segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ONU confirma morte de nove funcionários em atentado na Nigéria

A ONU (Organização das Nações Unidas) confirmou nove mortes entre seus funcionários no atentado suicida contra sua sede em Abuja na sexta-feira passada, no qual morreram ao todo 23 pessoas, informou neste domingo o jornal independente "ThisDay".

Conforme Agathe Lawson, diretora local da ONU na Nigéria, além dos nove mortos, muitos trabalhadores do organismo ficaram feridos e estão hospitalizados, enquanto continuam analisando a situação para garantir que todos recebem o melhor tratamento médico e apoio.

Agathe revelou que os demais mortos eram visitantes e seguranças, e admitiu que o número de óbitos pode crescer na medida em que novas informações chegarem de hospitais, trabalhadores da ONU e de suas famílias.

"Os mortos e feridos do ataque são um duro golpe à família das Nações Unidas e aos parceiros locais. Perdemos pessoas motivadas, brilhantes e desinteressadas, que trabalhavam só pelo bem da Nigéria e do mundo", acrescentou.

A diretora local afirmou ainda que a ação não trará desalento ao organismo no cumprimento de suas atividades na Nigéria.

Ao menos 23 pessoas morreram no atentado suicida que devastou parte da sede da ONU na capital da Nigéria, Abuja, em um ataque atribuído ao grupo radical islâmico Boko Haram, que tenta impor a Sharia na Nigéria e nos últimos meses realizou várias ações.

Cerca de 150 milhões de habitantes, com ao menos 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre constantes tensões por diferenças políticas, religiosas e territoriais entre suas comunidades.

A secretária-geral adjunta da ONU, Asha-Rose Migiro, denunciou um ataque "contra a humanidade" durante uma visita ao prédio neste domingo.

"É um ataque contra a paz mundial e contra a humanidade, porque os que trabalham aqui procedem de diversos países", declarou a funcionária.

Na sexta-feira, um terrorista avançou com um carro-bomba contra a entrada do prédio da ONU e provocou uma grande explosão.


Fonte: EFE

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