segunda-feira, 7 de abril de 2014

HELDER BARBALHO FICA EM CIMA DO MURO X GOVERNADOR JATENE SE ESCONDE DA CRISE


ENQUANTO ISSO, A BAGUNÇA E A ESCULHAMBAÇÃO TOMA CONTA DAS RUAS E ESTRADAS DO PARÁ DURANTE PROTESTO DA PM

A despeito de todo apoio e simpatia que parte da sociedade possa expressar com relação à justa manifestação dos praças da PM do Pará, e da repulsa à triste gestão administrativa do governador Simão Jatene que, ao praticar um modelo confuso de reposição salarial com ar divisionário, acabou indignando esta sensível categoria, é bom que denuncie-se que população não concorda com a violência que contra ela é praticada pela aloprada direção do movimento dos PMs.


A sociedade lamenta muito que confusão que iniciou-se com a sectária canetada do governador, tenha resultado em manifestação que descambou para uma ilegal rotina de esculhambação e bagunça nas ruas. 

A maioria da sociedade ( eu disse a maioria absoluta!) indignadamente não concorda com a atitude covarde de parte da tropa amotinada que determinou a paralisação da Avenida Almirante Barroso, onde a população fica proibida  chegar de ônibus ou automóvel ao largo de São Brás.

Idem no 6ª Batalhão que esta situado na Rodovia BR 316, trecho vital, que desde o final da última semana, os manifestantes armados  brincam de abrir e fechar o transito, de acordo com o humor das lideranças do movimento, sabendo-se ser esta a única entrada e saída que liga a capital ao resto do País. 


Idem, na BR 306 que liga Bragança a Capanema; aí por diante onde a desordem e o caos segue estabelecendo-se.

É um equívoco que as lideranças que representam os militares passem a descontar em cima do lombo de toda a sociedade, as suas frustrações com o atual chefe de governo tucano, que por intransigência e covardia se ausenta do papel de ator principal nesta crise e, larga o 'pepino' na mão do seu secretário de Segurança Pública, que anda mais para padre. 

É bom lembrar também que, o bem estar da população de Belém e do resto Pará, não pode estar atrelada ao soldo dos praças  insatisfeitos. Se isso pega moda e todos os militares resolverem sair dos quartéis para trancar as ruas e estradas, onde é que isso vai parar?. 

Este movimento de protesto deveria estar circunscrito ao interior dos quartéis e, pela lógica da solução, ao entorno do Palácio dos Despachos, onde poderiam chegar ordeiramente ônibus em caravanas. Fora desse foco, trata-se de afronta ilegítima contra o povo.


Afinal quem acaba pagando duplamente pela insatisfação e pelo desatino de parte dos revoltosos da PM paraense, são os inocentes contribuintes, que na condição de principais prejudicados, merecem todo o respeito mas que, em plena via pública, estão  sendo afrontados no seu direito de ir e vir por militares de bermuda, óculos preto e arma carregada de bala na cintura, que pela manhã andaram disparando tiro para o alto. 

Estão redondamente enganadas as lideranças que pensam que é com este exemplo de desrespeito bandoleiro e prejudicial à todos, que irão conquistar a simpatia geral da população para à  sua luta; é simples assim: o povo exige o devido respeito;  esta causa por mais justa que seja, imposta na base da força e da coação contra a população, gera um custo, uma onda de antipatia onde muitos paraenses ficam a pensar que não há mérito nenhum que enseje merecimento e, acaba ficando ao lado de quem não tem razão: Simão Jatene.

É bom que se diga também que, em todo o Brasil, há quem defenda um conjunto de reformas que institua a unificação e o fim deste modelo de  Policia Militarizada, por ser um dos últimos resquícios da sanguinária ditadura, onde parte da força sofre um duro processo de desmoralização por conta de inúmeras denuncias contidas em processos que tramitam nos tribunais militares e civis, por envolvimento de alguns maus policiais em casos de violência contra inocentes e com crime organizado; desvios inaceitáveis que chegaram em certo momento a afrontar o próprio Estado de Direito e a Democracia, quando por exemplo, PM's assassinaram uma juíza no Rio de janeiro, quando esta investigava o envolvimento de alguns militares afundados até o pescoço em corrupção. 


No caso de Belém e do Pará, que acreditamos ser diferente, a população não é e nunca foi contra o movimento de reposição salarial devida aos trabalhadores fardados, por ser um pleito justo do ponto de vista humano; mas ao fecharem a vital BR 316, levam a população à pensar que não há diferença entre as ações dos Black Bloc's e os vândalos militares truculentos que fazem greve armada nas ruas e estrada com o dedo firme no gatilho, que deveriam acima das suas questões salariais, atuar como verdadeiros guardiães da população. 
O que?

Ao propor isoladamente o aumento de soldo apenas para os oficias, o inábil Jatene, que neste momento excruciante do 'pega pra capar' se faz de morto, expôs um monstruoso problema por dentro de outro: como lidar com um grupo de servidores públicos insatisfeitos, que vão para as ruas protestar armados até os dentes?.

Para piorar a situação resolveu fazer um enfrentamento idiota, enviando nesta manhã (7) contingentes do batalhão de choque para a frente do 6º batalhão, onde encontra-se entre os amotinados crianças e esposa destes militares, gerando de forma gratuita, um clima ainda mais tenso na tropa, em vez de vir a público apresentar contrapropostas relevantes e definitivas sobre o corte de ponto e a anistia dos policiais grevistas. 

O movimento de paralisação na capital alastra-se feito um rio para os municípios paraenses de Breu Branco, Tailândia, Santarém, Goianésia, Bragança, Augusto Correa, Paragominas,Castanhal, Redenção, Xinguára e Marabá, Novo Progresso (foto abaixo).
Novoprogresso
O conjunto da sociedade 100% prejudicado e ultrajado em seus direitos, aguarda ansiosamente para ver se o governador cumpre com o seu verdadeiro papel republicano, que ele saia das sombras e de as caras, tomando a frente das negociações e colocando fim nesta crise.

Helder Barbalho

 

P.S. Não se ouve um 'pío' em favor da sociedade denunciando os excessos e absurdos praticados pelos militares armados que, criminosamente, fecham ruas e estradas do Pará, por parte de Políticos da oposição, como é o caso do pré candidato ao governo do Estado, Helder Barbalho, que esta aliado ao irreconhecível e desfigurado PT.

Mesmo entendendo que é em ano eleitoral e  que os políticos precisam contar com os preciosos votos dos quartéis, não deveriam esquecer que o sagrado direito de ir e vir do do povo, esta acima dos interesses laborais de quaisquer categorias. Citamos o Helder isoladamente aqui, por que em seu programa diário de rádio levado ao ar hoje (7) o possível futuro governador, por imaturidade, ou muita sabedoria, preferiu apenas relatar genericamente os fatos e criticar as ações do peeésimo atual governador; infelizmente não se posicionou com todas as letras em favor dos direitos da população, como deveria faze-lo. 

Não é exatamente este o tipo de postura que a maioria da sociedade, que busca quem possa defenda-la e representa-la com máxima credibilidade, inclusive as forças de esquerda, que deverão apoia-lo contra os privatistas tucanos, esperam dele.

2 comentários:

  1. A sociedade tá ferrada. De um lado entregue de bandeja para a bandidagem,. A turma do Liberal é do lado do governo e da outra porta sai a paxasaquice da turma da RBA, que pra não ofender os interesses do chefe, não fazem defesa das pessoas comuns, ñ defendem e não divulgam a indignação da nossa população. Um bando de reporter de rabo preso que só sabem falar mal do governador-Doril. Precisa bater em cachorro morto?. Tá pegando mal pro Helder,isso sim,que acho.

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  2. Socialismo É barbárie, meu amigo! Não é por acaso que Bakunin, o ícone do anarquismo (o comunismo puro), era socialista.

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