sexta-feira, 18 de abril de 2014

MORRE GABRIEL GARCIA MÁRQUEZ, UM GÊNIO LATINO AMERICANO



Agência Brasil

O escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez morreu nesta quinta-feira 17, aos 87 anos, na cidade do Méxicio, onde vivia desde 1961. Prêmio Nobel de Literatura, "Gabo", como era conhecido, foi internado recentemente com uma gripe, mas depois diagnosticado com infecção pulmonar e urinária.
Nos últimos anos, Gárcia Márquez isolou-se da vida pública. Jornalista, ele é o mais conhecido autor colombiano e um dos maiores expoentes da literatura latino-americana.
Em obras como Cem Anos de Solidão, Memórias de minhas Putas Tristes e O Amor nos Tempos do Cólera, o escritor apresentou ao mundo a riqueza do imaginário colombiano e tornou-se um dos maiores expoentes de um gênero literário conhecido como realismo mágico.
Considerado um dos autores mais importantes do século 20, começou sua carreira como jornalista enquanto estudava Direito na Universidade Nacional da Colômbia.
García Márquez escreveu muitas obras de não-ficção aclamadas e contos. É mais conhecido por seus romances, incluindo “Cem Anos de Solidão”, “O Outono do Patriarca” e “O Amor nos Tempos do Cólera”. Presenteou seus leitores com o realismo mágico, que combina fatos e fantasia.
Recebeu o Nobel de Literatura em 1982 pelo conjunto do trabalho. Foi o primeiro colombiano e quarto latino-americano a ganhar o prêmio e, na ocasião, agradeceu com um discurso intitulado “A solidão na América Latina”.
“El Gabo”, como era conhecido na América Latina, continuou escrevendo até o final da década de 90, mas diminuiu o ritmo a partir de 1999, quando recebeu o diagnóstico de um câncer linfático. Em 2002, ainda em tratamento, publicou sua autobiografia, “Viver para contar”.
Em 2006, foi diagnosticado com a doença de Alzheimer. Seu câncer começou a se espalhar para os pulmões, nódulos linfáticos e o fígado. Estava internado com pneumonia, infecção e desidratação.
Ele deixa sua esposa Mercedes Bercha e dois filhos, Rodrigo e Gonzalo. Suas últimas palavras foram para os jornalistas que davam plantão em busca de notícias sobre ele: “Eles estão loucos? O que fazem lá fora? Que vão trabalhar, façam algo útil”.

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