quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Quem é a face por trás das máscaras?


buchas

No TIJOLAÇO
A declaração do advogado dos dois acusados  -e confessos – disparadores do rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade são por demais graves para que fiquem apenas no campo das especulações.
Se  é verdade, e não simples manobra diversionista, que aqueles dois jovens estavam recebendo R$ 150 por manifestação, isso significa que há gente de poder econômico nesta história, embora seja claro que não se pode dizer que todos recebiam uma “blocada” para fazerem arruaças nas manifestações.
O fato é que tem gente com dinheiro e interesse político nisso, seja do lado da defesa dos acusados, seja financiando manifestações ou – o burro aqui é velho – de ambos os lados.
O fato é que se tem de procurar, agora, as indicações materiais destes fatos narrados pelo advogado.
Comprar fogos ou alugar ônibus deixa rastros que podem ser seguidos e identificados.
Os dois guris, embora com culpa indiscutível no homicídio (até porque ninguém confessa um homicídio assim, espontaneamente), do ponto de vista da organização do conflito são evidentemente insuficientes.
Se foram explorados politicamente nas manifestações ou agora (ou ambas as coisas, repito) é que estão sendo,  é dúvida que não pode permanecer.
É hora de para com estas sandices de criar uma lei “antiterrorismo”, porque temos aqui leis suficientes para, se a polícia quiser fazer algo além de dar bordoadas – e a investigação, neste caso, finalmente, parece estar sendo séria, pela Polícia Civil – enquadrar quem esteja formando e financiando isso.
Mas isso não pode parar nos dois rapazes, que foram os agentes do crime.
Os seus mentores e organizadores não usam bermudas.
Talvez usem até paletó e gravata.

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