terça-feira, 19 de maio de 2015

DILMA VAI AO PROGRAMA DO JÔ




Presidente receberá nesta segunda-feira 18 o apresentador da Globo Jô Soares para um bate-papo informal no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência; não haverá gravação de entrevista, nem o encontro será transmitido pela emissora no programa diário; visita de Jô a Brasília faz parte de uma nova forma de aproximação de Dilma Rousseff com a mídia, que prevê ainda novas conversas fora das câmeras, as chamadas "off the records", com outras personalidades; o apresentador tem sido uma voz dissonante na emissora que ataca frequentemente o governo por diversas vias; ele condenou no final do ano passado "o surto de impeachment" no Brasil e o que chamou de "paranoia bolivariana"; neste mês, voltou a criticar o golpismo tucano: "parece uma coisa de república de patetas".


 Foto: Roberto Stuckert Filho / Divulgação
Presidente Dilma se encontrou nessa segunda-feira com o apresentador Jô Soares, no Palácio do Planalto. Encontro não rendeu entrevista ou declaração oficial Foto: Roberto Stuckert Filho / Divulgação
247 – A presidente Dilma Rousseff terá um bate-papo informal com o apresentador da Globo Jô Soares nesta segunda-feira 18 no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, em Brasília. O encontro faz parte de um novo modelo de aproximação do Planalto com a mídia, informa a coluna Painel.
Durante a visita de Jô à presidente, não será gravada entrevista, nem o encontro será exibido pela emissora. De acordo com seus assessores, Dilma pretende ter ainda novas conversas fora das câmeras, as chamadas "off the records", com outras personalidades da mídia.
Jô Sores tem sido uma voz dissonante na Globo, que pratica uma linha editorial bastante crítica ao governo. O apresentador, que já entrevistou Dilma em 2008, ainda como ministra da Casa Civil, tem feito discursos em defesa da petista.
No final do ano passado, ele criticou comentários de jornalistas de política, em seu quadro "as meninas do Jô", sobre um risco de bolivarianismo no Brasil, episódio em que ele usou o termo "paranoia bolivariana". O Gordo também atacou o "surto de impeachment", tentativa da oposição que, para ele, seria "golpe".
Há um mês, ele voltou a defender a presidente ao rebater declarações da jornalista Ana Maria Tahan. "Agora eu tenho muito medo dessa vitimização da presidente da República. Eu acho isso meio inconcebível", disse. "Em qual sentido?", perguntou Ana Maria. "No sentido de que estão fazendo dela uma vítima de uma eleição que foi absolutamente legítima", respondeu.
Esse mês, atacou novamente o golpismo tucano. "Como é que o político que foi secretário do Tancredo, neto do Tancredo, secretário quando tinha vinte anos, não aprendeu ainda nada sobre política? Parece uma coisa de república de patetas. O Fernando Henrique não tinha nem que se pronunciar, nem ninguém, porque é um absurdo tão grande. Foram procurar juristas!", comentou, em referência ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).
"Foi um candidato que teve uma quantidade de votos expressiva e sai falando uma bobagem dessa. O que ele pensa? Que tira a Dilma e vão botar ele? É isso que ele achava?", prosseguiu o apresentador.
As críticas, no entanto, levaram Jô Soares a virar sessão coruja na Globo – houve o anúncio de que seu programa seria transferido para as 2h20 da madrugada. Na renovação de 2015, o programa perdeu a plateia, passou a ser gravado num estúdio menor e precisou demitir dois integrantes da banda. "Fomos atingidos pela crise", disse o Gordo na reestreia.

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