segunda-feira, 17 de junho de 2013

ELEIÇÕES 2014: TAPIOCOUTO QUER SER GOVERNADOR, NA MARRA! - MAS JATENE PREFERE DEMACHKI


O PSDB, no Pará, é um partido que vive sob a paz dos cemitérios. O problema é que, lá dentro, mortos e vivos estão quebrando o pau. Tudo por conta da eleição de 2014. E há muitas razões para tanta preocupação.  
Afinal, a reeleição de Jatene está em jogo, mas o governador, pressionado por familiares, não parece muito disposto a encarar a parada. Que deve ser dura, duríssima, e exige coragem, capacidade para aglutinar a base de apoio, apartar rebeldes, além de boa saúde.

Se Jatene reluta na recandidatura ao governo, como demonstra, outros caciques e morubixabas tucanos se dizem dispostos ao sacrifício. Um deles é o senador Mário Couto, hoje às voltas com processo judicial por apropriação de recursos públicos da Alepa e sob graves denúncias de utilizar o Detran - seu atual feudo político - para favorecer afilhados e um time de futebol, o Santa Cruz de Cuiarana.

Couto tem peitado Jatene e causado desconforto ao governador, exigindo ser o candidato ao governo, ano que vem. Nem os panos quentes do senador Flexa Ribeiro tem ajudado a debelar o fogo de Couto, que utiliza-se de um argumento que pode ser um monumental tiro no pé. Ele propala ter o apoio das ORM para vencer o PMDB, o PT, ou os dois juntos. Pelos corredores do governo, diz ter o apoio de Rômulo Maiorana Júnior, embora o próprio comandante do grupo de comunicação não tenha ainda dito publicamente que o apoia.

Talvez nem precisasse, diante do que se vê quase diariamente nas páginas de O Liberal, mas ainda assim Couto usa a carta branca que tem para tentar manter Jatene como refém de sua vontade. O governador já teve que puxar a orelha de Couto em um episódio que quase bota a perder o projeto tucano de apoio ao campeonato paraense - uma boa iniciativa que começou no governo de Ana Júlia -, que rende bons votos junto às torcidas de Paysandu e Remo.

O senador tentou paralisar o campeonato, no final do segundo turno, determinando que seu time não entrasse em campo para enfrentar o Paysandu. Foram momentos de extrema tensão nas hostes tucanas. Bombeiros entraram em ação, mas com a mangueira de gasolina nas mãos, Couto, que como sabemos não tem apreço à ética, ameaçou os próprios companheiros de retaliação. Foi contido por Jatene, que o acusou de querer colocar tudo a perder em 2014. Couto, a muito custo, aceitou as duras ponderações de Jatene e desistiu de paralisar o campeonato.

Agora, voltou a atacar, talvez cobrando de Jatene o apoio para lançá-lo ao governo. Uma fatura da qual o governador não é e, ao que parece, não pretende ser avalista. Mal sabe Couto, porém, que o candidato do governador para sucedê-lo, nem de longe passa pelo balneário de Salinas.

Foto: BRIGA DE FOICE NO PSDB DO PARÁ. COUTO QUER SER GOVERNADOR, MAS JATENE PREFERE ADNAN

O PSDB, no Pará, é um partido que vive sob a paz dos cemitérios. O problema é que, lá dentro, mortos e vivos estão quebrando o pau. Tudo por conta da eleição de 2014. E há muitas razões para tanta preocupação. Afinal, a reeleição de Jatene está em jogo, mas o governador, pressionado por familiares, não parece muito disposto a encarar a parada. Que deve ser dura, duríssima, e exige coragem, capacidade para aglutinar a base de apoio, apartar rebeldes, além de boa saúde. 

Se Jatene reluta na recandidatura ao governo, como demonstra, outros caciques e morubixabas tucanos se dizem dispostos ao sacrifício. Um deles é o senador Mário Couto, hoje às voltas com processo judicial por apropriação de recursos públicos da Alepa e sob graves denúncias de utilizar o Detran - seu atual feudo político - para favorecer afilhados e um time de futebol, o Santa Cruz de Cuiarana.

Couto tem peitado Jatene e causado desconforto ao governador, exigindo ser o candidato ao governo, ano que vem. Nem os panos quentes do senador Flexa Ribeiro tem ajudado a debelar o fogo de Couto, que utiliza-se de um argumento que pode ser um monumental tiro no pé. Ele propala ter o apoio das ORM para vencer o PMDB, o PT, ou os dois juntos. Pelos corredores do governo,  diz ter o apoio de Rômulo Maiorana Júnior, embora o próprio comandante do grupo de comunicação não tenha ainda dito publicamente que o apóia. 

Talvez nem precisasse, diante do que se vê quase diariamente nas páginas de O Liberal, mas ainda assim Couto usa a carta branca que tem para tentar manter Jatene como refém de sua vontade. O governador já teve que puxar a orelha de Couto em um episódio que quase bota a perder o projeto tucano de apoio ao campeonato paraense - uma boa iniciativa que começou no governo de Ana Júlia -, que rende bons votos junto às torcidas de Paysandu e Remo. 

O senador tentou paralisar o campeonato, no final do segundo turno, determinando que seu time não entrasse em campo para enfrentar o Paysandu. Foram momentos de extrema tensão nas hostes tucanas. Bombeiros entraram em ação, mas com a mangueira de gasolina nas mãos, Couto, que como sabemos não tem apreço à ética, ameaçou os próprios companheiros de retaliação. Foi contido por Jatene, que o acusou de querer colocar tudo a perder em 2014. Couto, a muito custo, aceitou as duras ponderações de Jatene e desistiu de paralisar o campeonato. 

Agora, voltou a atacar, talvez cobrando de Jatene o apoio para lançá-lo ao governo. Uma fatura da qual o governador não é e, ao que parece, não pretende ser avalista. Mal sabe Couto, porém, que o candidato do governador para sucedê-lo, nem de longe passa pelo balneário de Salinas.

 As cartas de Jatene estão reservadas, com boas credenciais, para o ex-prefeito de Paragominas, Adnan Demachki, em quem o governador confia cegamente. Adnan fez uma boa gestão em Paragominas e isso o coloca como a melhor opção no tabuleiro eleitoral de 2014. Não imagina Jatene a dose cavalar de inveja  que essa preferência, ainda não tornada pública, está provocando dentro do partido.

Quem não quer Adnan nem pintado no palanque, como candidato a governador,  por exemplo, é o secretário de Produção, Sidney Rosa, também ex-prefeito de Paragominas e grande madeireiro cujo hábito, que sempre lhe traz problemas, até entre os tucanos mais éticos, é confundir a coisa pública com a privada. Rosa briga para também ser governador e já teria dito ao próprio governador que toparia sucedê-lo. Desde que, é lógico, seja afagado por Jatene e receba o apoio da máquina governamental. Macaco velho na política, Jatene finge que não ouve o brado de Rosa pelos corredores palacianos. Sabe como descartá-lo sem que, para isso, o envenene na própria ambição.

Perguntei a uma das minhas fontes no PSDB como fica a situação do vice-governador Helenilson Pontes, que se finge de morto, para o público externo, mas nos bastidores estaria se credenciando para ser a segunda opção de Jatene, caso Adnan sucumba às bicadas dos que estão dispostos a puxar  o tapete dele. Resposta: Helenilson será candidato a deputado federal e deverá se eleger com grande votação.  

E Flexa Ribeiro, que nunca desistiu de ser governador, como fica? Resposta de outra fonte: fica no Senado, onde está muito bem. Não tem tutano para enfrentar uma campanha pesada. Jatene poderia mandar tudo às favas, se quisesse. Bastaria dizer que topa a reeleição, coisa que sempre abominou, independentemente de hoje ter ou não saúde, receber ou não pressão da família, para aposentar-se e curtir a linha de pesca e o violão que o aguardam. Só assim, recolheria as foices e acabaria com a briga entre os tucanos, devolvendo cada um ao lugar de direito no muro peessedebista, onde todos ficam bem na foto. 

Duvido - vou repetir, duvido -, que o governador tome a decisão agora. Já poderia fazê-lo. Até para desmentir o que aqui estou escrevendo. Por erro de avaliação do momento político, contudo, prefere ficar calado.  

Pode pagar um preço elevado pelo silencio obsequioso.As cartas de Jatene estão reservadas, com boas credenciais, para o ex-prefeito de Paragominas, Adnan Demachki, em quem o governador confia cegamente. Adnan fez uma boa gestão em Paragominas e isso o coloca como a melhor opção no tabuleiro eleitoral de 2014. Não imagina Jatene a dose cavalar de inveja que essa preferência, ainda não tornada pública, está provocando dentro do partido.

Quem não quer Adnan nem pintado no palanque, como candidato a governador, por exemplo, é o secretário de Produção, Sidney Rosa, também ex-prefeito de Paragominas e grande madeireiro cujo hábito, que sempre lhe traz problemas, até entre os tucanos mais éticos, é confundir a coisa pública com a privada. Rosa briga para também ser governador e já teria dito ao próprio governador que toparia sucedê-lo. Desde que, é lógico, seja afagado por Jatene e receba o apoio da máquina governamental. Macaco velho na política, Jatene finge que não ouve o brado de Rosa pelos corredores palacianos. Sabe como descartá-lo sem que, para isso, o envenene na própria ambição.

Perguntei a uma das minhas fontes no PSDB como fica a situação do vice-governador Helenilson Pontes, que se finge de morto, para o público externo, mas nos bastidores estaria se credenciando para ser a segunda opção de Jatene, caso Adnan sucumba às bicadas dos que estão dispostos a puxar o tapete dele. Resposta: Helenilson será candidato a deputado federal e deverá se eleger com grande votação.

E Flexa Ribeiro, que nunca desistiu de ser governador, como fica? Resposta de outra fonte: fica no Senado, onde está muito bem. Não tem tutano para enfrentar uma campanha pesada. Jatene poderia mandar tudo às favas, se quisesse. Bastaria dizer que topa a reeleição, coisa que sempre abominou, independentemente de hoje ter ou não saúde, receber ou não pressão da família, para aposentar-se e curtir a linha de pesca e o violão que o aguardam. Só assim, recolheria as foices e acabaria com a briga entre os tucanos, devolvendo cada um ao lugar de direito no muro peessedebista, onde todos ficam bem na foto.

Duvido - vou repetir, duvido -, que o governador tome a decisão agora. Já poderia fazê-lo. Até para desmentir o que aqui estou escrevendo. Por erro de avaliação do momento político, contudo, prefere ficar calado.

Pode pagar um preço elevado pelo silencio obsequioso.


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