domingo, 17 de fevereiro de 2013

Rafael Correa pede transparência no processo eleitoral em Quito


QUITO - O presidente do Equador, Rafael Correa, que busca a reeleição, pediu transparência no processo eleitoral deste domingo, após votar em uma escola de Quito rodeado por seguranças. Cerca de 11,6 milhões de equatorianos, dentro e fora do país, votam no pleito para escolher os novos presidente e vice-presidente, além de 137 congressistas. Observadores de organizações como a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) e mais de 76 mil militares acompanham a eleição.
- Temos que cuidar da transparência do processo para conseguir que seja a eleição mais inclusiva e transparente da história do país - disse o presidente, que vai acompanhar a apuração do Palácio Carondelet, sede do Executivo. - Já há um ganhador (desta eleição), e esse ganhador se chama Equador. O dia de hoje é motivo de alegria, de verdadeira festa democrática, festa nacional. Nas mãos dos cidadãos está o futuro do país.
Milhares de eleitores compareceram aos centros eleitorais das principais cidades do Equador para votar, em ato obrigatório no país para todas as pessoas com idades entre 18 e 65 anos. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) revelou, entretanto, que a entidade detectou uma tentativa de invasão no sistema eletrônico, mas conseguiu controlar a situação
- Não posso dar mais detalhes, isso está sob investigação - disse, à Efe, o presidente do CNE, Domingo Paredes.
Além de Correa, disputam a presidência o ex-banqueiro Guillermo Lasso, o ex-presidente Lucio Gutierrez, o ex-ministro Alberto Acosta, magnata Álvaro Noboa, o pastor evangélico Nelson Zavala, o ex-vereador Norman Wray e o advogado Mauricio Rodas.
As últimas pesquisas mostraram que Correa lidera as intenções de voto com mais de 35 pontos à frente do seu mais rival mais próximo. Programas sociais para melhora do acesso à saúde, melhoria de estradas e construção de mais escolas deram ao economista de 49 anos com estudo no exterior uma forte base de apoio entre os pobres, mas ele também tem sido duramente apontado como autoritário, por ampliar o poder do Estado em setores estratégicos, como o petróleo, e por fazer severas restrições à liberdade de imprensa.
A eleição é vista como um referendo sobre a popularidade do único presidente que completou um mandato presidencial no Equador nos últimos 20 anos, em um país repetidamente golpeado por crises econômicas e políticas.
O presidente também quer ganhar a maioria na Assembleia Nacional com 137 assentos, que perdeu após antigos aliados passarem para a oposição. Isso lhe permitiria aprovar com facilidade novas reformas para consolidar sua agenda socialista. 

Reuters/R1

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