmentos neo-colonialistas, tipo:  batidão, hause e tecnobabácobrega, entre outros, sabe do que eu estou falando. É um nôjo!: essa gente nos envergonha e nos diminui culturalmente.

Fora á hipocrisia!: não estou falando mal da música paraense já que esta é linda e possui mais de 32 tipos de expressão, sendo internacionalmente reconhecida e amada. Me refiro á esses sons e ritmos, que não passam de pobres variações chinfrines sobre o mesmo tema: um troço que pode ser qualquer  coisa, menos musica, pelo menos da forma como a maioria da civilização a traduz. Cheguei certa vez a presenciar na praia do Pesqueiro, em Soure, Marajó, um grupo de turista franceses que, depois de terem fugido de varias barracas dotadas de potentes caixas de som,  já encontrando-se  no último torrão do areão e, atormentados ao extremo, propunham subornar um desses abomináveis transgressores, através da garçonete que os servia em sua barraca de palha sem lograr êxito, só o fazendo , após muito custo, mediante coação da policia militar..
Assistimos e lamentamos o  desespero do gesto do grupo que girava em torno daquilo que vieram buscar: quietude, contato com a natureza e saúde. Coisa que coroaria toda uma jornada planejada em busca de um conforto chamado silencio!...
Do sagrado silencio, para ouvir o marujar das ondas; o crocitar dos passaros marinhos e assim, fazer novos e ordenar os velhos pensamentos; premio que faria valer o sacrifício e percalços do deslocamento, fora os euros gastos.
Lamentavelmente, este tipo de poluição agride com muita intensidade os ouvidos dos animais,em especial dos cães que, por terem tímpanos mais potentes e sensíveis, sagram e posteriormente correm o risco de ficarem surdos, definitivamente.

Tomara que haja, pelo menos até o início do ano 3.000 , final do atual  século XXI, uma nova tomada de consciência por parte do nosso povo papa-chibé e, até lá, passemos a respeitar e tratar como coisa sagrada e civilizada, o  direito  ao silencio, por tratar-se de um bem e patrimonio emocional-físico  imprescindível, que todos necessitam.

Um comentário:

  1. Boa noite,Bueres.Não tem ser humano que não se revolte com o tribalismo tosco desses vermes que usam e abusam da potencia do som instalados em seus veículos,na Doca,na janela para o Rio,Salinas, Mosqueiro,entre outros locais para liberar em forma de som aquilo que prendem no armário.Já fui vítima dessa obcenidade e sou a favor da repressão com multa para essa turma.

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