Voces lembram do bondinho do Edmílson?. Nem é dele, mas, assim parece que ficou batizado por seus conterrâneos, graças aos seus adversários, entre outros críticos mais ou menos desapropriados de valores que, infelizmente, não são bem sintonizados com o espírito da nossa terra.
sabemos todos que, essa iniciativa de trazer esta bela aquarela para a parede da memória da desmemoriada cidade das mangueiras de hoje, fazia parte de um sonho do ex-prefeito,entre outros papa-xibés apaixonados pela sua cidade, no sentido de resgatar um pedacinho do orgulho e da história da velha Belém, hoje quase quatrocentona.
A idéia era: trazer para os nativos e visitantes de outros mundos pelas vias tortas dos trilhos de aço ficados nos paralelepípedos das centenárias ruas do Comercio e bairro lusitano da Cidade Velha, uma sólida proposta de preservação da memória local, coisa que, em outras civilizações localizadas acima da linha do Equador, é tratada com a apropriada seriedade, por ser fonte de atração de recursos a incentivar a industria limpa do turismo.
O bondinho de Belém ao cruzar uma rua qualquer, estaria recriando imagens vivas na retina do belemense extraídas do fundo do tempo que a tropical e idem, exótica, cidade portuária amazônica situada mais ao norte do Brasil, era pacata e convivia em perfeita harmonia com os bons odores de suas ervas, frutas e cantares das nuvens infinitas de verdes piriguitinhos marajoaras, que cruzavam os céus em estridentes constelações.
Festejava-se um universo a parte de elegância paga com o dinheiro bamburrado pela exploração daqueles que, poranga acesa na cabeça, coletavam nas matas o látex para os exportadores de borracha, em plena luz da Belle Époque; tempo único em que as mulheres frequentavam o Thetro da Paz e compravam suas joias e vestes nas elegantes lojas do ramo, que as importava diretamente de Paris, Londres, Sevilha e Roma, por brimos atentos á tudo o que existia de mais luxuoso.
Benfazejos aqueles tempos que, bastante amarelados, são hoje encontrados somente nas fotos dos retratistas Lambe-lambe, em que os os homens da terrinha, imitando os modos e costumes do colonizador branco, andavam alinhados no puro linho, com os seus chapéus panamá e impecáveis ternos brancos.
Certamente não tivesse o bondinho de Belém sido relegado á uma espécie de prisão garagem, por ordem do ignorante alcaide, Dulciomar, que o manteve sem função e sem destino na antiga Avenida Portugal, onde até hoje se encontra abandonado, situação que é ridícula se analisada pela ótica cidadã, cultural e politica, considerando-se o custo financeiro depois da esplendida reforma pela qual passou, onde foram empregados recursos públicos, que, precisam ser devidamente respeitados.
CAMPANHA: ZENALDO,QUEREMOS O NOSSO BONDINHO FUNCIONANDO NA FESTA DO QUATROCENTÃO DE BELÉM
Será uma vergonha se o atual prefeito, Zenaldo Coutinho, que deverá ser o grande maestro durante as comemorações dos 400 anos da cidade, não admitir a possibilidade de respeitar o passado e a natureza cultural e patrimonial que esta representa no bondinho de Belém.Tomara que ele não seja possuído por um sentimento menor, meramente eleitoreiro ou politiqueiro, um tanto falsamente ideológico, e deixe de colocar nos trilhos da sua história o bondinho, para bater o seus sinos de Belém na noite dos fogos do grande aniversário.
Mesmo porque, com o pleno funcionamento nas principais vias do tradicional comercio - entre as quais a principal, Rua João Alfredo - os valentes trabalhadores do comercio informal teriam que desocupar a via pública para dar passagem livre,na certeza que o veículo será um dos aliados importantes nesses novos tempos,em razão do fluxo dobrado ou triplicado de clientes para comprar os seus produtos, sem grandes confrontações com a prefeitura.
Leia a matéria do Jornal Amazônia, abaixo:
Camelôs vão permanecer, por enquanto, na rua João Alfredo, segundo Secon
O mesmo vai ocorrer com os vendedores autônomos que ocupavam o Espaço Palmeira
04/01/2013 - 08:59 - Belém
Os
trabalhadores informais da Rua João Alfredo - que no ano passado
estiveram perto de deixar o local - continuarão ocupando a via pública,
pelo menos no primeiro momento da gestão do novo secretário Municipal de
Economia, Marco Aurélio Nascimento. O mesmo vai ocorrer com os
vendedores autônomos que ocupavam o Espaço Palmeira, e que voltaram às
ruas devido à reforma que está sendo feita no prédio. De acordo com o
titular da pasta, ainda não é possível prever em que momento os
ambulantes deixarão as principais ruas do centro comercial de Belém, já
que a prefeitura precisará fazer uma série de ações antes de executar o
remanejamento. Nascimento recebeu na manhã de ontem, na sede da
Secretaria Municipal de Economia (Secon), alguns representantes dos
trabalhadores informais do centro histórico. Eles aproveitaram a
oportunidade para fazer algumas reivindicações.
A
preocupação, tanto de Marco Aurélio, como da categoria, é não repetir o
que as duas partes chamam de "erros do passado", ou seja, evitar que o
remanejamento ocorra sem que os locais destinados para receber os
trabalhadores estejam efetivamente preparados, com banheiros, boxes
adequados, lanchonetes e outros atrativos, como ocorreu na ocupação do
Espaço Palmeira. Quando os trabalhadores desocuparam a avenida
Presidente Vargas, Nascimento era promotor de Justiça do Ministério
Público Estadual (MPE) e acompanhou todo o desenrolar do caso. "A
condução dos ambulantes para o Espaço Palmeira foi incongruente com o
que havíamos pactuado com a Prefeitura de Belém, já que faltavam
atrativos e o mínimo de conforto para os trabalhadores", afirma,
ressaltando que a Secon, naquele período, deixou de cumprir um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC).
Também
caberá à Secon determinar que tipo de produto cada vendedor informal
poderá comercializar. "É preciso ter um mix de produtos, ou seja, isso
vai tornar o espaço mais atrativo, já que será um lugar de variedades",
justifica o secretário, lembrando que a escolha será baseada em
critérios técnicos, definidos por economistas.
Para
o presidente da Associação dos Ambulantes do Centro Comercial de Belém
(AACCB), Ray Moraes, é premente que a prefeitura de Belém faça algumas
alterações nos prédios destinados a receber os informais, antes de
remanejá-los. "No local onde funcionava o Banco Real, por exemplo, que a
antiga gestão da Secon inaugurou no ano passado, os boxes são
demasiadamente grandes, ou seja, fica pouco espaço para os clientes
trafegarem", informa. O presidente da AACCB também reclama da falta de
atrativos no local. "Já havíamos negociado com um centro lotérico, mas a
demora em concluir a reforma fez com que muita coisa se perdesse.
Esperamos retomar tudo em breve", avalia.
Secretário exige qualificação dos trabalhadores informais
"Não
vou inaugurar nada enquanto não tiver a condição necessária para se
trabalhar. Não tenho pressa, até porque queremos que estes ambulantes se
tornem empreendedores", afirma Nascimento. O secretário diz que, de
imediato, vai trabalhar para qualificar os informais. Ele aproveitou a
tarde de ontem para visitar o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae). "Não é uma palestra de uma noite que vai
mudar a realidade destas pessoas. Por isso, estou conversando com o
Sebrae para que os ambulantes se qualifiquem devidamente", assegura,
frisando a necessidade de repassar conhecimento nas áreas de
contabilidade, marketing, estoque, entre outras.
Outra
prioridade para Marco Aurélio é legalizar a atividade dos ambulantes,
realizando um grande mutirão de adesão ao programa Micro Empreendedor
Individual (MEI), do governo federal. "A partir daí, esses trabalhadores
poderão ter acesso a microcréditos. Para isso, vamos buscar parceria
junto ao Banco da Amazônia, Banpará e Fundo Ver-o-Sol", avalia.
Marco
Aurélio conversou com o diretor-superintendente do Sebrae, Vilson
Schuber; com a diretora técnica, Suleima Pegado; e com o gerente de
Atendimento, Marcos Tadeu Alves. No encontro da tarde de ontem ficou
decidido que inicialmente serão qualificados 150 vendedores ambulantes
de Belém que serão remanejados para o shopping popular João Alfredo, no
centro, além de 250 trabalhadores informais que retornarão ao Espaço da
Palmeira, que está sendo revitalizado, também na área central da cidade.
De acordo com o secretário, apenas poderão ingressar nos locais
determinados pela Secon quem apresentar o certificado do Sebrae.
Fonte: Jornal Amazônia
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