quinta-feira, 20 de junho de 2013

BRASIL - DOLAR SEGUE EM ALTA DISPARADA E FECHA A R$2,25

O dólar disparou pelo segundo dia consecutivo e alcançou o patamar de R$ 2,25, mesmo após o Banco Central atuar três vezes para conter a valorização da divisa, refletindo o nervosismo global diante dos sinais de que o programa de estímulo dos Estados Unidos pode estar perto do fim. 
A moeda americana ganhou 1,69%, para R$ 2,258 na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 3,96 bilhões.
O dólar ultrapassou R$ 2,25 logo no início desta sessão, depois de fechado acima de R$ 2,22 na véspera refletindo sinalizações do Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, de que pode começar a reduzir seu programa de compra de ativos ainda neste ano, o que reduziria a oferta de dólares nos mercados globais."Continua o pânico com o que acontece lá fora. E (o pânico) deve continuar, enquanto não houver novas decisões", disse o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.
A alta da divisa levou o BC a fazer um leilão de swap cambial tradicional - equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro -, vendendo a oferta total de 60 mil contratos de swap com vencimentos em 2 de setembro e 1º de outubro de 2013.Após o anúncio do leilão de swap, o dólar atingiu a mínima do dia de R$ 2,2233, mas a moeda rapidamente voltou a ganhar força e ultrapassou o patamar de R$ 2,27 no intradia pela primeira vez desde 1º de abril de 2009. O BC voltou, então, a atuar nos mercados, realizando desta vez dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra.É a primeira vez que o BC recorre a essa ferramenta desde 30 de janeiro deste ano: até então, a autoridade monetária se restringiu a atuar nos mercados por meio de swaps. A taxa de corte do primeiro leilão ficou em R$ 2,2905 e a do segundo, em R$ 2,3034.Operadores alertaram, no entanto, que as atuações do BC devem ter efeito limitado na cotação do dólar, uma vez que os mercados globais estão muito estressados e investidores estão revendo suas estratégias devido à mudança do cenário com a redução do estímulo nos EUA."O BC vai ter de fazer mais força. 

 
A pressão que está ocorrendo é de saídas de dólares daqui para serem aplicados lá fora, o BC precisa colocar liquidez para compensar", afirmou o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold.O clima de pessimismo afetava grande parte dos mercados mundiais, levando os três principais índices acionários dos EUA a fechar em queda de mais de 2% e os rendimentos dos Treasuries, títulos de dívida soberana do país, a disparar. Já o dólar ganhava força em escala global: em relação a uma cesta de divisas, a moeda americana subia 0,48%.
Reuters News

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