(HD) - Em palestra em São Paulo, há uma semana, o Prêmio Nobel da Paz José Ramos-Horta, ex-dirigente do Timor Leste, pediu ao Brasil que financie as eleições da Guiné-Bissau, onde ele trabalha como representante da ONU.
Com apenas um milhão e seiscentos mil habitantes, a Guiné-Bissau, é um pequeno país de língua portuguesa, da costa ocidental africana, que tem como principal produto de exportação a castanha de caju. Sua renda per capita mal passa dos mil dólares por ano.
A localização, no entanto, lhe confere importância estratégica – por ter se transformado, nos últimos anos, em importante entreposto para o tráfico de drogas, entre os centros produtores da América do Sul e os mercados da Europa e dos EUA.
Nos
últimos anos, ás péssimas condições sociais - hoje, é preciso três quilos de
castanha de caju, para se comprar um quilo de arroz – somou-se a agressão aos
direitos humanos.
Desde
2009, quando o presidente João Bernardo Vieira, foi assassinado, o Brasil tem
participado do processo de pacificação do país, presidindo a Configuração
Específica da Guiné Bissau da Comissão de Consolidação da Paz (CCP), das Nações
Unidas, criada por iniciativa do Itamaraty.
E, com
o Centro de Formação para as Forças de Segurança da Guiné-Bissau, também nos
empenhamos em limitar o papel de suas forças armadas às questões militares.
Além
dele, Washington acusa, judicialmente, pelo mesmo crime, o Chefe do
Estado-Maior da Força Aérea, Ibraima Papa Camará, e está de olho – pelas mesmas
razões - no Chefe do Estado-General das Forças Armadas, general António Indjai.
A
Guiné-Bissau possui quadros preparados para disputar as eleições, entre eles, o
de Helder Vaz, que trabalha, há anos, como um dos principais executivos da CPLP – Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa.
O
futuro de Bissau afeta tanto o Brasil - rota de passagem para as drogas - como
a Europa e os Estados Unidos.
Participar decisivamente da solução da questão guineense, cooperando no que pudermos para a realização das eleições, pode mostrar que, com independência e determinação, podemos atuar, de forma cada vez mais decisiva, no espaço geopolítico do Atlântico Sul.
Participar decisivamente da solução da questão guineense, cooperando no que pudermos para a realização das eleições, pode mostrar que, com independência e determinação, podemos atuar, de forma cada vez mais decisiva, no espaço geopolítico do Atlântico Sul.
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