segunda-feira, 4 de junho de 2012

ARQUIVO VIVO É SOLTO PELA JUSTIÇA BRASILEIRA - Á QUEM INTERESSA QUE ESSE HOMEM ESTEJA SOLTO?

O ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, em sessão da CPI do Cachoeira (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)A justiça brasileira manda soltar Dadá, apontado como o araponga que mais sabe sobre a vida e tramoias do maior corruptor  e manipulador em toda a história da república, Carlinho Cachoeira. Quanto vale a vida desse homem que pode incriminar o Al Capone brasileiro do bicho, como nenhum outro?.

Confira a matéria abaixo do G1.

Ex-sargento da Aeronáutica foi preso no fim de fevereiro em ação da PF.
Tribunal condicionou soltura à não existência de outro mandado de prisão.


A terceira turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) decidiu nesta segunda-feira (4) pela soltura do ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, preso durante a Operação Monte Carlo da Polícia Federal e acusado de ser um espião que atuava com grampos ilegais a serviço do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

A terceira turma do TRF, no entanto, fez a ressalva de que Dadá está impedido de manter contato com outros denunciados e também não pode deixar a comarca de seu domicílio sem autorização judicial. O araponga reside com sua família em Brasília. O TRF também determinou que Dadá não poderá ser solto caso haja outro processo com pedido de prisão em vigor contra ele.

Na outra operação relacionada ao esquema de Cachoeira, a Saint-Mitchel – coordenada pela Polícia Civil do DF –, não há mandado de prisão para Dadá, segundo o Ministério Público do Distrito Federal.
Segundo o desembargador Cândido Ribeiro, a decisão será encaminhada ao presídio e deve ser cumprida de imediato. Dadá, segundo os magistrados, foi beneficiado com uma medida cautelar. Esse dispositivo o impede de manter contato com os outros denunciados envolvidos na Operação Monte Carlo. Se Ministério Público ou Polícia Federal comprovarem que Dadá voltou a fazer contato com outros integrantes da organização, ele pode voltar a ser preso.

Na semana passada, o relator do processo, desembargador Tourinho Neto, havia votado a favor da soltura, mas um pedido de vista do desembargador Cândido Ribeiro adiou a decisão. Nesta segunda, Cândido acompanhou o relator. Para ele, não há sentido no argumento do Ministério Público de que Dadá era  "cabeça pensante" da organização.

"Como um sujeito que é cabeça pensante de uma organização como a de Cachoeira, recebe somente R$ 5 mil?", disse Cândido Ribeiro.

Em depoimento na semana passada à CPI do Cachoeira, criada no Congresso para apurar a relação do bicheiro com agentes públicos e privados, Dadá ficou em silêncio e não respondeu perguntas dos parlamentares da comissão. Segundo a PF, além de atuar no esquema de arapongagem, Dadá também ajudava o contraventor a procurar servidores de órgãos federais para tentar se beneficiar.
  • TRF da 1ª região manda soltar Dadá, ‘araponga’ de Cachoeira
    O assustado ex-sargento da Aeronáutica é considerado o principal informante do bicheiro-empresário investigado em Comissão.
'Lamentável'

Integrante da CPI do Cachoeira, o senador Pedro Taques (PDT-MT) classificou como “lamentável” a decisão de soltar Dadá. "Eu vejo essa decisão como lamentável. Com que cara ficaremos agora?", afirmou Taques.
O senador destacou, contudo, que o tribunal cumpriu a legislação penal. Ele defendeu que o Congresso aprove projeto que torne mais rigorosa a pena prevista para crime de formação de quadrilha.

"Com todo respeito à Justiça, nós estamos diante de uma organização criminosa, e mais uma vez nós temos um juiz cumprindo o que diz a lei. Nós temos que mudar a lei. O Código Penal fala em quadrilha ou bando pensando na quadrilha de Lampião. Nosso Código é de 1940", afirmou.

Fonte; Do G1, em Brasília

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