quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ARTISTAS ENTRAM NO JOGO DE PRESSÕES DA REDE DE MARINA



A cantora Adriana Calcanhotto gravou um vídeo em que diz que sua própria assinatura em apoio ao partido de Marina Silva foi rejeitada pela Justiça Eleitoral; ator Marcos Palmeira também produziu depoimento em defesa da legenda; para o jornalista Josias de Souza, o Tribunal Superior Eleitoral, em clima de "liberou geral", dificilmente conseguirá fechar as portas para o partido; ministros do tribunal, no entanto, se mostram cada vez mais desconfortáveis com as pressões; decisão poderá decidir se haverá ou não segundo turno em 2014; caso perca no TSE, Marina pretende levar o caso ao STF.

247 - Pré-candidata à presidência da República, a ex-senadora Marina Silva tem mantido uma postura irredutível. Só concorrerá ao Palácio do Planalto em 2014, se for pela Rede Sustentabilidade, partido que pretende criar e que só poderá disputar as eleições do próximo ano se for autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral até o dia 5 de outubro.
Nessa corrida contra o tempo, Marina tem conquistado o apoio de alguns artistas, intelectuais e de parte da mídia – ainda que não tenha obtido o mínimo de 492 mil assinaturas exigido por lei.
Ontem, em vídeo postado no YouTube, a cantora Adriana Calcanhotto afirmou que sua própria assinatura foi rejeitada por um cartório. Assista:



Segundo o Painel, da Falha de S. Paulo, o ator Marcos Palmeira também saiu em defesa da Rede:

Nas... A Rede escalou artistas em uma campanha na internet para dar publicidade às barreiras enfrentadas na obtenção de seu registro. O ator Marcos Palmeira gravou mensagem em que diz que o partido é prejudicado por um "procedimento precário de conferência de assinaturas".
... estrelas Adriana Calcanhotto também protagoniza um vídeo e conta que sua própria ficha de apoio foi rejeitada pela Justiça Eleitoral.
De acordo com o colunista Josias de Souza, do Uol, o Tribunal Superior Eleitoral, em clima de "liberou geral", depois das aprovações do Pros e do Solidariedade, terá dificuldades para barrar a Rede:
Na web, Marina Silva é socorrida por Adriana Calcanhoto. No TSE, munida de uma tese, vai de calcanhar em calcanhar, de gabinete em gabinete. Desdobra-se trazer à luz a sua #rede. A noite passada deixou boiando na atmosfera uma pergunta: sob atmosfera de liberou geral, depois de aprovar os pedidos de criação do Pros e do Solidariedade, a Justiça Eleitoral terá peito para negar uma certidão de nascimento à legenda que chega com uma presidenciável de 26% do eleitorado?
Se arrancar o registro do TSE, a Rede de Marina será a 33ª agremiacão partidária em funcionamento no país. Sim, caro leitor, temos no Brasil o partido 1, 2, 3, 4, 5….30, 31 e 32. Shakespeare estava pensando nesse quadro quando disse: “Não há o que escolher num saco de batatas podres.”
No entanto, segundo informa a jornalista Mônica Bergamo, ministros do TSE têm se mostrado cada vez mais incomodados com o intenso jogo de pressões – a aprovação ou não da Rede, diga-se de passagem, pode definir se haverá ou não segundo turno nas eleições de 2014, uma vez que Marina aparece com quase 25% das intenções de voto. Abaixo, as notas de Mônica Bergamo: 
SERÁ MESMO? 
A tese invocada pela Rede, de Marina Silva, pedindo que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reconheça assinaturas para a formação do partido que foram rejeitadas por cartórios encontra resistência na corte. Ministros dizem que a burocracia não é obrigada a justificar a glosa das firmas, como quer a ex-senadora.
TUDO CLARO
O argumento central da Rede é o de que o poder público tem que justificar todas as suas medidas. Já ministros do TSE acham que os cartórios não devem dar explicações adicionais à que já está explicitada: eles comparam assinaturas e informações apresentadas com os cadastros dos eleitores. Se alguma coisa não confere, anulam a ficha apresentada.
RABISCO
"O problema é que há uma série de precariedades nos cartórios, e a falta de justificativa é uma forma de lidar com elas", diz Bazileu Margarido, coordenador da Rede. Há também pontos considerados fora da curva. No Brasil todo, por exemplo, foram anuladas em média 20% das assinaturas. Em SP, 34%. No ABCD (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema) elas chegaram a 50%.

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