sábado, 9 de junho de 2012

BRASIL, MOSTRA OS TEUS CANINOS

  Mauro Santayana

O USO ESTRATÉGICO DO BNDES, A RECUPERAÇÃO DA BOVESPA E O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO NACIONAL

O BNDES não tem sido utilizado como poderia para enfrentar os desafios advindos da crise no Ocidente, e do desenvolvimento do Brasil nos próximos anos.
A utilização de recursos do banco, ou do Fundo Soberano, para a compra de ações de primeira linha - como as da Vale e da Petrobras - que estão abaixo de seu valor real, poderia compensar a saída de investidores estrangeiros da BOVESPA, o que ajudaria a evitar sua desvalorização, que , só neste ano, já passa de 20%. A providência seria um incentivo ao seu “descolamento” do que, nesse campo, vem ocorrendo na Europa e nos Estados Unidos. Ajudaria, também, a diminuir a volatilidade que tanto favorece aos especuladores.
 
Em outra frente, não se justifica baixar o índice do conteúdo nacional mínimo exigido nas encomendas de equipamento pela Petrobras para o pré-sal, porque a iniciativa privada estrangeira não está aceitando instalar-se aqui, ou porque o país, a exemplo do que se passa na indústria naval, não tem encontrado parceiros no exterior para ajudar a tocar os grandes projetos do setor.
 
Petróleo, indústria naval, indústria aeroespacial e de defesa são setores estratégicos que devem ser tratados com prioridade estratégica. Já passou da hora de o Brasil quebrar a espinha dorsal do boicote internacional à transferência de tecnologia de ponta para o país.
Estamos atrasados na constituição, com recursos do tesouro, via BNDES, de grandes estatais estratégicas para atuar nesses setores. Isso ocorre na Europa, com a EADS (Companhia Européia de Defesa Aeronáutica e do Espaço, constituída de empresas privadas estratégicas) , ou como já fazem há tempos os nossos sócios do BRICS.

Seriam empresas estatais com o poder de contratar diretamente, lá fora, mão de obra especializada, capaz de acelerar a produção aqui mesmo, das plataformas, navios, foguetes e armas de que o Brasil precisa,para dar o grande salto para o futuro, e de transferir, em novas universidades públicas igualmente especializadas, conhecimento avançado para a nossa juventude.
 
Com a crise na Europa e também nos Estados Unidos, existem milhares de técnicos, engenheiros e cientistas, desempregados ou aposentados, que poderiam ser diretamente contratados por estatais brasileiras para ajudar a desenvolver, aqui mesmo, novos laboratórios e equipamentos de que necessitamos, para o avanço da tecnologia nacional de ponta.


Como o nazista Werner Von Braun, criador das bombas voadoras que atingiram a Inglaterra e que foram os protótipos dos mísseis intercontinentais. Toda a tecnologia espacial da NASA começou com a cooptação de Von Braun.

O Brasil precisa aproveitar essa janela de oportunidade para lançar um programa de recrutamento em áreas prioritárias, que possa ser executado com o apoio de nossas embaixadas no exterior.

Os Estados Unidos fizeram isso, no passado, sempre que precisaram, e nunca se envergonharam de aplicar tal estratégia, como ocorreu, por exemplo, no desenvolvimento da bomba atômica, 


e do programa espacial norte-americano, que só puderam ser desenvolvidos graças ao recrutamento de cientistas estrangeiros, como o nazista Werner Von Braun, criador das bombas voadoras que atingiram a Inglaterra e que foram os protótipos dos mísseis intercontinentais. 

 
Toda a tecnologia espacial da NASA começou com a cooptação de Von Braun.

Titulo original :O USO ESTRATÉGICO DO BNDES, A RECUPERAÇÃO DA BOVESPA E O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO NACIONAL

Ilustration militanciaviva

2 comentários:

  1. Concordo. Como a burrice nacional não nos deu capacidade para aprender nada, essa é a solução. Basta ir na UFPA que encotra dezenas de alunos que nada queres, indo e vindo todo dia de Castanhal quando podia passar a semana estudando debaixo de algumas árvores do campus.

    ResponderExcluir
  2. É preciso saber escrever melhor o que queremos. Em todo caso a matéria serve para reflexão e para discussão sobre o futuro.
    Obrigado pela visita,aqui respeitamos as opiniões de todos.

    ResponderExcluir