Segundo documentos do Inquérito Policial Militar do caso, Figueiredo
havia sido alertado pelo menos um mês antes pelo Serviço Nacional de
Informação (SNI). A informação foi revelada ontem pelo jornal O Globo.
O atentado seria executado por dois militares do DOI na noite do dia
30 de abril. O plano era causar um apagão no local. A cantora Elba
Ramalho se apresentava para uma multidão que participava do evento
comemorativo ao Dia do Trabalho. A bomba, porém, explodiu antes, no
carro onde estavam os militares. O sargento Guilherme Rosário morreu no
local e seu parceiro, o capitão Wilson Chaves Machado, ficou ferido, mas
sobreviveu.
Segundo o jornal O Globo, o então chefe do SNI, Otávio Medeiros,
prestou dois depoimentos. O primeiro em 1999 e o segundo, em 2000,
durante uma acareação com o general Newton Cruz, que à época do atentado
era chefe da Agência Central do SNI. Os documentos estão arquivados no
Superior Tribunal Militar, em Brasília, e são sigilosos.
No primeiro depoimento, Medeiros declara que “de um mês e meio a um
mês antes de 30 de abril” foi informado por Newton “de uma operação que
seria realizada por dois elementos do DOI no Riocentro”.
Na segunda versão, o general reafirmou o período em que fora
informado e acrescentou que “transmitiu esse conhecimento ao presidente e
ao general Venturini (chefe do Gabinete Militar)”.
Figueiredo morreu em 1999.
Saiba Mais: Estadão
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