quarta-feira, 13 de abril de 2011

ÁGUA: O SUPREMO TESOURO QUE ESTA POR TRAZ DOS INTERESSES DAS POTENCIAS ESTRANGEIRAS POR BELOMONTE

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A água é o recurso que mais preocupa o mundo e alimenta os interesses que levaram a OEA a solicitar a paralisação de Belo Monte.
"Brasil, potência hídrica do século 21" é o título bastante sugestivo da matéria de capa de recente edição especial da National Geographic em português, que traz considerações interessantes sobre o aproveitamento do que certamente será a riqueza mais disputada nos próximos mil anos em nosso planeta.
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Rio Amazonas, o maior do mundo: estratégico patrimônio, mais que cobiçado pelas potencias armamentistas  
belicamente  nuclearizadas

Desde algum tempo tenho procurado mostrar que a água (mais que o ouro, minérios ou petróleo) é o que preocupa e motiva o enorme esforço de marketing promovido por ONGs de várias partes do mundo com o objetivo de provar que os brasileiros são incapazes de:
1 - Proteger o meio-ambiente, especialmente na região Amazônica.
2 - Respeitar as populações indígenas, idem.
3 - Realizar o desenvolvimento "sustentado", alguma coisa com diferentes significados no Brasil, na China e nos EUA. São meros pretextos. Apesar de gastos, funcionam...
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Bôto cor-de-rosa, apresenta o sua dança nos rios da Amazônia

A conclusão, óbvia, é que a Amazônia precisa ser internacionalizada para evitar que utilizemos os recursos de água daquela bacia hidrográfica para produzir energia e proporcionar o desenvolvimento daquela região em nosso benefício exclusivo.
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Então para começar, é urgente impedir a construção das hidrelétricas, enviando seguidas delegações de notáveis que se prestem a fazer o ridículo papel de defensores de etnias das quais mal conhecem a designação correta e certamente desconhecem a localização das aldeias (alguns acreditam que se trata de remanescentes de tribos astecas...).

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O sanguinário comandante Hernán Cortez, a serviço do império espanhol,  invadiu, assaltou, estuprou, roubou, saqueou, assassinou e exterminou os índios, quando o continente sul-americano era terra de ninguém, na defesa dos interesses coloniais da elite europeia.

Esta semana tivemos a demonstração de como a pregação, mesmo infantil, pode influenciar burocratas mal informados de organismos internacionais: uma obscura e inoperante comissão de direitos humanos da OEA aliou-se à tese de tantas outras obscuras ONGs, pedindo a suspensão (!) da construção da Usina de Belo Monte, no rio Xingu.
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Hidro-energia: limpa,pura; que não gera uma fumacinha sequer. Modelo de 
matriz que garante a soberania energética com total independência 
das conturbações internacionais,coisa que os gringos não aceitam porque 
não estão a salvo, 
em razão do seu modelo estar baseado na dependencia do petróleo alheio e das periculosas usinas de energia nuclear.

O referido pedido, baseado numa denúncia feita em 2010 por "diversas" ONGs (não identificadas), não produz nenhuma consequência prática imediata, mas ficou a ameaça de que "poderá vir a ser submetido a exame na Corte Interamericana de Direitos Humanos, também da OEA, caso não sejam aceitas as explicações do governo brasileiro sobre o resultado de consultas submetidas às populações indígenas".
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A solução encontrada pelos norte -americanos para resolver os  interesses dos 'brancos' com relação aos seus indios, foi o extermínio puro e simples, na base do rifle de repetição calibre 44 e do  canhão.
http://www.reisdofaroeste.com.br/artigos/sand_creek.gifA reação oficial foi imediata: o Itamaraty classificou como "precipitadas e injustificáveis" as solicitações da OEA; o senador Flexa Ribeiro, presidente da subcomissão que acompanhará o andamento das obras no Pará, qualificou de "absurdo" o pedido "que até fere a soberania nacional" e o diretor da Agência Nacional de Energia - Nelson Hubner - foi direto: "A OEA conhece muito pouco do processo de licenciamento para dar parecer sobre a obra".
http://sandromeira12.files.wordpress.com/2009/09/cuba.jpg
Cuba sofre um embargo covarde e  medieval contra sua população, por ter ousado declarar-se 
independente e não submeter-se aos interesses do império 
ao qual a  O.E.A se ajoelha humilde.
O que as ONGs (de longa data), agora apoiada pela sub-burocracia da OEA, pretendem bloquear, em realidade, não é a obra em si, mas a condição brasileira de produzir mais energia limpa para prosseguir no seu projeto de desenvolvimento sustentável, inclusive na região Amazônica.


Significa demonstrar a capacidade nacional de conservar, administrar e utilizar as riquezas de um território que detém 11% de toda a água doce do globo, onde correm 12 mil rios que respondem por 16% de toda a água enviada ao mar pelos rios do planeta.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn2v_9e1yXXIXMk5AnuQpwe10REPGWcZS3zxWJBbngfDGL_bcQImFsVdUTiFRXCUp14k9k5cAnEC6MeBv-kNpMnpSkoxRiS2XCsxgKJO_Ot6RWpu6zaIL_WjxvCunDVCHWgy04N_Rxf6w/s1600/rio.jpg
Potencias estrangeiras desejam a submissão do potencial energético 
brasileiro para manter os pilares tradicionais  do atual modelo  
econômico e energético  capitalista, que é altamente vulnerável.
Muitos brasileiros só em anos recentes tomaram conhecimento que, além do aquífero Alter do Chão, que contém as águas do subsolo amazônico, o aquífero Guarani, no subsolo das regiões Centro-Sul-Sudeste do Brasil e partes do Paraguai, Uruguai e Argentina, guarda volume superiror ao seu congênere do Norte.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjITpEgOJlSJAXvhd1ZM7HgcsMrXFq9DQmdQOC3E5GEHnf3O0DpUnYMxqVhlWzVNji4MOVQ34Flzz0onpfOOsWiOpM1KZxd7w-NIEn7Ulzx0OZVh3VKcZBZwAc3ccNt0amE3mMggPe0S2kN/s400/aquifero_alter_chao_5.jpg
Segundo os cálculos apresentadosna edição especial da National Geographic, juntamente com um mapeamento bastante preciso, "não há fartura semelhante em outros cantos do globo: considerando essa abundância, teoricamente cada brasileiro teria à sua disposição, 34 milhões de litros de água por ano, uma quantidade fabulosa, 17 vezes maior do que a 
ONU considera média confortável de consumo".
http://mundodejuliana.zip.net/images/mergulho.jpg
Os brasileiros nadam - por enquanto -  em calmaria sobre o maior tesouro que existe sobre o planeta terra: 
a água doce, o bem mais cobiçado do mundo; 
quanto ao resto, podemos viver sem...
Com todo o progresso civilizatório que se produziu no mundo, digamos, nesse meio século mais recente, a maioria das nações refreou a cobiça em relação aos bens alheios (com notórias exceções provocadas pela exacerbação terrorista). Só não podemos ignorar que a fartura de água, que nos favorece, está distribuída de forma extremamente desigual entre as regiões e os povos.
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A carência nem sempre tem simetria com o estágio de desenvolvimento de cada país, inclusive das potências econômicas (as petroleiras, por exemplo). São nações com poder de influência suficiente para arrancar resoluções de organismos internacionais capazes de validar argumentos, (não importa quão cínicos sejam), que permitam intervir onde exijam seus interesses vitais.
http://resistir.info/palestina/imagens/reservatorio_agua.jpg
Não tenhamos dúvida de que a água figura no alto da agenda dos interesses vitais com potencial de produzir grandes atritos neste século.

Delfim Netto em Carta Capital, 13/4/2011
 SOA-Brasil

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