quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Sindpol promete Natal e virada de ano em greve

Sindpol promete Natal e virada de ano em greve (Foto: Alzyr Quaresma/Diário do Pará)
Com mais de duas semanas de greve, os servidores da Polícia Civil fizeram um ato na manhã desta quarta-feira (11) em frente ao Hangar Centro de Convenções. No local acontecia o I Simpósio Amazônico de Enfrentamento a Organizações Criminosas, promovido pela Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) do Pará.
Para Gibson Silveira, vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará (Sindpol), o simpósio não faz sentido: “De que adianta falarem tanto da teoria e não investir na contratação e na valorização dos profissionais da polícia?”.
A investigadora Vânia Vieira comenta os tópicos que foram temas de discussão no simpósio. “Falam de técnicas de prevenção e repressão a criminalidade especializada. Mas o que falta é material humano. Essa ação se equipara à emissão de boletins de ocorrência, que apenas mascaram, pois não há quem investigue e dê uma resposta para a população”, pontua.
Gibson Silveira afirma que os trabalhadores estão dispostos a entrar Natal e ano novo adentro em greve. “O governo insiste na proposta indecente que quer dividir a categoria. Acredito que a adesão dos delegados a greve, principalmente os do interior, que tomam conta de até cinco delegacias, vai chamar a atenção do governo”, torce.
Entre as reivindicações dos policiais civis, em greve desde o dia 26 de novembro, está o cumprimento da carga horária de 44 horas semanais, melhores condições de trabalho para os servidores, isonomia entre nível médio e superior, gratificação de escolaridade e incorporação do abono salarial, entre outras.
O vice-presidente do Sindpol também destaca o que ele chama de “falência da política de segurança pública do Estado”. Ele se refere ao recente baleamento do delegado geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino: “O delegado se salvou por que tinha uma arma. E quem não tem uma? Como fica? O Estado não garante hoje a segurança nem de seus próprios agentes”.



(Diário do Pará)

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