terça-feira, 5 de maio de 2015

HELDER SE PREPARA PARA DISPUTAR - E GANHAR? - A PREFEITURA DE BELÉM EM 2016

Helder Barbalho

por Eduardo Bueres

Na ausência de um nome crível, novo e forte no PT paraense, que possa vir à disputar com real chance de vitória a prefeitura de Belém em 2016, especialistas apostam na reedição, para o ano que vem, da forte coligação articulada durante as eleições passadas para o governo do Estado, quando o pmdbista Helder  Barbalho à frente de um grande arco de  alianças, tendo o Partido dos Trabalhadores como principal aliado, chegou a derrotar  no primeiro turno a azeitada máquina e$tadual, pilotada por Simão Jatene do PSDB. 
A escolha do conservador e separatista Lira Maia, DEM PA, como companheiro de chapa, foi considerado uma péssima escolha de Helder
Um dos sintomas mais agudos, entre outros menos visíveis, que apontam para a real possibilidade de Helder Barbalho vir á disputar a prefeitura de Belém, foi a retomada ontem 04.05 do seu programa de rádio diário, inserção que o atual ministro da pesca inventou no ano passado, quando ainda era pré-candidato a governador pelo PMDB, tendo como vice na chapa, Lira Maia, do DEM, que atua na bela Santarém, político sem credibilidade ante ao eleitor da capital, por ser reconhecido e tido como conservador,  separatista esperto e despreparado.


 PROGRAMA DE RÁDIO


O "Programa do Helder", verdadeira ferramenta eleitoral de peso, era levado ao ar todas todas as manhãs, em horário nobre pela Radio Clube AM   - que pertence a sua família - como parte da estratégia do núcleo duro do PMDB e do poderoso clã Barbalho, que ainda é comandado por Jader, seu pai, programa este que, somente foi deixado de lado meses antes da disputa pelo governo do Estado, por força da legislação eleitoral. 

Helder que já foi prefeito de Ananindeua, dormitório e curral eleitoral estratégico, campeão em índice de violência urbana e baixo IHD, que faz parte da região metropolitana de Belém, detém o segundo maior colégio eleitoral do Pará; neste município acumulou ali um sopro importante de experiência administrativa, mas ganhou mais e melhor musculatura política e certa projeção nacional, ao assumir o cargo de ministro da pesca. 

Dilma cumpre o acordo e nomeia Helder ministro da pesca

A nomeação para o importante cargo em Brasília, teria sido previamente 'amarrada' bem antes das eleições, por Jader Barbalho e Dilma Rousseff, com a imprescindível e pragmática intermediação de Lula, como um prêmio de consolação em caso de derrota ao governo em 2014. 


Esta indicação, como todos o sabem,  nunca foi muito bem digerida pelo alto clero do PMDB nacional; as raposas felpudas tinham outros planos e outros nomes. 

Helder acabou ficando na sutil condição de "temporário", com uma espécie de código de barra com prazo de vencimento em 2016, onde o tabuleiro eleitoral seria chacoalhado em nível nacional.
                                                  Belém do Pará                                                     

Possivelmente, essa candidatura de Helder em 2016, esteja relacionada a emblemática comemoração dos 400 anos de fundação de Belém, capital do Pará, afinal essa plano de passagem pelo Palácio Antonio Lemos, o colocaria no centro de todas as discussões e contemplaria o curso e o previsível progresso da carreira política do sucessor político de Jader, que já exerceu o cargo de vereador, deputado e prefeito metropolitano; que esta em franco avanço e não vai parar até conseguir fechar o ciclo dos seus objetivos que, por analogia são nesta na ordem: ser prefeito, depois governador, depois, bem depois, senador, no lugar do pai.

Caso essa candidatura se concretize, algumas hipóteses a favorecem como: a reconhecida capacidade organizativa do PMDB; a disponibilidade do império midiático RBA, que envolve TV, Jornal, Rádio AM e FM; organização com forte penetração nas populosas e sofridas áreas de periferias, arraial maior do eleitorado da capital; grupo que retransmite o sinal da Rede Bandeirantes, que se esforça para se identificar cada vez mais com o clamor e bandeiras de lutas classistas, sindicais e movimentos sociais, antes primazia do PT, entre outras demandas oriundas das camadas mais populares; que se ocupa em despejar durante o ano inteiro toneladas de críticas ácidas, diuturnamente, fustigando e desqualificando as administrações tucanas, tudo em nome da sagrada causa.

Após quebrar a tradição das bandeiras vermelhas e amarelas,ou seja, da disputa bipolar que anteriormente ocorria entre petistas e tucanos, Helder e o seu PMDB, mais aliados, especialmente os ultra-super-pragmáticos do PT, reúnem todas as condições de chegar ao poder.

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