quarta-feira, 22 de julho de 2015

O que Eduardo Cunha tem a ensinar ao PT



coelho
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é disparado, a autoridade pública em piores lençóis na Operação Lava Jato.

por Fernando Brito 

É acusado de um achaque, direto, e perpetrado por um ardiloso requerimento ao Tribunal de Contas da União, falsamente apresentado por uma deputada aliada, que admite não saber nada sobre o tema que a fez solicitar uma devassa nas contas da Petrobras e a fabricante de sondas marítimas que lhe arrendava equipamentos.

No entanto, Cunha vai ao Presidente do Supremo para exigir que se imponham os freios legais à discutível – pelo menos – competência de Sérgio Moro para investigar detentores de foro privilegiado, como está na lei.
Enquanto Cunha age em dias, os petistas não agem em meses.
Assistiram passivamente à manobra pré-eleitoral de fazer Alberto Youssef dizer que “achava” que Lula e Dilma “sabiam de tudo”, um espetáculo produzido para produzir óbvios efeitos eleitorais.
Zé Cardozo ficou brincado de “espelho, espelho meu, existe alguém mais republicano do que eu?”, enquanto Curitiba se tornava um vazamento direcionado como um esguicho de lama sobre o PT.
Não vai aqui nenhum juízo sobre o mérito (ou a falda de mérito, mais apropriado) das ações de Cunha.
Mas ele age e reage.
Pode até ser caso perdido, mas está lutando pela vida (política) que lhe resta.
Cunha é ousado, Moro é ousado, o MP e a Polícia federal também o são até o “limite da irresponsabilidade”.
Mas o governo e o PT continuam brincando de serem coelhinhos dóceis e assustadiços.
Depois não reclamem da caçarola…

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