terça-feira, 30 de junho de 2015

Os limites do antipetismo

Manifestação-Impeachment



Protestos na avenida Paulista pediram impeachment de Dilma Rouseff
Em pesquisa recente, o eleitorado "potencial" do PT somou 48%, acima dos 39% que não votariam no partido


Nas pesquisas recentes, alguns resultados são relevantes e outros não. Aqueles referentes à conjuntura econômica e suas repercussões na imagem do governo fazem parte do último caso. Enquanto não se passar o tempo necessário para as medidas de ajuste produzirem efeitos, repetir a pergunta de avaliação do governo nada acrescenta.

Entre os aspectos significativos estão as percepções e sentimentos a respeito dos partidos. Pelo fato de tanto as eleições de 2016 nas principais capitais quanto a presidencial de 2018 ainda não terem nomes definidos, conhecer o pensamento da população a respeito dos partidos é uma maneira de estimar o que nos reserva o futuro.
A mais recente pesquisa nacional do Instituto Vox Populi, realizada em maio, mostrou que o petismo e o antipetismo permanecem do mesmo tamanho de 20 anos atrás. Revelou também que, do fim da década de 1980 para cá, nenhum partido cresceu individualmente na simpatia popular. Continuamos com um quadro de identificações partidárias no qual existe o PT e, a bem da verdade, mais nada (o PMDB ficou com 5% e o PSDB com 4% das menções).
Do total, 12% disseram “detestar o PT”. Somado aos 19% que afirmaram “não gostar do PT, mas sem detestá-lo”, o grupo perfaz um terço dos entrevistados. A mesma proporção daqueles que responderam se “sentir petistas” ou “gostar do PT sem se sentir petistas”. O que deixa o terço restante em posição neutra, “sem gostar ou desgostar” do partido.
A pesquisa também pediu aos entrevistados para definirem qual a possibilidade de votarem no PT em eleições futuras. Da amostra, 25% responderam que “votariam em um candidato do PT” na próxima eleição, 16% que “estavam decepcionados com o partido, mas poderiam votar em um candidato petista” e 7% que “não eram eleitores do PT, mas poderiam votar em um candidato do partido”. Ou seja, 48% dos entrevistados admitiram a possibilidade de votar na legenda, muitos com boa chance.
Do outro lado, 16% afirmaram que “nunca votaram e nunca votariam em um petista” e 11% que “não gostavam do PT e era muito difícil que votassem no partido no futuro”. Outros 12% responderam que, “embora já tivessem tido simpatia, estavam decepcionados e não votariam na legenda”. Somados, representam 39%, abaixo do “eleitorado potencial” do PT.
A pesquisa permite entender o tamanho total do antipetismo e a pequena expressão de seu braço radicalizado, aqueles que odeiam o PT. São dois motivos principais.
O primeiro é, por assim dizer, relativo. A maioria da sociedade brasileira não é antipetista e, muito menos, radicalmente antipetista, porque compara favoravelmente o desempenho administrativo do partido ao da atual oposição e porque não o compara desfavoravelmente no que é sua maior vulnerabilidade, o envolvimento de alguns integrantes com práticas de corrupção.
A pesquisa solicitou dos entrevistados que comparassem os governos de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff em 14 dimensões e disessem qual havia sido melhor em cada uma. Lula ficou na frente em 13 itens. Bateu o tucano de 85% a 8% no quesito “Teve mais preocupação com os pobres” e 38% a 17% em “Combateu mais a corrupção”. Dilma liderou em uma (“Fez a melhor política de defesa das mulheres”).
A comparação não desfavorável do PT com a oposição pode ser percebida nas respostas a respeito de quais partidos estariam envolvidos nas irregularidades denunciadas na Petrobras. Para 6%, o único implicado seria o  PT e para 17% “só o PT e os partidos da base do governo”. Segundo 70%, os desvios teriam sido, no entanto, praticados “por todos os partidos, incluindo o PSDB, o PSB e o DEM”.
Não apenas nas comparações o PT se sobressai no lado positivo e não se destaca no negativo. Para a maioria dos entrevistados, a vida melhorou nos 12 anos de governos petistas, não somente por seu esforço, mas por conta das medidas em seu favor tomadas por Lula e Dilma. Segundo 10%, os governos do PT “tomaram muitas medidas que trouxeram melhorias para suas vidas” e mais 50% disseram que “tomaram algumas”. Pouco mais de um terço, ou 38%, afirmou que as administrações petistas “não tomaram nenhuma medida” em seu favor. Significa dizer que a quase totalidade de quem se diz “neutro” em termos partidários (parte do terço que define as eleições majoritárias) está entre aqueles que creditam ao PT parte das coisas boas acontecidas em suas vidas nos últimos anos.
É por essas (e outras) razões que as atuais perguntas de intenção de voto nas eleições presidenciais de 2018 são, em si, pouco relevantes. Só os tolos se alegram (ou se entristecem) com o resultado. Quando começar de fato, a eleição será travada em termos bem diferentes dos atuais.

domingo, 28 de junho de 2015

SENHORA ROUSSEFF, PELO BEM DO BRASIL, DO SEU GOVERNO E DO PT, DEMITA O MINISTRO DA JUSTIÇA




por Eduardo Bueres

Existem observadores da imprensa estrangeira em nosso país que, de um tempo para cá, passaram a acreditar que o ministro da justiça brasileiro, o burocrata, José Eduardo Cardozo, é um exemplo clássico daquela subespécie  que o dicionário popular em todos os países do mundo denomina de 'rainha da Inglaterra', ou seja: aquele que reina mas não governa. Dentro do PT, são muitos os que acreditam que ele é e, ao mesmo tempo, não é o ministro da justiça, um colegiado tomou de assalto e assumiu o seu posto. 
ATÉ MESMO OS GENERAIS  MILITARES GOLPISTAS, ANALFABETOS E MAL REFINADOS NA ARTE  DA POLÍTICA, SABIAM APROVEITAR A FORÇA DO CARGO DO MINISTRO DA JUSTIÇA

Qualquer um que tenha estudado sobre a nossa história, descobrirá que, até mesmo na época da ditadura militar o Ministério da Justiça era tido como um canal altamente estratégico dentro do governo, primeiro por conta da sua amplitude e importância dentro do painel institucional; depois pela soma da sua definição no plano constitucional, que o colocava a trote avançado em certa posição de vantagem com relação outras pastas. 

Ao longo de duas décadas, durante os anos sombrios da ditadura, o MJ foi valorizado bastante e transformando num dardo de grande destaque e relevância, porque, transversal, perpassava entre os outros eixos do poder e sintetizava o conteúdo das forças políticas resultantes, unidas na força na defesa de seus interesses próprios, mas contrárias entre si; era o ministro da justiça quem diretamente traduzia a tempera  para o presidente da república, antecipando e facilitando as linhas de tomadas de decisões. 

Por tudo isso não era uma posição para ser ocupada por burocratas humildes, com tendências para seguir a dança das canoas nem marés de louvação: foi destinado para seres de sangue quente e mente calma, articulado e senhor do seu papel e do poder do seu cargo.

Se assim os militares o fizeram é porque foram levados por um conjunto de razões, principalmente aquelas relacionadas as escamosas lides políticas, terreno pantanoso e escorregadio, que os generais presidentes não dominavam e desprezavam com gosto, preferindo as soluções de arbítrio fossem solucionadas através do uso puro e simples da força, do terrorismo de estado, que praticar a refinada arte do diálogo.

Como já disse e, guardadas as devidas proporções, todos os ministros da justiça, em todas as fases da república, historicamente, ao contrário do que acontece com o ministro petista paulistano Eduardo Cardozo, eram altamente respeitados,  porque cumpriam entre outras funções, o papel de formulador e conciliador nas relações entre os poderes constituídos e a sociedade, servindo de parapeito, um quarto zagueiro que interceptava traduzia driblava e peitava movimentos e questões, especialmente as classificadas como de alta relevância e com capacidade de gerar turbulências e marolas.

Ao MJ, cabia dar antecipada proteção e cobertura ao chefe do poder, antes que um tsunami batesse na sua sua porta já transformadas em crise, como acontece agora com a presidenta Dilma Rousseff. 

Pior que esta não vai ficar



O que tristemente se vê hoje no Brasil, no primeiro e segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, é um desperdício de poder com relação a este cargo de peso. 

A Pergunta que alguns segmentos fazem é: Cardozo teve, tem ou não carta branca, confiança e máxima liberdade para exercer com total plenitude seu cargo?. 

Se a resposta for SIM, a senhora Rousseff, faz tempo, perdeu irreparavelmente, seguidas oportunidades e justificadas chances de demitir este auxiliar desmoralizado e incompetente, de latim forte e sangue fraco, desprovido de carisma. 
DIANTE DOS DESMORALIZANTES VAZAMENTOS SELETIVOS (VIDE A MONTAGEM ACIMA) PERDA DE COMANDO NA PF E FALTA DE PRONTA AÇÃO NA DEFESA DO GOVERNO AO QUAL PERTENCE, CARDOZO ESCANCARA AS PORTEIRAS PARA O DEBOCHE E A CHACOTA DA OPOSIÇÃO GOLPISTA, QUE APOSTA NO DESGASTE DO PT PARA INVIABILIZAR A POSSÍVEL CANDIDATURA DE lULA EM 2018.

Por que então a senhora Rousseff, que sangra feito um miúra na arena do toureiro carrasco, ainda não pediu que Cardozo entregasse o cargo?, ciente ela que, este posto deve ser ocupado por um quadro do seu partido ou não, que fosse da base aliada, mas que fosse dotado com um perfil combativo, dinâmico, hiperativo, que diferentemente de outros colegas escolhidos por suas características mais técnicas, representa a linha de frente política número um, na defesa de  um projeto de governo? 

Essa trincheira foi forjada e moldada para ser comandada por um auxiliar politicamente corajoso, não um intelectual com luvas de seda, ausente ou apartado de suas responsabilidades, um  inapto para o exercício da missão?.  

Caso a resposta seja NÃO, a incompetência ficaria por conta de uma postura centralizadora, incompreensivelmente autoritária da ex-guerrilheira Dilma. 

A impressão mais forte cunhada no imaginário da população é, que há neste atual momento político caótico do Brasil, um governo por dentro do outro, onde o judiciário e a Policia Federal, associados a poderosos setores da grande imprensa histérica que sustenta e manipula a débil oposição, estariam no verdadeiro comando da nação, a despeito de ter existido uma eleição no ano passado, onde a maioria da população fez livremente a escolha de um projeto. 

Não há mais espaço para derramar a velha e batida teoria da conspiração. O golpe branco já foi disparado com a leniência de burocratas bem alocados feito o ministro da justiça Eduardo Cardozo, e o posudo  Mercadante, entre outros parvos da república. 

A presidenta se faz de rainha cega, mas Lula já sacou que o seu projeto para 2018, depende umbilicalmente de como a fase dilmista entregará para o candidato do Partido dos Trabalhadores, seja ele quem for, aquilo que ainda sobrar do PT, até lá. 


Caso emblemático de 'pipa solta'  e 'rojão de favela' da parte sublevada que já não reconhece Cardoso como chefe, foi o caso envolvendo o helicóca pertencente ao clã Perrela, da tradicional famiglia mineira, políticos e apoiadores financeiros de campanha do ex-governador do estado de Minas Gerais, atualmente senador e presidente do PSDB e ex-candidato derrotado á presidência da república Aécio Neves (vide o vídeo abaixo).




 POR QUE CARDOSO NÃO PEDIU COOPERAÇÃO AO FBI AMERICANO NO CASO DO HELICÓCA?

Chega a soar com certa incompreensão para o conjunto da sociedade: como uma instituição como a Policia federal brasileira, responsável por colocar atrás das grades tantas pessoas comuns, sem instrução, fama ou poder, presas  por uso, porte e trafico de entorpecente, que tem lotado os presídios com 'bagrinhos' (isso depois de meses e até anos de investigações envolvendo esforços humanos e outros recursos científicos, financeiros e logísticos, operações cujo custo é muito alto, que são pagos impositivamente pelos contribuintes) não tenha feito uma justa e merecida pirotecnia durante a cinematográfica captura do helicócano no estado do Espirito Santo,com o intuito de intimidar ostencidamente os secretos e poderosos barões do trafego brasileiros?.

É decepcionante para a nação que o ministro da justiça na época, não tenha convocado uma coletiva com a imprensa, para dar uma explicação sobre estes fatos, detalhando porque nem a justiça, nem a Policia Federal tenham conseguido diante de um flagrante tão gritante, elucidar de forma convincente, indiciar e prender os quadrilheiros mafiosos donos da meia tonelada de cocaína transportada no alcunhado 'helicóca' de propriedade dos milionários Perrelas. 

Muitos acham que, neste caso, em especial, caberia ao senhor Cardozo pedir cooperação do FBI. Existem múltiplos tratados desta natureza assinados em nível bilateral a sua disposição, como foi o caso da corrupção da CBF, onde as investigações tiveram início primeiro lá fora, enquanto aqui no Brasil, a Polícia Federal brasileira nada encontrava desconfiava ou via de irregularidade na instituição máxima do futebol que movimentava bilhões de dolares.

Se não houver nenhuma pronta reação, e  de peso, da parte da senhora presidenta Rousseff, sendo ela a única figura individual que tem essa capacidade e poder por simbologia do cargo, serão esses  aventureiros e golpistas os verdadeiros  posseiros que, de dentro e de fora do seu governo, continuarão no papel de arautos da nova ordem. 

Será essa camarilha de felpudos oportunistas e achacadores que, por dentro do Palácio do Planalto, na Esplanada dos Ministérios, governo, na Câmara e no Congresso, nas redes sociais e canais de Tvs, continuarão ditando o título de todas as manchetes, disseminando ondas de factoides, vazamentos seletivos, dando a direção e ditando a ordem do dia através da força esmagadora da mídia partidarizada, cabendo á chefe do esvaziado poder executivo, na sombra da teia da caranguejeira, apenas seguir os rumos destes ventos...

Napoleão: 6 curiosidades e lendas sobre essa personalidade histórica

Arte UOL

Há 200 anos, em 18 de junho de 1815, acabava o império de um dos principais estrategistas militares da história, o francês Napoleão Bonaparte (1769-1821). Em seu auge, o império napoleônico ocupou boa parte da Europa, acumulando quase um terço da população do continente.

A queda de Napoleão aconteceu na Bélgica, no episódio conhecido como Batalha de Waterloo. Depois de retomar o poder por mais de três meses, no período chamado de Governo dos Cem Dias, Waterloo marcou o fim da carreira política de Napoleão.

O UOL separou seis curiosidades sobre o líder, conhecido por sua personalidade forte:
 

1) Casar de branco

Para o evento de sua coroação, em 1804, Napoleão mandou confeccionar trajes brancos seguindo o modelo de sua esposa Josefina. Durante a cerimônia, o papa Pio 6º também oficializou o casamento deles. Antes de Napoleão e Josefina, as pessoas se casavam com trajes de qualquer cor. Depois do casal, a opção do branco começou a se popularizar.

Outra relação entre Napoleão e a moda é a lenda de que os botões presentes nas mangas de paletós e casacos foram ideia dele. O imperador gostava que suas tropas estivessem alinhadas e bem vestidas -- ele não gostava que os soldados limpassem o nariz e a boca nas mangas da farda. Por isso, ordenou que oito botões de metal fossem colocados no local, a fim de evitar tal atitude. Com menos botões, o design dos trajes permanece até hoje.


Reuters


2) Arco do Triunfo: monumento às vitórias das tropas napoleônicas


O Arco do Triunfo, em Paris, é parada turística obrigatória para quem vai para a França. Mas nem todo mundo sabe que os desenhos do monumento fazem referência a batalhas travadas pelas tropas napoleônicas.

Ele foi construído em 1805, quando o exército francês fazia uma campanha militar para lá de bem sucedida. Naquele ano, o império conseguiu uma de suas principais vitórias na Batalha de Austerlitz, numa região que corresponde à atual República Tcheca. Nesse confronto, o exército francês venceu as tropas austro-russas, apesar de ter menor número de soldados que o inimigo. Os historiadores consideram a batalha uma obra-prima tática de Napoleão, o que evidenciou sua genialidade como estrategista militar.

O monumento contém gravados os nomes de 128 batalhas e 56 generais. Apesar de ter planejado a homenagem, Napoleão nunca chegou a ver o Arco do Triunfo pronto. A obra só ficou pronta em 1836, 15 anos após a morte do imperador e 21 anos após a derrota em Waterloo.


Wikimedia Commons



3) O imperador sem pênis


Napoleão morreu em 1821, na Ilha de Santa Helena. No entanto, o corpo não foi sepultado com todos os órgãos. O pênis do imperador teria sido amputado horas depois de sua morte. A principal hipótese para explicar esse fato é que a amputação tenha sido feita durante a autópsia, pelo médico francês Francesco Antommarchi.

A relação de Antommarchi com Napoleão era pouco amistosa. Enviado para cuidar do câncer de estômago do imperador, o anatomista pouco entendia do assunto. O fato irritou Bonaparte, que o recebia com insultos e cusparadas. A amputação teria sido uma vingança do médico.

Mais de um século depois, a relíquia reapareceu nos Estados Unidos, guardada pelo urologista John Lattimer. Segundo a Time, Lattimer permaneceu com o órgão até sua morte em 2007. A filha que herdou a relíquia deseja leiloá-la. O preço inicial é 100 mil dólares (cerca de R$ 310 mil).


France Presse- AFP



4) Chapéu leiloado por R$ 6,5 milhões


Em 2014, um chapéu de duas pontas, usado por Napoleão, foi leiloado por 1,89 milhão de euros – cerca de R$ 6,5 milhões. Dos 120 chapéus que o imperador usou durante seu governo, 19 foram encontrados. Boa parte deles está em coleções de franceses.


Wikimedia Commons



5) Solução do enigma dos hieróglifos


Napoleão teve um papel essencial para decifrar os hieróglifos egípcios, um dos mais antigos sistemas de escrita do mundo. Durante a invasão do Egito, em 1798, Napoleão levou um grupo de estudiosos, que deveria trazer à França todos os patrimônios de interesse cultural ou artístico.

Um dos soldados de Napoleão encontrou uma pedra de granito, que continha inscrições em três tipos de escrita: grego, hieróglifo egípcio e demótico. Mesmo com diferentes caligrafias, o texto inscrito na Pedra de Roseta, como ficou conhecida, continha o mesmo significado. Foi, portanto, essencial para resolver o enigma dos hieróglifos.


Wikimedia Commons



6) Anticristo?


A rainha portuguesa Maria 1ª, apelidada de Maria, a Louca, acreditava que Napoleão seria o "anticristo". Portugal era um dos alvos do imperador, pois o país era aliado e tinha fortes laços comerciais com a Inglaterra. Napoleão havia proibido o comércio com os ingleses, no ato que ficou conhecido como Bloqueio Continental-- e por causa dele, a família real portuguesa fugiu para o Brasil em 1808.




Fonte:http://educacao.uol.com.br/noticias/2015/06/18/napoleao-6-curiosidades-e-lendas-sobre-essa-personalidade-historica.htm

Como o PT blindou o PSDB e se tornou alvo da PF e do MPF



De como o governo Lula profissionalizou a PF mas não a política

Luis Nassif

Mais do que questões partidárias, a motivação maior da Operação Lava Jato é a revanche de duas operações anteriores que foram sacrificadas pelo jogo político: a Satiagraha e a Castelo de Areia. E é um exemplo eloquente dos erros de Lula e do PT em relação à Polícia Federal.
No primeiro governo Lula, o Ministro Márcio Thomas Bastos mudou a face da PF e do combate ao crime organizado no país. O reaparelhamento da PF, a criação da Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), o preparo de procuradores e policiais federais para, junto com técnicos da Receita e do Banco Central, entender os becos intrincados do sistema financeiro, tudo isso fez parte de um processo que mudou o patamar de competência tanto da PF quanto do MPF.
Tinha-se, agora, pela primeira vez no país um sistema de combate ao crime organizado e, ao lado, um modelo político ancestral trafegando na zona cinzenta da legalidade, cujos exemplos anteriores foram as revelações trazidas pelas CPIs do Banestado e dos Precatórios.
Estimulados, os agentes e procuradores saíram a campo para enfrentar o maior desafio criminal brasileiro: desbastar a zona cinzenta onde circulavam recursos do narcotráfico, de doleiros, de corrupção pública e privada, de esquentamento de dinheiro, das jogadas financeiras, e por onde passavam as intrincadas relações entre política e negócios que estavam na base da governabilidade do país.
Quando calhava de delegados e procuradores encontrarem um juiz justiceiro de primeira instância, colocava-se em xeque todo o sistema de blindagem historicamente praticado no país.
Duas das mais expressivas operações - a Satiagraha e a Castelos de Areia - pegavam o coração da máquina tucana.
A primeira centrava fogo em Daniel Dantas, do Banco Opportunity, principal beneficiário do processo de privatização, sócio da filha de José Serra, administrador dos fundos do Instituto Fernando Henrique Cardoso, pessoalmente favorecido por ele, quando presidente da República,  em episódios que se tornaram públicos - como seu jantar no Palácio do Alvorada, cuja sobremesa foi a cabeça de dirigentes de fundos de pensão que se opunham a ele.
A segunda, a Castelo de Areia, pegava na veia os acordos de empreiteiras com os governos José Serra e Geraldo Alckmin. Quem leu o inquérito garantia haver provas robustas, inclusive, dos acertos para tirar das costas dos presidentes de empreiteiras a responsabilidade criminal pelas mortes no acidente com o Metrô.
Satiagraha foi abortada pela ação conjunta do Ministro Gilmar Mendes - defendendo o seu grupo político - e do próprio Lula, afastando Paulo Lacerda da Abin e os policiais que conduziam a operação, depois dos factoides plantados pela Veja e por Gilmar. E também devido às investidas da operação sobre José Dirceu.
Foi a primeira chaga aberta nas relações da PF com o PT e Lula.
No caso da Castelo de Areia, a alegação foi de que a investigação começou a partir de uma denúncia anônima. Especialistas que analisaram o inquérito, do lado das empreiteiras, admitem que não havia erro processual. O inquérito era formalmente perfeito. Terminou no STJ de forma estranha, negociado pelo ex-Ministro Márcio Thomas Bastos, na condição de advogado da Camargo Correia.
Foi assim que o PT, através de seus Ministros e criminalistas, livrou o PSDB dos seus dois maiores pepinos, mas ficou com uma conta alta espetada nas costas.
A revanche veio no pacto da Lava Jato, entre PF, MPF e o sucessor de Fausto De Sanctis: Sérgio Moro - que teve papel central não apenas na Lava Jato mas na AP 470, do mensalão, como assessor da Ministra Rosa Weber.
A rebelião da primeira instância
A anulação da Satiagraha e da Castelo de Areia nos tribunais superiores produziu intensa revolta entre juízes de primeira instância, MPF e PF.
Tome-se o caso da Satiagraha.
A lei diz que decisão de juiz de primeira instância precisa passar primeiro pela segunda e terceira instância até chegar ao STF (Supremo Tribunal Federal). No controvertido episódio da concessão de dois habeas corpus, Gilmar Mendes atropelou a lei e as próprias decisões do juiz Fausto De Sanctis e mandou soltar os detidos.
Houve abusos, sim. O show midiático com a TV Globo, a prisão do ex-prefeito Celso Pitta, já doente terminal e outros. Mas também foi  divulgada uma conversa de Dantas afirmando que o desafio seria passar pela primeira instância, pois nas instâncias superiores havia "facilidades".
Conseguiu não apenas os dois HCs de Gilmar, como sua participação em dos factoides criados para a revista Veja e, depois, trancar a ação no STJ (Superior Tribunal de Justiça), de onde até hoje não saiu.
Todo o desgaste da Satiagraha e da Castelo de Areia, perante a opinião pública transformou-se em blindagem para a Lava Jato. Com o agravante de, no Ministério da Justiça, encontrar-se o mais inodoro Ministro da história da República.
Se os alvos fossem tucanos e o Ministro relator do STF Gilmar Mendes, não haveria problemas. Gilmar atropelaria a lei e concederia os HCs. E o Ministro Cardozo agiria valentemente em nome do “republicanismo”.
Agora, tem-se na relatoria do STF um Ministro técnico, formalista, sem vinculações partidárias. No Ministério da Justiça, um Ministro anódino, incapaz de conter os abusos “em nome do republicanismo”. Na Procuradoria Geral da República, um procurador geral empenhado com a sua reeleição tendo como principal opositor um colega que critica sua "leniência" (!!!) na Lava Jato. Finalmente, uma imprensa que ajudou a liquidar com a Satiagraha pelas mesmas razões que, hoje em dia, defende a Lava Jato.
Como é um jogo de poder, procuradores, delegados, Moro não se pejam em montar alianças com grupos de midia claramente engajados no jogo de interesses políticos e comerciais, alguns deles em aliança com o crime organizado.
O jogo poderia ter se equilibrado um pouco se o PGR aplicasse a lei e atuasse contra vazamentos de inquéritos sigilosos ou pelo menos aceitasse a denúncia contra Aécio Neves. Seria uma maneira de mostrar isenção e impedir a exploração política do episódio.
Mas hoje em dia a corporação MPF é fundamentalmente anti-PT. A ponto de fechar os olhos quando um ex-PGR, Antonio Fernandes dos Santos, livrou Dantas do mensalão e, logo depois, aposentado, ganhou um mega-contrato da Brasil Telecom, quando ainda controlada pelo banqueiro.
Enfim, o PT colhe o que plantou. E o PSDB planta o que não colheu.

PT deverá cobrar Cardozo sobre operações da PF

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247 –Duas ações polêmicas estão no alvo da conversa: a Lava Jato e a Acrônimo. Petista histórico e homem de confiança da presidente Dilma Rousseff, Cardozo é apontado por alas do PT como responsável pela manutenção da prisão do ex-tesoureiro da sigla João Vaccari Neto e pelas buscas no escritório de campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), na última semana.
O próprio Cardozo já apontou abusos na Acrônimo, que nesta segunda fase, teve negado, pelo Superior Tribunal de Justiça, o pedido para cumprir mandados de busca e apreensão na residência oficial do governador, mais um ponto para ser tocado pelos petistas, que podem interpretar a decisão do Judiciário como um argumento de que há mesmo abusos por parte dos agentes federais. Pimentel também criticou duramente a ação.
Ontem, em coletiva de imprensa, Cardozo apontou e criticou "vazamentos seletivos" por parte da Lava Jato e ressaltou que o governo, no meio de uma crise por conta dos vazamentos de trechos da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, não tem acesso aos autos, uma vez que a delação está sob segredo de Justiça.
No entanto, alas da direção do PT consideram o ministro "inoperante", "sem pulso firme e nem liderança", "omisso" e "egoísta", segundo relata a reportagem de Ricardo Galhardo neste domingo. Desde os vazamentos da delação de Pessoa, as críticas a Cardozo só aumentaram. No caso da Acrônimo, um dos pontos é o fato de a PF ter iniciado uma investigação sobre um carregamento de dinheiro feito um empresário próximo a Pimentel, mas não apurar casos semelhantes envolvendo tucanos.

Moro pode ser responsabilizado por excessos na Lava Jato, diz Bandeira de Mello

Para o jurista Celso Antonio Bandeira de Mello, órgãos superiores da magistratura podem condenar o uso de prisões preventivas para obter delações premiadas na Lava Jato.

Jornal GGN - "Um homem de pouca serenidade, sempre à procura de algo para aparecer". É assim que o jurista Celso Antonio Bandeira de Mello descreve o juiz federal Sergio Moro em entrevista ao GGN, nesta sexta-feira (26). Moro conduz a Operação Lava Jato sob críticas de constitucionalistas e da defesa dos empresários acusados de formação de cartel na Petrobras, que repudiam o uso da prisão preventiva como forma de obter confissões ou acordos de delação premiada.
Para Bandeira de Mello, Moro pode ser responsabilizado por órgãos superiores da magistratura por ter lançado mão desse instrumento para coagir os réus. "Já houve magistrado [Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal] que chamou de medievalescas essas atitudes de Moro. Ele não está causando boa impressão", apontou.
Em despacho contra a privação de liberdade de nove empreiteiros, Zavascki chamou as prisões preventivas de "subterfúgios" que "além de atentatório aos mais fundamentais direitos consagrados na Constituição", são de natureza "medievalesca" e "cobririam de vergonha qualquer sociedade civilizada." 
Abaixo, os principais pontos da entrevista com Bandeira de Mello.
Jornal GGN - Como avalia essa nova fase da Operação Lava Jato, com foco nos grupos Odebrecht e Andrade Gutierrez?
Bandeira de Mello - Me parece mais um desses atos 'inconsiderados' do juiz Sergio Moro. Ele me parece um homem de pouca serenidade, sempre à procura de algo para aparecer, por pura vaidade. Essa é a impressão que me dá. Posso estar errado, não conheço os autos, estou falando como leitor de jornais. Mas até agora, não vi nada que justificasse as novas investidas do juiz. São interpretações [para decretar prisões preventivas] que não parecem apoiadas em fatos relevantes. Acredito que este homem não tem a serenidade de um magistrado.
GGN - A defesa da maioria dos empresários critica a prisão preventiva alegando que os argumentos para tal medida são frágeis. Em alguns veículos de comunicação, houve espaço para uma visão mais extrema, dando a entender que a ideia é chegar ao ex-presidente Lula por meio da delação desses empresários.
Bandeira de Mello - Eu não sei se é para chegar em Lula ou não. Se for, é pior ainda. É sinal de uma irresponsabilidade total [na condução da investigação]. Mas não sei se é isso. Não tenho elementos para dizer isso. O que posso dizer é que não tenho visto nada de relevante que justifique a prisão desses empresários. Desde o começo, as prisões têm sido usadas para obter delações. Mas elas têm de ser espontâneas, não fruto de coação. E a mim parece que estão coagindo as pessoas, prendendo sem base, usando a prisão além da razão de existir dela.
Minha impressão é muito desfavorável a esse juiz, para ser sincero. Já tinha ouvido da academia do Paraná que ele é um homem difícil e presunçoso. Acho que ele vai acabar sendo responsabilizado [pelo uso de prisões preventivas para arrancar confissões ou delações].
GGN - De que maneira ele poderia ser responsabilizado?
Bandeira de Mello - Responsabilizado por órgãos superiores da magistratura, e pelo próprio Conselho [Superior] da Magistratura. Já houve magistrado [Teori Zavascki] que chamou de medievalescas as atitudes de Moro. Ele não está causando boa impressão.
Há também um pouco daquele negócio de pão e circo. Pegar pessoas importantes parece que dá certo prazer em algumas pessoas. Mas é claro que se a imprensa não fosse leniente, ele não faria tudo isso. Ele se sente apoiado pela imprensa. Infelizmente, estamos assistindo a um direitismo desenfreado, uma caminhada em prol do fascismo.
GGN - A Odebrecht comprou espaço nos jornais impressos para se defender da Operação Lava Jato, e o juiz Sergio Moro não gostou do modo como a publicidade foi feita. O que chamou a atenção foi que ele - juiz da investigação, mas que também vai julgar o caso - dizer que a Odebrecht dá sinais de que não quer assumir a responsabilidade, como se já tivesse uma opinião formada sobre o papel das empresas na Lava Jato.
Bandeira de Mello - Infelizmente, parece que ele já começou com a opinião formada. É como digo: a mim não causa a mesma impressão que um magistrado. Um magistrado tem de ser um homem equidistante, sereno. A impressão que ele passa é de um vingador desses que a gente vê em filme. 
GGN - Seria possível à defesa das empresas encampar alguma ação para que a figura do juiz instrutor se fizesse mais evidente, ou pelo menos não houvesse uma mistura perigosa do juiz instrutor com o juiz que vai definir as condenações?
Bandeira de Mello - Infelizmente, não existe essa figura no Brasil. O que poderia ser feito é eventualmente alguém solicitar o afastamento de Sergio Moro por falta de isenção, mas isso também é difícil de provar. Nós vamos ter que esperar que os processos que andam pelas mãos dele subam para os tribunais superiores. Pela declaração de Teori, já se vê que no órgão máximo do Judiciário, que é o Supremo, pelo menos um magistrado se manifestou de maneira bastante reticente, para não dizer contrária, ao modo Moro de agir. Acredito que, com o tempo, esse homem vai se ver mal. Por hora, com esse apoio da imprensa, vai continuar causando estragos. Só quando a imprensa tiver outro assunto para se ocupar - as Olimpíadas, por exemplo - é que ela vai deixar de dar tanto apoio à Lava Jato. Porque tudo passa, notícia vem e vai.
GGN - Essa semana o Valor Econômico noticiou que há alas do PMDB - preocupadas com a condução da Lava Jato - apoiando teses de impeachment. Eles acham que se o presidente da Odebrecht foi preso, qualquer um pode ser. E, assim, discutem a saída de Dilma esperando que Michel Temer, na Presidência da República, tenha pulso mais firme para impedir os excessos da Operação. Ele poderia trocar, por exemplo, o ministro da Justiça, que tem demonstrado pouco controle sobre a Polícia Federal. O que é possível dizer sobre isso?
Bandeira de Mello - Acho o Michel um homem muito leal. Não acho que ele entraria em jogo político para coadunar com impeachment de Dilma. Mas é claro que no PMDB há de tudo. Não estranho que existam, dentro do partido, movimentos nesse sentido. Não creio que o vice-presidente tenha embarcado nessa.
Em relação ao ministro José Eduardo Cardozo, a minha impressão é ótima, a melhor possível. Acho ele um homem extremamente preparado, grande conhecedor do Direito, e corretíssimo. Mas é possível que ele não esteja tendo o controle total da Polícia Federal. É uma corporação difícil de manejar, não imagino que seja fácil para Cardozo.

Quem deu o habeas corpus para o cérebro de Caiado?




por : Kiko Nogueira

A formulação de Demóstenes Torres sobre Ronaldo Caiado — “uma voz à procura de um cérebro” — precisa ser atualizada.
Fica cada vez mais evidente que Caiado tem cérebro, e esse talvez seja o problema.

Tornou-se o Mistificador Geral da República. Desde que Aécio tirou o pé do impeachment, RC ocupou o espaço de oposição histérica. Um Carlos Sampaio da vida real.
É a direita Chacrinha, feita para confundir e não para explicar. Não à toa, virou ídolo de todo e qualquer revoltado on line. Foi um dos palestrantes convidados do Fórum da Liberdade, em abril. De acordo com os organizadores, Caiado “destaca-se como debatedor”.
Na verdade, ultrapassou há tempos qualquer tipo de linha definidora do que seja honestidade num debate. Foi ele o responsável por espalhar o boato do habeas corpus de Lula. “Temendo ser preso pelos malfeitos que cometeu – disso ninguém mais duvida – Lula apresenta habeas corpus preventivo”, escreveu ontem nas redes sociais.
Em seguida, cravou que “Lula ‘Brahma’ quer escapar da responsabilidade no escândalo do Petrolão/Lava Jato. Habeas Corpus prova que o ‘chefe’ foi identificado.”
Mesmo quando pego na mentira, ele insiste empedernido. “Quem deve dizer se é verdadeiro ou não é a Justiça do Paraná”, disse sobre o HC.
Este tem sido seu modus operandi. Ciente de que lhe dá ribalta, Caiado é uma máquina de factoides que só perde em invenção, talvez, para Claudio Tognolli, blogueiro mitômano e biógrafo de Lobão.
Caiado trabalha na sintonia da ameaça bolivariana. Não tira isso da cabeça e da boca. Diz que os imigrantes haitianos, por exemplo, estão sendo treinados para integrar o exército do MST. Por isso estão vindo mais homens do que mulheres e crianças.
No episódio da excursão à Venezuela ele ampliou as fronteiras do descompromisso com os fatos. Enquanto o pedido era analisado oficialmente, denunciou que o vôo havia sido proibido e que o Brasil se alinhava a um tiranete. Exigiu a retirada venezuelana no Mercosul.
Uma vez em Caracas, postou que a van com os sete colegas da liga da justiça havia sido “apedrejada”. O vídeo seria colocado no ar mais tarde porque a internet “era ruim”. Claro que as imagens nunca viram a luz do sol.
Jamais se corrige, jamais pede um esboço de desculpas por inventar tanto. Talvez porque seus eleitores esperem dele, ao fim e ao cabo, o grito de pega ladrão enquanto o sujeito bate a carteira.
Não, não. Caiado tem um cérebro e, como todos nós, o dele começou a funcionar no momento em que ele nasceu. O problema é que para quando ele fala em público.


Temendo ser preso pelos malfeitos que cometeu - disso ninguém mais duvida - Lula apresenta habeas corpus preventivo.