sexta-feira, 4 de maio de 2012

Jordy reconhece voz, mas nega incitação de aborto

Jordy reconhece voz, mas nega incitação de aborto (Foto: Reproduçã/ youtube)


O deputado federal Arnaldo Jordy (PPS) disse quinta-feira (03) que ficou perplexo com a divulgação na internet de um link de áudio onde ele incitaria Josiane, de 26 anos, a cometer um aborto. Jordy reconheceu que teve um relacionamento com ela e reconhece a voz dele em determinados trechos da conversa. 

Mas ele nega que tenha sugerido para que sua ex-parceira fizesse o procedimento. “Não sei de que forma essa gravação foi feita. Apenas lamento que uma abordagem privada que se refere à minha vida pessoal tenha vindo a público nessas circunstâncias, de forma criminosa, clandestina e mafiosa”.
Ele acusa a jovem de ter tentado “cavar” uma determinação, de sua parte, para que fizesse o aborto. “Pessoas me disseram que fui ingênuo. Em nenhum momento no diálogo digo a ela que tenha que proceder desta ou daquela forma. Essa caracterização é sórdida. Não induzi a nada. Pelo contrário. Apenas dialogamos sobre possibilidades em cima de uma situação. Não feri nenhum código de ética e durmo todos os dias tranquilo”.
FILHOS
Jordy diz que é solteiro, mora sozinho e tem cinco filhos de três relacionamentos. “A moça em questão é solteira, tem 26 anos de idade e é dona de seu nariz. Tivemos um envolvimento que resultou numa gravidez, que foi discutida de forma madura”. O deputado se disse surpreso com a gravidez, que não foi desejada ou planejada. “Dialogamos sobre as conveniências e as possibilidades dessa situação, já que não tínhamos uma vida a dois, e prevaleceu a decisão pela manutenção da gravidez”.
Apesar de garantir que apoiou Josy, o deputado diz que em novembro passado ela entrou na Justiça com uma ação de Alimentos Gravídicos que solicita recursos para a condução da gravidez em função de uma precariedade que precisa ser demonstrada. “A ação cobrava 40% dos meus vencimentos e contestamos essa ação, já que pago três pensões a outros filhos”.
A Justiça extinguiu a ação e o casal fez um acordo, que inclui um teste de DNA para comprovar a paternidade do deputado. “A partir daí, tenho ajudado a Josy com depósitos bancários mensais que variam de R$ 250 a R$ 500, dependendo das suas necessidades. Isso sem ter a comprovação de que o filho é meu”. O parlamentar também mostrou à reportagem cópias dos recibos de depósitos bancários, de extrato de plano de saúde e de notas fiscais de compras para a criança, como berço, banheira, carrinho de bebê, entre outros. “Ajudo ela como ajudo a outras pessoas que me procuram aqui no escritório, na medida do possível”.
Ele desqualificou Luis Pedro, que aparece como responsável pela postagem no You Tube. “Não há qualquer registro desse cidadão. Ele não tem blog, twitter, ou facebook. Deve se tratar de um fake. Esse áudio pode ter sido postado já com uma trucagem”.
Hoje parlamentar federal, Jordy lembra que foi o relator da CPI da Pedofilia na Assembleia Legislativa do Estado e que feriu muitos interesses, já que “não acabou em pizza”. “Essa comissão mexeu com gente graúda, poderosa. E teve gente que disse publicamente que ia me perseguir e que iria até as últimas consequências para se vingar de mim. Todos os membros da comissão assinaram o meu relatório, inclusive o DEM, que era o partido desse ex-deputado”, disse Jordy, sem citar nomes.
O deputado diz que estranha que esse assunto tenha vindo à tona apenas agora, às vésperas da eleição. “Essa gravação provavelmente foi feita há seis ou sete meses. Por que só agora? Lamento que coisas desse tipo sejam usadas para o enfrentamento político”. Jordy disse que ligou para Josy e ressaltou que a moça está fragilizada, já que está em vias de ter o filho. “Ela me disse que não teve nenhuma participação nisso”. 

(Diário do Pará)

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