sábado, 24 de março de 2012

Simon diz que Dilma não pode ficar "refém" de partidos



Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (22), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) voltou a condenar a corrupção e a impunidade, e aconselhou a presidente daRepública, Dilma Rousseff, a escolher os melhores técnicos para os cargos do governo. Ele elogiou a presidente e disse que ela não pode ficar “refém de partidos”.

Simon afirmou que ser “muito triste” o momento que o Brasil está vivendo, com desvios no setor da saúde. O senador comentou matéria exibida pelo programaFantástico, da TV Globo, no último domingo (18), em que representantes de empresas foram gravados tentando fraudar uma licitação no Hospital de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo o senador, o trabalho jornalístico é digno de prêmio.

"A corrupção está tão bem organizada que existe até ética entre os corruptos", disse o senador, ironizando uma das conversas gravadas na reportagem.

O senador também comentou a rejeição, por parte do Senado, do nome de Bernardo Figueiredo ao cargo de diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A razão, segundo o senador, foi que os senadores não o consideraram apto para o cargo, com base em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). Mesmo assim, segundo Simon, a imprensa se limitou a publicar que foi uma retaliação do Senado à Presidência da República.
Ministérios

Segundo o senador, a presidente da República, Dilma Rousseff, ainda não mostrou “a linha real” de seu governo. Simon disse que o ministério de Dilma não é o ideal, mas ressaltou que a maioria das decisões da presidente têm sido acertadas. Na visão de Simon, com a força partidária e com o respaldo de milhões de votos recebidos, Dilma poderia escolher os melhores nomes, do ponto de vista técnico, para ocupar os ministérios.

"Dilma foi uma grande secretária estadual e uma grande ministra. Agora, com um ano e pouco de governo, ela tem um prestígio que nunca outro presidente teve", afirmou o senador.

Para Pedro Simon, Dilma não deve ficar refém de negociações de interesses de partidos, mas deve governar buscando o bem comum. De acordo com o senador, a bancada do PMDB nunca se reuniu para discutir indicação de ministros.

Fonte:Jornal do Brasil

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