sexta-feira, 21 de maio de 2010

O ELEITOR E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Dois em cada três brasileiros vão ir às urnas pensando em algo mais do que emprego, bolsa família ou impostos; as mudanças climáticas também estão entre as preocupações.Os furações extratropicais no Sul do país, os alagamentos e chuvas torrenciais em Belo Horizonte e São Paulo, o radicalismo da seca no Nordeste e as temperaturas cada vez mais extremas em todo o país estão forçando este novo tema na cabeça do votante brasileiro.

A pesquisa sobre temas que influenciarão o voto destaca que 66% dos brasileiros vão levar em consideração como os candidatos se posicionam diante desta questão, que hoje adquire um tom tão dramático quanto a fome ou a recessão, e tão cotidiano quanto o desemprego ou a inflação.

Pergunta: Mudanças climáticas serão um dos mais importantes assuntos que influenciarão meu voto nas próximas eleições (2010).

Respostas (em porcentagem)
Concorda totalmente: 38,2
Concorda em parte: 27,6
Soma dos Concorda: 65,8
Discorda em parte: 14,7
Discorda totalmente: 15,4
Soma dos Discorda:30,1
Não concorda nem discorda: 1,9
NS/NR: 2,1
Total 100


Quem diz que vai levar mais em conta a questão ambiental na hora de escolher candidato?

Os eleitores entre 18 e 24 anos põem a questão das mudanças climáticas no topo das prioridades avaliadas nos candidatos. 73% dos que estão nesta faixa etária preocupam-se mais com temas socioambientais do que com aqueles tradicionais vinculados a emprego, salário e educação. O grupo etário que menos se preocupa com o assunto está entre os mais velhos. Para 52% das pessoas entre 55 e 69 anos, mudanças climáticas não estão entre suas prioridades. Portanto, há um novo fosso geracional importantíssimo sobre um tema que vai influenciar cada vez mais a vida de todos nós, daqui para a frente.

Em todas as faixas de idade, as mulheres são um pouco mais preocupadas com o tema que os homens ( 68% a 64%).

Surpreendemente, não é a elite econômica a mais sensibilizada pelas conseqüências do aquecimento global. As classes, média e média baixa são as mais preocupadas com a questão. Em termos regionais, são as cidades do Nordeste (Recife: 86% e Salvador: 75%) e Goiânia (73%) as que aderem mais a uma plataforma sobre mudanças climáticas. Os eleitores de Brasília são os que dão menor peso à questão (só 50% deles vs. a média nacional de 66%).

Que estas informações animem os políticos a prestar mais atenção ao tema e apresentar propostas consistentes aos eleitores, já neste processo eleitoral.

Fonte: pesquisa Barômetro Ambiental da Market Analysis, realizado com 835 adultos com 18 ou mais anos residentes nas nove maiores capitais do país (São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia e Brasília). Entrevistas realizadas por telefone durante o mês de Julho de 2009. Margem de erro = +/- 3.4%.l
Fonte: Carta Capital

2 comentários:

  1. Prezado MVIVA, concordo com a importância do tema mudanças climáticas, aquecimento global, catástrofes ambientais, milhares de desabrigados do clima, etc. Mais daí, afirmar que o clima vai decidir a eleição é um pouco demais.

    Entendo que o que vai esquentar mesmo, depois da copa do mundo, é a temperatura eleitoral, embora concorde com o blog, o tema mudanças climáticas deverá ser sim, melhor tratado no debate eleitoral das eleições de 2010.

    Estou de acordo que o tema está presente no cotidiano das pessoas, principalmente daqueles que tem sofrido, as entempéries do clima, enchentes, alagamentos nas grandes cidades, enxurradas com perdas sociais a muito anunciadas e até mesmo mortes que poderiam ser evitadas, etc. Ainda assim, nos parece, que há, e a pesquisa mostra isso, percepções diferenciadas (por faixa etátia, por sexo, etc.) sobre o tema.

    E a propósito não há surpresa nenhuma, na falta de sensibilidade das elites econômicas, pois nas suas decisões o que pesa são lucros cada vez maiores com redução de custos, sem preocupações, na maioria dos casos, até mesmo de eficência no uso de insumos e materias, quanto menos de eficiência energética ou mesmo de possíveis resíduos e efluentes industriais tóxicos que venham contaminar o meio ambiente.

    Portanto, MVIVA devemos ter o devido cuidado de relativizar esse debate, importante sim, mas não tão decisivo assim para os rumos eleitorais em 2010.

    Abraços,

    Wladlenn

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  2. Reflexão deveras interessante neste blogue, post como aqui está realção ao indivíduo que visitar neste blog .....
    Dá mais deste sítio, a todos os teus amigos.

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