Senador Agripino Maia (DEM/RN), que preside o DEM e
foi um dos manifestantes contra a corrupção no dia 15 de março, agora é
oficialmente réu no Supremo Tribunal Federal; a denúncia do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi aceita pela ministra
Carmen Lúcia, que autorizou a abertura de inquérito; Agripino teria
recebido propina de R$ 1,1 milhão para liberar serviços de inspeção
veicular no Rio Grande do Norte; em entrevistas recentes, ele tem se
posicionado a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, assim
como outros parlamentares do DEM, como Ronaldo Caiado (DEM/GO); este,
que chegou a usar uma camisa de inspiração fascista contra o
ex-presidente Lula, afirmou que Agripino "merece" o benefício da dúvida.
247 – Menos de dez
dias depois de participar dos protestos contra a corrupção e de
defender, em entrevistas recentes, o impeachment da presidente Dilma
Rousseff, o senador Agripino Maia (DEM/RN) se tornou réu no Supremo
Tribunal Federal por... corrupção.
A ministra do Cármen Lúcia decidiu
abrir uma investigação contra o senador Agripino Maia (RN), presidente
do DEM, com base em denúncia apresentada pelo procurador-geral da
República, Rodrigo Janot.
Maia foi delatado pelo empresário do
Rio Grande do Norte George Olímpio, que disse negociar propina com
políticos. A denúncia foi feita por meio de delação premiada.
Ele contou que o senador lhe pediu
R$ 1,1 milhão para campanhas políticas e o chantageou, afirmando que,
caso não lhe desse o dinheiro, perderia o contrato que tinha por meio de
um instituto para prestar serviços ao Detran/RN.
Ele disse que chegou a entregar R$
300 mil a Agripino Maia e a fazer empréstimos a pessoas indicadas por
ele para que completasse a quantia solicitada. O pagamento ajudaria a
liberar serviços de inspeção veicular no Rio Grande do Norte.
Como presidente do DEM, Agripino
recebeu a solidariedade de correligionários como o senador Ronaldo
Caiado (DEM/GO). No 15 de março, Caiado participou dos protestos e
chegou a usar uma camisa de inspiração fascista contra o ex-presidente
Lula. Em relação a Agripino, ele afirmou que o senador potiguar deveria
ter o benefício da dúvida e o direito de se defender.