sexta-feira, 15 de março de 2013

LAMBANÇA FEIA! - DEPUTADO DO PT FAZ HOMENAGEM AO MAIOR GRILEIRO DO MUNDO



Para o jornalista Igor Felippe, a homenagem de André Vargas (PT-PR) a Dom Cicillo deixa lição:
O deputado federal André Vargas (PT-PR) apresentou em 2009 um projeto de lei (PL 6.167/09) para nomear o trecho da BR-277 entre as cidades de Paranaguá e Curitiba (PR) de Rodovia Cecílio do Rego Almeida.
Nesta quarta-feira, a homenagem foi aprovada, depois de parecer favorável de outro deputado do PTna Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, José Mentor.
Por que uma homenagem dessas para um nome pouco conhecido?
Cecilio do Rego Almeida, que morreu aos 78 anos em 2008, foi presidente do Conselho de Administração do Grupo CR Almeida.
Almeida é paraense, mas mudou para o Paraná com 7 anos de idade.
O grande feito dele foi conquistar o título de “maior grileiro do mundo”, por concentrar fazendas que somadas são maiores que o estado da Paraíba.
Um homem só concentrou 6 milhões de hectares. Não, não é 6 MIL hectares, que já seria um baita latifúndio.
Em 2012, a subseção da justiça federal de Altamira, no Pará, recebeu os autos do processo sobre a grilagem.
O documento com 1.500 páginas, distribuídos em seis volumes, demonstra as irregularidades – ou melhor, crimes – de Cecilio do Rego Almeida para chegar ao topo do ranking dos grileiros.
A homenagem de André Vargas deixa uma lição: a grilagem terras será recompensada


Leia abaixo as considerações do Jornalista Lucio Flavio Pinto que há anos vem travando uma disputa judicial impar com o "maior grileiro do mundo" e seus herdeiros.

Contribuí hoje com R$ 25.116,75 para aumentar a fortuna dos sucessores e herdeiros do empresário Cecílio do Rego Almeida. Esse foi o valor apurado da indenização que a justiça do Pará me obrigou a pagar ao dono de uma das maiores empreiteiras do Brasil, a Construtora C. R. Almeida, com sede no Paraná.

No ano 2000 ele cobrou a reparação do dano moral que alegou ter sofrido porque eu o chamei de pirata fundiário, em artigo publicado no meu Jornal Pessoal, um quinzenário alternativo que escrevo sozinho desde 1987, em Belém. Na época, cobrou R$ 4 mil pela sua honra ofendida. O valor final, de R$ 25 mil, decorreu da correção monetária e dos acréscimos do processo.


Eu podia continuar a recorrer, como fiz ao longo de mais de 10 anos. O último recurso, do qual podia lançar mão, era uma ação rescisória, que praticamente reiniciaria o processo.

Mas achei que o cinismo, a injustiça e o propósito deliberado de me atingir exigiam uma resposta mais contundente, à altura do surrealismo da situação. Decidi não recorrer mais.
Não sei se existem casos semelhantes nos anais do judiciário brasileiro. Compareci espontaneamente ao foro e pedi para pagar a indenização.
O cálculo inicial apresentado foi excessivo. Contestei-o.
O juiz substituto da 3ª vara cível de Belém concordou com meu questionamento e deferiu meu cálculo. Os herdeiros de C. R. Almeida não se manifestaram.
Eles só se habilitaram nos autos mais de dois anos depois da morte do patriarca, que ocorreu em 2008, já fora do prazo, renovado abusivamente pela justiça.
O juiz que me condenou atuou como substituto na vara pela qual o processo tramitava, em 2005, por um único dia, enquanto a titular viajava para fazer um curso de três dias no Rio de Janeiro.
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Fonte: O Escrevinhador

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