Aos 55 anos, o chefe do Blocão, Eduardo Cunha, já deu no passado
alegrias a Dilma. Na campanha de 2010, ele foi decisivo ao estancar a
perda de votos entre os evangélicos por conta de boatos que vinculavam
Dilma à legalização do casamento gay e do aborto.
Cunha, que é da igreja Sara Nossa Terra, percorreu templos da Assembleia de Deus, centro evangélico com o maior número de fiéis no país, orientando o voto em Dilma.
No episódio do beijo gay na novela Amor à Vida, ele se manifestou
duramente nas redes sociais. “Não poderia deixar de expressar a minha
repulsa pela cena da TV de beijo gay. Daqui a pouco vão colocar cenas de
sexo gay”, disse Cunha.
Cunha ganhou o respeito dos comandados no PMDB pela capacidade
incomum de estar 24 horas conectado. “Acooooorda!” é a primeira mensagem
que envia no dia a correligionários com quem deseja falar. Chega cedo e
sai tarde do Congresso, conhece os atalhos, domina o regimento e se
move nos bastidores como ninguém.
Cunha não se esquece da política no varejo — participa de cruzadas evangélicas e até de casamentos comunitários.
Antes de se eleger pela primeira vez pelo PPB (antigo PP) em 2002 e
ganhar prestígio no Congresso, Cunha já dominava as entranhas da
administração pública estadual. No governo Anthony Garotinho
(1999-2002), foi presidente da Telerj e da Companhia Estadual de
Habitação (Cehab).
Ambos estão rompidos, e Cunha evita falar o nome do desafeto. Hoje,
Cunha é próximo do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes,
ambos do PMDB.
Saiba Mais: Zero Hora
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