terça-feira, 22 de outubro de 2013

O que o leilão de Libra foi e o que ele não foi

O crítico tem razões que o próprio autor desconhece. Vale para o leilão de Libra.

O que o leilão foi:
1. Foi uma operação financeira. Tinha-se pressa para começar a exploração e a Petrobras não poderia arcar com mais endividamento para os investimentos necessários.

2.  Foi uma operação fiscal, que permite ao governo melhorar as contas públicas este ano, à custa da venda de uma fatia do maior campo de petróleo descoberto no país.

Foram essas as razões objetivas. O restante, é ilação sem fundamento:

O que o leilão não foi:


1. Não empenhou a riqueza do subsolo para os estrangeiros. A União mantém controle quase total sobre o destino da produção.

2. Não mudou a geopolítica do petróleo. A associação das europeias e chinesas com a Petrobras foi puramente financeira. Não implica em nenhum desenvolvimento conjunto de tecnologia. E é essencial que seja assim, pois quem domina a tecnologia de águas profundas é apenas a Petrobras.

3. Não mudou a geopolítica nacional, para aproximação maior com a China.

4.  Não tornou o Brasil colônia da China, conforme o inacreditável José Serra anunciou.

5. Também não assegurou o sucesso de outros leilões pelo sistema de partilha. Libra era a cereja do bolo , com baixíssimo risco prospectório e não houve competição. Serviu para calar a boca dos que diziam ser o modelo inviável; mas não garantiu a viabilidade dos próximos leilões.

6. Não foi privatização. A União mantém controle total sobre a produção. No máximo pode ser encarado como um desconto de recebíveis - a extração futura de petróleo. E a discussão é se foi barato ou se foi caro
 
Fonte:  Luis Nassif

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