sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O AZARADO MUNICÍPIO DE ANANINDEUA COMPLETA 70 ANOS DE TRISTONHA EMANCIPAÇÃO

Não há motivos para comemorar nada!. Nada mesmo à ser comemorado na nossa amada e, ao mesmo tempo, azarada cidade de Ananindeua, que hoje comemora 7o anos de emancipação. 

A despeito de pertencer a chamada Região Metropolitana e estar umbilicalmente ligada a Belém, principal capital do norte do Brasil, a população deste município sofre come se fosse cá um leprosário em nível político. Basta consultar as últimas estatísticas do IBGE para constatar a situação complicada no campo da segurança pública, saúde, mobilidade, educação, saneamento. 

A população não percebe nenhuma mudança a curto, médio ou longo prazo para melhor. A impressão geral é que a principal vocação da cidade é assumir a perversa condição de curral eleitoral gigantesco para péssimos políticos conservadores. Ananindeua é o segundo maior feudo eleitoral do Estado do Pará é  um paraíso eleitoral de ouro para políticos incompetentes
O atual prefeito Manoel Pioneiro do PSDB, fazendeiro milionário, nascido em Minas Gerais, que governa o município pela terceira vez e, tecnicamente, pode emplacar 16 anos de ditadura niilista, sepultou o sonho de uma geração inteira, que esperou durante todo este período pela construção de um hospital pronto socorro de urgência e emergência, de um posto de coleta de sangue - hemopa; de um hospital municipal para atendimento de parturientes, uma vez que, para nascer, as gestantes precisam deslocar-se para Belém. 

479.800 moradores, 4598 empresas instaladas, terceira maior cidade da Amazônia, Ananindeua apresenta índices similares aos mostrados pela FAO no Haití. 

Para ser ter uma ideia, o Stélio Maroja, um dos mais antigos e conhecidos conjuntos residenciais do município, que encontra-se situado de frente para a arterial 18, extensão à grande Avenida Independência, obra que esta sendo construida com verba do PAC pelo governo estadual, comandado por Simão Jatene, aliado e chefe político do prefeito fazendeiro Manoel Pioneiro, não dispõe de água encanada. 
Vergonha que o milionário prefeito Manoel Pioneiro esconde. Moradores do Conjunto Stélio Maroja, tristemente ainda vivem na idade média, não possuem água encanada e tratada.

Os moradores do residencial vivem na idade média, são revoltados com esta situação; precisam se valer de poços artesianos, alguns contaminados, faz tempo, e vivem batalhando diariamente com as péssimas condições de uma rede sanitária, por conta de saneamento precário que não da vazão ao fluxo de dejetos gerados nos sanitários, que vivem entupidos. No primeiro mandato o fazendeiro mandou jogar uma fina capa de asfalto nas principais SNs, sem preocupar-se com as obras subterrâneas, para justificar o envio do carne de pagamento do IPTU. 
Dulciomar, Jatene e Manoel Pioneiro
O prefeito milionário tem que atentar que esta tratando com a saúde de milhares de moradores, vidas que estão colocadas em risco pela péssima qualidade da água que as famílias ali consomem, que não é tratada, nem potável. Para terminar aquilo que é interminável em termos de denuncia real, numa balança imaginária, o município pesaria mais em quantidade de lixo acumulado, que de pessoas. 
Ananindeua,(Foto: Revista Veja)
Caso alguém desse voz ao povo, ouviríamos trata-se de um escárnio parido da cabeça de um prefeito milionário, o fato de um município pobre e miserável contratar um famoso cantor de São Paulo, de primeira linha, por melhor que ele seja, a um custo de 300.000,00 trezentos mil reais - em detrimento de ótimos artistas locais que, não custariam para os cofres públicos nem um décimo deste valor -, diante de uma situação social tão triste em setores vitais. 

 O que Manoel Pioneiro sabe mas não diz é que, a população de Ananindeua, não precisa de circo, nem cachaçada coletiva eventual na avenida, nem de músicos caríssimos para se fazer feliz; precisa de progresso real e bons gestores, coisa que ele não é.
 O cantor Luan Santana, ele bem poderia bancar do seu próprio bolso, em respeito a tudo aquilo o que ele é hoje e, por tudo que acumulou de experiência; idem em consideração e reconhecimento à tudo aquilo o que esta pobre cidade já lhe proporcionou  de muito, muito bom...

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