terça-feira, 30 de novembro de 2010

ASSASSINOS SEM ROSTO:CHEIRADORES DE COCA E MACONHEIROS CARIOCAS ALIMENTAM O TRAFICO E EXTERMINAM A JUVENTUDE DOS MORROS.

Alemão era o coração do mal, diz Beltrame (Pablo Jacob/Agência O Globo)
Nesse domingo, o complexo do Alemão foi dominado com sucesso pela polícia. Mas foi apenas uma batalha vencida, de uma guerra que está longe do fim. 

Parece erva daninha: quanto mais jovens bandidos negros são exterminados pelo capitão nascimento e as forças armadas, mais cheiradores e maconheiro no conforto do seus lares, fazem cara de 'anjinho', de quem que não tem nada com isso, comendo a sua pipoquinha e assistindo de camarote pela TV,bem longe do morro do alemão, o desenrolar da ação macabra que põe em risco a vida de policiais,crianças,donas de casa e trabalhadores inocentes. 

É impossível liquidar com o trafico e a violência no Rio de Janeiro, sem levar em conta a necessidade de fazer um pacto com a maior população de viciados do mundo, considerada a quantidade de drogas apreendidas, que somam centenas de tonelada!.

A repressão localizada e sangrenta, não representa nada: outros quilombos irão surgir para alimentar varias gerações desses brasileiros-zumbis que, a varias décadas, sustentam o seu corpo e a suas vidas através do pó, que é vendido -e bem comprado- pelos bacanas da zona sul e da Barra da Tijuca. 

Serão necessárias varias campanhas publicitárias, tão pesadas quanto os tanques da Marinha do Brasil, conscientizando os 'assassinos sem rostos', para deixarem de consumir drogas já que, bala,nunca foi remédio social.

O PIG tem feito a sua parte direitinho; mas é preciso mais. Precisamos de depoimentos de artistas e atletas negros e outros famosos brancos e mulatos que, emprestariam sua imagem para tentar comover a juventude negra, por ser o grupo mais fatalmente atingido; entre outros conjuntos de medidas, onde a presença do Estado,neste momento,seja completa,inclusive promovendo um novo recenseamento para amparar com uma espécie de 'bolsa-guerra' aos filhos, filhas órfãos e viúvas do tráfego, para evitar a formação de uma nova geração de vítimas que possam repetir o filme a serviço de novos malfeitores.
Abaixo, fotos diversas da guerra carioca.

AVISO: SÃO IMAGENS FORTÍSSIMAS! PUBLICADAS PELO MVIVA PARA CHOCAR E MOSTRAR PARA OS MAURICINHOS E PATRICINHAS AS CONSEQUENCIAS E RESULTADOS DAS SUAS INOCENTES CAFUNGADAS E CHEIRADAS,PARA LEMBRAREM ANTES DE DORMIR.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

OS SEGREDOS DO MUNDO 'BRECHADOS' PELO WIKELEAKS.

COMO GEORGEL ORWEL FICARIA ENCANTADO EM CONSTATAR QUE SUA FICÇÃO IRIA TORNAR-SE REALIDADE AINDA NO SÉCULO XXI, QUANDO  INÍCIOU-SE A CONSTRUÇÃO DE UMA CIVILIZAÇÃO POLICIALÊSCA,TENDO COMO MARCO INICIAL MAIS SIGNIFICATIVO O ADVENTO DE 11 DE SETEMBRO EM N.Y. (USA). SÃO MILHARES E MILHARES DE NOTÍCIAS RESERVADAS E ESTRATÉGICAS VAZADAS QUE PELO QUE EXISTE DE MAIS NOVO E, AO MESMO TEMPO MAIS VELHO NO PLANETA: A VERDADE - QUE SEMPRE VENCE ! - .COMO TODO MUNDO AGORA NÃO FALA EM OUTRA COISA, O MVIVA PUBLICA PARA OS SEUS LEITORES O MAPA DE FUNCIONAMENTO DO FENÔMENO.  Fonte:Editoria de Arte/Folhapress

domingo, 28 de novembro de 2010

JADER SOLTA O VERBO PARA PERERÉCA

 
VEJA AQUI A ENTREVISTA EXCLUSIVA QUE JADER BARBALHO CONCEDEU PARA ANA CÉLIA PINHEIRO.
O MVIVA diz: O grande valor dessa entrevista é que ela reforça a impressão que a blogosfera é hoje um canal que, definitivamente, desloca a grande imprensa da posição de formadora 'exclusiva' de opinião. Essa importância tende a acentuar-se,ainda mais...

Perereca: Como é que está a relação do PMDB com o PSDB? Vocês já conversaram, já há alguma coisa em vista; o PMDB vai compor ou não o novo governo?
Jader: Eu tive uma conversa com o Jatene, às vésperas dessa viagem que ele fez recentemente. Estivemos conversando longamente, onde ficou acertada a participação do PMDB no Governo. Agora, não ficou acertado aonde, que cargos, nomes, e nem fixamos percentuais. Ficamos de, no retorno dele, discutir, de forma objetiva, qual seria a participação do PMDB no governo. Quer dizer, os espaços, os nomes, nós ficamos de discutir exatamente nesse retorno.
Perereca: Não é meio estranho, depois de toda a oposição que o PMDB fez há quatro anos, agora integrar o novo governo do Jatene? Ou isso é uma coisa até natural, já que o PMDB, ao que parece, nunca teve problemas com o Jatene, mas, com algumas alas do PSDB?
Jader: Olhe, eu considero natural, já que a grande maioria do partido, quase a unanimidade, apoiou a candidatura do Jatene no segundo turno das eleições. Tivemos um candidato próprio, o deputado Domingos Juvenil... Perereca: Que era um laranja...

Jader: Não, não era um laranja. Quando fizemos a opção pela candidatura dele, acreditávamos que fosse possível fazer essa candidatura crescer e efetivamente se transformar numa alternativa eleitoral e ter sucesso. A história de candidaturas, não só no Pará, mas em diversos pontos do Brasil, demonstra candidaturas que começam com um percentual pequeno, mas ganham densidade durante o processo eleitoral e acabam por se tornar viáveis.
Perereca: Mas se o senhor queria uma candidatura forte, por que o candidato não foi o senhor mesmo ou o Priante, em vez de um desconhecido como o Juvenil?
Jader: Em primeiro lugar, cheguei à conclusão que não deveria me candidatar ao Governo do Estado. Já exerci o Governo duas vezes e achei que o adequado seria me candidatar ao Senado; ficaria numa posição inclusive mais confortável, para articular politicamente. Achei que com o meu retorno ao Senado teria maior possibilidade de coordenação, não só na campanha eleitoral. Também poderia, no Senado, com a experiência acumulada, com o trânsito em Brasília, ter um desempenho em favor do estado.
Perereca: O que houve, na verdade, não foi o medo de que os seus inimigos e as acusações que pesam contra o senhor levassem a uma derrota na disputa pelo Governo?
Jader: Não, até porque depois de tantas guerras que já enfrentei – e vou aí plagiar, de forma pretensiosa, uma frase usada pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek – Deus poupou-me o sentimento do medo. Quem enfrentou a campanha de 1990 neste estado; quem se recorda em que circunstâncias aquela campanha decorreu; quem se recorda do enfrentamento que tive com o senador Antonio Carlos Magalhães, na disputa pela Presidência do Senado, não deve contabilizar nas minhas atitudes essa questão de medo. Isso não existe.
Perereca: O senhor queria encerrar a sua carreira política no Senado?
Jader: Não é encerrar, porque é a tal história: político é como um cavalo de corrida – a gente morre na pista, correndo. Evidentemente, um político por vocação, como é o meu caso. Esse negócio de encerrar... Você não é dono do seu destino; são as circunstâncias que comandam o seu destino. Achei apenas que voltar para o Senado seria o gesto politicamente mais adequado. Até porque, pelas circunstâncias da luta com o senador Antonio Carlos Magalhães, tive até de renunciar ao Senado, em 2001. Então, achei que era a oportunidade de retornar ao Senado, colaborar com o estado; com o trânsito e com a experiência acumulada em Brasília, ajudar o estado e ter um desempenho político conveniente aos interesses do Pará, além de participação, com contribuição efetiva, na política brasileira. É a tal história: se eu fosse um político iniciante, se nunca tivesse ocupado o Governo do Estado, talvez casar pela terceira vez com o Governo me desse uma motivação maior.
Postado por Ana Célia Pinheiro às 18:06 0 comentários
Ping-pong Jader II: o que fica do poder é o que se conseguiu realizar

Perereca: No Governo, você tem mais poder, tem a caneta na mão. No Senado, você está mais livre para articular. Qual a diferença, em termos pessoais, entre o Senado e o Governo?
Jader: Em termos pessoais, sou um político que no exercício tanto do Executivo quanto do Legislativo sempre me senti muito confortável. Não sou daqueles que precisa ter caneta na mão para se sentir confortavelmente no exercício da atividade política. Não me sinto deslocado no Parlamento: gosto do debate e da articulação política. Considero que a elaboração legislativa é fantástica, porque algumas pessoas ficam imaginando que o parlamentar constrói ou altera uma lei da cabeça dele - e não é assim. Quer dizer: você tem um universo imenso de contribuição, seja através da imprensa, seja através dos grupos organizados, que pressionam. Então, a vida parlamentar é profundamente dinâmica, rica. A construção legislativa não é uma construção isolada, do parlamentar. Então, a atividade parlamentar tem todo um apelo, principalmente para quem abomina a rotina.
Perereca: Mas não é melhor ter o poder do Executivo? O poder de nomear e exonerar; de colocar aqui uma pessoa ou mandar para acolá?
Jader: Se algum dia tive isso na cabeça, superei. Até porque fui duas vezes governador. Não é o confeito do poder, esse exercício menor do poder, que me empolga. E principalmente hoje.
Perereca: O que é que lhe empolga, então?
Jader: É efetivamente contribuir. Quer dizer: tive participação em determinados projetos, valeu a pena participar, porque consegui contribuir e, com a minha contribuição, alterar. Mas esse confeito do poder, pelo contrário: para um homem como eu, com 44 anos de vida pública, ele chega, às vezes, até a ser incômodo.
Perereca: Por quê?
Jader: Quando você se refere a ter que nomear fulano, ter que aceitar determinadas pressões, ter de administrá-las, isso eu vejo sob um ângulo, hoje... Não diria que estou farto de poder, mas, não é isso, hoje, que motiva a minha cabeça, as minhas aspirações; não é esse tipo de exercício do poder que me empolga. Talvez pelo fato de ter exercido duas vezes o governo, ministérios da República; ter passado pela Presidência do Congresso, de ter tido a influência política que você tem... Porque você não consegue nomear, exercer o poder apenas sendo o chefe do Executivo: você consegue exercer o poder tendo influência política, trânsito, respeito, acatamento; sendo levado em consideração por uma série de condições, circunstâncias, atributos. Não é isso, absolutamente... Não voltaria ao Governo para colocar como primordial o privilégio - se é que isso pode ser considerado privilégio – de nomear pessoas. Quando relembro a minha passagem pelo Governo, não relembro essa questão do exercício fisiológico do poder. O que me recordo, com grata satisfação, é de obras como a PA-150. Me sinto realizado por ter construído uma rodovia de 1.140 quilômetros, que não tinha só o sentido do transporte, mas até de integração do estado. Para quem tem noção exata da utilização do poder... Quer dizer: eu fiz, eu deixei e isso foi importante para o conjunto da comunidade - e ninguém pode retirar esse dado. Quando me recordo do serviço de abastecimento de água de Belém, o projeto Belém 2000, que agora no governo da Ana Júlia foi duplicada a estação de tratamento. Imagine se eu não tivesse tido condições de fazer aquilo; aquilo levaria Belém a um colapso no abastecimento de água. Quando me recordo que, quando assumi pela primeira vez o governo, a energia de Tucuruí era só em Belém e Barcarena, por causa do projeto da Albras; nem os municípios do entorno de Tucuruí recebiam a energia da hidrelétrica. Quando me recordo que promovi o maior projeto de expansão de energia elétrica no estado, levando até Conceição do Araguaia, espalhando por todo o Nordeste, substituindo todo o sistema a diesel e sabendo que aquilo representava não só bem estar para a população, energia domiciliar, mas a perspectiva da industrialização e da eletrificação rural. Quer dizer, são essas coisas que contam como fundamentais. Não vou ficar me lembrando do delegado de polícia que nomeei a pedido do deputado fulano de tal para um determinado município. O que conta é o que você conseguiu fazer. Quando me recordo do meu segundo governo, que foi muito difícil (porque o Pará padece de muita dificuldade; é muito vinculado ao Governo Federal; é muito dependente). Era o período Collor, e depois Itamar, com todas as dificuldades de negociação. E eu tinha uma idéia fixa, que era viabilizar o programa de macrodrenagem de Belém. E apostei tudo nisso. Inclusive, no sentido de pagar todas as dívidas do Estado, porque a União não daria o seu aval ao Estado, se ele não estivesse com as contas regularizadas. E me recordo da felicidade quando fui a Washington, para assinar o contrato com o BID. E me recordo, sentado no batente da casa da Elcione, na Cidade Velha; namorando com ela, no batente lá da Joaquim Távora...; me recordo do discurso do Stélio Maroja, eleito prefeito de Belém, falando das baixadas de Belém...  
Postado por Ana Célia Pinheiro às 18:04 0 comentários
Ping-pong Jader III: uma extraordinária satanização. 
Perereca: Pois é, o senhor tem até um livro em que resgata boa parte dessas realizações. Mas depois que deixou o governo, o senhor passou a ser visto como um “satanás” da política paraense. Muito desse processo de satanização veio dos tucanos. Quer dizer: não é estranho, depois de tudo isso, o senhor voltar a se aliar com quem lhe satanizou?
Jader: Em primeiro lugar, o processo de satanização ao qual você se refere, não só ao longo da história da humanidade, mas, do Brasil, só se faz com o líder. Não se faz processo de satanização com lideranças que eu chamo de “chá de erva-cidreira”. Havia todo um processo de tentar destruir a minha imagem, no sentido de tentar evitar um possível retorno meu ao Governo do Estado, ou de tentar abalar a minha liderança. Então, eu compreendo isso, porque sou um contumaz leitor de tantas histórias, aqui e alhures. Há pouco, estava me lembrando, principalmente nesse episódio dos “fichas limpas, fichas sujas”... O maior e melhor administrador que Belém já teve foi Antonio Lemos. E ele, apesar de já ter deixado a Intendência, como era chamada a Prefeitura, foi satanizado. Ele não queria nem voltar ao poder, estava com idade avançada (o que não é meu caso, que estou apenas com 36 anos...). Ele não tinha nenhum interesse e mesmo assim se montou a fraude de um atentado contra o Lauro Sodré e se queimou a Província do Pará, que era o jornal dele. Depois, a turba destruiu a casa dele e ele foi arrastado de pijama pelas ruas de Belém, sendo chamado de “velho ladrão”, “safado”. Depois, foi expulso, colocado num navio e seus restos mortais só voltaram para cá 60 anos depois. E não tem na história desta cidade, passado todo esse tempo, nenhum administrador público que possa ao menos, não é nem ombrear, mas se aproximar dos joelhos de Antonio Lemos.Perereca: Mas o senhor não sente nem mesmo mágoa em relação a esse processo de satanização?
Jader: Em primeiro lugar, nunca trabalhei com ódio: sempre trabalhei com muito entusiasmo, empenho, paixão, o que é uma diferença muito grande. E depois, acho que não tenho do que me queixar, porque o julgamento que sempre me preocupou não é o julgamento dos meus inimigos e adversários. Os meus inimigos e adversários simplesmente, em determinados momentos da política do Pará, me elegeram como alvo, como obstáculo a ser removido. O que sempre me preocupou é o julgamento da opinião pública, da maioria. E isso eu não posso me queixar. Recordo a referência de uma das maiores autoridades em pesquisa qualitativa do País, que é a professora Fátima Jordão, professora aposentada da USP. Sou capítulo, um “caso”, de um livro dela. E ela diz não imaginar que outras lideranças do Brasil sobrevivessem a um processo de destruição de imagem como o que ela havia constatado em relação a mim, aqui no Pará. Então, eu só me sinto reconfortado. Porque se fui atacado, e continuo sendo atacado, é sinal de que não me transformei num irrelevante. Porque uma das coisas que sempre me preocupou foi não me transformar num irrelevante. Como não sou um irrelevante, sou uma pessoa que incomoda. E se incomodo, é sinal que sou levado em conta. Ficaria muito preocupado é se tivesse um julgamento, após todos esses anos de vida pública, desfavorável do povo do Pará. Aí, se eu tivesse sido abandonado pelo povo do Pará, aí, confesso, estaria num processo de profunda frustração política e pessoal. Mas eu não fui; não posso me queixar do povo do Pará. Pelo contrário: em que pese toda essa campanha de destruição de imagem, o povo do Pará sempre foi solidário comigo. Nessa última eleição, por exemplo: houve toda uma campanha dizendo que votar em mim seria nulo. E o povo do Pará sai de casa, cerca de 1,8 milhão de pessoas, e me elege senador da República. Então, do que é que eu posso me queixar?
Postado por Ana Célia Pinheiro às 18:02 0 comentários
Ping-pong Jader IV: A decisão do STF, o juiz de “Xixiriteua” e a Justiça como espetáculo
Perereca: Como é que o senhor viu essa decisão do Supremo Tribunal Federal? O senhor alguma vez imaginou que o STF, a mais alta Corte de Justiça do País, pudesse empatar, não decidir, um caso tão importante como a aplicabilidade da Ficha Limpa nas eleições deste ano?
Jader: Confesso que a decisão do Supremo me surpreendeu. Eu imaginava até que pudesse ocorrer um empate, já que na decisão - quem assistiu pôde verificar - além da interpretação técnica de dispositivos e preceitos constitucionais e de princípios de Direito, o que houve foi uma discussão apaixonada, o que, evidentemente, é um grande risco para os tribunais, e de modo especial para um tribunal que tem a responsabilidade, como tem o STF, de estabelecer jurisprudência para todo o País. O que assistimos foi uma discussão em que os princípios do Direito foram abandonados, para que outras preocupações, que não as do Direito, prevalecessem. Confesso que isso me surpreendeu. Como foi uma surpresa para mim que num empate - e nos tribunais, ao longo do tempo, o princípio, que é herdado do Direito Romano, que é toda a base do Direito Ocidental, é que, num empate, em favor do requerente, em favor do cidadão, em relação ao Estado. E a minha maior surpresa, em todo o debate no STF, foi que num empate eu perdi a questão: fui cassado no meu direito de eleito por 1,8 milhão de brasileiros residentes no Pará por um empate, quando o princípio, a regra, em qualquer tribunal, é que, empatando, o presidente tem o voto de qualidade - e o voto dele havia sido a meu favor; e ele havia declarado que a decisão que se buscava era inócua e contrária, inclusive, aos princípios dele e aos interesses da sociedade. E eu jamais imaginava que se fosse abolir um princípio universal do Direito que, em dúbio, pró-requerente.
Perereca: E por que o senhor acha que o STF agiu dessa maneira?
Jader: Em primeiro lugar, abstraída a figura do Jader Barbalho, confesso que, para mim, que tenho formação Jurídica (sou bacharel eu Direito), e como cidadão, tudo foi uma surpresa. Porque você imaginar, como disse o ministro Celso de Melo, que a questão da irretroatividade da lei estava estabelecida no Direito Romano no século II da Era Cristã; portanto, há 19 séculos, que uma lei entra em vigor e que os seus efeitos são a partir da sua edição. Quer dizer: ver o Supremo Tribunal Federal do meu país revogar um princípio jurídico universal dos povos civilizados, o mínimo que, por cortesia, tenho de dizer em relação ao Supremo é que me causou grande espanto. Porque se fosse um juiz de roça - um juiz, como certa vez escreveu o Hélio Gueiros, de forma irreverente, em relação a uma sentença de um juiz de Xixiriteua (risos) – se fosse um juiz de Xixiriteua, eu poderia imaginar que um juiz de Xixiriteua não levasse em conta um princípio jurídico, o que é um precedente gravíssimo. Porque não é só no campo eleitoral: ele abre um precedente para outros campos do Direito, de amanhã não se respeitar a irretroatividade das leis.
Perereca: O senhor não acha que isso aconteceu também porque a Justiça está virando um espetáculo; os juízes estão hoje mais preocupados, o próprio Supremo, com a imagem de cada qual, em vez de se preocuparem muito mais com o Direito, com as leis?
Jader: Eu não tenho a menor dúvida disso. As câmeras de televisão são um instrumento afrodisíaco (risos); o noticiário da imprensa é afrodisíaco, principalmente para alguns iniciados nisso. Alguns que, até pouco tempo atrás, eram figuras anônimas. E isso deve ter uma repercussão psicológica imensa na cabeça dessas pessoas. E essa questão da opinião pública... E aí se verificar, quando se fala em opinião pública - e há uma diferença entre opinião pública e opinião publicada... Porque, se for por opinião pública, esse projeto do tal Ficha Limpa teria sido assinado por 1,3 milhão de pessoas. Eu não vou chegar, como disse o ministro Marco Aurélio, que afirmou que sabe, às vezes, como são coletadas essas assinaturas... Mas se foi 1,3 milhão de assinaturas, se fosse opinião pública, eu tive 1,8 milhão de votos, de pessoas que saíram de casa, levaram seu documento de identidade, assinaram folha de votação e votaram secretamente. Se fosse por opinião pública - com todo o respeito, sem duvidar de como ocorreu a coleta dessas assinaturas - se desrespeitou a opinião pública do Pará. Foram 500 mil votos a mais da assinatura do projeto. E pelo que sei, no projeto original que chegou ao Congresso não estava abrigada essa questão de renúncia: ela foi colocada dentro do Congresso, para inviabilizar a candidatura do governador Roriz, no Distrito Federal. Depois, se falar em opinião pública... Eu acho que o STF, eles chegam lá sem voto... Eu, para chegar ao Senado, tenho de ter votos; e qualquer um, para chegar a cargos públicos, precisa ter votos. Já ministro do Supremo precisa é ter currículo e bons padrinhos. Então, eu acho que quando se chega ao STF, se alcançou o cargo vitalício que é o ápice da administração pública brasileira. Desconheço qualquer cargo mais importante, hierarquicamente, do que ministro do STF. Então, eu acho que essa obrigatoriedade de levar em conta a responsabilidade de interpretar a Constituição, e não estar preocupado em fazer charminho para a opinião pública... Porque se dissesse: não, ministro do STF vai fazer charminho para a opinião pública; ele vai se abstrair de princípios milenares do Direito, porque ele precisa de voto e ele precisa fazer charme, para ter votos, para renovar o seu mandato... Não, eles não precisam. Aliás, nos Estados Unidos, no Poder Judiciário, à exceção, creio, da Suprema Corte, eles precisam ter votos periodicamente, para ocuparem cargos tanto no Ministério Público, quanto para ocuparem cargo de juiz. No Brasil, não. Essas pessoas são inamovíveis, irremovíveis, cargo vitalício... E o Supremo, então, acho que o único compromisso é com a Constituição, com as leis, com a estabilidade do regime democrático. Quer dizer, imaginar – e essa é coisa profundamente dolorosa para mim e para qualquer cidadão – imaginar que juízes do STF estejam interessados em fazer charme para a opinião pública... Até porque, como já foi dito, foi a opinião pública que levou o Hitler a implantar o regime nazista; foi a opinião pública que permitiu a Mussolini implantar o fascismo, na Itália.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

TV LIBERAL: O CANAL MAIS ABESTALHADO DO NORTE

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Os Maioranas conseguiram emplacar o nome do patriarca fundador do grupo na arborizada rua 25 de Setembro onde funciona a sede do jornal que pertence a essa família.

Esta proeza  deveu-se a cota de bons serviços levado a cabo pelo bondoso, diligente, independente e revolucionário vereador cabano Gervásio Morgado, velho amigo e defensor dos fracos e oprimidos alem,é claro, do escudo, das cores e das armas, dessa nobre casa de Itália...

Morgado conseguiu, muy 'rapidóla', como dizem no Ver-o-Peso, as assinaturas compreensivas e necessárias dos seus generosos colegas  que atuam caprichosamente na Casa legislativa municipal papa-xibé; gente  que, nem de longe, sonha em contrariar o humor augusto dos donos desse império - e desse poder midiático -  estabelecido aqui, em Belém do Pará.

Mas, o que tenho em pauta não é a troca do nome de nenhum logradouro,isso é o de menos: Trata-se da contra-partida... 

Toda a cidade tem comentado que é preciso muita paciência, que esta tornando-se  insuportável assistir aos noticiários locais levados ao ar pela TV LIBERAL, que  é  a retransmissora local da rede globo no Estado do Pará. (Será que os Marinhos sabem disso?).

A despeito de terem adquirido um helicóptero que os põe em posição de vantagem frente aos concorrentes -por tratar-se de uma ferramenta que poderia ser utilizar para cobrir e fazer reportagens  especiais e exclusivas em nossa terra,exportando-as a seguir, para o Brasil e para o mundo; mesmo porque que, sabemos, habitamos um território que possui uma geografia personalizada e determinada pelos rios, pelos furos, pelas ilhas e pelo assombro da grandes distancias - as mentes comedoras de coquinho de caroço de pupunha da "Globo" local resolveram transformar esse   utilíssimo inseto voador numa peça de marketing, com fins de  de exibição, daí ser sub-utilizada. Será por falta de grana? é, pode ser...

Com tanta coisa importante acontecendo na cidade e no estado, tipo: a feira dos pequenos e micros no Hangar; os bastidores da  transição no governo; a falta de respeito fundiário nas comunidades quilombolas; a inconstância no fornecimento da merenda escolar nas áreas ribeirinhas; o extermínio viral de cidades inteiras no Arquipélago do Marajó, vitimadas pelo mosquito da dengue, malária e febre amarela - coisa para ser denunciada na ONU - ; prostituição de meninos e meninas, escancaradamente ocorrendo em plena  luz do dia em postos de gasolina da BR316 e, nos bairros do Reduto e Umarizal, Almirante Barroso e no Km3 da BR 316, durante todas as  noites; as toneladas de carne verde clandestinas vendidas a céu aberto nas feiras e mercados do estado, sem fiscalização de nenhum órgão competente; o transporte inadequado de produtos derivados de petróleo com despejo de óleo diesel no leito dos rios cobertos pelo programa 'Luz para todos"; jangadas noturnas, escondidas de dia nos furos e igarapés, com milhares de toras de madeira fruto de derrubada ilegal; entre outros zilhões de  temas que poderiam e deveriam ser melhor explorados pelos chefes de redação e reportagens da TV Liberal, por ser de grande ajuda a cobertura da imprensa mas que, infelizmente, são deixados de lado pelos que preferem fazer de conta que produzem, preferindo optar pela mesmice composta pela eterna tríade: chuva-transito-assalto com reféns. Paciência;tenha dó,Rominho ....


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SOMOS TODOS FRUTOS DA IDADE MÉDIA CRISTÃ?


Carl Gustav Jung, em "O homem à descoberta da sua alma"

"Nós julgamos sempre que o Cristianismo consiste em pertencer à Igreja e perfilhar certa fé. Na realidade, o cristianismo é o nosso mundo. Tudo o que pensamos é fruto da Idade Média cristã, até a nossa ciência; em resumo, tudo o que se move dentro de nossos cérebros é, necessariamente, moldado por essa época histórica que vive, ainda, em nós, pela qual estamos definitivamente impregnados e que representará sempre, no mais distante futuro, uma camada da nossa constituição psíquica, nisso se assemelhando aos vestígios que o nosso corpo traz do seu desenvolvimento filogenético. 
A nossa mentalidade, a nossa concepção das coisas, nasceu na Idade Média cristã, quer se queira quer não. A época das luzes nada apagou. 
A marca do Cristianismo encontra-se, até, presente na maneira como o homem quer racionalizar o mundo. A visão cristã do universo é, assim, um dado psicológico que escapa às explicações intelectuais".

DILMA: A ABOLIÇÃO DA POBREZA E DA MISÉRIA?


Duas mulheres - duas abolições?

DUAS MULHERES-DUAS ABOLIÇÕES ?
Por Leonardo Boff*

É fato notável a ascensão de mulheres, em muitos países do mundo, ao status de chefes de Estado e de governo. Isso revela uma mutação do estado de consciência que se está operando no interior da humanidade. Foi mérito principal da reflexão feminista que já possui mais de um século inaugurar esta transformação. As mulheres começaram a se ver com os próprios olhos e não mais com os olhos dos homens. Descobriram sua identidade, sua diferença e a relação de reciprocidade e não de subordinação frente aos homens. Produziram talvez a crítica mais consistente e radical da cultura, marcada pelo patriarcalismo e pelo androcentrismo.
O patriarcado designa uma forma de organização social centrada no poder exercido pelos homens dominantes, subordinando e hierquizando todos os demais. O androcentrismo se caracteriza por estabelecer como padrão para todos, as formas de pensamento e de ação características dos homens. Eles são o sol e os demais, como as mulheres ou outras culturas, seus satélites e meros coadjuvantes.
O patriarcado e o androcentrismo subjazem à principais instituições das sociedades atuais com as tensões e os conflitos que provocam. A eles se deve o surgimento do Estado, das leis, da burocracia, da divisão de trabalho, do tipo de ciência e tecnologia imperantes, dos exércitos e da guerra. As feministas do Terceiro Mundo viram além da dominação cultural, também a dominação social das mulheres, feitas pobres e oprimidas pelos donos do poder. O ecofeminismo denunciou a devastação da Terra levada a efeito por um tipo de tecnociência masculina e masculizante, já antes percebida pelo filósofo da ciência Gaston Bachelard, pois a relação não é de diálogo e de respeito, mas de dominação e de exploração até à exaustão.
As mulheres nos ajudaram a ver que realidade humana não é feita apenas de razão, eficiência, competição, materialidade, concentração de poder e de exterioridade. Nela há afeto, gratuidade, cuidado, cooperação, interioriade, poder como serviço e espiritualidade. Tais valores são comuns a todos os humanos, mas as mulheres são as que mais claramente os vivem. O ser-mulher é uma forma de estar no mundo, de sentir diferentemente o amor, de relacionar corpo e mente, de captar totalidades, de pensar não só com a cabeça mas com todo o ser e de ver as partes como pertencentes a um Todo. Tudo isso permitiu que a experiência humana fosse mais completa e inclusiva e abrisse um rumo de superação da guerra dos sexos.
Hoje, devido à crise que assola a Terra e a biosfera, pondo em risco o futuro do destino humano, estes valores se mostram urgentes, pois neles está a chave principal da superação.
É neste contexto que vejo a presença de mulheres à frente dos governos, no caso, de Dilma Rousseff como presidente. A dimensão da anima levada para dentro das relações de mando, pode trazer humanização e mais sensibilidade para as questões ligadas à vida, especialmente dos mais vulneráveis.
Na nossa história tivemos uma mulher, considerada a Redentora: a princesa Isabel (1846-1921). Substituindo o pai Dom Pedro II em viagem à Europa, num gesto bem feminino, proclamou em 28 de setembro de 1871 a Lei do Ventre Livre. Os filhos e filhas de escravos já não seriam mais escravos. Financiava com seu dinheiro sua alforria, protegia fugitivos e montava esquemas de fuga para eles. Numa outra ausência do pai, a 13 de maio de 1888, fez aprovar pelo Parlamento a Lei Aurea da abolição da escratura. A um de seus críticos que lhe gritou:"Vossa Alteza liberou uma raça mas perdeu o trono" retrucou:"Mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil". Queria indenizar os ex-escravos com recursos do Banco Mauá. Preconizava a reforma agrária e o sufrágio político das mulheres. Foi a primeira abolição.
Cabe agora à presidente Dilma realizar a segunda abolição, propugnada já há anos pelo senador Cristovam Buarque, num famoso livro com esse mesmo título: a abolição da pobreza e da miséria. Ela colocou como primeira prioridade de seu governo "o fim da miséria". Esta é concretamente possível. Por enquanto é apenas uma promessa. Se realizar esta façanha, verdadeiramente messiânica, poderá ser a segunda Redentora.

Como cidadãos urge apoiar e cobrar a promessa e impedir que se transforme numa má utopia. Podemos ser condenados pelos poderosos mas não podemos defraudar os pobres e os oprimidos.

* teólogo

terça-feira, 23 de novembro de 2010

NO PARÁ: PT,PMDB,PSDB,DEM,PPS. SACO DA MESMA FARINHA


No jogo do poder que tem intensidade política, só faz aumentar a força: essa é uma  tendencia no município de Ananindeua, região metropolitana de Belém.

O mesmo raciocínio vale para o Pará, como um todo, uma vez que nada, eu disse nada, pode ser tratado isoladamente,de maneira una: o poder é múltiplo...

Me refiro aos partidos pertencentes a direita conservadora paraense, PSDB,DEM,PPS e o coringa PMDB, que lograram sair vitoriosos nas urnas em 2010, pois que, acumularam  com essa "lavada" trabalho e capital humano, demarcaram mais e melhor o território e gestam firmemente estratégias articuladas entre si, tencionados e dispostos a levar adiante as conquistas obtidas nas urnas.

O PT paraense participará da ceia pelo controle do poder, em quaisquer circunstancias, pela expressão proporcional que obteve - só na ALEPA 9 -  no papel de noiva feia que tem a varinha mágica de Potter com o poder de mexer com  o bom humor e as bondades de Brasília e, não abram a boca ou se espantem: irá o Partido dos Trabalhadores negociar  a sua parte de interesse no Estado do Pará com todas as forças: PSDB,PMDB,PTB,PSB,etc.Aguardem!.

O seu maior problema é interno e deve chover canivete na hora de acomodar alguns graduandinhos companheiros (bagrinho não conta) na aguardada cota  de consolação que será ofertada pelo solidário governo federal.

A pergunta que não quer calar: quem será o interlocutor com Paulo Bernardo ou outro nome qualquer que venha ocupar a casa civil do governo Dilma?Ana Júlia e o seu indissolúvel 'estado maior'?; Paulo Rocha e seu grupo?; o federal Puty?; ou cada um por si e todos pelos cargos?.

O orçamento programado para o estado do Pará por conta das obras do PAC salvaria a Grécia e Portugal...

Oposição ideológica, para valer?, ficará em grande parte, por conta dos nanícos, PSOL,PSTU,PCB.. e dos coletivos mais organizados como professores,bancários,juventude,entre outros...

Por enquanto, os movimentos ainda são lentos e somente ocorrerão acelerar depois de um prévio alinhavado - a base de muito red black com água de côco -   visando a nova composição de forças  que irá se revelar  -ao vivo e a  cores- num  despudorado e muy sofisticado tabuleiro que, estará recheado de nomes de velhas raposas, as mesmas de sempre, não chegarão a surpreender nem D. Zico em Nazaré...

As discussões, ainda, estão no terreno das  concepções e formatos de como  se dará a  grande partilha e conseqüente distribuição dos 'despojos' em nível de cargos na esfera estadual, no primeiro, segundo e terceiro escalão e , da definição dos indicados para as lideranças das Casas legislativas; por outro lado faltam dados técnicos importantes, não revelados na mesa dos operadores da transição que, necessariamente terão que 'casar' com outros importantes fatores de ordem conjuntural e política...Esse gato & rato levou Edilson e Leão, os principais negociadores á Brasília.

Esse quebra-cabeça,  somente se definirá substancialmente, após instalado, de fato, o novo   (IV) governo tucano, no mês  de  fevereiro de 2011, quando já - assim espera-se -  estarão definidas colegiadamente as pedras que serão submetidas á Jatene; porque serão os nomes dos atores principais,de todas as cores, que atuarão em postos  chaves, sustentando o projeto de um governo frágil onde, não vale  a repetição do equivoco suicida do isolamento partidário, receita que levou a óbito recentemente, vocês sabem...

A quase totalidade dos cargos tanto em nível federal quanto estadual, será distribuída de acordo com critérios políticos,menos técnicos.

Por todas essas questões, não esta em pauta o ano de 2012, ano da troca do administrador municipal de Ananindeua, Helder Barbalho e de Belém, Duciomar Costa, por uma questão muito simples: o ordenamento do tempo político carece de fatos construídos; é quando a ordem dos fatores altera o produto...


Vamos aqui á uma pequena lasquinha do resultado -restrito ao Município de  Ananindeua-  para deputado federal nas eleições 2010.


Elcione Barbalho....................47.228,
Arnaldo Jordy........................ 23.640
Wladimir Costa............. ........11.883
Pastor Raul Souza...................9.453
Priante.................................. 8.250
Zequinha Marinho............... ..7.458
Zenaldo................................ .5.939
Cláudio Puty...................... ....4.757
Betinho do Psol.................. ...3.545
Gerson Peres..................... ....3.454
Andre Dias........................ ....3.141
Beto Faro............................. .2.985
Lúcio Vale........................... ..2.727
Miriquinho.......................... .2.589
Ademir................................ .2.260
Augusto Pantoja do PPS.... ....2.185
Zé Geraldo......................... ...2.104.
Panzera.............................. ..1.963
Zé Carlos do PV.................. ...1.635.
Henrique Biscaro do PTB ......1.598
Carlos Martins.................. ...1.528
Giovanni Queiroz..................1.506
Pepéca..................................1.270
Síglia Padilha.......................1.334
Bira Rodrigues........................619
Lira Maia................................593


Por aqui, da para sentir um pedaço do panorama que apontará os rumos depois de retirado o tapume em fevereiro de 2011. 

Arriba!



segunda-feira, 22 de novembro de 2010

REGIME NAZISTA DO GOVERNO DE ISRAEL ENVERGONHA O POVO JUDEU DIANTE AO MUNDO


Jatos israelenses atacam alvos em Gaza e ferem ao menos quatro

Aviões de guerra israelenses atacaram três alvos na faixa de Gaza nesta sexta-feira e feriram ao menos quatro pessoas, em uma ação em resposta ao lançamento de um foguete e de morteiros por militantes, informou o Exército de Israel.
Ao menos três mulheres e um garoto ficaram feridos em um dos ataques na região central da faixa de Gaza, quando um prédio vazio perto de onde estavam desabou após ser atingido, afirmaram moradores.
Os ferimentos não foram considerados graves a ponto de ameaçar a vida das vítimas, disse uma fonte do hospital em Gaza.
Outros dois ataques foram feitos contra alvos perto da cidade de Khan Younis, na parte sul do território. Um deles era um campo de treinamento pertencente ao grupo militante Jihad Islâmica. Não havia notícias de fatalidades.
Um porta-voz militar israelense afirmou que três ataques aéreos haviam sido desferidos contra alvos militantes na faixa costeira.
"Dois dos três alvos eram túneis de tráfico em construção e foram destruídos", disse o porta-voz, que não especificou a natureza do terceiro alvo.


Fonte:REUTERS, EM GAZA

sábado, 20 de novembro de 2010

PT EM ANANINDEUA VIROU UM GUETO:VEJA OS RESULTADOS DAS URNAS PARA DEPUTADO ESTADUAL

ANANINDEUA:GUETO DA DIREITA?

O município de Ananindeua, com o seu meio milhão de habitantes, parece o patinho feio da fábula: tomara que algum dia vire um lindo cisne. A cidade é desprovida de teatros, cinemas,estádios olímpicos, diversidade de espaços de lazer arborizados, museus, zoológicos, EMOPA, pronto-socorro municipal com capacidade para realizar cirurgias de urgência e emergência de média e alta complexidade (O Metropolitano é estadualizado) uma santa casa, para que as mulheres possam parir aqui os filhos dessa terra e, tudo o mais que mereceria uma população ligada umbilicalmente a capital mais antiga da Amazônia - que daqui a exatos seis anos, completará 400 anos de fundação - mereceria ser.

A grande constatação é que, esta cidade permanece sendo um grande dormitório dos belemenses que optaram por morar em imóveis mais espaçosos e confortáveis sendo que, o emprego, a faculdade, a escola dos filhos menores,as opções de lazer, os grandes centros de compras, em especial os shoppings, clubes, bancos e infra-estrutura federal e estadual, permanecem na capital, Belém, e não transfere quase nada para o município, além da violência é claro, que se espraia democraticamente pelos distritos Ananins, em grande parte por conta da dos fluxos e reflexos migratórios despropositados de irmãos que chegam de todas as partes,mas, em sua maioria, do paradisíaco estado do Maranhão; gente 'sem lenço e sem documento', como na canção do Caetano; despossuidos de instrução ou qualificação técnica, entre outros desamparos que, poderiam ser trabalhados pelo Estado e municípios que os ignora, massa que acaba se instalando na sub periferia ananindeuense, sem condições de serem absorvidas pelo mercado; o que gera desigualdades e injustiça social para todos.inclusive na capital.

Fica viva a impressão absurda que nunca tivemos gestores com força suficiente para encarar de frente e tentar reverter alguns índices já idosos, recentemente apontados pelo IBGE que chegam a ser haitianos em nível de saúde, educação, transporte e segurança pública. Lamentavelmente os filhos humildes dessa terra, por não terem a devida noção do valor do seu voto e numa sequência quase sádica e masoquista, continuam elegendo uma gama de deputados estaduais, federais, senadores, pertencentes a partidos conservadores afinados com o que tem de pior no pensamento conservador e neo-liberal, todos da direita brasileira monarquista que, pouco ou nada fizeram nesses últimos anos para transformar a cruel realidade desta ilha humana que um dia foi um ananingal e que hoje, tem como principal finalidade servir como fiel  depositária e reservatório do lixo da capital, aqui despejado, por parecer mais uma  "terra de ninguém".

Os partidos de esquerda nunca conseguiram chegar a conquistar a prefeitura de Ananindeua,especialmente o PT que em certa ocasião chegou a ter 4 vereadores na câmara local. Atualmente possui apenas um vereador, Pedro Soares, parlamentar que ainda não disse a que veio como opositor: certamente por não ter encontrado, ainda, um só ponto de discordância que o fizesse levantar a voz ou uma bandeira de luta que não fosse de 'mentirinha', para não se melindrar com o seu ex-chefe  e de sua esposa, Helder Barbalho,para atuar em socorro e á favor dos reais necessitados do município; vive apostando, parece, eternamente, numa sonhada 'boquinha', em que seria conduzido pelos braços da velha guarda do partido para  figurar na condição de  "vice", seja lá de quem for.

Caberia-lhe, na condição de único parlamentar de esquerda eleito pelo Partido dos Trabalhadores, no mínimo, tentar se reaproximar para rearticular, juntamente com as lideranças do movimento social e popular, á criação der uma agenda de curto, médio e longo prazo para atuar em consonância com o governo Ana Júlia -que já esta findando- e Dilma, que esta iniciando (será que ele sabe?). Dizem que ele parece um zero a esquerda.

O PT impôs na eleição municipal passada a vice prefeitura que foi ocupada pela ex-deputada comunista, Sandra Batísta (PT), que veio para um mandato-missão-tarefa e acabou isolada e acuada pelos velhos petistas 'nativos' que ficaram "amuádos"com a escolha da governadora por se julgarem a "bola da vez" para ocupar o tão perseguido cargo.

O principal objetivo desse mandato foi  marcar mano-a-mano o atual prefeito, Helder Barbalho (PMDB), que acabou, de fato, levando um cheque-mate nesse sentido e ficou sem condições de concorrer para nenhum cargo em 2010, posição que de tudo, não foi ruim para ele, já que, ajudou a não entornar o caldo e rachar o seu partido, PMDB ananindeuense que é cheio de caciquinhos.mais essa é uma historia para outra postagem. Para encerrar, vamos aos resultados das últimas eleições:

Os mais bem votados pelo Partido dos Trabalhadores para deputado estadual APENAS no município de Ananindeua, segundo os dados que se encontram publicados nas paginas do Tribunal Superior Eleitoral - TSE.

Partido dos Trabalhadores (PT)  
Sandra Batista-----------------2.330 (sem tendencia)
Regina Barata------------------1.935 (sem tendência) parlamentar
Joclau-----------------------------1.828 (UL)
Alfredo Costa-------------------1.436  (DS) parlamentar
Edilson Moura------------------1.131  (DS) ex-secretário estadual
Otávio Pinheiro----------------1.274  (UL)
Valdir Ganzer------------------1.142 (PTp/V) ex-secretário
Suely--------------------------------812 (DS) ex- secretária estadual
Edilza Fontes----------------------758  (Sem tendência)
Airton Faleiro--------------------525 (PTp/V)
Bernadete Ten Caten----------351(UL) parlamentar
Cláudio Arroyo-------------------210 (DS)  

Como podemos ver pelos números publicados pelo TSE, a atual vice-prefeita e candidata Sandra Batista, foi a melhor avaliada tendo sido a mais votada do seu partido no município de Ananindeua, mesmo sem contar com  estrutura ou apoio real de nenhuma tendência interna do PT, o que, em época de eleição, faz muita diferença, em especial da Democracia socialista (DS) que tinha seus candidatos definidos, alguns dos quais licenciados de secretárias importantes, que interagiam e operavam dentro do município e, claro, em nível global dentro do Estado, como é o caso de Valdir Ganzer que emplacou na administração pmdbista e manteve cravado o secretario de agro-negócios e meio ambiente Filippe Bastos, que pertence a sua tendência,PTpraValer,assim como o vereador Pedro Soares, que "viajou" com o pensamento em 2012 e estava mais ocupado em demarcar espaço para sua esposa, que saiu candidata a deputada federal,tendo obtido 1.334 votos no município, o que já é um comecinho para disputa á câmara.

A conclusão a partir dos resultados mostrados nestes números frios, não pode ser outra, neste que é o segundo maior colégio eleitoral do Pará: foi pífia para o PT,em nível de urnas,para não dizer ridícula, para um partido que detém o poder estadual( até fevereiro) e federal.  

INTOLERÂNCIA:política,racial,religiosa ou outra forma qualquer, nunca mais!

Durantes as eleições 2010, festa da jovem democracia brasileira, a imprensa internacional e nacional publicou e denunciou diversas tentativas de intolerância partidas de varias fontes da direita conservadora e facista nacional que, tentavam desqualificar a candidata Dilma Roussef, difundindo que ela era contra a vida e a favor da morte e do aborto, tentando com isso insuflar e criar um estado de intolerância e ódio em nossa terra que é - como dizia o Jorge Benjor - abençoada por Deus e bonita por natureza. Não colou e, ainda bem!, esta infeliz infâmia  a justiça das urnas sepultou.O MVIVA resolveu então publicar essa bizarra matéria, mostrando o que é possível acontecer á uma mulher mãe, esposa e dona de casa, uma pessoa comum do povo - daquelas que podemos encontrar na padaria ou na praça, brincando com o filhinho na gangorra -  quando possuída por valores desprovidos de ética e, conseqüentemente, de humanismo e amor.Foi isso que ocorreu com Ilse Koch que, infelizmente ,passou  para a historia como "a cadela" de Buchenwald". 

Ilse Koch: ‘A Cadela de Buchenwald’


Ilse Koch foi a esposa de Karl Koch, comandante dos campos de extermínio de Buchenwald (1937-1941) e Majdanek (1941-1943).
Ilse tornou-se sinistramente famosa por colecionar como sourvenires pedaços de peles tatuadas de prisioneiros dos campos. Histórias de sobreviventes contam que ela tinha cúpulas de abajures feitos de pele humana em seu quarto e era conhecida pelo apelido de ‘A Cadela de Buchenwald’, pelo caráter perverso e crueldade sádica com que tratava os prisioneiros deste campo.

(Ilse ao lado do  marido)
Nascida em Dresden, na Alemanha, uma cidade-mártir da II Guerra Mundial, e filha de um fazendeiro, ela era conhecida como uma criança educada e alegre no ensino elementar. Aos 15 anos deixou a escola para trabalhar numa fábrica e depois numa livraria.

Na época, a economia alemã ainda não tinha se recuperado da derrota da I Guerra Mundial e seu trabalho na livraria a fez começar a se interessar pela nascente ideologia nazista, o que a fez começar a ter relações – em parte sexuais – com integrantes locais das SA.

(Coleção de peças humanas apreendidas na residência de Ilse. Do lado direito, um abajur todo feito com pele humana.)
Em 1936, começou a trabalhar como guarda e secretária no campo de concentração de Sachsenhausen perto de Berlim, onde veio a conhecer o comandante Karl Koch, com quem se casaria. Em 1937, chegava a Buchenwald, não como guarda, mas como esposa do comandante. Influenciada por ele e por seu poder, Ilse começou a torturar e humilhar prisioneiros, em 1940, construiu uma arena de esportes fechada, com o dinheiro de prisioneiros e seus parentes e no ano seguinte se tornaria supervisora senior da pequena guarda feminina que servia em Buchenwald.

(Cabeça humana “encolhida” artificialmente)
Em 1941, Karl Otto Kock foi transferido para o comando de Majdanek, onde serviria por dois anos. Em 1943, entretanto, eles foram presos pela Gestapo, acusados de desvio de dinheiro e de bens judeus coletados no campo, que por lei era propriedade do Reich. Ilse ficou presa até o começo de 1945 quando foi inocentada e solta, mas seu marido foi condenado à morte e executado em abril do mesmo ano. Ela então foi viver com os membros sobreviventes de sua família na cidade de Ludwigsburg onde foi presa pelos norte-americanos em 30 de junho de 1945.
(Pedaços de pele tatuada)
Julgada por crimes de guerra, em 1947, e condenada à prisão perpétua, foi libertada após cumprir quatro anos sob a alegação de seus advogados que as evidências conseguidas não eram conclusivas.

Assim que foi libertada pelos norte-americanos, foi novamente presa desta vez pelos alemães e colocada novamente frente a uma corte de justiça, devido ao grande número de protestos pela decisão de soltura, sendo novamente condenada à prisão perpétua.

(Fotos do julgamento)
Ilse Koch cometeu suicídio se enforcando na prisão feminina de Aichach após escrever uma última carta a seu filho, em 1 de setembro de 1967 aos 60 anos de idade.

(Fotos do julgamento)

(Fonte do texto: Wikipédia, a enciclopédia livre.)

ABOLIÇÃO INACABADA

O ano de 2010 marca 122 anos da Abolição da Escravatura e 100 anos da Revolta da Chibata comandada pelo Almirante negro João Candido em 22 de novembro de 1910. João Cândido organizou uma revolta em vários navios, reivindicando melhores salários, fim dos castigos físicos com a chibata e anistia aos rebeldes. 
Ele ameaçou bombardear o Rio de Janeiro e depois de cinco dias de revolta o Congresso pôs fim ao uso da chibata e aprovou um projeto de anistia para os amotinados, porem a anistia fora uma “farsa” para desarmá-los. João Cândido e os seus companheiros foram presos, 97 marujos foram abandonados na Floresta Amazônica, outros sumariamente assassinados e jogados ao mar. A Revolta da Chibata representa hoje a luta dos trabalhadores brasileiros em busca de seus direitos.
 
Os negros e negras ainda não garantiram sua integração a sociedade brasileira, pois após a abolição, os negros e negras não receberam terras ou nenhum outro tipo de indenização pelos séculos de trabalho escravo desenvolvidos forçadamente. Sem dinheiro e local para morar, os negros e as negras em grande escala saíram das senzalas e foram morar nas encostas livres e perigosas por poderem desabar a qualquer momento, isso foi um dos fatores para a formação das favelas no Rio de Janeiro. Todo esse processo de fim da escravidão no Brasil é entendido pelo conjunto do movimento negro como uma abolição inacabada.

Os negros e negras continuam sofrendo com as profundas desigualdades sociais. Vivemos na maior nação negra fora da África, que assistiu mais de 5 milhões de africanos serem escravizados (cerca de 40% do total de negros arrancados da África pelo tráfico escravista). Conforme nos mostra o Índice de Desenvolvimento Humano, as condições de vida dos negros no Brasil hoje são péssimas: ganhamos os piores salários, somos os primeiros a sermos demitidos e os livros escolares ainda não contam nossa história.

Estudo do Diesse apresentando em novembro de 2007 aponta que, na região metropolitana de São Paulo, 60,3% dos negros não conseguem terminar o Ensino Médio e apenas 3,9% conseguem acessar e terminar uma faculdade. O mesmo estudo mostra que a população negra trabalha mais, porém ganha menos, a cada R$ 4 reais gerado no país R$ 3 ficam nas mãos dos brancos.

A lógica do lucro e da exploração do sistema capitalista fazem os capitalistas se aproveitarem do racismo para pagar menores salários aos negros e as negras, pois estes estão desempregados em maior número no mercado de trabalho por causa do racismo e por isso acabam aceitando salários mais baixos para não morrerem de fome. 


A luta do povo negro só se encerrara quando acabarmos com a exploração do homem pelo homem, e isso só é possível em uma sociedade socialista, onde todas as etnias (brancos, indígenas, negros e asiáticos) poderão construir a sociedade da igualdade.

A juventude negra é o principal alvo da violência urbana, principalmente dos excessos cometidos pela polícia. Os jovens negros são os que mais morrem nas favelas e periferias por ações policiais. Por outro lado, as jovens negras são as que mais morrem por conseqüência de abortos mal feitos por utilizar clínicas baratas clandestinas onde faltam recursos para uma operação deste tipo. Além disso, as mulheres negras são as mais oprimidas (opressão de raça, de classe e de gênero-machismo).

No dia 20 de outubro entrou em vigor a Lei que instaura o Estatuto da Igualdade Racial. Como todas as medidas aprovadas pelo governo Lula, parece ser um avanço para os trabalhadores negros à primeira vista, porem se pensarmos que os principais pontos do Estatuto, por exemplo, como garantir o fim das discriminações e as punições a quem discrimina? Como garantir a proteção da juventude negra que esta sendo exterminada? O Estatuto não caracteriza o racismo como crime de lesa-humanidade, a questão da titulação das terras quilombolas, da representação dos negros nos meios de comunicação, das políticas de ação afirmativa e do atendimento especial à saúde da população negra, nada disso esta contemplado no Estatuto.

Fonte: Prestesavoltar

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Documento interno do PSOL com acusações a Heloísa vaza


Nota da redação: o Página 13 reproduz a seguir matéria e o respectivo documento já publicados em outros meios de comunicação
  
Por Gilson Monteiro*

O cenário atual do PSOL, tanto nacional quanto local, vai bem mais além do que um simples saldo negativo nessas últimas eleições gerais. A legenda, que surgiu há seis anos prometendo ser uma alternativa para a esquerda brasileira, se vê hoje submerso em intrigas e dissidências dignas dos tempos da polarização Arena-MDB. Ironicamente, a vereadora Heloísa Helena, que capitaneou a criação do partido, é colocada agora como o pivô da implosão da legenda; uma falência exposta até agora apenas internamente, por meio de um documento ao qual O JORNAL teve acesso, assinado por 49 integrantes do partido, entre membros e presidentes de diretórios do partido em oito municípios, incluindo Maceió; além de integrantes do diretório e da executiva estadual do partido.
O texto, resultado de uma reunião realizada em Maceió em outubro, será encaminhado ao diretório nacional, para ser debatido no encontro agendado para os dias 4 e 5 de dezembro. O documento traz um balanço das eleições deste ano, mas é, sobretudo, uma espécie de manifesto de repúdio à figura de Heloísa Helena, e ao presidente estadual do partido, Mário Agra, deixando às claras o “racha” entre prós e contras à vereadora, que deixou a presidência nacional da legenda quinze dias após ser derrotada nas urnas na disputa ao Senado. E são justamente as “táticas” de Heloísa o principal foco das críticas dos “dissidentes” do grupo da vereadora. Táticas que teriam levado à sua derrota por Benedito de Lira (PP) e Renan Calheiros (PMDB).
“PROIBIDOS” – Assinado por nomes expressivos do partido, como o vereador e presidente da sigla em  Maceió, Ricardo Barbosa, e pelo o professor Afonso Espíndola, segundo suplente da chapa de Heloísa ao Senado, o documento denuncia que os candidatos à disputa proporcional (deputados estaduais e federais) foram “proibidos” de utilizar fotos e números de Heloísa e de Agra em material de campanha, principalmente Ricardo Barbosa, que foi candidato a deputado estadual.
“Quem estivesse com o candidato Ricardo Barbosa estaria ‘contra’ Heloísa e, como conseqüência, Heloísa sequer visitaria a cidade pelas quais Ricardo passasse, o que acabou acontecendo, mesmo com alguns candidatos que sucumbiram à ameaça. Ou seja, aonde havia PSOL Heloísa não realizou absolutamente nenhuma atividade de campanha, nem sequer para o candidato a governador”, diz o documento, citando uma “ameaça” atribuída a Mário Agra.
Ainda de acordo com o documento, Heloísa começou a desapontar a militância do PSOL quando se recusou a disputar a presidência da República pelo partido. E desagradou ainda mais quando passou a pedir votos para a candidata do PV, Marina Silva.

CONFIRA O DOCUMENTO NA ÍNTEGRA:

Companheiros,
De início, ainda na apresentação deste texto, vale esclarecer que o mesmo segue assinado por mim (Ricardo Barbosa), Moraes Júnior (companheiros que participaram da elaboração) e demais companheiros que leram, discutiram, aportaram e concordaram com seu conteúdo.
O presente texto não reflete o posicionamento de nenhuma tendência interna do PSOL, embora parte dos companheiros que assinam este texto ainda se reivindiquem do MES. Tal se dá pelo fato de a corrente (MES) ter atuado com políticas diferenciadas neste processo eleitoral em Alagoas, ou seja, parte do que aqui definimos como uma política que acabou por levar o PSOL de Alagoas à falência, foi praticada, por ação ou omissão, por companheiros que também reivindicam o MES, inclusive membro de sua Direção Nacional.
O Quadro Nacional
Independente do resultado eleitoral – se elegemos mais ou menos parlamentares, se tivemos mais ou menos votos em determinada candidatura majoritária ou proporcional – temos certo que o PSOL perdeu sua maior oportunidade de se postular como uma verdadeira alternativa política de esquerda no Brasil até o presente momento. Poderemos viver situações onde esta oportunidade esteja novamente colocada, mas, desde sua fundação, em 2005, jamais houve melhor oportunidade.
Ainda em 2006, quando da primeira “aparição” pública do PSOL em um processo eleitoral – a eleição presidencial, o Partido mostrou a que veio e apontou para um futuro bem próximo o surgimento de uma importante alternativa socialista, inclusive eleitoral. Com Heloísa candidata, nossa principal figura pública, a única que conseguia resumir o perfil do PSOL, além de unificar a esquerda, compondo com PCB e PSTU, obtivemos uma excelente votação para Presidente, além de surpreendentes votações para candidaturas ao governo nos estados, o que propiciou o surgimento ou consolidação de nossas figuras públicas, mantivemos nossos deputados federais e elegemos estaduais.
Em 2008, colhemos o fruto da tática adotada em 2006, elegendo, em Maceió, Heloísa a vereadora mais votada proporcionalmente em todo o País, o que possibilitou ao Partido eleger mais um vereador na capital alagoana com, apenas, 453 votos. Até aqui, qualquer cidadão, por mais alheio que fosse à política e às eleições, opinaria que o PSOL continuaria sua trilha rumo à consolidação de uma alternativa política e eleitoral viável. Houve os que já nos comparavam com a “perseverança” de Lula e o PT, que acabaram chegando à presidência do País.
Já a partir de 2008, o que parecia ser o óbvio em relação à nossa tática eleitoral para 2010 começou a sofrer um revés. A decisão de Heloísa de disputar o mandato de senadora por Alagoas causou forte abalo interno, o que era de se esperar, já que parecia não querermos sequer acreditar na hipótese de não contarmos com nossa principal figura pública e nossa candidata “nata” à presidência em 2010.
Como conseqüência natural desta decisão de Heloísa, a qual tornou-se irreversível, mesmo com o apelo quase unânime da militância e das correntes internas para que Heloísa aceitasse o novo desafio de “encabeçar” nossa luta nas eleições presidenciais, o Partido passou a viver uma crise interna em torno das “mudanças de plano”, crise que atravessou nosso II Congresso e todo o período anterior, durante e, agora, pós-eleições.
Para piorar, após o encerramento do diálogo com Marina, por clara incompatibilidade política e programática, Heloísa insistiu no apoio à Marina (o que de fato ocorreu, com Heloísa distribuindo seus “santinhos” em Alagoas com o número “43” para Presidente), o que só colocou mais gasolina na fogueira. Foram duas as decisões “individuais” de Heloísa, nossa Presidente Nacional (candidatura ao Senado em Alagoas e o apoio à Marina), duas decisões “individuais” que contribuíram para que o PSOL perdesse uma de suas mais importantes oportunidades em sua tão recente história.
Aliás, que se faça justiça, em que pese o desempenho eleitoral de Plínio de Arruda Sampaio muito abaixo da média, pode-se constatar que o nosso candidato à Presidência prestou um grande serviço à esquerda brasileira ao resgatar bandeiras históricas e defender o socialismo sem ceder ao apelo eleitoreiro que por vezes exige dos nossos candidatos um verdadeiro malabarismo retórico. Além disto, é necessário se guardar as devidas proporções para uma correta análise dos 886.816 votos obtidos por Plínio. Sem qualquer estrutura de campanha, com a Presidente Nacional do PSOL apoiando outra candidatura que não a de seu Partido (Marina Silva), nosso “bravo velhinho” viu-se diante de um boicote sem precedentes na recente história do PSOL. Sabemos hoje que, para além de não pedir votos para o nosso presidenciável, parte da militância do partido declarou voto no candidato do PSTU, Zé Maria de Almeida. Esses fatos somados ao desconhecimento de Plínio pelo eleitor tornam essa votação mais expressiva que se havia de esperar, pois fruto do desempenho pessoal do candidato.
Por falar em “desempenho pessoal”, esta foi a marca desta campanha eleitoral do PSOL. Na Câmara Federal, conseguimos manter a nossa bancada de três Deputados Federais com destaque para a votação de Chico Alencar no Rio de Janeiro, com 240.724 votos. Alencar conseguiu eleger um segundo Deputado Federal naquele Estado. Já para as Assembléias Legislativas, o PSOL elegeu 4 Deputados Estaduais. Edmilson Rodrigues foi eleito em primeiro lugar no Estado do Pará com 85.412 votos. Ampliamos a nossa bancada no Senado Federal que agora conta com dois Senadores eleitos: Marinor Brito (PA) e Randolfe (AP).
Uma análise preliminar do quadro eleitoral nos estados onde conseguimos melhor desempenho indica um fenômeno claro: a existência de uma candidatura que impulsionou o partido. Seja disputando um cargo majoritário, seja disputando um cargo proporcional de Deputado Federal. Assim foi com Chico Alencar no Rio de Janeiro que, com quase 250 mil votos, levou Jean Willis à Câmara Federal. Ou com Marinor Brito, o Senador paraense que certamente ajudou a alçar Edmilson Rodrigues a Assembléia Legislativa daquele estado. Caso, ainda, de Marcelo Freixo que, na dobradinha com o campeão de votos Chico Alencar, obteve quase 180 mil votos para a Assembléia do Rio de Janeiro, levando consigo a candidata Janira Rocha com parcos 6.442 votos.
Ainda sobre o tema, que se faça justiça também a Luciana Genro, brava guerreira que, por seu prestígio e história de lutas obteve 130 mil votos para Deputada Federal no RS, não conseguindo se eleger pois “faltou fôlego” para o Partido atingir o coeficiente eleitoral de quase 200 mil votos. Parabéns ao companheiro Toninho, do DF, que insistiu na candidatura ao Governo e, de 4% da votação que obteve em 2006, saltou para 15%, aí sim, fincando mais fundo a bandeira do PSOL no DF como uma alternativa socialista.
Mas, em âmbito geral e concluindo esta avaliação do quadro nacional, o que prevaleceu foi mesmo o “desempenho pessoal”. Não temos dados concretos acerca de nossa votação na legenda, ou seja, no 50, mas tudo leva a crer que foi inferior (ou não muito superior) que a de 2006, quando o PSOL se comportou como um partido, como uma legenda, aliás, foi assim que começamos a ensinar os brasileiros a verem o PSOL e Heloísa, como um projeto político, talvez de médio ou longo prazo, o que, infelizmente, se destruiu antes mesmo das eleições de 2010, o que pra nada significa que não poderá ser retomado.
Ao invés de um balanço “levemente positivo”, como faz Robertinho, ficamos com o balanço de que mais significou o que “perdemos” (nossa maior oportunidade até aqui) do que o que “ganhamos”, ou seja, mandatos fruto do desempenho individual de companheiros os quais, inclusive, não contaram com o apoio de nossa principal figura pública em âmbito nacional (Heloísa), a qual preferiu, inclusive, no caso do Rio de Janeiro, declarar apoio a Janira Rocha, que obteve, como já dito, parcos 6.442 votos e, felizmente, como ocorreu com Ricardo Barbosa em Maceió, foi alçada à Assembléia do Estado por estrondosa votação de Marcelo Freixo. São muitas palavras para dizer que nosso balanço, em nossa modesta opinião, para dizer o mínimo e fugirmos de pleonasmos, é negativo.
O Quadro em Alagoas
Ao final do último debate na Globo entre os presidenciáveis, Plínio arrematou: “muita gente não entende as coisas que eu disse, mas eu não estou falando do agora. Estou falando para a juventude, para o futuro”. Ou seja, aquelas foram palavras de quem sabia exatamente o papel que estava desempenhando no processo eleitoral.
Encerrado o primeiro turno das eleições em Alagoas, apurados os votos, qual a atitude dos candidatos majoritários do PSOL? Respondemos: reclamar da falta de indulgência das elites para com as suas candidaturas. Nenhuma mensagem à juventude, nenhum aceno aos movimentos sociais, nenhuma referência ao acúmulo político pós-eleitoral. Somente, e tão somente, lamúrias que se assemelham ao esperneio de uma criança mimada da qual foi subtraída a guloseima. Inevitavelmente, tal postura nos conduz ao raciocínio de que só candidaturas desprovidas de conteúdo político-programático se ressentem mesmo diante de quase 450 mil votos obtidos.
É indiscutível a constatação: o PSOL alagoano faliu! É possível reconstruir, mas falimos! Imaginemos o que dizem, após o resultado eleitoral, nossos adversários “externos” quando vêem a derrota de Heloísa (e a maneira como Heloísa reage a ela, dizendo-se “decepcionada” e que vai “abandonar a política” para não dar mais nenhum de “seus” votos a ninguém – nem o Tiririca pensa assim!) e a desprezível votação das candidaturas psolistas. O quadro é ridículo, digno de boas risadas de escárnio saídas de bocas cheirando a uísque e charutos queimados desde a madrugada após as apurações, quando os “profissionais” da política alagoana comemoravam suas respectivas vitórias (e a derrota do PSOL!). Mas o PSOL de Alagoas faliu por “autofagia”! Ele se consumiu por ele próprio!
A campanha do PSOL alagoano navegou por mares errantes entre o nada e coisa nenhuma. Em meio a uma eleição histórica, a que poderia marcar, de vez, o lugar do PSOL na esquerda alagoana, elegendo uma senadora, demarcando espaço com três candidaturas ao governo diretamente envolvidas com a miséria de Alagoas e participando ativamente da renovação de uma Assembléia podre, perdemos o “trem da história” e permitimos que políticos igualmente podres o ocupassem e escrevessem uma página da história que estava reservada para o PSOL por direito.
Relembrando 2006, a participação do candidato do PSOL ao governo de Alagoas em debates era um exercício de força. Vez por outra, os meios de comunicação tentavam vetar a participação do companheiro Ricardo Barbosa nos debates e sabatinas. Já em 2010 foi impressionante a quantidade de debates e sabatinas com presença mais que garantida do nosso candidato ao governo. Outro fato relevante é que, em 2006, Heloisa Helena era candidata à Presidência da República. Isto a mantinha distante da disputa em Alagoas. Já nesse ano, a principal força eleitoral do partido se encontrava diretamente envolvida na corrida eleitoral estadual. Como, então, compreender que tenhamos decrescido de 52 mil votos para governador em 2006 para pouco mais de 18 mil votos em 2010?
A “matemágica” política talvez encontre a sua explicação lógica na “proibição” por Heloisa Helena e do candidato a governador do PSOL da utilização de suas fotos e seus respectivos números nos materiais de campanha dos candidatos proporcionais. Ou nas afirmações (ameaças) feitas por nosso candidato ao Governo (a mando da candidata ao Senado) aos nossos candidatos a deputado federal de que “quem estivesse com o candidato Ricardo Barbosa estaria “contra” Heloísa” e, como conseqüência, Heloísa sequer visitaria a cidade pelas quais Ricardo passasse, o que acabou acontecendo, mesmo com alguns candidatos que sucumbiram à ameaça, ou seja, aonde havia PSOL Heloísa não realizou absolutamente nenhuma atividade de campanha, nem sequer para o candidato a Governador. Aliás, Heloísa se negou, expressamente, em pedir votos para a legenda, tal qual foi a tática adotada, pelo menos pela corrente MES, do “vote no 500 e no 50”. É óbvio que a tarefa de pedir votos para a legenda (50) era prioritariamente de Heloísa e, não, como foi feito (apenas para “saudar a bandeira”) por candidatos inexpressivos e totalmente desconhecidos do público, sem nenhuma força, política ou de massas, para “encabeçar” a legenda. O exemplo mais “macabro” desta política torta e teratológica foi a “filinha” de candidatos do Partido em frente ao Palácio dos Martírios (Palácio do Governo, em Alagoas) com o candidato menos conhecido de todos pedindo votos para a legenda (perdemos muitos votos com este “programinha” ridículo!).
Hoje podemos nos perguntar: o que queríamos nestas eleições? Eleger Heloísa? Eleger deputados estaduais? Ter uma boa votação para governador e deputados federais? Construir o PSOL? Cada resposta encontrará uma insuperável contradição com o que de fato foi concretizado.
Eleger Heloísa e construir o partido jamais! O mesmo em relação aos deputados estaduais e à votação do governador. Senão não teríamos o primeiro suplente de Heloísa, o recém chegado Padre Eraldo (através de mais uma decisão “individual” de Heloísa), participando ativamente dos comícios de Téo Vilela e com seus carros plotados com sua “chapa completa”: Téo, Renan, Heloísa, Célia Rocha (para federal) e Luiz Dantas (para estadual). Já aqui é necessário chamar a atenção para um importantíssimo detalhe neste debate: é verdade sim! Padre Eraldo pediu votos e fez campanha contra o PSOL! Ele pediu votos e fez campanha para o “tucano” Téo Vilela, para Governador, para o “arquiinimigo” de Heloísa (será mesmo?!) Renan Calheiros, para o Senado, para a “colorida” Célia Rocha, para a Câmara e para o “gabiru” Luiz Dantas, para Estadual. Para piorar, logo ao final do primeiro turno, Heloísa ainda vai para a imprensa e declara que Mário Agra e Padre Eraldo é que vão decidir a posição do PSOL no segundo turno. Como se chama isto, respeito excessivo a Padre Eraldo ou total desrespeito com o Partido e seus filiados e militantes históricos? Quem deve ser “expulso” do PSOL? Com a palavra, Heloísa Helena e Mário Agra!
Construir o partido e eleger Heloísa?! Com Heloísa e o candidato a governador do PSOL proibindo a utilização de suas fotos e seus respectivos números nos materiais de campanha dos candidatos proporcionais?! Os que respeitaram esta “determinação” tiveram que “engolir seco” ao ver as fotos de Heloísa sorridente ao lado de Renan, ou de Olavo Calheiros. Enquanto os adesivos de Heloísa eram procurados por seus eleitores ou militantes e filiados do PSOL como se procura “pé em cobra”, em viagens pelo sertão, vimos carros adesivados de Téo Vilela e Renan distribuindo fartamente materiais de Heloísa. Foi numa dessas poucas oportunidades que “tomamos” referidos materiais e os trouxemos para onde eles deveriam ficar, ou seja, na sede do PSOL.
Se havia um desejo de se manter, ao menos, um armistício, entre Heloísa e Renan, o que permitiria a Heloísa simplesmente “desprezar” seu partido e suas candidaturas proporcionais, com o seu “suplente tucano” pedindo votos para esta dobradinha bizarra, este desejo se dissipou no momento em que o verdadeiro aliado de classe de Renan, o candidato Benedito de Lira, entrou em cena. Aliás, por infeliz coincidência, da chapa do primeiro suplente de Heloísa, apenas Heloísa perdeu as eleições (Téo está no segundo turno) e Renan, Célia Rocha e Luiz Dantas estão felizes da vida por terem “renovado” o Senado, a Câmara e a Assembléia com seus mandatos.
O PSOL em Alagoas (como um todo) foi pequeno, mesquinho, um “Exército de Brancaleone”, um adversário frágil e desorientado, sem norte e rumo, perdido e consumido pela fogueira azul e invisível das vaidades e envolto em acusações e ameaças pessoais.
Mas, apesar de tudo, boa parte do Partido, nas pessoas dos candidatos a estadual e federal, bem como do segundo suplente de Heloísa, Professor Afonso, procuraram agir com a política que avaliamos mais correta. Jamais abandonaram o partido. Jamais se aliaram aos nossos adversários. Não mentiram, não caluniaram. Fizeram campanha para Heloísa (mesmo expressamente proibidos por ela), mas também fizeram para o PSOL. No caso da candidatura de Ricardo Barbosa, para estadual, foram apostadas as últimas fichas na obtenção dos 50 mil votos para deputados estaduais (que ilusão!). Seus materiais de campanha imploravam por votos na legenda (no 50), além de votos para Heloísa, Mário Agra e Plínio. Ele chegou a ajudar financeiramente e com materiais vários companheiros candidatos a deputado estadual do PSOL, tudo em nome da solidariedade entre companheiros de luta e de causas justas, além da obtenção do coeficiente eleitoral de 50 mil votos.
Apesar dos números risíveis e da derrota de Heloísa, a política reivindicada pelos companheiros que assinam este texto rendeu bons frutos. Ao menos não “desprezamos” o Partido, fizemos com que a campanha passasse por dentro do PSOL, pedimos votos para a legenda, para o 50, e, mesmo dentro de um universo minúsculo e números bem aquém do que poderíamos de fato alcançar, pudemos terminar estas eleições sem a sensação de “decepção”, sem querermos “desistir”, muito pelo contrário, ávidos para visitar, uma por uma, as cidades alagoanas que nos deram ao menos um voto, pois serão com estes eleitores que reconstruiremos o PSOL em Alagoas.
Para arrematar, queremos parabenizar todos os candidatos proporcionais, principalmente os estaduais, que foram vítimas de uma política consciente de “esvaziamento” de votos (talvez este o motivo de tantas perseguições a Ricardo Barbosa), do desprezo das candidaturas majoritárias (principalmente a de Heloísa), da “fuga” dos votos de legenda e, em alguns casos, das mentiras ardilosas assacadas por quem deveria estar denunciando os verdadeiros ladrões, gabirus e taturanas de Alagoas (e não fazendo campanha e pedindo votos para eles, como fez Padre Eraldo). A todos vocês dizemos: as eleições passam, os mandatos vêm e vão, mas o Partido fica, e com ele a esperança de dias melhores!
A todos os companheiros filiados, militantes, os que foram candidatos, os que não foram candidatos e que estão de acordo, total ou parcialmente com este texto fazemos um convite especial: vamos, juntos, reconstruir um PSOL livre de senhores, patrões ou chefes supremos, um PSOL que jamais tenha que pagar, coletivamente, por decisões pessoais de quem quer que seja. Um PSOL livre, leve e democrático, onde o amor à luta socialista prevaleça ante o temor das ameaças e do “dedo na cara”!

*Repórter em O Jornal de Alagoas