quarta-feira, 5 de junho de 2013

Obama adia assinatura de tratado da ONU sobre comércio de armas

 

O secretário estadunidense de Estado, John Kerry (foto acima), disse nesta terça-feira (4) que o presidente Barack Obama assinará o Tratado das Nações Unidas sobre comércio de armas, mas o fará quando forem esclarecidas dúvidas sobre a tradução do texto.


Grupos conservadores dos Estados Unidos, como a Associação Nacional do Rifle (NRA, por sua sigla em inglês) se opõem à assinatura do acordo, cujo processo de adesão começou nesta segunda-feira (3).
Personalidades e instituições que apoiam o tratado internacional esperavam que Obama o assinasse hoje, porque isso seria um exemplo para outros países que são grandes exportadores de equipamentos militares, informa o jornal The Hill.
Kerry disse que os Estados Unidos dá as boas-vindas à abertura do novo convênio para assinatura, mas argumentou que assessores da administração Obama estão preocupados porque algumas traduções do documento têm diferenças nos conceitos legais.
Acrescentou que o mandatário o assinará quando essa situação se resolva de forma satisfatória.
O chefe da diplomacia estadunidense explicou que o instrumento legal não viola de jeito nenhum a Segunda Emenda da Constituição estadunidense, que garante o direito dos cidadãos à posse de armas.
A NRA enfatiza que o pacto internacional está dirigido a confiscar as armas de fogo que estão em poder dos cidadãos estadunidenses, e uma maioria dos senadores já disseram que se opõem ao acordo, o que dificulta sua ratificação pelo senado, necessária segundo as leis estadunidenses.
Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar em exportação de armas, com 30% das vendas mundiais, e a Rússia o segundo, com 24%.
De 2007 a 2011, a Ásia e a Oceania importaram 44% das armas, seguidos pela Europa (19%), Oriente Médio (17%), América (11%) e África (9%), destaca um relatório recente do Instituto de Estocolmo de Investigações sobre a Paz Internacional de Suécia.
A Índia foi o maior importador mundial de armas, 10% de todas as importações, seguidos pela Coreia do Sul, (6%), Paquistão (5%), China (5%) e Singapura (4%), segundo a instituição sueca.

Fonte: Prensa Latina

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