sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

'JUSTIÇEIROS' - MAURICINHOS DO RIO QUEREM MUDAR O MUNDO USANDO OS PUNHOS EM VEZ DO CÉREBRO



 

por Eduardo Bueres

Existem pessoas que são naturalmente  possuidoras de uma índole cruel e perversa, que orbitam em torno de uma zona situada além da ignorância tida como aceitável, me refiro aquelas tão  donas de uma natureza racista e ruim, que as proíbe de contribuir com o resto da sociedade, já que, confundem  senso de valor, com extremismo julgador. 

Deus nos livre a todos dessa sub-raça que, muito equivocadamente, acredita que as mazelas e os dramas vividos em nível de violência urbana no Brasil, é privilégio de jovens sem renda, sem sonhos, famélicos, viciados, negros craqueiros ou quase negros, sem família e sem futuro, são fenômenos  isolados. 

Os historiadores estão cansados de ensinar que a responsabilidade por este onda insuportável de crimes que diuturnamente vivenciamos, tem que ser partilhada por toda sociedade, por ser mais efeito do que causa. 

As décadas e mais décadas de abandono, descaso e preconceito contra os pobres encurralados em guetos, um dia cresceria tanto que, movidas por um conjunto de descontroles, emparedaria a classe média nas ruas becos e semáforos, exigindo  desta justiça, pela via errada do crime. 

O que assistimos com o linchamento praticado por jovens bem nascidos da Zona Sul carioca, contra o menino de rua negro, foi uma revolta pelo avesso. Faltou aos "justiceiros' bem nutridos ouvirem de seus pais, em primeiro lugar, que: os menores delinquentes que eles de maneira organizada humilham, surram e acorrentam, sem defesa e sem vestes em via pública, sempre encontrarão uma perna levantada ou um soco de um desconhecido que os levará ao chão sangrando. 

Em segundo lugar que:  os verdadeiros culpados e responsáveis por seus males, são  - aquém dos pivetes - aqueles insuspeitos senhores de colarinho branco e conta bancária numerada nos paraísos fiscais; falamos aqui da raça amaldiçoada de propineiros felpudos, corruptos e corruptores, simultaneamente, que se viciaram em desviar recursos da educação, da saúde, da cultura, da habitação e do saneamento, entre outros;  endinheirados esnobes que jamais serão punidos por Joaquinzinho nenhum!. 

Em vez de usar as mãos para dar porrada em meninos negros, ação sádica que não faz mudar nada no Brasil, ajudaria bastante a sociedade se a turminha de mauricinhos passassem a ler mais; desta forma, politizados, passariam a combater melhor as injustiças usando o apenas cérebro. 

 Confira a matéria abaixo no Blog do Porter


            A HISTÓRIA DO GAROTO PRESO AO POSTE


O adolescente cuja imagem ganhou as redes sociais no último domingo prestou depoimento à delegada Monique Vidal, na 9ª DP (Catete) na noite desta quarta-feira, e revelou os detalhes da madrugada vivida na calçada da Avenida Rui Barbosa, um endereço nobre do Rio.
A delegada ficou sabendo a verdadeira idade da vítima: 15 anos, não 17, como acreditava a Polícia Civil até então.
Ele tem mãe e dois irmãos, de 12 e 9 anos, mas atualmente pouco sabe da família. O pai morreu assassinado por ter envolvimento com o tráfico de drogas.
Morador de uma favela do bairro de Campo Grande, na Zona oeste, até dois anos atrás, o menor passou a perambular pelas ruas depois que ficou marcado em sua região, por furtar uma furadeira elétrica de um vizinho.
Sem poder voltar para casa, ele perambula pelas ruas da Zona Sul, tendo passado cinco vezes por abrigos da prefeitura desde novembro. O rapaz negou ser usuário de drogas e admitiu ter participado “uma vez” de um furto de uma motocicleta.
Assistentes sociais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social conseguiram localizar a avó paterna do garoto, em um morro da cidade. Ela, no entanto, recusou-se a receber ou abrigar o neto.
O adolescente detalhou, em depoimento, seus passos na noite de sexta-feira. Contou que seguia para Copacabana com três amigos, também moradores de rua, para tomar “banho de mar”. Depois de passar pelo local onde funciona uma academia ao ar livre, no Aterro do Flamengo, o grupo foi perseguido pelos cerca de 30 jovens que estavam no local, alguns deles motociclistas, segundo conta.
Um dos homens estava armado com uma pistola, disse. Dois dos amigos moradores de rua escaparam. Com o rapaz que não conseguiu fugir, ele passou a ser agredido e ameaçado. Em dado momento, o outro jovem também escapou, e passou a ser ele o único em poder do grupo. Os homens o acusavam de roubar bicicletas e praticar assaltos naquela região.
Os agressores aplicaram uma “banda” e ele foi ao chão. Começaram, então, agressões com capacetes, pontapés e várias humilhações. Acusado de roubos, ele acreditava que seria morto pelos jovens que descreveu como “brancos e fortes” e “playboys”.
Depois do fim da sessão de agressões, ele foi atado ao poste. O rapaz foi localizado e socorrido por alguns moradores do Flamengo – entre eles a artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, fundadora da ONG Projeto Uerê, de educação infantil.
Depois de medicado, ele se desvencilhou e procurou ajuda em um abrigo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social no Centro, onde estava desde então, sem ser identificado.
Funcionários da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social descreveram o jovem com um menino calado, pacato e muito querido pelas assistentes sociais. Ao ser identificado pela diretora do abrigo, ele chorou compulsivamente.


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