sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O APARTHEID ISRAELENSE


O militante antiapartheid Ronni Kasrils, judeu, sul-africano e comunista  

Formado na melhor tradição humanista e socialista do judaísmo, Ronni Kasrils nasceu na África do Sul, se tornou comunista e militante antiapartheid, dirigente do Congresso Nacional Africano. Com a vitória do CNA em 1994, Kasrils foi ministro de Mandela. Nesta entrevista ele compara as práticas do Estado de Israel em relação aos palestinos ao apartheid – regime de supremacia branca que vigorou na África do Sul.   

Herói judeu e ministro de Mandela defende o “fim do apartheid de Israel”

Ronni Kasrils diz que “política de terrorismo de Estado de Israel é ainda pior do que a dos racistas sul-africanos”

Por Leonardo Wexell Severo, no site da CUT

Em seu “Livro das perguntas”, Pablo Neruda indaga: “Por que as árvores escondem o esplendor de suas raízes?”. E como se respondesse à inquietação do poeta chileno e ignorasse a minha pergunta, Ronnie Kasrils, sul-africano de pais judeus de origem russa, nascido em Joannesburgo, veterano militante da causa antiapartheid e ex-ministro de Nelson Mandela, iniciou a entrevista exclusiva mostrando o longo caminho percorrido até o Fórum Social Mundial Palestina Livre em Porto Alegre.

Da mãe, “doce, solidária e humanista”, aprendeu que a segregação a que os negros eram submetidos na África do Sul, com suas mais variadas formas de abuso e violência, “era o mesmo tipo de veneno imposto aos judeus na Europa”. Seu pai, um caixeiro viajante, vendedor de balas e doces para as segregadas e miseráveis comunidades negras, logo se converteria numa das principais lideranças sindicais da África do Sul. Desta combinação surgiu a indignação e o desejo da mudança. Daí até a militância clandestina, estimulado por uma prima comunista, foi um passo. A pele branca caiu como uma luva para as necessidades do movimento antiapartheid, até que foi banido de falar em público, de ir às fábricas, de reunir-se com mais de três pessoas e, finalmente, ficar desempregado. “A partir de então os racistas me deixaram com todo o tempo livre para me dedicar à luta contra o apartheid sul-africano”.

Por sua luta, Ronnie Kasrils foi reconhecido como “herói judeu”, título cassado após ter se pronunciado “contra o apartheid de Israel”. Dirigente do Congresso Nacional Africano (ANC), Ronnie esteve reunido com Che Guevara, participou ativamente ao lado de vários combatentes pela libertação do Continente, como Agostinho Neto, de Angola, e Samora Machel, de Moçambique, e foi ministro de Nelson Mandela. “A política de terrorismo de Estado de Israel é ainda pior do que a do apartheid sul-africano, pois o regime de segregação racial não cercava os bantustões – locais onde os negros eram concentrados e apartados da sociedade branca – nem os bombardeava com mísseis. Israel ergue muros e pratica crimes diariamente, covardemente, sem trégua, contra idosos, mulheres e crianças. Como disse certa vez um comandante militar israelense ao ver as barbaridades praticadas contra a aldeia de Deir Yassim, Israel está repetindo os nazistas”.

No auditório da Fecosul, Ronnie debaterá na próxima sexta-feira (30) sobre a Luta Palestina Anti-Apartheid – desafios, modelos e estratégias para a paz justa.

Abaixo, trecos da entrevista, que contou com a colaboração de Leonardo Vieira
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Como foi a sua participação na luta contra o apartheid na África do Sul?
A luta política contra o apartheid era pela não-violência, até que em março de 1960 um protesto pacífico em frente a uma delegacia de polícia foi banhado em sangue. O massacre deixou 69 mortos e representou um divisor de águas. Diante da brutal violência e repressão, discutimos que não havia outro caminho se não a resistência armada. Mandela me indicou como membro do comando de Durban e iniciamos ações que tinham como alvo os símbolos do apartheid, como os “Escritórios de classificação” onde os negros eram catalogados.

Catalogados de que forma?
Os racistas tinham 14 classificações diferentes para distinguir a inferioridade das raças. Iniciava pelo europeu e ia até o bantu, o mais negro de todos. Se uma pessoa dissesse que era branca eles olhavam as unhas, os dentes, como os nazistas faziam. Se um imigrante viesse do Líbano, devido à colonização europeia, era classificado como branco, se viesse da Síria era “de cor”. Atacávamos estes escritórios de classificação com uma regra: nunca matar ninguém. O objetivo era colocar abaixo os símbolos da opressão e do racismo. Isso inspirou muita gente a lutar e serviu como alerta ao regime de que era preciso mudar.


[...]

Fazendo um paralelo com o momento da derrubada do apartheid na África do Sul, como vê o papel da solidariedade internacional contra a política de terrorismo de Estado e segregação levada a cabo pelo governo de Israel?
O movimento antiapartheid nos deu um tremendo apoio e impulso em vários momentos em que a situação interna estava extremamente complicada. Foi uma contribuição inestimável para enfraquecer e isolar os racistas, pois unia gente de todas as origens e classes. Vale lembrar que era um Estado muito poderoso, com mais de cinco milhões de brancos. Nenhuma colônia teve tantos brancos, com raízes no país há muitos anos, grande Exército, economia industrial com abundantes recursos minerais. E os Estados Unidos e a Europa como defensores, com Ronald Reagan e Margaret Thatcher à frente. Ao mesmo tempo, os negros eram submetidos à pobreza mais abjeta, à ignorância profunda, com o regime estimulando a divisão por tribos para melhor manipular. Se você fosse mestiço ou indiano já era capataz, era assim que funcionava. Diante deste quadro interno, a solidariedade trazia esperança.

Neste momento, a adoção de uma política de boicote, desinvestimento e sanções não seria um caminho natural para chamar o governo israelense à razão?
Acredito na efetividade do boicote quando ele chega no bolso, pois é onde dói, ajudando as pessoas a abrirem os olhos e potencializar a resolução desta situação insustentável. Com o boicote e as sanções, os acadêmicos israelenses que se sentem naturalmente orgulhosos de suas conquistas repensarão o alto preço pago pelos palestinos. Se houver boicote de armas e sanções militares, estará minada a capacidade de agressão de Israel.

[...]

O que sentiste ao visitar os territórios ocupados por Israel?
Tanto em Gaza quanto na Cisjordânia senti uma espécie de dejà  vu, era como se estivesse de volta ao regime de apartheid. Na verdade, o que é feito contra os palestinos é ainda pior do que o apartheid sul-africano. Porque por mais brutal que fosse o regime, na África do Sul não se bombardeavam os bantustões, nunca houve o uso de helicópteros, mísseis e tanques. Nas operações, os racistas quebravam portas, prendiam, torturavam, mas isso durava duas semanas, nunca indefinidamente, como acontece na Palestina. Estive em 2004 com Yasser Arafat na sede da presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP) em Ramalah e ele me disse “não está vendo o meu bantustão?” Eu respondi que aquilo não era um bantustão e todos me olharam assombrados, como seu eu tivesse relativizando a gravidade da situação. Mas logo eu respondi que o local era pior do que um bantustão, porque eles nunca foram bombardeados nem nunca houve muros ao seu redor.

Uma segregação sem limites...
Qualquer ser humano de bom senso se sente extremamente chocado com tamanha selvageria. A situação é ainda mais impressionante quando tais crimes são reproduzidos por pessoas descendentes dos que sofreram o holocausto. Minha mãe, sempre muito doce, me ensinou os valores da vida e diante do que via sendo feito com os negros sul-africanos dizia que as pessoas, quando são submetidas a uma lavagem cerebral, se tornavam nazistas. Quando viu as crianças palestinas assassinadas na aldeia de Deir Yassin, em 1948, Cizling, um chefe israelense, disse: “Agora nos comportamos como nazistas”. É inadmissível que alguém com origem judaica perverta desta forma os ideais humanistas e passe a agir como monstro, praticando punições coletivas.

[...]

Da mesma forma que Estados Unidos, Inglaterra e Israel se alinhavam na ONU para blindar o regime de apartheid da África do Sul, hoje os EUA e a Europa Ocidental se empenham na defesa dos crimes do Estado de Israel. Qual a sua leitura sobre isso?
O interesse econômico e geopolítico explica as razões de tamanho apoio dos EUA e dos países da Europa Ocidental, mas os israelenses têm de repensar essa dependência total, porque o mundo está mudando. Israel é muito pequena dentro de um mundo árabe enorme. Será melhor para todos que o governo de Israel saia deste jogo perigoso e busque uma convivência harmoniosa com a região.

Começou a contagem regressiva para o final do apartheid de Israel?
Atualmente converso com ministros do tempo do apartheid na África do Sul e pergunto: o que te fez mudar? E um ministro muito importante me respondeu que havia sido quando o banco Barclay, da Inglaterra, anunciou que iria sair do país. Então, disse ele, é o fim pra mim, não tem mais jeito. O início do fim ocorreu portanto quando o banco do colonialismo inglês, sofrendo as intensas pressões internas, com as mobilizações, e internacionais, com a onda de solidariedade, após 200 anos, deixou o país. Isso ajudou a mudar a corrente de opinião.

Lula na abertura da Expocatadores 2012


O presidente Lula participou nesta quinta-feira (29) da abertura da Expocatadores 2012, um evento de negócios, troca de experiências, disseminação de conhecimentos e tecnologias que reúne as novidades para a inclusão social dos catadores de materiais recicláveis. Participam da feira catadores de todo o Brasil, além de representantes da África, América Latina e Ásia.
Também estavam presentes no evento o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o presidente da Itaipu Binacional Jorge Samek, representantes do Banco do Brasil, do BNDES, da Petrobras e de outras empresas e entidades que apoiam os catadores de material reciclável.
No evento foram entregues os primeiros cartões do BNDES para cooperativas de reciclagem. Com esse benefício, os catadores tem acesso mais fácil ao crédito para equipamentos que podem permitir o aumento da renda dos cooperados.


Lula recebeu durante a cerimônia um prêmio que simboliza o seu reconhecimento como “amigo dos catadores”. Durante todos os anos de seus dois mandatos como presidente, Lula participou da festa de Natal do Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável. E o ex-presidente garantiu que estará de novo na festa desse ano. 
 
(Do Instituto Lula)

VITÓRIA NA ONU - PALESTINA VIROU ESTADO OBSERVADOR

O povo palestino vivenciou nesta quinta-feira (29) um de seus maiores avanços diplomáticos e conquistou na Assembleia Geral das Nações Unidas o status de Estado observador. 

 

Dos 193 Estados membros com direito a voto no plenário, 138 concordaram com a proposta e apenas nove foram contrários à decisão. Outros 41 países se abstiveram.





Diplomatas aplaudem discurso de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, na sede da ONU


Antes da votação, palestinos em Gaza e na Cisjordânia já davam como certa a aprovação e ocupavam as ruas de diversas cidades com comícios e celebrações. Embora em meio às multidões estivessem presentem faixas e símbolos dos dois principais partidos políticos do país, o Hamas e o Fatah, o que prevalecia eram retratos do falecido líder Yasser Arafat e a bandeira nacional palestina.

No discurso que precedeu o pleito, o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, afirmou que a Palestina "acredita na paz" e que a comunidade internacional está diante da "última oportunidade" para a solução dos conflitos entre os dois Estados.

"A Palestina vem hoje perante a Assembleia Geral porque acredita na paz e porque seu povo, como provou nos últimos dias, a necessita desesperadamente", disse. Ele foi ovacionado pela grande maioria dos membros da Assembleia Geral, boa parte deles de pé, e afirmou que a votação de hoje apresenta "uma obrigação moral". A seu ver a janela de oportunidade para a paz "está se reduzindo e o tempo se esgota rapidamente".

Abbas alega que não foi à ONU para buscar a deslegitimação do Estado de Israel, "mas para afirmar a legitimidade de um Estado que deve agora conseguir sua independência".

Foto: TeleSUR



O gesto é interpretado por diplomatas da maior parte dos membros da ONU como uma forma de evitar que as negociações de paz entre israelenses e palestinos tornem-se impossíveis. 

PREPOTENCIA E ARROGÂNCIA

Idealizador dos recentes bombardeios à Gaza, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chegou a afirmar que não haverá um Estado palestino até que Israel seja reconhecido como um "Estado judeu", independentemente de "quantas mãos sejam levantadas" na Assembleia Geral.

"A votação na ONU não mudará nada no terreno. Não antecipará a criação de um Estado palestino, a adiará. Nossa mão (...) sempre estará estendida à paz ", disse o primeiro-ministro em um ato público no Centro Menachem Begin.

Não é o que pensa o ex-primeiro ministro israelense Ehud Olmert, que ao longo dos últimos dias enfatizou seu apoio ao ingresso da Palestina como Estado observador. “Eu acredito que o pedido palestino às Nações Unidas é coerente com o conceito básico da solução de dois Estados. Portanto, não vejo razões para me opor a isso. Uma vez que as Nações Unidas lancem as bases dessa ideia, nós, israelenses, teremos de aceitar um sério processo de negociações”, disse o ex-premiê ao portal norte-americano Daily Beast.

O governo dos Estados Unidos já anunciou que se opõe a essa resolução e que acredita que uma resolução eficiente só poderá ser alcançada bilateralmente entre Israel e Palestina. Ainda submersa em uma crise diplomática com o Irã, o gabinete do democrata Barack Obama tenta preserver ao máximo as relações com o governo de Benjamin Metanyahu, em Israel.

A 67ª sessão também foi marcada pela divulgação de um novo relatório do CEIRPP (Comitê pelos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, na sigla em inglês) sobre a situação da nova troca de agressões entre Israel e Palestina.

 
photo by Análise de Conjuntura
De acordo com o órgão, que foi fundado em 1975 pelas Nações Unidas, “Israel se recusa veementemente a refrear seus assentamentos ilegais, que continuam a intensificar o sentimento de desconfiança, a elevar as tensões e a prejudicar uma solução baseada em dois Estados”.

O documento também acusa Israel de agir “punitivamente” por ocasião da admissão da Palestina como Estado membro da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em outubro do ano passado. À época, Tel Aviv “congelou as remessas de impostos sobre valor agregado à ANP” e “anunciou a construção de mais duas mil moradias em assentamentos”.


Fonte: Agência EFÊ/Ópera Mundi

Free ilustration by militanciaviva

A POLARIZAÇÃO ARGENTINA


Uma análise lúcida sobre as contradições do governo da peronista Cristina Kirchner e a campanha que lhe move a oposição ancorada em parte das classes médias e do jornal El Clarín, representante das oligarquias agrárias, que está prestes a perder fatias de seu poder oligopolista. Como pano de fundo,a discussão sobre a necessidade de se acabar com a “propriedade cruzada” dos meios de comunicação – coisa que, lá como cá, a direita raivosa transforma em “atentado à liberdade de imprensa”.
Argentina: as crises do vizinho (II)  
Eric Nepomuceno, no Carta Maior
Pretender negar é pretender não ver. A polarização vivida na Argentina, e concentrada acima de tudo em Buenos Aires, é séria. Tão séria, que todos no governo de Cristina Kirchner, e também entre seus apoiadores, têm plena consciência do fato, a começar pela própria presidente. Aliás, os detratores e oposicionistas também.________________________________
Essa polarização se dá entre uma instituição concreta, visível, palpável – o governo – e uma oposição tão furibunda como difusa, embora perfeitamente reconhecível. Uma oposição que não é institucional, ou seja, não atua através de partidos políticos no Congresso, não apresenta propostas alternativas ao projeto levado adiante pelo governo, não tem reivindicações específicas e justificáveis. É uma espécie de grande nebulosa. E, exatamente por isso, uma oposição sem interlocutores qualificados, com a qual é muito difícil dialogar. ____________
O sindicalismo organizado (vale recordar que a Argentina é o segundo país latino-americano, depois de Cuba, a contar com tantos trabalhadores filiados a sindicatos atuantes) está dividido. A oposição é exercida pelo dirigente dos caminhoneiros, um veterano bucaneiro que o falecido presidente Néstor Kirchner foi buscar sabe-se lá onde. Resgatado e tr ansformado em aliado, Hugo Moyano, o flibusteiro em questão, rompeu com Cristina Kirchner assim que ela foi reeleita, em outubro do ano passado, e resolveu partir para o confronto direto
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Suas reivindicações se escudam na questão salarial. Balela: o que ele quer é mais poder de barganha. Pretendeu eleger para o Congresso um número significativo de sindicalistas controlados por ele. Cristina fechou a porta e cortou suas asas. A vingança veio em seguida. É capaz de infernizar a vida do governo e de centenas de milhares de argentinos, tudo isso a troco de nada._
Setores significativos das classes médias urbanas, e uma vez mais é em Buenos Aires que se dá sua maior concentração, mostram uma resistência feroz a várias das políticas sociais levadas adiante desde 2003 no país, a começar pelas versões locais do Bolsa Família e pelos subsídios oferecidos às classes menos favorecidas em uma série de serviços públicos, que vão da energia elétrica e do gás ao transporte público. Oferecem mostras gritantes de uma intransigência a tudo que o governo de Cristina Kirchner leva adiante. Mostram uma capacidade de mobilização supostamente espontânea, mas que responde, na verdade, a um plano claramente estruturado por setores que deveriam – ao menos pela lógica elementar – ser antagônicos. 
A chamada greve geral realizada há pouco – na verdade, muito mais um boicote escudado em piquetes que paralisaram parcialmente a capital do país – juntou, em sua organização, a ala dissidente da Confederação Geral dos Trabalhadores, chefiada por Hugo Moyano, com setores dos grandes e médios proprietários rurais lideradas por Eduardo Buzzi na Federação Agrária Argentina. Nenhum partido de oposição se dispõe a ocupar espaço de destaque nessa aliança insólita. Preferem atuar nos bastidores.__________________________________

Os setores de classe média radicalmente antagônicos ao governo utilizam, é verdade, as chamadas redes sociais em suas convocatórias. Bem ao contrário, porém, da versão oferecida pelos meios hegemônicos de comunicação da Argentina – e alegremente comprada pelos seus congêneres mundo afora –, não se trata de uma iniciativa pacífica e civilizada que parte de senhores e senhoras preocupados, e às vezes indignados, com os rumos do país. Nada disso: nessas convocatórias que circulam pela internet há instruções precisas que vão do tipo de roupa recomendado aos manifestantes até um leque de sugestões para palavras de ordem. Há orientações claras sobre como se deve xingar livremente a presidente e os integrantes de seu governo. Defende-se, por exemplo, a ação de ‘putear a todos’. Mais claro, impossível.___________________________
Essa polarização vem de longe – desde pelo menos a campanha eleitoral que reelegeu Cristina Kirchner em outubro de 2011. Quase ninguém menciona, porque não convém mencionar, que durante a campanha eleitoral o país padeceu outra, de rumores difamantes. E padeceu também uma sangria aguda de dólares, numa fuga espetacular. Especulava-se dia sim e o outro também que haveria uma mega-desvalorização do peso assim que ela fosse eleita. A desvalorização formidável não aconteceu, e então estimulou-se a continuação dos movimentos especulativos: passou-se a assegurar que aconteceria a qualquer momento. Quando o governo, sem acesso ao financiamento internacional, decidiu – para fazer frente à crise global e seus impactos na economia local – controlar a fuga e a especulação com os dólares, foi um deus-nos-acuda._________
Tudo isso, quando somado, cria o caldo de cultivo dessa febre iracunda que se concentra em Buenos Aires mas tem ramificações nítidas país afora – sempre dentro de determinadas classes sociais.___________________________
É verdade que há, da parte do governo, falhas gritantes. A questão dos índices de inflação é uma delas – a mais visível. Os índices oficiais indicam uma taxa de aproximadamente 10% ao ano. A realidade mostra que é pelo menos o dobro. Há, no dizer dos argentinos, duas inflações – a oficial e a do supermercado. E até o começo de 2012, era a segunda – a real – que prevalecia na hora dos ajustes salariais. Enquanto setores do governo bradavam que ajustes de quase o dobro da inflação significavam aumento na renda real dos trabalhadores, os trabalhadores sabiam que na verdade estavam apenas repondo aquilo que a espiral inflacionária havia corroído.
Até hoje não encontrei ninguém, de dentro ou de perto do governo, capaz de explicar a disparidade entre inflação oficial e inflação e real, e menos ainda que defendesse aquilo que salta aos olhos como uma nítida aparência de manipulação. A sensível desaceleração da economia levou o governo a pisar com força no freio dos ajustes salariais. E é aí que figuras como a de Moyano ganham impulso. Esse é um nó real que ninguém no governo conseguiu desatar até agora.
Sobre esse confuso, complexo e delicado cenário, o da polarização, o da crise, paira uma nuvem negra: a árdua disputa entre governo e o grupo Clarín. E que não começou agora: começou em 2008, quando a presidente Cristina Kirchner mexeu no lucro contundente dos exportadores de grãos. Ela resolveu taxar os ganhos astronômicos, e mexeu em vespeiro.
No meio do vespeiro estava – e está – grupo Clarín. Ninguém lembra, porque não convém lembrar, que entre os acionistas do grupo estão grandes barões do campo.
Faltam poucos dias para a batalha crucial entre Clarín e governo. A campanha de distorções e manipulações do jornal atingiu níveis olímpicos. 
Mas esse é tema para outra coluna. Até lá, vale um velho aviso: quem vi
ver, verá. A batalha será duríssima. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O relatório Cunha e a falta de estadistas na República



É sintomático o recuo do deputado Odair Cunha e do presidente do PT, Rui Falcão, em relação ao indiciamento de jornalistas claramente acumpliciados com o crime organizado.
O PT tornou-se um partido invertebrado. No Congresso, a bancada inteira pesa menos que um Álvaro Dias.
E invertebradas são as instituições brasileiras. Instituições têm a Inglaterra, capazes de julgar os abusos de Rupert Murdoch sem receio de que seus magistrados sejam atingidos por ataques pessoais ou que se coloque em dúvida o compromisso das instituições com a democracia.
O próprio relatório inicial de Odair Cunha deixava claro que, ao propor o indiciamento do diretor da Veja em Brasília, Policarpo Jr., não se cogitava em brigas políticas ou em atentados à liberdade de imprensa, mas em combater especificamente alianças de veículos e jornalistas com o crime organizado. Era uma maneira de depurar a mídia e trazer a discussão dos limites da imprensa para uma arena republicana: o Judiciário, e não nas bobagens de um conselho de jornalismo, como se cogitou anos atrás.
Nem isso se consegue.
No Brasil, graças à covardia generalizada das instituições – Judiciário, Executivo, Legislativo e partidos –, a resistência contra essa aliança mídia-crime é individual, voluntarista, sujeitando os resistentes a ataques pessoais devastadores, porque sem limites judiciais.
Na série "O caso de Veja" (https://sites.google.com/site/luisnassif02/) relato com pormenores algumas dessas jogadas. Mostro o massacre sobre a juíza Márcia Cunha, que concedeu liminar contra Daniel Dantas; a armação contra o desembargador que confirmou a liminar; os ataques aos jornalistas que ousaram denunciar a trama. Mostro a parceria da revista com os esquemas de Dantas e Cachoeira. Em vão!
A abertura para as parcerias criminosas surgiu, inicialmente, da falta de limites aos exageros da mídia. O que, no início, era apenas mau jornalismo, tornou-se uma falta de critérios generalizada. Para alguns veículos, abriu-se a brecha para se oferecer como agente de guerras comerciais ou criminosas, como ocorreu na parceria Veja-Cachoeira ou Veja-Dantas.
É um sistema que, hoje em dia, não poupa ninguém, de presidentes de Tribunais a procuradores, de políticos a administradores ou vítimas meramente do mau jornalismo ou de jogadas criminosas.
Quem puder comprar proteção, faça como Ayres Britto. Quem se insurgir contra esse poder devastador, sofra as consequências, como Márcia Cunha.
Quando o indescritível Ministro Luiz Fux diz que o Judiciário não teme ninguém, digo, ele mente: teme o poder dos ataques individualizados da mídia. Teme sim, da mesma maneira que Odair Cunha, Rui Falcão, Ayres Britto e outros.
Só se melhorará a mídia com limites institucionais definidos pelo Judiciário ou pelo Legislativo, não pelo voluntarismo de pessoas que terminarão destruídas pelo poder avassalador da prática da difamação em larga escala.
Mas há falta generalizada de estadistas em todos os poderes da República.


Luis Nassif

Fim da bandalheira na telefonia celular ? : queda de ligações não trará mais prejuízos

 

Chamadas sucessivas para um mesmo número serão tarifadas uma única vez

Uma boa notícia foi divulgada nesta quarta-feira (28) e atenderá aos consumidores que têm problemas constantes com chamadas originadas de celulares que caem antes mesmo do consumidor querer encerrar a ligação. Foi aprovada pelo Conselho Diretor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) uma alteração no Regulamento do Serviço Móvel Pessoal para que chamadas sucessivas feitas de celular para um mesmo número sejam consideradas uma única ligação para efeitos de tarifação.
De acordo com a Anatel, para serem consideradas sucessivas, as chamadas deverão ser refeitas no intervalo máximo de 120 segundos (2 minutos) entre os mesmos números de origem e de destino. A nova norma tem como objetivo evitar que o usuário sofra prejuízos com quedas de ligações.
Segundo a Agência, não haverá limites para a quantidade de ligações sucessivas. Se as chamadas forem interrompidas diversas vezes e forem refeitas no intervalo de até 2 minutos, entre os mesmos números de origem e destino, serão consideradas a mesma ligação. A alteração abrange apenas ligações feitas de telefones móveis, mas os números de destino poderão ser fixos ou móveis.
A regra das chamadas sucessivas será aplicável a todos os planos de serviço oferecidos pelas operadoras, tanto aqueles que realizam tarifação por tempo quanto por chamada. No caso de quem paga a ligação por tempo, haverá a soma dos segundos e minutos de todas as chamadas sucessivas. No caso de quem paga por ligação, as chamadas sucessivas serão consideradas uma só para efeito de cobrança: não poderão ser cobradas do consumidor como ligações diferentes.
A alteração será publicada em breve no Diário Oficial da União e entrará em vigor 90 dias após sua publicação.


R1

LULA É O NOME MAIS TEMIDO PELOS PORCOS EM 2014?




O barulho sobre a eventual candidatura de Lula a governador do estado de São Paulo...
Causou comoção a entrevista do marqueteiro João Santana publicada esta semana pela Folha.
Por uma razão: Santana fala em Lula para governador de São Paulo em 2014. Lula, segundo Santana, não parece muito animado com essa possibilidade, pelo menos por enquanto.

O que não consegui entender foi o sentimento de perplexidade. Do ponto de vista lógico, faz sentido para o PT ter em São Paulo outro candidato que não seja Lula?
Considere.
Dilma não enfrenta concorrência ameaçadora para as eleições presidenciais. A única razão para abreviar sua administração para um só mandato – pela ótica do PT – seria o risco de ela perder. Aí então provavelmente Lula seria convidado, ou convocado, a disputar as eleições, dada sua popularidade.
Mas não é o caso.
Hoje, a oposição é um deserto de homens e ideias. Dilma provavelmente ganhe no primeiro turno.
E Lula, que o PT faz com ele?
São Paulo é a resposta.
O PSDB – partido em que tantas vezes votei – acabou se tornando uma espécie de neomalufismo. Está hoje completamente deslocado dos 99% e atrelado ao 1%, numa formidável guinada à direita que lhe rendeu e rende boa mídia mas que custou milhões de votos, várias eleições relevantes e, talvez, o futuro.
Lula provavelmente se elegesse com facilidade governador de São Paulo em 2014. Ou alguém imagina que Alckmin pode oferecer resistência séria?
Leio duas coisas curiosas sobre o assunto, ambas condenatórias. A primeira é que Lula em 2014 em São Paulo representaria uma tentativa de acabar com o PSDB.
Se o PSDB acabar, não será por culpa de Lula, mas por méritos próprios e intransferíveis. Raras vezes na história política moderna do Brasil, se é que alguma, se viu um partido de ponta ir tão freneticamente contra o zeitgeist, o espírito do tempo, na palavra alemã.
Numa era em que o combate à desigualdade está no topo das prioridades dos homens públicos em todo o mundo, o PSDB cultiva suicidamente um tipo de eleitor que despreza a expressão justiça social e faz tudo pela manutenção dos próprios privilégios.
A segunda coisa curiosa que leio é que a candidatura de Lula a governador de São Paulo evidenciaria o projeto de permanência no poder do PT.
Pausa para risadas.
Nunca ouvi falar de nenhum partido que não almejasse ficar no poder. Numa democracia, isto só é possível se as urnas ajudarem.
Quem não quer Lula em São Paulo em 2014, e no Brasil nunca mais, tem que conseguir apenas uma coisa: votos.
Esta é a beleza de uma democracia – o pior regime que existe exceto todos os outros, para usar a grande frase de Churchill.
 

Por: Paulo Nogueira no DCM

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A VOLTA DE FELIPÂO

Por Matheus Pichonelli (Carta Capital)

O atacante Luan, do Palmeiras, tem provavelmente o pior aproveitamento do Campeonato Brasileiro entre os jogadores da posição. Ele não faz gol, não cabeceia, não sabe cruzar, não acerta passe (a não ser quando erra), vive sendo expulso por bobagem. 

Mas marca e corre o jogo todo e, assim, se tornou um dos talismãs de Luiz Felipe Scolari em sua segunda passagem pelo Palmeiras – aquela em que levou o clube ao seu primeiro título nacional da era pós-Parmalat (sim, fazia tempo) e, ao mesmo tempo, abriu um buraco para o rebaixamento poucas semanas depois.
Luiz Felipe Scolari durante treino na Copa em 2002.
É possível que os vizinhos de Luan tenham ouvido um grito de alegria quando foi confirmado o retorno do treinador à seleção brasileira, exatos dez anos depois da conquista do penta na Copa do Japão e da Coreia.
Havia, inclusive, alguns Luans naquele time vitorioso: Belletti, Kleberson, Anderson Polga…Tinha tudo para ser uma tragédia. Deu no que deu.
Quem já teve o time treinado por Felipão e seu fiel escudeiro, Flávio Murtosa, sabe o que é viver na era dos extremos. Os fãs dirão sempre que a Copa de 2002 foi vencida graças ao treinador, que instituiu a família Scolari, apostou em nomes de sua confiança, fez pouco caso de Romário e botou a máquina para funcionar. Outros dirão que a Copa foi vencida apesar dele. E que os méritos são todos de Rivaldo e Ronaldo, os dois últimos gênios do futebol brasileiro.
No que os fãs revidariam: com Oseas e Paulo Nunes, ele foi campeão do mesmo jeito.
Não deixa de ser verdade.
 
Como é verdade também que, desde a Copa de 2002, Felipão deixou de fazer jus, muitas vezes, ao título de super-treinador, obtido com mérito graças às conquistas dos times sob seu comando, sobretudo a partir dos anos 1990 (três Copas do Brasil, um Brasileiro, duas Libertadores e, claro, a Copa do Mundo). Desde então, o máximo que conseguiu foi levar a seleção de Portugal a uma final de Eurocopa e às semifinais da Copa de 2006. Não é pouco, dirão os fãs. Mas perdeu para a Grécia (a Grécia!) uma final ganha, dirão os detratores.
Felipão deixou o Palmeiras em baixa quando a queda para a Série B parecia inevitável. Os torcedores que o adoram dirão sempre que ele fez o que pôde e, se tivesse um elenco melhor, seria campeão brasileiro, da Libertadores, do Mundial de Clubes e da Recopa em Marte. Os desconfiados dirão que ele foi embora tarde. Que a responsabilidade por escalar o time (e afastar atletas como o atacante Kleber) era dele e lembrarão sopapos homéricos, como os 6 a 0 para o Coritiba e as surras para os maiores rivais (perdeu a maioria dos confrontos para Corinthians e São Paulo).
Goste-se ou não, um velho jeito de jogar futebol parece a caminho da seleção. 

Sem Mano Menezes, o time ganha carisma, é fato, mas pode sofrer com a volta de velhos Luans (ou a estreia do atacante palmeirense que dá nome ao adjetivo). As dúvidas são muitas. Jogaremos com oito volantes? Marcos Assunção será o camisa dez? O esquema vai ser “bola na área e salve-se-quem-puder”? Resgataremos o 9-0-1?
Em 2002 não foi assim. O time aprendeu a colocar a bola no chão e levou o título de forma invicta, batendo times como a Inglaterra e a Alemanha. (“Roubaram a Bélgica nas oitavas, a Inglaterra era um lixo e a Alemanha jogou sem o Ballack!”, gritam aqui os pessimistas).
Felipão volta à seleção, portanto, da mesma forma que a encontrou pela primeira vez: sem unanimidade. Pode ser um tira-teima. Agora não haverá Ronaldo nem Rivaldo. Neymar vai desencantar? Kaká será capaz de liderar o time? Ganso vai ganhar chance? A zaga vai funcionar?
As dúvidas são muitas, mas uma coisa parece certa. Felipão é o nome certo para torneios de tiro-curto. Estrela ele tem. Currículo também. Só que a mesma estrela e o mesmo currículo andam meio apagados pelo tempo. 

Com ele – e o provável coordenador técnico Carlos Alberto Parreira – de volta, a seleção brasileira será a equipe com mais cara de anos 1990 entre os rivais, que se inovaram, se reciclaram e se tornaram mais competitivos. Isso é ruim? Talvez não. Mas é bom lembrar: em 1994, o competitivo Grêmio de Felipão e Jardel era capaz de bater a Espanha de Javier Clemente e Luis Enrique. Hoje todo time de Felipão é uma versão atualizada daquele Grêmio vitorioso, mesmo sem a letalidade dos velhos tempos. A Espanha de Xavi e Del Bosque, por sua vez, é nem sombra daquela escola. Não por acaso, é a atual bicampeã europeia e campeã do mundo.
Nem sempre talento ganha jogo, diz o chavão, e é justamente a falta de talento que tem tirado, nos últimos anos, o brilho da seleção – e não apenas os eventuais erros de treinadores como Mano Menezes e Dunga.
Felipão terá um ano e meio para recuperar esse brilho duplo, dele e da seleção. E só o título dirá como ele será lembrado a partir de agora: se como o salvador que fez dois raios cair num mesmo lugar ou se como o homem que ofuscou a própria história conquistada 12 anos antes. É um desafio arriscado. Mas desafio não é para fracos. E fraco Felipão já mostrou que não é.

Após câncer, Chávez viaja a Cuba para realizar tratamento terapêutico


Presidente venezuelano fará tratamento de rotina antes de começar novo mandato, em 2013

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, viajará nesta terça-feira (27/11) a Cuba para submeter-se a um "tratamento especial", seis meses depois da última sessão de radioterapia à qual foi submetido por conta de um câncer.

Chávez enviou à Assembleia Nacional um pedido solicitando permissão para ausentar-se do país, requisito previsto na Constituição quando o presidente permanece no exterior por mais de cinco dias.
"Solicito que seja autorizada minha ausência do território nacional a partir de 27 de novembro do ano em curso e a permanência em nossa irmã República de Cuba" para dar continuidade ao tratamento contra a doença, afirmou em uma carta lida pelo presidente do Parlamento, Diosdado Cabello, que autorizou a viagem. "Fui recomendado a iniciar tratamento especial que consiste em várias sessões de oxigenação hiperbárica que, junto à fisioterapia, seguem consolidando o processo de fortalecimento da saúde que venho experimentando", disse Chávez em sua solicitação.
Chávez advertiu, no entanto, que apresentará à Assembleia Nacional no dia 10 de janeiro seu plano de governo para o próximo mandato, que vai de 2013 a 2019.
O presidente venezuelano realizou três cirurgias em Cuba para se curar de um câncer desde junho do ano passado. 
 
Opera Mundi

ROUBO PELA INTERNET - CONFIRA AQUI A RELAÇÃO DE EMPRESAS FALSAS QUE APLICAM GOLPE PELA REDE

NÃO CAIA NESSAS ARMADILHAS!  
Nesta época natalina, surgem as mais variadas formas de golpes aplicados por canalhas, patifes, malandros e pilantras que,  através de empresas falsas, praticam a clonagem de cartões e roubam dados pessoais de pessoas que fazem compras através INTERNET
LISTA DE LOJAS DE BANDIDOS
QUE ATUAM  NO SEU ESTADO E NO BRASIL.


Aí vai a relação das lojas que estão na Internet
relacionadas a golpes E O MODO DE AÇÃO:

Os preços são altamente competitivos, exigem deposito antecipado e pedem de 15 a 20 dias para entregar a mercadoria.
Tempo suficiente para aplicar o golpe e lesar milhares de pessoas.
A maior quadrilha age na região de Araçatuba SP, E Palmas no Tocantins .
Por isso, quando for fazer uso dos serviços bancários pela internet, siga as 4 dicas abaixo para verificar a autenticidade do site e evite, sempre que possível fornecer o número do seu cartão de crédito.
Peça para pagar em boleto bancário.

1 – Depois do http aparece a letra “s” que significa “security”
(segurança). Se não aparecer a letra s é sinal que algo está errado.
Comece a desconfiar. Aparecendo o HTTPS você já está 99%
seguro quanto ao site.

2 - Minimize a página: se o teclado virtual for minimizado também,
está correto, no entanto, se ele permanecer na tela sem minimizar,
é pirata! Não tecle nada.

3 - Sempre que entrar no site do banco, digite sua senha ERRADA
na primeira vez . Se aparecer uma mensagem de erro significa que
site é realmente do banco, porque o sistema tem como checar a
senha digitada. Mas se digitar a senha errada e não acusar erro é
mau sinal. Sites piratas não tem como conferir a informação, o
objetivo é apenas capturar a senha.

4 - Sempre que entrar no site do banco, verifique se no rodapé da
página parece o ícone de um cadeado. Clique 2 vezes sobre esse
ícone e uma pequena janela com informações sobre a autenticidade
do site deve aparecer. Em alguns sites piratas o cadeado pode
até aparecer, mas será apenas uma imagem e ao clicar
2 vezes sobre ele, nada irá acontecer.

Os 4 pequenos procedimentos acima são simples, mas não garantirão
que você jamais será vítima de fraude virtual.

Acabaram de sumir com o site www.eletrosampa.com.br,
após haver lesado milhares.
Digite o nome eletrosampa no Google e veja você mesmo.

Aí vai a lista de lojas de quadrilhas, tenham muito cuidado:

01- ascomputadores.com.br
02- atamicro.com.br