terça-feira, 2 de agosto de 2011

PARLAMENTARES PARAENSES IGNORAM SOFRIMENTO IMPOSTO PELA EXPLORAÇÃO DA TRAÇÃO ANIMAL



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Eduardo Bueres

O hoje delegado geral da polícia do Pará, Nilton Atayde, relatou que, certa vez, quando trafegava pela principal avenida de Belém, Almirante Barroso, próximo ao 2º Batalhão de Infantaria do Exercito, deparou-se com uma carroça puxada por um cavalo velho, 'tipo couro no osso', abarrotado de toda sorte de pesadas sucatas e artefatos de ferro. 
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O Animal  lagrimava, menos pelas chicotadas que tomava do seu carrasco condutor e mais pelo esforço descomunal que fazia para mover seus limitados músculos. O delegado parou o seu carro e obrigou o carroceiro a desembarcar toda a 'cangalhada'  do  lombo ferido do pobre do bicho e, sob aplausos dos transeuntes, o encaminhou a Delegacia de Meio Ambiente para ser atuado e responder por crime ambiental. 
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O fato é uma exceção, mas serve para exemplificar o quanto existe -  multiplicado por dezenas de milhares -  de  casos parecidos de tortura e maltrato com os animais, não somente aqui no Pará, em todo o  Brasil.
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Há muito a a tração animal urbana já deveria ter sido extinta.Se permanece é porque os interesses do segmento de comerciantes donos de lojas de material de construção e das chamada 'estâncias' que, em alguns casos, são deslavados sonegadores, gente muito rica que, muitos acreditam, recebe uma forte e muy bem desfardada 'blindagem' dos legisladores locais que não os enquadram ou importunam, jamais, por conta de interesses eleitoreiros. Precisamos todos de um bom choque de civilização. Aguardemos pois a manifestação de palanque dos 'prefeituraveis' papa-chibés edição Belém-2012: Valdir Ganzer, Edmilson Rodrigues, Arnaldo Jordy,  Priante  e  Zenaldo para avaliarmos como irão lidar com esse tipo de crime-lixo absurdo.

Enquanto isso,vejamos  um dos bons exemplos que nos chega de são Paulo,voltado á defesa de outros animais domésticos abaixo:
Ministério Público de SP cria grupo para investigar tortura de animais .
O veterinário Danilo Testa e o pit bull queimado com óleo em SP (Foto: Arquivo pessoal)

O veterinário Danilo Testa e o pit bull queimado
com óleo em SP (Foto: Arquivo pessoal)

Procuradores criminais do estado de São Paulo poderão integrar a partir de agora um grupo especializado em apurar denúncias de maus-tratos contra cães, gatos, pássaros e outros animais domésticos. A determinação está no ato normativo 704, que cria o Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais e de Parcelamento Irregular do Solo Urbano (Gecap). O ato foi assinado na semana passada pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Fernando Grella Vieira.
Os promotores vão atuar apoiados em leis como a 9.605/98, que trata de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. A criação do Gecap permitirá ao Ministério Público atuar em representações, inquéritos policiais, procedimentos investigatórios criminais e em termos circunstanciados, assim como também nos processos criminais que envolvam a prática de crimes de parcelamento e ocupação irregular do solo urbano (Lei nº 6.766/79).
Autor da proposta, o promotor de Justiça e deputado estadual Fernando Capez afirma que a criação do Gecap é o primeiro passo na direção da criação de uma promotoria de defesa animal. "Esse grupo vai receber denúncias, representações e vai poder investigar. Nossa expectativa é de que em pouco tempo o volume de trabalho ligado à área animal acarrete a criação da promotoria", disse Capez. Segundo o parlamentar, existe demanda reprimida por esse tipo de atuação do Ministério Público em São Paulo.
Segundo Capez, o grupo deverá ter de três a cinco promotores criminais, que terão de elaborar relatórios mensais e trimestrais de atuação. O deputado afirmou que eles terão poder de investigação. E deu um exemplo de como a promotoria pode ser útil nesse caso.
"Chegou ao meu conhecimento, há 20 dias atrás: um cara colocou no site na sexta-feira que no domingo ele iria esquartejar o gato dele e colocar o filme na internet. Ele fez um torneio: esquartejo ou não esquertejo. Estava vencendo que ele devia matar o gato. Fiquei sem ação. A quem se pode recorrer? Eu fui diretamente ao Deic, delegacia de crimes cibertnéticos, e consegui que eles localizassem o sujeito", afirmou. 

Roney Domingos, G1 SP

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