Ao todo foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão
A Polícia Federal no Pará deflagrou, nesta terça-feira (21), uma operação de combate à retirada ilegal de madeira da Terra Indígena.
Operação ocorreu no Alto Rio Guamá e à fraudes na obtenção de documentos de legalização florestal.
A ação abrange uma área total de 280 mil hectares com perímetro de 366 quilômetros quadrados, nos municípios de Paragominas, Nova Esperança do Piriá, Garrafão do Norte e Santa Luzia do Pará.
A ação contou com a participação de 85 policiais federais, em parceira com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais).
As investigações mais intensas tiveram início há cerca de quatro
meses, após análise de dados obtidos pela Delegacia de Combate a Crimes
Ambientais e Patrimônio Histórico da Polícia Federal, na região de
Paragominas, bem como de laudos periciais e cruzamento de dados feitos
pelo Ibama.
Segundo o Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), 90% da exploração de madeira em áreas indígenas no Estado do Pará está localizada na Terra Indígena Alto Rio Guamá.
Os levantamentos apontam que, de 2008 até 2012, foram explorados 98.000 hectares de madeira nativa, com produção de 6.386.770 metros cúbicos de madeira.
Estima-se que o dano ambiental virtual já causado à Terra Indígena nesse período já tenha ultrapassado a marca de R$ 1.244.078.928,30.
Os envolvidos serão ouvidos pela Polícia Federal ainda durante a deflagração da operação e responderão por diversos crimes ambientais, além de falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Na operação, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em sedes de madeireiras e residências dos investigados nos municípios, iniciando por:
Belém, Ananindeua, Paragominas, Nova Esperança do Piriá, Viseu, Capanema, Santa Luzia, São Miguel do Guamá, Dom Eliseu e Altamira, todos no Pará, além de São Domingos do Maranhão (MA) e Anápolis (GO).
Fonte: ORM - Com informações da Polícia Federal/Free ilustration by: militanciaviva!
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