sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Editor alemão mantém decisão de não publicar livro de Sarney, o “Berlusconi do Brasil”


O editor e filósofo Thomas Neumann, coproprietário da editora Königshausen & Neumann, disse não se intimidar com a ameaça do senador José Sarney de interpelação por meio de um advogado.
Em carta publicada ontem no GLOBO, o ex-presidente respondeu à decisão de Neumann de não distribuir a primeira edição de seu livro “Saraminda” em alemão, já impressa, depois que o consulado do Brasil em Frankfurt deixou de cumprir contrato que previa a aquisição de 500 exemplares.
Para Sarney, Neumann fez contra ele declarações “injuriosas” — em entrevista ao GLOBO, Neumann afirmou que só incluiu o livro em seu catálogo por insistência do consulado e porque “não sabia direito quem era Sarney”, “espécie de Berlusconi do Brasil”, nas palavras dele.
Ontem, declarando encerrado o projeto de publicação de “Saraminda” em alemão, Neumann reiterou a sua decisão de não distribuir o livro, por motivos principalmente ideológicos.
— Eu sou social-democrata, e depois de tudo o que li sobre o autor decidi que ele não combina com a minha posição ideológica. Na Alemanha, há liberdade de expressão e é permitido dizer isso e tudo o que tinha dito antes — afirmou Neumann.
 
 
Fonte: Blog do Porter

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