terça-feira, 5 de fevereiro de 2013



O conselheiro federal da OAB pelo Rio de Janeiro, Wadih Damous, afirmou hoje (5) que o ex-deputado Rubens Paiva, morto durante a ditadura militar, foi "mais uma vítima da crueldade e da covardia de assassinos e torturadores pagos com o dinheiro público".  
A afirmação foi feita após Damous tomar conhecimento da divulgação de relatório da Comissão Nacional da Verdade onde é apontado que o ex-deputado Rubens Paiva foi morto nas dependências do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operação de Defesa Interna), no Rio de Janeiro.
Segundo Wadih, o documento revela uma verdade conhecida desde a morte de Rubens Paiva: "o parlamentar foi assassinado nas dependências dos órgãos de repressão" destacando que com a eficiente atuação da Comissão, a verdade murmurada torna-se verdade oficial. Essa e outras revelações mostram como foi importante a criação da Comissão da Verdade, ainda que tardiamente". A divulgação do relatório foi feita pelo coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles.

Cláudio Fonteles
Segundo Wadih, o documento revela uma verdade conhecida desde a morte de Rubens Paiva: "o parlamentar foi assassinado nas dependências dos órgãos de repressão" destacando que com a eficiente atuação da Comissão, a verdade murmurada torna-se verdade oficial. Essa e outras revelações mostram como foi importante a criação da Comissão da Verdade, ainda que tardiamente". A divulgação do relatório foi feita pelo coordenador da Comissão Nacional da Verdade, .
Fonteles chegou a esta conclusão sobre o assassinato do ex-deputado nas dependências do DOI-Codi ao analisar um documento encontrado no Arquivo Nacional, em Brasília, em que agentes do DOI-Codi do Rio descrevem como Rubens Paiva foi localizado e preso. O ex-deputado, que teve o mandato cassado pelo Ato Institucional nº 1, foi levado por agentes da ditadura militar para prestar depoimento em 20 de janeiro de 1971 e, desde então, é considerado desaparecido.
A versão oficial apresentada pelas Forças Armadas é a de que Paiva fugiu quando era levado para reconhecer uma casa no Rio. O documento recém-revelado, porém, com data de 25 de janeiro de 1971, não faz nenhuma menção à suposta fuga de Paiva, que segundo o Exército teria ocorrido na madrugada do dia 22 de janeiro. Para o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, isso desmente a versão da fuga, sustentada até hoje pelas Forças Armadas.




Fonte: JB

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