LITERATURA COMENTADA
Este é o livro que presentemente ocupa as minhas leituras. Comprei-o no Natal (distante) de 1994. Tinha lido na época outro livro de Norman Mailer - "O CANTO DO CARRASCO", e fiquei abismado com a investigação a essa macabra personagem de nome Gary Gilmore. Não mais deixei de "vigiar" a obra deste inconformista, e escritor norte-americano. O motivo de só agora pegar n' O FANTASMA DE HARLOT tem uma explicação. Não só porque é uma "pedra" de 1438 pagª. (risos) como se trata de um romance a sério, (profundo) em torno da história da CIA e de todo um passado de golpes e contra-golpes de estado - apenas no sentido de fazer vingar uma idelogia, e diga-se de passagem muitas das vezes contra pessoas inocentes, e não contra qualquer ideologia ou sequer regime. Este tipo de obra, quanto a mim só se pode ler com dedicação total, mas também num grau de extrema exigência.
Como anteriormente li clássicos "noir" (SIMENON) e clássicos contemporâneo (Robert Wilson) pensei (decidi) fazer contas com o excelente cidadão NORMAN MAILER.
Desta obra, diz-nos Anthony Burguess, o autor de A LARANJA MECÂNICA, «não estamos nos contos de Fadas de James Bond mas num mundo verdadeiro e duro, notavelmente retratado pela prosa magistral de Normam Mailer...Ele era o único homem capaz de contar a história da CIA e torná-la em qualquer coisa melhor que a própria história.»
O Fantasma de Harlot conta-nos a história de Harry Hubbard. Harry frequentou as melhores escolas, licenciou-se em Yale e depois, tal como o pai, o padrinho, Hugh "Harlot" Montague, e a mulher deste (que Harry ama), seguiu a carreira de oficial de informações da CIA. O romance segue o seu percurso, de Berlim a Washington, de Montevideu a Miami, desde o nascimento da "Agência" até ao assassinato de John Fitzgerald Kennedy. Sendo o grande romance que até hoje se escreveu sobre o quotidiano da CIA, ele percorre também, como nenhum outro, os majestrosos e dolorosos caminhos da alma americana. O Fantasma de Harlot é a obra-prima de Norman Mailer, o culminar do seu notável percurso literário."Mailer aí está para nos recordar, na linha de Balzac e de Dickens, que o romance é mais do que um divertimento. Nas suas mãos, a história da CIA ultrapassa a própria História." —
Anthony Burgess
Anthony Burgess
Fonte:http://autores-n.blogspot.com
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