segunda-feira, 8 de julho de 2013

OS SABOTADORES E A ECONOMIA


    
Se a intenção era sabotar a economia, atingiram seus objetivos os provocadores ocultos atrás dos vândalos e arruaceiros que incendiaram as ruas nas últimas semanas, atearam fogo em repartições públicas, invadiram,  depredaram e saquearam  estabelecimentos comerciais, agências de automóveis, usaram coquetéis molotov e destruíram ônibus e outros veículos.
         Houve denúncias de recrutamento de “carecas” em São Paulo por integralistas. Um fuzileiro naval participou da invasão ao Itamaraty. A polícia mineira identificou a presença de grupos organizados de outros estados no cerco ao Mineirão. Essas imagens, divulgadas no mundo inteiro,  deterioraram profundamente a imagem do Brasil no exterior, e afetaram de forma grave as perspectivas econômicas do país nos próximos meses.
       Em conseqüência, tornou-se mais difícil  o desempenho da União e dos estados. Não se trata apenas dos 700 milhões de reais de prejuízo para o comércio, só no dia 20 de junho. Foram bilhões de reais perdidos, com milhares de toneladas de leite e seus derivados, além de outros alimentos perecíveis, como carne e peixe,  que apodreceram nas estradas bloqueadas, por dias inteiros, afetando a inflação e o abastecimento. Registrou-se o atraso no embarque de produtos para o exterior, e houve a queda na ocupação dos hotéis, que, em alguns lugares, como a cidade de São Paulo, se reduziu a 40% em média durante plena Copa das Confederações.
      Alguns colunistas de jornais especializados em economia afirmam que os diretores executivos de empresas estrangeiras no Brasil têm tido como principal missão explicar às matrizes que nosso país não está vivendo uma situação de pré-guerra civil.  A CNN mexicana informa que as manifestações no Brasil espantam  investidores em bônus da dívida brasileira e da Bolsa, que já perdera mais de 20% este ano devido a outras questões, como as que envolvem as empresas de Eike Batista.
      Os problemas de infraestrutura, agravados pelo fechamento constante de importantes rodovias, vão afundar o superávit comercial este ano - cuja queda é estimada em  70% - para cerca de 7 bilhões de reais.
      O real tende a se desvalorizar cada vez mais, aumentando a pressão sobre as reservas internacionais. É difícil que o Investimento Externo Direto acompanhe o nível do ano passado. Quem ousaria investir seu dinheiro aqui, com as cenas de violência que estão sendo vistas lá fora?
      As aquisições e fusões já caíram 50% no primeiro semestre, com relação ao primeiro semestre do ano passado. Esse tipo de situação tampouco favorece a oposição. Se houver uma queda no consumo, na produção, nos investimentos e no emprego, sofrerão democraticamente gregos e troianos que estiverem ocupando cargos de governo.


     Segundo o Datafolha, a aprovação da Presidente Dilma caiu de 57% a 30%. Mas Geraldo Alckmin, principal governador do campo oposicionista, caiu também, de 52 para 30%.


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