Os operários dos canteiros de obra da Usina Hidrelétrica de
Belo Monte, que deveriam retornar ao trabalho na manhã desta
quarta-feira (2), mantém a paralisação que iniciaram em 23 de abril,
quebrando um acordo que teria sido firmado com o Consórcio Construtor de
Belo Monte (CCBM) na semana passada.
Segundo informações da assessoria de comunicação do Consórcio, os grevistas bloquearam o travessão do quilômetro 27 na Transamazônica, que dá acesso a três frentes dos canteiros de obras da Usina: Canais e Diques, Pimental e Portos e Acessos. “Os trabalhadores bloquearam a área e só deixam entrar funcionários de serviços essenciais. Como eles estão bloqueando essa área, mantém o controle sobre quem acessa o canteiro e impedem qualquer trabalhador de entrar”, explicou o assessor do Consórcio à reportagem do DOL.
Ainda segundo o CCBM, em razão do descumprimento do acordo, passa a vigorar a decisão da justiça que definiu a greve dos trabalhadores de Belo Monte como ilegal e previu multa diária de R$ 200 mil ao Sintrapav. A liminar, aprovada no dia 25 de abril pelo desembargador Georgenor de Sousa Franco Filho, do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, deve ter efeito retroativo, ou seja, a multa deve ser somada desde o dia de sua determinação (25 de abril).
A decisão do desembargador também proibiu o Sintrapav de realizar barricada na principal estrada de acesso aos sítios das obras do empreendimento.
Procurado pela reportagem do DOL, o Sintrapav (Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada) não quis se
manifestar oficialmente sobre o assunto. Uma integrante do Sintrapav que
atendeu ao telefone informou apenas que "a paralisação continua
normalmente".
"No momento não existe ninguém aqui que possa falar a respeito do assunto", explica a mulher que preferiu não se identificar.
"No momento não existe ninguém aqui que possa falar a respeito do assunto", explica a mulher que preferiu não se identificar.
Os trabalhadores reivindicam reajuste do vale-alimentação, dos atuais
R$ 95 para R$ 300, e a redução do período entre as baixadas (folga dada
aos trabalhadores para que visitem suas famílias em outros estados).
(DOL)
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