sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Apertando o cerco ! : Procurador Geral da República vai investigar avião de Marina e campos

247 - A legalidade da utilização, pelo PSB, da aeronave Cessna Citation PR-AFA, que caiu no último dia 13 matando então candidato Eduardo Campos e outros seis tripulantes, será investigada pela Procuradoria Geral Eleitoral (PGE). 
O procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, instaurou nesta sexta-feira, 29, procedimento preparatório eleitoral para investigar a prestação de contas do PSB relacionadas ao avião fantasma, no qual a candidata Marina Silva voou por diversas vezes. Janot  quer saber se o uso do avião respeitava a legislação eleitoral no que toca à prestação de contas parcial, quanto à arrecadação e gastos envolvidos na campanha.
O PSB terá de encaminhar à Procuradoria Geral Eleitoral os recibos eleitorais que comprovam a prestação de contas parcial, prevista em resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A movimentação financeira feita pelo PSB para a utilização da aeronave durante a campanha presidencial também terá que ser explicado ao procurador-geral. Janot determina ainda que sejam oficiados o Ministério da Justiça, com a solicitação de cópia do procedimento investigatório em curso na Polícia Federal.
Da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o PGR solicita informações a respeito da propriedade da aeronave utilizada na campanha por Eduardo Campos e os registros de voo realizados desde o último mês de maio.
Para blindar a candidata Marina Silva e tentar se desvencilhar da polêmica sobre o uso do avião, o PSB fez um novo comitê financeiro, com novo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. A responsabilidade pelos esclarecimentos será do comitê financeiro de Campos, que tinha CNPJ próprio e foi desativado logo após a sua morte.
A PGE aponta várias reportagens divulgadas pela imprensa sobre a utilização de recursos provenientes de empresas fantasmas na compra do Cessna 560XL efetuada pela AF Andrade, proprietária do avião.
A procuradoria diz que documentos entregues à Polícia Federal pelos representantes da AF Andrade informam que a aeronave teria sido vendida para três empresários pernambucanos, parcelada em 16 depósitos bancários. No entanto, o uso da aeronave por Campos não foi informado pelo partido ao TSE.
O prazo inicial de duração do procedimento é 60 dias, permitidas prorrogações sucessivas, de acordo com a necessidade de dar continuidade à investigação iniciada.

domingo, 24 de agosto de 2014

60 anos da morte de getúlio: reporter conta como o presidente brasileiro foi morto pela mídia

Repórter que cobriu a morte de Getúlio Vargas há exatos 60 anos, o jornalista Janio de Freitas relembra, neste domingo, o papel dos meios de comunicação na tragédia que culminou com o suicídio do político que fundou as bases do trabalhismo no Brasil.
"Getúlio ficou indefeso, objeto de um ódio coletivo que se propagava sem limites: monolíticos, a imprensa, a incipiente TV e o rádio, mais do que se aliarem à irracionalidade, foram seus porta-vozes sem considerar as previsíveis consequências para o Estado de Direito", rememora (leia aqui). 
Acusado de envolvimento, ainda que indireto, no polêmico atentado da rua Toneleros contra Carlos Lacerda, no Rio de Janeiro, Getúlio foi cassado sem trégua pelos meios de comunicação.
No entanto, após o suicídio de Getúlio, os veículos de imprensa, artífices do golpe foram também golpeados pela população ensandecida.
A "Tribuna da Imprensa" de Lacerda foi empastelada. A redação de 'O Globo' foi atacada, carros do jornal foram destruídos, o 'Jornal do Commercio' teve sua oficina invadida, vários dos 17 jornais foram alvos da massa", diz Janio de Freitas.
A atuação da imprensa como força política no Brasil vem de longe. 


Brasil 247

sábado, 23 de agosto de 2014

VÍTIMA DE ABDELMASSIH DECIDE PROCESSAR GILMAR

Vanuzia Leite Lopes, de 54 anos, conta ter desenvolvido síndrome do pânico em 2008, após ter enfrentado juíza e os advogados de Roger Abdelmassih no tribunal; ela foi estuprada duas vezes por ele em 1993; "Depois de dois anos comecei a melhorar. Então, o [ministro do STF] Gilmar Mendes soltou ele. Piorei de novo"; "Decidi que vou entrar com uma representação contra Mendes, por sofrimento desnecessário", anuncia a vítima, que disse ter começado a estudar direito para entender "como podem ter soltado um homem que foi condenado com a maior pena por estupro"; ministro, à época presidente do Supremo, soltou Abdelmassih em 2009, na véspera de Natal, sob o entendimento de que, como ele estava impedido de exercer a profissão, não fazia mais sentido mantê-lo preso.

Uma das 39 mulheres que denunciaram terem sido abusadas por Roger Abdelmassih, Vanuzia Leite Lopes, de 54 anos, anuncia que decidiu processar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Em 2009, o então presidente da Corte foi responsável por soltar Abdelmassih, na véspera de Natal, sob a alegação de que, como ele estava impedido de exercer a profissão, não fazia mais sentido mantê-lo preso.
O médico, que tinha uma das maiores clínicas especializadas em reprodução assistida no Brasil, estava preso preventivamente desde agosto daquele ano, sob a acusação de estuprar pacientes. "O argumento de que, em liberdade, poderia o paciente voltar a cometer a mesma espécie de delito em sua atividade profissional assenta-se em mera especulação, sem mínima base fática", justificou Gilmar Mendes à época.
Após a prisão de Abdelmassih no Paraguai essa semana, relatos das vítimas vieram à tona e Vanuzia contou que, por conta dos dois estupros que sofreu do então médico, desenvolveu síndrome do pânico. Segundo ela, os sintomas do problema vinham melhorando, mas quando o criminoso foi solto por Mendes, ela piorou de novo.
Em 1993, ano do crime, ela disse ter ido à delegacia e ao conselho de medicina, mas ninguém lhe deu ouvidos. "Em 2008, sofri outro estupro, digamos assim. Tive que contar minha história na frente da juíza, enfrentar os advogados dele, enfrentar esse homem de novo. Aí que eu desenvolvi síndrome do pânico", disse Vanuzia à Folha de S. Paulo.
"Depois de dois anos comecei a melhorar. Então, o Gilmar Mendes [ministro do STF] soltou ele. Piorei de novo", prossegue. "Decidi que vou entrar com uma representação contra Mendes, por sofrimento desnecessário. Sofremos abuso, a sequela do abuso, a exposição durante processo. E sofremos agora, de novo, para colocá-lo na cadeia".
A vítima relata ainda ter decidido estudar direito para entender como uma decisão como essa era possível. "Eu comecei a estudar direito para justamente entender como podem ter soltado um homem que foi condenado com a maior pena por estupro, que pegou as vítimas no momento mais vulnerável". 
 
Fonte:247

Ladeira abaixo,sem freios! - Jornal Nacional registrou índices negativo histórico nesta sexta (22)




No ar há mais de 40 anos na grade de programação da Globo, o "Jornal Nacional" atingiu nesta sexta-feira (22) a pior média de audiência desde o seu lançamento. As informações foram divulgadas no site “TV Foco”.
 
O noticiário comandado por William Bonner e Patrícia Poeta amargou 15,6 pontos de média.
Nesta sexta-feira (22), é a pior audiência de sua história.
 
O Jornal Nacional, teve 17 de pico e 27,1% de participação. No horário, o SBT ficou na vice-liderança 
com 8,8, e a Record apareceu em terceiro com 6,8 pontos.
Os dados são prévios e podem sofrer alterações no consolidado. Cada ponto equivale à 65 mil 
televisores sintonizados na Grande São Paulo.

STF MANDA POLICIA FEDERAL INSTAURAR INQUERITO CONTRA PAULINHO DA GARRAFA

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou à Polícia Federal que instaure um inquérito para apurar suposta participação do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, do partido Solidariedade, em crime de corrupção passiva.
Conforme despacho assinado por Gilmar Mendes na quarta-feira, 20, há suspeita de venda de cartas sindicais, que seriam indispensáveis ao registro de sindicatos. Ao determinar a abertura do inquérito e a realização de diligências, o ministro do STF atendeu ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O caso foi denunciado em reportagem da revista “IstoÉ” em 2011. Segundo a publicação, havia um esquema de propina para a liberação de cartas sindicais com a ajuda do então ministro do Trabalho, Carlos Lupi. A revista informou que a documentação para a abertura de sindicato custava, no mercado negro, até R$ 150 mil.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Lula: mídia é o principal partido de oposição

247 - No programa eleitoral do PT desta quinta-feira (21), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou "uma das piores campanhas negativas de certa imprensa que se tornou o principal partido de oposição".
Segundo ele, a mídia esconde os feitos do governo Dilma e voltou a pedir voto para sua afilhada política. Ele se referia a grandes obras não mostradas, como a da transposição do rio São Francisco, em PE.
"Eu tenho certeza que você já está surpreso com tanta coisa que a Dilma fez e que você não sabia", disse.
"Essa campanha vai servir exatamente para isso. Para você ver como certa imprensa gosta mais de fazer política do que informar bem. Como só consegue falar mal e é capaz de esconder obras fundamentais, que estão transformando o Brasil", atacou Lula.
O ex-presidente disse que sua sucessora fez "muita coisa, muita mesmo" e que só conseguiu isso porque fez um governo de continuidade. Ao mesmo tempo, não esqueceu do desejo de mudança expresso pela maioria da população em pesquisas.
"Por isso eu lhe peço: não deixe a mudança parar, não deixe o Brasil parar de mudar."

Sem dono, jato de Campos é investigado pela PF e Anac

247 – A Polícia Federal e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estão investigando a situação legal do jatinho Cessna Citation 560 XL, prefixo PRF-AFA, em que o ex-governador Eduardo Campos morreu, na quarta-feira 13, em Santos, ao lado de outras seis pessoas. O aparelho servia para todas as viagens da campanha do candidato, mas sua propriedade é obscura.
Agora, em razão das apurações da PF, um grupo de empresários de Pernambuco vai sair a público, com nota oficial, para informar que estará comprando a titularidade do aparelho destruído, que hoje existe apenas nos destroços e nos papéis comercias. Ele deverá ser assumido pelo dono de uma factoring em Recife, João Carlos Pessoa de Melo.
Em maio, antes do início das viagens eleitorais de Campos, Melo procurou a corretora que representa o grupo usineiro Andrade, com sede em Ribeirão Preto, para formalizar uma promessa de compra. Esse grupo foi o primeiro operador do avião, avaliado em US$ 7 milhões. Os papéis oficiais do jatinho, no entanto, ainda mostram que ele pertence à Cessna Finance Export Corporation, a vendedora diretamente ligada à fábrica do avião. Há a suspeta da Polícia Federal de que o jato não teve seus impostos recolhidos para operar no Brasil.
Sem seguro e com aparelhos fora de funcionamento, como o gravador de voz da cabine, o avião estava, no momento do acidente, em regime de leasing para a Bandeirantes Companhia de Pneus.
Esses sucessivos parafusos comerciais em torno do jatinho que vitimou Campos e mais seis pessoas podem, é claro, ter relação com a situação de aparente falta de manutenção em que o avião voava. Dias antes da tragédia, o próprio Campos registrou num encontro político em Londrina, no Paraná, que o aparelho havia apresentado falha de ignição na decolagem.
- Ainda bem que não pegou em solo, porque, se não, não estaríamos aqui agora, disse ele.

Coligados ao PSB de Marina, candidatos do PPS aparecem no programa eleitoral de Aécio



Roberto (Trairão) Freire durante sua apresentação no horário eleitoral: coligação com o PSB, cenário do PSDB.

"Produtora de vídeo, mesma que presta serviços à campanha do PSDB em São Paulo, 'transplantou' Soninha Francine e Roberto Freire no programa de TV errado; prática pode configurar crime eleitoral

Redação, RBA

Dois dos principais candidatos do PPS à Câmara dos Deputados por São Paulo, Soninha Francine e Roberto Freire, estrearam suas inserções no horário eleitoral gratuito em situação curiosa: embora seu partido integre a coligação que apoia a candidatura a presidente do PSB, legenda cuja chapa para as eleições presidenciais ainda será confirmada após a morte do candidato Eduardo Campos, ambos figuraram no programa eleitoral do PSDB, emoldurados pelas imagens de campanha de Aécio Neves.
O episódio, que, segundo assessores de Freire, causou "constrangimento" às campanhas, teria ocorrido por conta de um erro da produtora de vídeo que presta serviços tanto ao PPS quanto ao PSDB em São Paulo – os partidos são adversários na campanha para presidente, mas fazem parte de uma mesma coligação, ao lado do Democratas, para deputado federal, o que significa que compartilham os votos totais recebidos pelas três legendas para definir o número de parlamentares que podem eleger e formam lista única de suplentes para o caso de substituição de deputados.
Ao jornal O Estado de S.Paulo, Freire chegou a falar em "desonestidade" do PSDB, embora não tenha atendido a reportagem da RBA. "Ocorreu um equivoco que, para o programa eleitoral da noite, já estará corrigido. Foi um problema com a produtora de vídeo, que se confundiu", afirmou o presidente estadual do PSDB, Duarte Nogueira. A trapalhada pode custar explicações aos tucanos perante a lei eleitoral, já que poderia induzir o eleitor ao erro. "Se um candidato pertence a uma coligação, não pode figurar no material de outros candidatos. Essa é uma prática que pode confundir o eleitor, e é vedada pela Lei Eleitoral", explica o especialista em direito eleitoral Alberto Rollo.
A troca de candidaturas no programa eleitoral ocorre em uma eleição confusa, de muitas alianças cruzadas: em São Paulo, por exemplo, Márcio França, do PSB, candidato a vice-governador na chapa de Alckmin, embora Marina Silva, nome mais forte do partido para dar sequência à campanha presidencial, tenha sido contrária à aliança. Ainda na semana passada, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou que, à revelia do próprio partido, cuja aliança com o PT manteve Michel Temer na vaga de vice-presidente, faria campanha para o PSDB.
Situações como essas, que prejudicam o debate de programas políticos para o país, são sintomas de um país que precisa de uma reforma política urgentemente, de acordo com o cientista político Carlos Melo, 
professor do Insper. "O fim da verticalização deu nisso, estabeleceu uma enorme confusão: os partidos se aliam, mas as lideranças locais fazem o que querem. Mas não é só isso. O nosso sistema político como um todo precisa ser reordenado", afirma. "Quem perde com a situação atual é o eleitor, que fica extremamente confuso. Em uma coligação, o suplente de um deputado pode vir de um partido de outra ideologia, que tinha outro candidato a presidente, ou seja, muda tudo."

BOSTANTINO TIRA DO AR CRITICAS A MIRIAM LEITÂO



Rodrigo Constantino foi obrigado a tirar do ar uma coluna em que criticava a jornalista Miriam Leitão.

Em entrevista a Luiz Cláudio Cunha, Miriam contou como foi torturada durante a ditadura militar. Em sua coluna, Constantino escreveu uma resposta:“Acho, como já disse, que Miriam tem todo direito ao seu pedido de desculpas. Se sofreu o que diz mesmo, nada justifica isso. É uma postura covarde daqueles militares envolvidos. Mas ela não era uma heroína. Não era uma jovem democrata que defendia a liberdade.
Era uma comunista, do PCdoB, entoando hinos marxistas e usando como símbolo a foice e o martelo.
Se essa turma tivesse logrado sucesso naquela época, o Brasil hoje seria uma imensa Cuba, algo que ainda não nos livramos justamente porque os comunistas ainda existem, sob o manto de bolivarianismo ou socialismo do século 21. Portanto, cabe perguntar: e o seu pedido de desculpas, Miriam, não teremos?”
No dia seguinte, ele postou em sua página no Facebook as razões que o fizeram dar sumiço no texto. 
“A pedido do editor da Veja.com, retirei do ar. (…) Ainda acho que ela deveria fazer um reconhecimento público de que não lutava por democracia e não era uma heroína, mas faço isso em outra ocasião…”

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Do que têm medo a Globo e os três Marinhos?

Marco Damiani, 247 – Donos do maior patrimônio pessoal entre todos os empresários de mídia do mundo, como o australiano Ruppert Murdoch, do grupo Media News, ou o americano Ted Turner, da rede CNN, os três irmãos Marinho – João Roberto, Roberto Irineu e José Roberto – consideram ter mais de um bilhão de motivos para atuarem, com sua poderosa máquina editorial, contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Nota sobre nota, eles têm, juntos, uma fortuna estimada pela revista Forbes em US$ 28,9 bilhões (R$ 74,2 bilhões de reais). Porém, com mais quatro anos de Dilma no Palácio do Planalto, os três temem perder dinheiro, prestígio e influência em doses imprevisíveis. Podem ser bastante fortes.
No ano passado, a Receita Federal venceu no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) uma disputa com a Globo de R$ 713 milhões. Hoje, a conta ainda não saudada está em mais de R$ 1 bilhão. Por outro lado, a reeleição da presidente vai, necessariamente, aquecer o debate sobre a regulação do funcionamento do setor de mídia no Brasil. Pilares da base do gigantismo da Globo, como propriedades cruzadas e presença majoritária em múltiplas áreas de atuação, configuram um oligopólio que fatura, anualmente, cerca de R$ 10 bilhões. É essa espécie de fábrica de fazer dinheiro, erguida a partir do período dos militares no poder do Brasil (1964-1985) e movida pelo B.V. (o famoso bônus de veiculação), que se vê ameaçada pela presidente candidata.
Um terceiro, mas não menos importante elemento, é o público em si. Em junho do ano passado, uma parte do vandalismo em que as manifestações degeneraram foi dirigido contra a Globo. Esterco chegou a ser jogado nas paredes da sede da emissora em São Paulo. A pressão popular sobre carros adesivados da emissora passou a ser um fato cotidiano, e sempre arriscado, na vida dos profissionais da empresa.
BELIGERÂNCIA NO DNA - É natural, na defesa de seus interesses bilionários, que os Marinho usem todos os canhões ao seu dispor. A beligerância, de resto, está no DNA do grupo empresarial que eles herdaram do pai. A Globo nasceu com obsessão pelo poder. A estratégia do empresário Roberto Marinho foi, desde as primeiras transmissões, em abril de 1965, exatamente um ano depois de os militares brasileiros derrubarem o presidente João Goulart, a de servir ao regime. Não há interpretação histórica que possa superar esse fato.
A Globo, apesar de algumas linhas de autocrítica publicadas no jornal O Globo por ocasião do cinquentenário do golpe militar, no ano passado, não quer cortar suas raízes com o autoritarismo. Pelo simples motivo de que foi a antítese da democracia que estabeleceu o modelo de concentração que a beneficiou. As Organizações enxergam a democracia como o regime que necessariamente vai enfraquecer seu poder, à medida em que permite a existência e o florescimento de outras fórmulas empresariais.
O nervosismo do âncora William Bonner e a descortesia da apresentadora Patrícia Poeta, ontem, diante de Dilma, na entrevista no Jornal Nacional, revelaram apenas a ponta do iceberg de interesses escondidos pela Globo em sua propalada isenção editorial. Não está no DNA da emissora ser isenta, ao contrário. Muito menos têm havido equilíbrio por parte da emissora no noticiário da atual sucessão presidencial. Pesquisadores da Uerj já havia mostrado que o JN dedicou, entre 1º de janeiro e 31 de julho, 83 minutos de noticiário avaliado por ele como negativo para Dilma contra 3 minutos de informações apontadas como positivas. 
JN PERDEU IBOPE NOS ÚLTIMOS ANOS - Para tomar-se, apenas, os investimentos do governo federal em publicidade, o que se tem é que eles diminuíram para a Globo a partir da introdução continuada de filtros técnicos para a aplicação das verbas. Acontece que a audiência da Globo como um todo, e em horários nunca antes ameaçados, está diminuindo. Apenas o Jornal Nacional, por exemplo, perdeu mais de 20 pontos no Ibope nos últimos anos. A introdução de novos mecanismos de medição de público, de outra parte, também mostra que o poderio real das Organizações Globo é declinante, no sentido do alcance e influência sobre público.
Em 1982, a Globo tentou ditar o resultados das eleições para governador do Rio de Janeiro, no que ficou conhecido como o escândalo da pró-consult – a assessoria que contava os votos em paralelo à Justiça Eleitoral. Em 1989, como o então todo poderoso global Boni admitiu em biografia festiva, a emissora manipulou o debate presidencial entre os candidatos Lula e Collor e usou, claro, o Jornal Nacional para desequilibrar ainda mais a cena real daquele disputa. Em ambos os casos, a Globo procurou interferir na disputa em seus momentos finais. 
Ontem, com a chamada entrevista em que a presidente Dilma foi interrompida 21 vezes, em 15 minutos de conversa, pelo âncora do JN, a Globo mostrou que partiu para o ataque desde o primeiro minuto. Certamente porque sabe, com seus sofisticados instrumentos de aferição dos humores da população, que enfrenta cada vez mais dificuldade para impor a vontade de seus herdeiros ao público.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Marcos Coimbra: a oposição é a mídia. Isso é democracia?


Por: Fernando Brito

Não é preciso acrescentar nada ao que diz Marcos Coimbra em seu artigo na CartaCapital.
 
the fire lord

Presidente do Vox Populi, entende mais dos processos de formação de opinião pública – e e de sua expressão nas pesquisas – do que qualquer um de nós.
 
É, apenas, um diagnóstico completo do que vem se passando não agora, mas durante quase todo um governo que foi tratado como “campanha eleitoral” pela imprensa brasileira.
E, também, um retrato de quanto nos custa o fato de que o PT continue achando que o tigre midiático não morderá se receber afagos e boa ração publicitária.
Isso não seria um problema se o castigado fosse apenas um partido que se desmilinguiu e perdeu sua combatividade, se não pusesse, com isso, em perigo de ser levado de cambulhada um processo de transformação que, mesmo tímida, este país precisa se quiser ter um destino próprio e algo próximo de justiça para seus filhos.
Não há problema algum em termos uma mídia onde haja oposição, é da democracia.
O que não é da democracia é ter a mídia como oposição, o partido único da oposição, dono exclusivo da “verdade” incontestável.
Mais, dono da vontade nacional, a tal ponto que governantes eleitos baixem-lhe eternamente a cabeça.

As eleições e a mídia
Marcos Coimbra
Na próxima terça 19, com o início da propaganda eleitoral na televisão e no rádio, entraremos na etapa final da mais longa eleição de nossa história. Começou em 2011 e nossa vida política gira em torno dela desde então.
A batalha da sucessão de Dilma Rousseff foi iniciada quando cessou o curto período de lua de mel com as oposições, no primeiro ano de governo. Talvez em razão do vexame protagonizado por José Serra na campanha, o antipetismo andava em baixa.
Durou pouco. Na entrada de 2012, o clima político deteriorou-se. As oposições perceberam que, se não fizessem nada, marchariam para nova derrota na eleição deste ano. Ao analisar as pesquisas de avaliação do governo e notar que Dilma batia recordes de popularidade a cada mês, notaram ser elevadas as possibilidades de o PT chegar aos 16 anos no poder. E particularmente odiosa. Serem derrotadas outra vez por Dilma doía mais do que perder para Lula.
Ela era “apenas” uma gestora petista, sem a aura mitológica do ex-presidente. Sua primeira eleição podia ser creditada, quase integralmente, à força do mito. Mas a segunda, se viesse, seria a vitória de uma candidatura “normal”. Quantas outras poderiam se seguir?
A perspectiva era inaceitável para os adversários do PT. Na sociedade, no sistema político e no empresariado, seus expoentes arregaçaram as mangas para evitá-la. A ponta de lança da reação foi a mídia hegemônica, em especial a Rede Globo.
Recordar é viver. Muitos se esqueceram, outros nem souberam, mas a realidade é que a “grande imprensa” formulou com clareza um projeto de intervenção na vida política nacional.
Não é teoria conspiratória. Quem disse que os “meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste País, já que a oposição está profundamente fragilizada”, foi a Associação Nacional de Jornais, por meio de sua presidenta, uma das principais executivas do Grupo Folha. Enunciada em 2010, a frase nunca foi tão verdadeira quanto de 2012 para cá.
Como resultado da atuação da vanguarda midiática oposicionista, estamos há três anos imersos na eleição de 2014. A derrota de Dilma é buscada de todas as formas. O “mensalão”? Joaquim Barbosa? A “festa cívica” do “povo nas ruas”? O “vexame” da Copa do Mundo? A “compra da refinaria”? O “fim do Plano Real”? A “volta da inflação”? O “apagão” na energia? A “crise na economia”? A “desindustrialização”? O “desemprego”?
Nada disso nunca teve verdadeira importância. Tudo foi e continua a ser parte do esforço para diminuir a chance de reeleição da presidenta.
Ou alguém acha que os analistas e comentaristas dessa mídia acreditam, de fato, na cantilena que apregoam quando se vestem de verde-amarelo e se dizem preocupados com a moral pública, os empregos dos trabalhadores ou a renda dos pobres? Ou que queiram fazer “bom jornalismo”?
Temos agora uma ferramenta para elucidar o papel da mídia na eleição. Por iniciativa do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, está no ar o manchetômetro (http://www.manchetometro.com.br), um site que acompanha a cobertura diária da eleição na “grande imprensa”: os jornais Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo, além do Jornal Nacional da Globo (como se percebe, os organizadores do projeto julgaram desnecessário analisar o “jornalismo” do Grupo Abril).
Lá, vê-se que os três principais candidatos a presidente foram objeto, nesses veículos, de 275 reportagens de capa desde o início de 2014. Aécio Neves, de 38, com 19 favoráveis e 19 desfavoráveis. Tamanha neutralidade equidistante cessa com Dilma: ela foi tratada em 210 textos de capa. Do total, 15 são favoráveis e 195 desfavoráveis. Em outras palavras: 93% de abordagens negativas.
É assim que a população brasileira tem sido servida de informações desde quando começou o ano eleitoral. É isso que faz a mídia para exercer o papel autoassumido de ser a “oposição de fato”.
O pior é que a influência dessas empresas ultrapassa o noticiário. Elas contratam as pesquisas eleitorais que desejam e as divulgam quando e como querem. E organizam os debates entre candidatos.
Está mais que na hora de discutir a interferência dessa mídia no processo eleitoral e, por extensão, na democracia brasileira.

PIG TOMA UM CRUZADO DE ESQUERDA ! - DILMA DEMITE BONNER




Dilma: “esse teu dedo indicador só assusta a Fátima !”


O Bonner achou que a Dilma era o Aécio ou o Eduardo e ia empurrar a Dilma contra a parede no
debate de 15′ no jn.
Deu-se mal.
Numa televisão séria, Bonner teria voltado para o Rio sem emprego.
Dilma não se deixou emparedar e assumiu o controle de todas as respostas.
Empurrou a questão da corrupção pela goela abaixo dos tucanos – que sobrevivem no jn.
Lula e ela estruturaram o combate à corrupção. Deram autonomia à PF e ao MP.
No Governo dela e de Lula não tinha um Engavetador Geral da República.
A Controladoria Geral da União se tornou um orgão forte no combate ao malfeito.
Ela aprovou a Lei de Acesso à Informação (podia ter dito que o partido do jn, o PSDB, tomou como
primeira providência ao chegar ao poder, com FHC, extinguir uma Comissão de Combate à
Corrupção).
(Aliás, Bonner disse, na abertura, numa gaguejada, que o PSB era o PSDB … Lapso freudiano …)
Dilma ressaltou que nem todas as denuncias (do jn) resultaram em crimes comprovados.
Bonner tentou jogar a mais óbvia casca de banana: obrigar a Dilma contestar o julgamento do do STF
sobre o mensalão.
Ela tirou de letra: Presidente da República nao discute decisão de outro Poder.
Bonner insistiu.
Deu-se mal.
A Poeta, finalmente, justificou a passagem, e invocou o Datafalha para dizer que o problema do
brasileiro é a Saúde.
Dilma enfiou-lhe pela garganta o sucesso retumbante do Mais Médicos, que atende 50 milhões de
brasileiros.
Bonner revelou sua aflição, mal se continha na cadeira, bradava “a Economia !”, “a Economia !”, como se fosse sua bala de prata.
Dilma continuou, no comando dos trabalhos, a falar do problema da Saúde.
Quando bem quis, concedeu ao Bonner o direito de falar sobre a Economia !
E ele veio com xaropada da Urubóloga.
(Interessante que o Bonner pensa que ninguém percebe que a pergunta dele, na verdade, é uma longa
exposição daquilo que ele quer que o espectador pense que seja a verdade dos fatos. Ele quis falar mais
que a Dilma. Ele se acha…)
Inflação explodiu !, disse o entrevistador/candidato.
Sobre a inflação, Dilma mostrou que ele não sabe nada.
A inflação é negativa.
Todos os índices estão em ZERO !
Sobre o crescimento, falou uma linguagem que o Bonner ignora: “indicadores antecedentes”.
Os dados de hoje sobre o consumo de papelão e energia indicam elevação do PIB no segundo
semestre.
Dilma estourou os 15 minutos.
Continuava a falar, enquanto o Gilberto Freire com “I”devia berrar no ponto do Bonner “corta ela !”.
E ela na dela.
Terminou por dizer que nao foi eleita para fazer arrocho salarial. Ou para provocar desemprego.
“Corta !”, devia berrar o “ï” no ouvido do Bonner. “Corta ! Não deixa ela falar !”.
E ela, na dela: “vamos continuar a fazer um país de classe média, como o Presidente Lula começou a fazer.”
“Corta, Bonner !”, no ponto.
“Eu acredito no Brasil”, disse ela, como se conversasse com o neto, numa tarde de domingo.
Só faltou dizer: “Bonner, eu não sou o Aécio, o Eduardo e muito menos a Bláblá”.
“Pode vir quente !, meu filho. Esse teu dedo indicador só assusta a Fátima !”

Paulo Henrique Amorim

Em tempo: Da Agência BrasilCRIAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS CRESCEU 3,14% 
NO ANO PASSADO

Dados divulgados hoje (18) na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostram que o número
de empregos formais cresceu 3,14% no ano passado em relação a 2012. Segundo a Rais, em 2013,
foram criados 1,49 milhão de novos postos de trabalho formais.
O resultado está acima do do ano anterior, quando o incremento ficou em 2,48%, o que correspondeu a
1,148 milhão de empregos estatutários e celetistas. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que 2013 foi o ano com menor taxa de desemprego, 5,4%.
O aumento no número de postos formais de trabalho foi puxado pelo crescimento de 4,85% na criação
de vagas de estatutários, o equivalente a mais 414,7 mil empregos. Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, esse aumento é devido à troca de servidores municipais, com a posse dos
novos prefeitos, em 2013.
(…) 
 
Fonte: Conversa Afiada

JN: Dilma já enfrentou torturadores piores

Por Eduardo Guimarães, do blog da Cidadania
A presidente da República bem que poderia ter incorporado o espírito de Leonel Brizola e, após ter dito tudo que tantos brasileiros têm a dizer sobre a Globo, deixado William Bonner e Patrícia Poeta fazendo suas caras e bocas (de nojo) sozinhos. Se não fosse uma dama, poderia ter dito que recebeu o Jornal Nacional para ser entrevistada, não para ser agredida.
O que se viu na noite de terça-feira, 18 de agosto de 2014, na TV Globo, não foi uma entrevista dura como foram – em alguma medida – aquelas a que foram submetidos Aécio Neves e Eduardo Campos. Foi uma agressão, um desrespeito.
E não só pelo tom dos entrevistadores, mas pelo tempo que gastaram com suas perguntas. Bonner e Poeta gastaram um terço dos 15 minutos que durou a entrevista. Mais especificamente, 4 minutos e 48 segundos. Isso sem contar o tempo das interrupções. Não houve nada igual nas entrevistas com Aécio Neves e Eduardo Campos.
Aqui se poderia questionar o teor das perguntas. No caso da pergunta sobre saúde, por exemplo, com Poeta fazendo caras e bocas (de nojo), opinou que 12 anos seria “tempo demais” para Dilma não consertar problemas que a saúde pública no Brasil ostenta há 500 anos.
Dilma poderia ter respondido isso, que os problemas da saúde do país não têm 12 anos e que não serão solucionados completamente por governante nenhum em um, dois ou três mandatos, mas preferiu se restringir às suas responsabilidades em respeito ao público.
Sobre corrupção, Dilma também poderia ter respondido à pergunta de Bonner com outra. Poderia ter perguntado que governante brasileiro, entre prefeitos e governadores, não tem problemas de corrupção entre seus comandados.
Dilma poderia, por exemplo, ter dito que o escândalo dos trens em São Paulo envolve “módicos” 11 bilhões de reais e que não houve nada sequer parecido em seu governo.
Mas Dilma é uma dama e uma mulher ciente de suas responsabilidades. Não seria uma sessão de tortura psicológica levada a cabo por aprendizes de torturadores que iria fazê-la perder a linha ou esmorecer. Faltou competência ao casal de energúmenos até para exercer o poder dos torturadores.
Mas se Dilma não cedeu nem à tortura física da ditadura, não seriam um mauricinho e uma patricinha de quinta que iriam dobrá-la.
Em 18 de agosto de 2014, com seu casalzinho de torturadores perfumados, a Globo fez lembrar ao país que continua sendo aquela mesma Globo que rastejou aos pés da ditadura para que esta lhe enchesse os bolsos com dólares que os americanos aqui despejaram para destruir a nossa democracia, para seviciar nosso povo durante mais de vinte anos.
A data dessa sessão de tortura midiática entra agora para a história do jornalismo brasileiro como exemplo de falta de compostura profissional. Bonner e Poeta teriam feito papel menos odioso se emulassem os energúmenos que, na abertura da Copa, vociferaram o infame “Dilma, VTNC”. Só faltou berrarem isso diante da presidente da República.

domingo, 17 de agosto de 2014

Eleições 2014 - Pesquisa Ibope no Pará aponta que oposição larga na frente na disputa para Governador



Mal começou a disputa - a propaganda eleitoral gratuita começa no dia 19 de agosto, terça-feira, e vai até 2 de outubro, uma quinta-feira, em primeiro turno — encerrará três dias antes das eleições - e a candidatura tucana de Simão antecipa a rejeição do eleitor à sua reeleição. Pesquisa Ibope: Helder 38%, Jatene 37%. Paulo Rocha e Mário Couto lideram preferência para Senador.
A primeira sondagem do Ibope sobre a corrida e...
leitoral para o Governo do Pará, encomendada pela TV Liberal, e divulgada nesse sábado (16), aponta o candidato Helder Barbalho (PMDB), da coligação “Todos pelo Pará” a frente do candidato Simão Jatene (PSDB), da coligação "Juntos pelo Povo" na sondagem estimulada.
A modalidade de pesquisa é feita com a apresentação da relação nomimal dos candidatos. O peemedebista aparece com 38% das intenção de votos. O tucano está em segundo, com 37% das intenções. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Na sequência da pesquisa estimulada, aparecem os candidatos do PCB, Marco Antônio; e do PV, Zé Carlos, ambos com 3%. Marco Carrera (PSol) e Elton Braga (PRTB) estão empatados com 2%. Os eleitores indecisos somam 9%. Já que disseram optar por votos brancos ou nulos somam 6%.
 
Via blog do Jornalista Mário Gusmão

Pasadena registra lucro de US$ 130 milhões no 1º semestre




Por: Miguel do Rosário

A refinaria de Pasadena registrou lucro de US$ 130 milhões no primeiro semestre do ano. Os dados constam de relatório financeiro da Petrobrás divulgado para o mercado. Apesar de não citar o nome Pasadena, ela menciona o refino nos Estados Unidos, onde a única refinaria é a de Pasadena.
A notícia, somada aos bons resultados da Petrobrás no primeiro semestre, aniquila a CPI da Petrobrás e pressiona o TCU a rever decisão que penalizava diretores por suposto prejuízo com a refinaria.
O cálculo é simples: se lucrou isso em seis meses, pode lucrar mais de 200 milhões em 1 ano. Se pode lucrar tudo isso em um ano, pode pagar o 1 bilhão de dólares gastos pela Petrobrás para sua aquisição em menos de cinco anos.
A informação confirma o que alguns blogueiros diziam: a refinaria de Pasadena é um ativo interessantíssimo, por estar localizada no coração do eixo petrolífero do país mais rico do mundo.
E ficou ainda mais interessante com as recentes descobertas, ali mesmo no Texas, ao lado de Pasadena, de petróleo de xisto.
Aliás, as descobertas de xisto podem ser usada tranquilamente pela Petrobrás para explicar o aumento do preço da refinaria entre a sua aquisição pela Astra e a posterior compra pela Petrobrás. A Astrapagou US$ 360 milhões para comprar a refinaria que pertencia à Crown. Depois a Petrobrás acabou gastando US$ 1,2 bilhão para adquirir o controle de 100% da refinaria, incluindo aí despesas judiciais e bancárias.
Uma coisa é uma refinaria no Texas.
Outra coisa é uma refinaria, no Texas, ao lado de grandes reservas de petróleo de qualidade, vendido a baixo custo porque os EUA tem regras que dificultam a exportação de petróleo bruto.
É como comparar uma fazenda comum, sem nada de especial, e uma outra, com um aeroporto dentro.
Ou melhor, com um aecioporto.

Marina é o nome para acalmar o mercado e seus parceiros da mídia partidarizada


O fracasso da REDE, ter sido do PT, entrado e saído do PV e entrado de modo oportunista no partido de Campos e ter se aliado ao que há de mais reacionário na política nacional, tiram de Marina a qualidade da outrora terceira via. Afinal, nos últimos tempos agiu como mais um daqueles que ela tanto critica.

Por Ricardo Kotscho
De volta à lida política, 48 horas após a tragédia de Santos, dois pontos se destacam no noticiário desta sexta-feira (15) e só o imponderável poderá impedir que sejam confirmados pelos fatos: a ex-senadora Marina Silva será a candidata a presidente em substituição a Eduardo Campos na coligação liderada pelo PSB, e o governador Geraldo Alckmin, do PSDB, está praticamente reeleito em primeiro turno, segundo o último Datafolha.
Com o apoio da família de Eduardo, do mercado, dos nanicos partidos aliados e da mídia grande, Marina só não será a candidata se não quiser. Uma das poucas pessoas do cenário político nacional a guardar obsequioso luto e respeitoso silêncio pela morte do companheiro de chapa, Marina Silva só irá se manifestar após o enterro, previsto para domingo, mas a sua indicação é dada como certa, até por absoluta falta de opção do PSB, que não tem outro nome de expressão nacional.
Como candidata a vice, a ex-senadora do Acre e ex-ministra do governo Lula já era, desde o primeiro momento, a solução natural para assumir a candidatura a presidente. Se Eduardo a havia escolhido pessoalmente para ser a sua eventual substituta, não faria sentido o PSB escolher outro nome, por mais que algumas lideranças do partido tenham restrições a Marina.
Nem seria necessário o comovente esforço despendido pelo mercado e pela mídia, que nunca tiveram tanto e desabrido protagonismo numa campanha presidencial, para defender a indicação de Marina como adversária de Dilma e Aécio no dia 5 de outubro. Agora, meus amigos, vale tudo para levar a eleição ao segundo turno e, se possível, impedir a reeleição de Dilma, mas tem gente com pressa para definir quem é o mais forte candidato anti-PT.
Leiam esta nota publicada na coluna Painel, da Folha, que mostra bem a degradação a que chegaram os costumes políticos no País:
"Choque - Um banco de investimentos encomendou pesquisa telefônica para medir a intenção de voto em Marina na quarta-feira, dia do acidente. A enquete foi cancelada porque muitos eleitores se recusaram a responder".
Quer dizer, não respeitam mais ninguém, nem os eleitores. Na mesma edição, o jornal faz questão de não deixar dúvidas: "Para forçar 2º turno, mercado torce por ex-senadora _ Investidores apostam que candidatura dificultaria a reeleição de Dilma e poderia abrir espaço para Aécio Neves".
E se Marina abrir tanto espaço que pode deixar Aécio para trás? Não importa. A esta altura, qualquer nome serve para impedir o quarto governo seguido do PT. Também sou a favor da alternância do poder, tanto no País como nos Estados, mas há modos e modos de se atingir os objetivos.
Em São Paulo, por exemplo, não há motivos para preocupações de quem só defende a alternância do poder em Brasília: com 55% dos votos na pesquisa divulgada hoje, Alckmin está praticamente reeleito, depois de duas décadas de domínio tucano no maior colégio eleitoral do País.
O empresário Paulo Skaf, do PMDB, com 16%, e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, do PT, com 5%, continuam onde estão há muito tempo: empacados, sem mostrar força para qualquer reação, a apenas 50 dias da abertura das urnas e às vésperas do início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão.
Com o trágico fato novo da morte de Eduardo Campos, os partidos agora precisam correr para refazer suas estratégias de campanha e o resultado da eleição presidencial torna-se absolutamente imprevisível. Estão todos esperando, sofregamente, pela primeira pesquisa Datafolha com Marina em lugar de Campos, que deverá ser divulgada já neste final de semana para acalmar o mercado e a mídia.
Vida que segue.

Dilma, Lula e Aécio dão último adeus a Campos

Paulo Emílio, Pernambuco 247 - 

 O velório de Eduardo Campos se transformou num ato ecumênico da política. Por volta de 10h, chegaram ao Palácio das Princesas a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Lula abraçou com força os filhos de Eduardo de Campos. Dilma fez o mesmo com a viúva Renata Campos.
Pouco depois chegaram ao local lideranças do PSDB, como o governador Geraldo Alckmin, o ex-governador José Serra e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), vice na chapa de Aécio Neves, cuja chegada era esperada para esta manhã.
Alckmin entregou cinco medalhas que foram encontradas pela equipe de resgate em Santos à viúva Renata.
Às 10h28, teve início a celebração da missa campal, em memória de Eduardo Campos, quando o senador Aécio Neves chegou ao local.
Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Ivan Richard - Enviado Especial 
Começa, neste momento, em frente ao Palácio das Princesas, sede do goveno de Pernambuco a missa campal de corpo presente, que será celebrada pelo arcebispo de Recife e Olinda, dom Fernando Saburido.
A presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente lula chegaram há pouco ao local para o velório de Eduardo Campos, que morreu vítima de acidente aéreo, em Santos (SP). Dilma chegou a ser vaiada, mas, em seguida, foi apçaudida pelas mihares de pessoas que ocupam a Praça da República para a cerimônia. O ex-presidente pegou no colo o filho mais novo de campos, Miguel, de 6 meses, e abraou os outros filhos do ex-governador e a viúva Renata Campos.
Neste momento, também prestam condolências à família de Campos o ex-governador de São Paulo José Serra, o ex-ministro da Saúde e candidato ao governo paulista Alexandre Padilha, entre outras autoridades.
A todo instante, as pessoas que estão na fila se emocionam ao ver o caixão de Campos. Algumas fazem reverências ao ex-governador.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Fator Marina complica campanhas de Aécio e Dilma

247 - Em artigo sobre o impacto da morte precoce de Eduardo Campos, Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, avalia que a eventual entrada de Marina Silva na disputa eleitoral cria problemas tanto para o tucano Aécio Neves, como para a presidente Dilma Rousseff.
No texto "É fácil entender por que os conservadores preferem Marina", ele aponta dificuldades imediatas para Aécio no primeiro turno e problemas para Dilma num segundo turno.
"A falta de cerimonia exibida por tantos colunistas conservadores para emplacar Marina Silva de qualquer maneira como candidata presidencial do PSB, menos de 24 horas depois da morte de Eduardo Campos, é um sintoma de vários elementos da campanha de 2014. O maior é o receio de que Aécio Neves já tenha chegado a seu limite eleitoral – muito longe daquilo que seria necessário para dar a seus aliados esperanças reais de vencer o pleito – e é preciso encontrar um atalho para tentar derrotar Dilma. Desse ponto de vista, a oportunidade-Marina veio a calhar", diz ele.
Segundo PML, Aécio estaria correndo o risco de não disputar o segundo turno. "A popularidade de Marina provoca justo temor no PSDB, pois pode transformar-se numa candidatura capaz de atropelar Aécio e jogá-lo para terceiro lugar e fora da campanha no segundo turno, o que seria, para os tucanos, uma derrota pior que todas as outras desde 2002", afirma.
Na sua análise, Dilma também perde, em razão dos riscos que um incerto segundo turno trariam para a sua reeleição. "Os petistas sempre estiveram convencidos de que, num segundo turno, a maioria dos parlamentares, dirigentes e eleitores do PSB não serão capazes de abandonar a própria história para votar no PSDB, que sempre denunciaram como partido conservador, e farão o caminho de volta para uma aliança com o PT. Era com essa possibilidade que Dilma e Lula sempre trabalharam nos últimos meses. Evitaram atitudes hostis e indelicadas, reservado a artilharia mais pesada para Aécio. Qualquer mudança, neste horizonte, irá atrapalhar os planos de Dilma".

Leia, a íntegra, no blog de Paulo Moreira Leite.