sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A verdade sobre a declaração das florestas

247 – O debate criado pela não assinatura, por parte do governo brasileiro, da "Declaração de Nova York sobre Florestas", um "texto de cinco páginas" e que vem sendo apresentado como "pacto" ou "acordo" das Nações Unidas contra o desmatamento, mas que "não vem a ser uma coisa nem outra", mostra que a oposição "atira para qualquer lugar na campanha presidencial", escreve Paulo Moreira Leite, em nova coluna em seu blog no 247.
O jornalista traz fatos inéditos e relevantes sobre o episódio, que provocou críticas de Marina Silva contra a presidente Dilma Rousseff. Para a candidata do PSB, a atitude do Brasil em não se comprometer com o "pacto" pelo desmatamento das Nações Unidas foi "lamentável". A presidenciável logo foi seguida pelo adversário do PSDB, Aécio Neves, em suas críticas.
PML minimiza, no entanto, o chamado "acordo" da ONU. Trata-se de "um texto diplomaticamente paralelo: não foi votado nem debatido em nenhuma instância deliberativa da ONU", além de assinado por mais empresas (34) – multinacionais como Cargill e Mc Donald´s – do que países (27). "No total, apenas 1/7 dos países-membros da ONU assinaram o documento", diz. "A lista de quem ficou de fora, que chega a 166 países, inclui Itália, Espanha e Portugal", acrescenta Paulo Moreira Leite.
O colunista descreve ainda como o Brasil foi excluído dos debates que resultaram na elaboração do documento e o fato de o Acre, estado natal de Marina Silva, ter assinado o texto, na condição de um estado "subnacional" brasileiro. "Se fosse uma decisão séria e grave, teria sido um ato de secessão ucraniana — pois os subnacionais peruanos acompanharam a diplomacia do presidente do país", observa. Além disso, consta do texto que o governo brasileiro recebeu a primeira notícia sobre o documento no dia 21 de agosto – por coincidência, um dia depois de o PSB confirmar a chapa Marina Silva-Beto Albuquerque para disputar a eleição presidencial.

Não há diferença nenhuma entre Aécio e Marina, diz consultoria Empiricus

O analista financeiro Felipe Miranda esteve nos holofotes nos últimos meses. Sócio da Empiricus Research, Miranda fez uma análise polêmica onde cravou: o fim do Brasil estará decretado caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita.
A afirmação não agradou e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu a veiculação de dois vídeos promocionais criados pela consultoria que chamavam a atenção para um “iminente caos econômico”. Mais tarde, o TSE negou o pedido da coligação da presidente Dilma para multar a Empiricus.
Felipe Miranda lançou um livro nesta semana. O título “O Fim do Brasil” é o mesmo de um vídeo que teve mais de 14 milhões de visualizações na internet. Em entrevista ao site Exame.com, o autor fala sobre o livro e reflete sobre como o mercado deve se comportar daqui para frente.
Trechos:
Exame.com – Dilma, Marina e Aécio. Em linhas gerais, como a bolsa brasileira deve se comportar em cada um dos três cenários?
Miranda – Neste momento, não tem diferença nenhuma entre Marina e Aécio. Se percebeu que a política econômica de Marina é muito parecida com a do Aécio. O mercado não olha Aécio ou Marina. O mercado olha Dilma e não-Dilma. Com a Dilma é queda forte da Bolsa, com algo em torno de 45 mil pontos – esse era o nível que a Bolsa estava quando a oposição começou a ganhar espaço.
Exame.com – Você enxerga Marina e Aécio como a mesma coisa?
Miranda – A distinção viria quando o jogo começasse para valer. O Aécio é mais claro na forma em que pensa. Eu não sei se no momento de crise o PSB teria sustentação para manter de fato esta politica econômica ortodoxa. É mais do que isso. É como seria a governabilidade de Marina. Existem questões que não podem ser respondidas agora.

 Via DCM

Saiba Mais: exame

Dilma concede sua primeira entrevista a blogueiros



A presidenta Dilma Roussef vai conceder , às 15h, no Palácio do Alvorada, sua primeira entrevista a blogueiros. Estarão presentes oito blogues da chamada blogosfera progressista, muito popularmente conhecida como 'suja'. 
Apelido gentilmente concedido pelo ex-candidato a presidência da República, José Serra, em 2010, no auge daquela campanha eleitoral.
A entrevista foi solicitada há dois meses pelo Barão de Itararé e pela Altercom. Na semana passada, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) retornou informando que a presidenta havia concordado em realizá-la e a data foi acertada.

Vão participar da coletiva Altamiro Borges (Blog do Miro), Conceição Oliveira (Blog da Maria Frô), Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania), Conceição Lemes (Viomundo), Miguel do Rosário (Cafezinho), Paulo Moreira Leite (247), Kiko Nogueira (Diário do Centro do Mundo) e Renato Rovai, É a primeira vez que um presidente da República concede entrevista a blogueiros no período do processo eleitoral.

O presidente Lula foi o primeiro a ser sabatinado pela blogosfera, mas isso aconteceu após a eleição de Dilma. 





TSE CONDENA REVISTA PANFLETÁRIA DA ULTRA-DIREITA RAIVOSA A SE RETRATAR SOBRE MENTIRAS PUBLICADAS

REVISTA VEJA APANHA DE 7 A 0 NO TSE E DILMA CONQUISTA UMA PÁGINA DA REVISTA
Jornal GGN - O Tribunal Superior Eleitoral entregou uma página darevista Veja à presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT). Os ministros entenderam que a revista ofendeu a honra do partido, na reportagem "O PT sob Chantagem" publicada em 17 de setembro, e concedeu o direito de  resposta.
A matéria afirmava, sem comprovação, que a legenda teria supostamente pago propina em dólares a um chantagista para se calar sobre a "participação dos principais líderes petistas num desfalque milionário" nos cofres da Petrobras. Segundo a revista, "no cenário menos otimista, os segredos dos criminosos, se revelados, prenunciariam uma tragédia eleitoral", afirmando ainda que "o PT conhece como poucos o que o dinheiro sujo é capaz de comprar", dizia a reportagem.
O Plenário do TSE julgou que a Veja "extrapolou os limites da crítica ácida, ofendendo a imagem do partido". Com a chamada de capa "O PT paga Chantagistas para Escapar do Escândalo da Petrobras”,

a revista publicou, ainda, uma fotografia falsa dos dólares que teriam sido parte do pagamento da suposta propina.

O ministro Admar Gonzaga questionou: "se aquele que supostamente recebeu os dólares não quis se manifestar, de que forma a representada conseguiu a fotografia das cédulas que, taxativamente, afirmou  terem sido utilizadas para pagamento da chantagem? A revista não explica". Caracterizou, ainda, como "ofensa infundada" e "situação de extravasamento da liberdade jornalística". liberdade de expressão, como está na nossa Constituição: "direito de resposta não significa punição",
  
A ministra Rosa Weber afirmou que o texto "desborda da simples manifestação e contém afirmações peremptórias e ofensivas". 
 
Teori Zavascki defendeu que o direito de resposta também é parte da
disse. A mesma linha de pensamento foi seguida pelo ministro Dias Toffoli, completando que não se
 
pode admitir a calúnia, "algo que não se sabe até que ponto é ou não verdadeiro", como o fez a Veja.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Vox Populi: Dilma abre 13 pontos sobre Marina e tem vantagem de um ponto em eventual segundo turno


Dilma Rousseff dispara na reta final e consegue se projetar para os eleitores brasileiros como sendo a melhor opção nessas eleições. A presidenta pilota o modelo de administração que esta forjando um Brasil forte e independente, que  vai nos garantir seguir como nação líder no cenário mundial durante o século XXI e XXII.


Vox Popoli
VoxPopuli / CartaCapital: Dilma abre 13 pontos sobre Marina
Petista tem 38%, contra 25% de Marina Silva e 17% de Aécio Neves. No segundo turno, Dilma passa a liderar numericamente
A presidenta Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, abriu 13 pontos de vantagem sobre Marina Silva (PSB) na disputa presidencial, segundo a nova rodada da pesquisa Vox Populi / CartaCapital. Dilma tem 38% das intenções de voto, contra 25% de Marina e 17% do terceiro colocado, Aécio Neves (PSDB). O Pastor Everaldo (PSC) tem 1% dos votos, enquanto os outros candidatos não pontuaram.
Na comparação com a pesquisa anterior, divulgada no dia 10, Dilma oscilou dois pontos para cima, de 36% para 38%, enquanto Marina caiu três –subiu de 28% para 25%. Assim como Dilma, Aécio também oscilou para cima dentro da margem de erro: foi de 15% para 17%. O número de eleitores indecisos variou de 13% para 11%, e o de votos nulos e em branco permaneceu inalterado, em 7%.
Na simulação de segundo turno, o empate técnico persiste, mas Dilma aparece numericamente à frente de Marina. A petista foi de 41% para 42%, enquanto a candidata do PSB passou de 42% para 41%. Em um eventual segundo turno com Aécio Neves, Dilma foi de 44% para 45% dos votos, enquanto o tucano foi de 36% para 37%.
O Vox Populi entrevistou 2 mil eleitores em 147 municípios de todas as regiões do País entre 23 e 24 de setembro. A pesquisa, registrada na Justiça Eleitoral sob o número BR-00757/2014, tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

MAIS UMA VIDA INOCENTE PERDIDA POR CONTA DA DECADÊNCIA POLITICA FRANCESA


O presidente da França, François Hollande, confirmou nesta quarta-feira (24) a morte do cidadão francês Hervé Gourdel, sequestrado no domingo na Argélia por um grupo vinculado ao jihadista Estado Islâmico (EI).
Gourdel, um turista da cidade francesa de Nice, foi decapitado pelos radicais do “Soldados do califado”, pequeno grupo ligado ao radical Estado Islâmico. Na segunda-feira (22), o grupo publicou um vídeo reivindicando a responsabilidade pelo sequestro do francês.Ele é o quarto caso de refém decapitado por extremistas. Dois jornalistas norte-americanos e um agente comunitário britânico foram mortos pelo Estado Islâmico e tiveram os vídeos da execução divulgados.
“Nosso compatriota foi assassinado”, afirmou Hollande para jornalistas em Nova York, onde se encontra para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas. Gourdel “foi assassinado vil e cruelmente”, acrescentou.
O presidente disse que a França continuará a realizar ataques aéreos contras alvos do EI no Iraque.

Marina voou 10 vezes no jato fantasma do caixa dois

247 – Naufraga a estratégia do PSB para tentar desvincular Marina Silva da polêmica do avião fantasma que caiu em Santos com a equipe do então presidenciável Eduardo Campos. Reportagem do Globo aponta que a atual candidata voou dez vezes no Cessna PR-AFA, que é investigado pela Polícia Federal. 
Os gastos com o uso do jato não foram declarados à Justiça Eleitoral pelo partido. Além disso, descobriu-se que a aeronave estava irregular no momento do acidente, já que os empresários que teriam emprestado o equipamento para o PSB, João Carlos Lyra e Apolo Santana Vieira, não constavam com os proprietários em registros da ANAC. A transação de venda com o grupo sucroalcooleiro paulista, AF Andrade, também é suspeita, já que envolve mais de dez depósitos diferentes, incluindo empresas laranjas. 
Até então, o partido jogara a responsabilidade pelo avião fantasma nas costas de Eduardo Campos. A sigla trocou, inclusive, CNPJ da coordenação jurídica do comitê que ex-senadora herdou. 
No entanto, para o especialista em Direito Eleitoral, Arthur Rollo, “chapa é única e indivisível” e irregularidades podem atingir Marina. “A Marina era vice quando o avião caiu. Qualquer problema com a cabeça da chapa também afeta o vice. Se houver processo, não será contra a chapa atual, mas a anterior”, diz.

Dilma na ONU defende mulheres, negros e homossexuais



Confira aqui o discurso histórico da Presidenta Dilma Rousseff, na abertura da 69ª Assembleia Geral da ONU:


Embaixador Sam Kutesa, Presidente da 69Assembleia Geral das Nações Unidas, senhor Ban Ki-moon, Secretário-Geral das Nações Unidas,
Excelentíssimos Senhores e Senhoras Chefes de Estado e de Governo,
Senhoras e Senhores,


Para o Brasil – que tem a honra e o privilégio de abrir este debate – é grande a satisfação de ver na Presidência desta Sessão da Assembleia Geral um filho da África. Os brasileiros somos ligados por laços históricos, culturais e de amizade ao continente africano, cuja contribuição foi e é decisiva para a constituição da identidade nacional de meu país.


Senhor Presidente,
Abro este Debate Geral às vésperas de eleições, que vão escolher, no Brasil, o Presidente da República, os Governos estaduais e grande parte de nosso poder legislativo. Essas eleições são a celebração de uma democracia que conquistamos há quase trinta anos, depois de duas décadas de governos ditatoriais. Com ela muito avançamos também na estabilização econômica do país.
Nos últimos doze anos, em particular, acrescentamos a essas conquistas a construção de uma sociedade inclusiva baseada na igualdade de oportunidades.
A Grande Transformação em que estamos empenhados produziu uma economia moderna e uma sociedade mais igualitária. Exigiu, ao mesmo tempo, forte participação popular, respeito aos Direitos Humanos e uma visão sustentável de nosso desenvolvimento.
Exigiu, finalmente, uma ação na cena global marcada pelo multilateralismo, pelo respeito ao Direito Internacional, pela busca da paz e pela prática da solidariedade.

Senhor Presidente,
Há poucos dias a FAO informou que o Brasil saiu do mapa da fome.
Essa mudança foi resultado de uma política econômica que criou 21 milhões empregos, valorizou o salário básico, aumentando em 71% seu poder de compra. Com isso, reduziu a desigualdade.
Trinta e seis milhões de brasileiros deixaram a miséria desde 2003; 22 milhões somente em meu governo. Para esse resultado contribuíram também políticas sociais e de transferência de renda reunidas no Plano Brasil Sem Miséria.
Na área da saúde, logramos atingir a meta de redução da mortalidade infantil,antes do prazo estabelecido pelas Metas do Milênio.
Universalizamos o acesso ao ensino fundamental. Perseguimos o mesmo objetivo no ensino médio. Estamos empenhados em aumentar sua qualidade, melhorando os currículos e valorizando o professor.
O ensino técnico avançou com a criação de centenas de novas escolas e a formação e qualificação tecno-profissional de 8 milhões de jovens, nos últimos 4 anos.
​Houve uma expansão sem precedentes da educação superior: novas Universidades Públicas e mais de 3 milhões de alunos contemplados com bolsas e financiamentos que garantem acesso a universidades privadas.
Ações afirmativas permitiram o ingresso massivo de estudantes pobres, negros e indígenas na Universidade.
Finalmente, os desafios de construção de uma sociedade do conhecimento ensejaram a criação do Programa Ciência sem Fronteiras, pelo qual mais de 100 mil estudantes de graduação e pós-graduação são enviados às melhores universidades do mundo.
Por iniciativa presidencial, o Congresso Nacional aprovou lei que destina 75% dos royalties e 50% do fundo de recursos do PRÉ SAL para a educação e 25% para a saúde.
Vamos transformar recursos finitos – como o petróleo e o gás - em algo perene: educação, conhecimento científico e tecnológico e inovação. Esse será nosso passaporte para o futuro.

Senhor Presidente,
Não descuramos da solidez fiscal e da estabilidade monetária e protegemos o Brasil frente à volatilidade externa.
Assim, soubemos dar respostas à grande crise econômica mundial,deflagrada em 2008. Crise do sistema financeiro internacional, iniciada após a quebra do Lehman Brothers e, em seguida, transformada em muitos países em crise de dívidas soberanas.
Resistimos às suas piores conseqüências: o desemprego, a redução de salários, a perda de direitos sociais e a paralisia do investimento.
​Continuamos a distribuir renda, estimulando o crescimento e o emprego, mantendo investimentos em infraestrutura.
​O Brasil saltou da 13ª para 7ª maior economia do mundo e a renda per capita mais que triplicou. A desigualdade caiu.
Se em 2002, mais da metade dos brasileiros era pobre ou muito pobre, hoje 3 em cada 4 brasileiros integram a classe média e os extratos superiores.
No período da crise, enquanto o mundo desempregava centena de milhões de trabalhadores, o Brasil gerou 12 milhões de empregos formais.
Além disso, nos consolidamos como um dos principais destinos de investimentos externos.
Retomamos o investimento em infraestrutura numa forte parceria com o setor privado.
Todos esses ganhos estão ocorrem do ambiente de solidez fiscal. Reduzimos a dívida pública líquida de aproximadamente 60% para 35% do PIB.
A dívida externa bruta em relação ao PIB caiu 42% para 14%.
As reservas internacionais foram multiplicadas por 10 e assim, nos tornamos credores internacionais.
A taxa de inflação anual tb tem se situado nos limites da banda de variação mínima e máxima fixada pelo sistema de metas em vigor no País.

Senhor Presidente,
Ainda que tenhamos conseguido resistir às consequências mais danosas da crise global, ela tb nos atingiu, de forma mais aguda, nos últimos ano.
Tal fato decorre da persistência, em todas as regiões do mundo, de consideráveis dificuldades econômicas, que impactam negativamente nosso crescimento.
Reitero o que disse, no ano passado na abertura do Debate Geral.
É indispensável e urgente retomar o dinamismo da economia global. Ela deve funcionar como instrumento de indução do investimento, do comércio internacional e da diminuição das desigualdades entre países.
No que se refere ao comércio internacional, impõe-se um compromisso de todos com um programa de trabalho para a conclusão da Rodada de Doha.
É imperioso também, Senhor Presidente, pôr fim ao descompasso entre a crescente importância dos países em desenvolvimento na economia mundial e sua insuficiente participação nos processos decisórios das instituições financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial. É inaceitável a demora na ampliação do poder de voto dos países em desenvolvimento nessas instituições.
O risco que estas instituições correm é perder sua legitimidade e eficiência.


Senhor Presidente,
Com grande satisfação o Brasil abrigou a VI Cúpula dos BRICS. Recebemos os líderes da China, da Índia, da Rússia e da África do Sul num encontro fraterno, proveitoso que aponta para importantes perspectivas para o futuro.
Assinamos os acordos de constituição do Novo Banco de Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas.
O Banco atenderá às necessidades de financiamento de infraestrutura dos BRICS e dos países em desenvolvimento.
O Arranjo Contingente de Reservas protegerá os países de volatilidades financeiras.
Cada instrumento terá um aporte de US$ 100 bilhões.

Senhor Presidente,
A atual geração de líderes mundiais – a nossa geração – tem sido chamada a enfrentar tb importantes desafios vinculados aos temas da paz, da segurança coletiva e do meio ambiente.
Não temos sido capazes de resolver velhos contenciosos nem de impedir novas ameaças.
O uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos. Isso está claro na persistência da Questão Palestina; no massacre sistemático do povo sírio; na trágica desestruturação nacional do Iraque; na grave insegurança na Líbia; nos conflitos no Sahel e nos embates na Ucrânia.
A cada intervenção militar não caminhamos para a Paz mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos.
Verifica-se uma trágica multiplicação do número de vítimas civis e de dramas humanitários. Não podemos aceitar que essas manifestações de barbárie recrudesçam, ferindo nossos valores éticos, morais e civilizatórios.
Tampouco podemos ficar indiferentes ao alastramento do vírus Ebóla no oeste da África. Nesse sentido, apoiamos a proposta do Secretário-Geral de estabelecer a Missão das Nações Unidas de Resposta Emergencial ao Ebóla.

Senhor Presidente,
O Conselho de Segurança tem encontrado dificuldade em promover a solução pacífica desses conflitos. Para vencer esses impasses será necessária uma verdadeira reforma do Conselho de Segurança, processo que se arrasta há muito tempo.
Os 70 anos das Nações Unidas, em 2015, devem ser a ocasião propícia para o avanço que a situação requer. Estou certa de que todos entendemos os graves riscos da paralisia e da inação do CSNU.
Um Conselho mais representativo e mais legítimo poderá ser também mais eficaz.
Gostaria de reiterar que não podemos permanecer indiferentes à crise Israel-Palestina, sobretudo depois dos dramáticos acontecimentos na Faixa de Gaza. Condenamos o uso desproporcional da força, vitimando fortemente a população civil, especialmente mulheres e crianças.
Esse conflito deve ser solucionado e não precariamente administrado, como vem sendo. Negociações efetivas entre as partes têm de conduzir à solução de dois Estados – Palestina e Israel – vivendo lado a lado e em segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas.
Em meio a tantas situações de conflito,a América Latina e o Caribe buscam enfrentar o principal problema que nos marcou, por séculos – a desigualdade social.
Fortalecem-se as raízes democráticas e firma-se a busca de um crescimento econômico mais justo, inclusivo e sustentável. Avançam os esforços de integração, por meio do Mercosul, da UNASUL e da CELAC.

Senhor Presidente,
A mudança do clima é um dos grandes desafios da atualidade. Necessitamos, para vencê-la, sentido de urgência, coragem política e o entendimento de que cada um deverá contribuir segundo os princípios da equidade e das responsabilidades comuns, porém, diferenciadas.
A Cúpula do Clima, convocada em boa hora pelo Secretário-Geral, fortalece as negociações no âmbito da Convenção-Quadro.
O Governo brasileiro se empenhará para que o resultado das negociações leve a um novo acordo equilibrado, justo e eficaz.
O Brasil tem feito a sua parte para enfrentar a mudança do clima.
Comprometemo-nos, na Conferência de Copenhague, com uma redução voluntária das nossas emissões em 36% a 39%, na projeção até 2020.
Entre 2010 e 2013, deixamos de lançar na atmosfera, a cada ano, em média, 650 milhões de toneladas de dióxido de carbono.
Alcançamos em todos esses anos as 4 menores taxas de desmatamento da nossa história.
Nos últimos 10 anos, reduzimos o desmatamento em 79%, sem renunciar ao desenvolvimento econômico nem à inclusão social.
Mostramos, que é possível crescer, incluir, conservar e proteger. Uma conquista como essa resulta do empenho – firme e contínuo – do Governo, da sociedade e de agentes públicos e privados.
Esperamos que os países desenvolvidos – que têm a obrigação não só legal, mas também política de liderar,pelo exemplo, demonstrem de modo inequívoco e concreto seu compromisso de combater esse mal que aflige a todos.
Na Rio+20 tivemos a grande satisfação de definir uma nova agenda, baseada em Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), aplicáveis tanto a países desenvolvidos, quanto aos em desenvolvimento.
Será crucial definirmos meios de implementação que correspondam à magnitude das dificuldades que nos comprometemos a superar. Precisamos ser ambiciosos em matéria de financiamento, cooperação, construção de capacidades nacionais e transferência de tecnologias, sobretudo em favor dos países menos desenvolvidos.
Destaco, nesse contexto, a necessidade de estabelecer um mecanismo para o desenvolvimento, a transferência e a disseminação de tecnologias limpas e ambientalmente sustentáveis.

Senhor Presidente,
Ao lado do desenvolvimento sustentável e da paz, a ordem internacional que buscamos construir funda-se em valores.
Entre eles, destacam-se o combate a todo o tipo de discriminação e exclusão.
Temos um compromisso claro com a valorização da mulher no mundo do trabalho, nas profissões liberais, no empreendedorismo, na atividade política, no acesso à educação entre outros. O meu governo combate incansavelmente a violência contra a mulher em todas as suas formas. Consideramos o século 21, o século das mulheres.
Da mesma maneira, a promoção da igualdade racial é o resgate no Brasil dos séculos de escravidão a que foram submetidos os afro-brasileiros, hoje mais da metade de nossa população.
​Devemos a eles um inestimável legado permanente de riquezas e valores culturais, religiosos e humanos. Para nós, a miscigenação é um fator de orgulho.
​ O racismo, mais que um crime inafiançável é uma mancha que não hesitamos em combater, punir e erradicar.
​O mesmo empenho que temos em combater a violência contra as mulheres e os afrobrasileiros temos também contra a homofobia. A suprema corte do meu Pais reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo, assegurando-lhes todos os direitos civis, daí decorrentes.
Acreditamos firmemente na dignidade de todo ser humano e na universalidade de seus direitos fundamentais. Estes devem ser protegidos de toda seletividade e de toda politização.
Outro valor fundamental é o respeito à coisa pública e o combate sem tréguas à corrupção .
A história mostra que só existe uma maneira correta e eficiente de combater a corrupção: o fim da impunidade com o fortalecimento das instituições que fiscalizam, investigam e punem atos de corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.
Essa é uma responsabilidade de cada governo. Responsabilidade que nós assumimos, ao fortalecer nossas instituições.
Construímos o Portal Governamental da Transparência que assegura, ao cidadão, acessar os gastos governamentais, em 24 horas.
Aprovamos a lei de acesso à informação que permite ao cidadão brasileiro o acesso a qualquer informação do governo, exceto aquelas relativas à soberania do País.
Fortalecemos e demos autonomia aos órgãos que investigam e também ao que faz o controle interno do governo.
Criamos leis que punem tanto o corrupto, como o corruptor.
O fortalecimento de tais instituições é essencial para o aprimoramento de uma governança aberta e democrática.
A recente reeleição do Brasil para o Comitê Executivo da “Parceria para o Governo Aberto” vai nos permitir contribuir para governos mais transparentes no plano mundial.

Senhor Presidente:
É indispensável tomar medidas que protejam eficazmente os direitos humanos tanto no mundo real como no mundo virtual, como preconiza resolução desta Assembleia sobre a privacidade na era digital.
O Brasil e a Alemanha provocaram essa importante discussão em 2013 e queremos aprofundá-la nesta Sessão.Servirá de base para a avaliação do tema o relatório elaborado pela Alta Comissária de Direitos Humanos.
Em setembro de 2013, propus aqui a criação de um marco civil para a governança e o uso da Internet com base nos princípios da liberdade de expressão, da privacidade, da neutralidade da rede e da diversidade cultural.
Noto, com satisfação, que a comunidade internacional tem se mobilizado, desde então, para aprimorar a atual arquitetura de governança da Internet.
Passo importante nesse processo foi a realização, por iniciativa do Brasil, da Reunião Multissetorial Global sobre o Futuro da Governança da Internet – a NETmundial – em São Paulo, em abril deste ano.
O evento reuniu representantes de várias regiões do mundo e de diversos setores. Foram discutidos os princípios a seguir e as ações a empreender para garantir que a Internet continue a evoluir de forma aberta, democrática, livre, multissetorial e multilateral.

Senhor Presidente,
Os Estados-membros e as Nações Unidas têm, hoje, diante de si desafios de grande magnitude.
Estas devem ser as prioridades desta Sessão da Assembleia Geral.
O ano de 2015 desponta como um verdadeiro ponto de inflexão.
Estou certa de que não nos furtaremos a cumprir, com coragem e lucidez, nossas altas responsabilidades na construção de uma ordem internacional alicerçada na promoção da Paz, no desenvolvimento sustentável, na redução da pobreza e da desigualdade.
O Brasil está pronto e plenamente determinado a dar sua contribuição.

Muito obrigada.

MARINA SILVA E A CARTA DE MONIZ BANDEIRA AO PRESIDENTE DO PSB

Luiz Alberto Moniz Bandeira, residente na Alemanha, enviou a seguinte carta ao presidente  nacional do PSB, professor Roberto Amaral.

Estimado colega, Prof. Dr. Roberto Amaral
Presidente do PSB,


A Sra. Marina Silva tinha um percentual de intenções de voto bem maior do que o do governador Eduardo Campos, mas não conseguiu registrar seu partido – Rede Sustentabilidade – e sair com sua própria candidatura à presidência da República.
O governador Eduardo Campos permitiu que ela entrasse no PSB e se tornasse candidata a vice na sua chapa. Imaginou que seu percentual de intenções votos lhe seria transferido.
Nada lhe transferiu e ele não saiu de um percentual entre 8% e 10%. Trágico equívoco.
Para mim era evidente que Sra. Marina Silva não entrou no PSB, com maior percentual de intenções de voto que o candidato à presidência, para ser apenas vice.
A cabeça de chapa teria de ser ela própria. Era certamente seu objetivo e dos interesses que representa, como o demonstram as declarações que fez, contrárias às diretrizes ideológicas do PSB e às linhas da soberana política exterior do Brasil.
Agourei que algum revés poderia ocorrer e levá-la à cabeça da chapa, como candidata do PSB à Presidência.
Antes de que ela fosse admitida no PSB e se tornasse a candidata a vice, comentei essa premonição com grande advogado Durval de Noronha Goyos, meu querido amigo, e ele transmitiu ao governador Eduardo Campos minha advertência.
Seria um perigo se a Sra. Marina Silva, com percentual de intenções de voto bem maior do que o dele, fosse candidata a vice. Ela jamais se conformaria, nem os interesses que a produziram e lhe promoveram o nome, através da mídia, com uma posição subalterna, secundária, na chapa de um candidato com menor peso nas pesquisas.
O governador Eduardo Campos não acreditou. Mas infelizmente minha premonição se realizou, sob a forma de um desastre de avião. Pode, por favor, confirmar o que escrevo com o Dr. Durval de Noronha Goyos, que era amigo do governador Eduardo Campos.
Uma vez que há muitos anos estou a pesquisar sobre as shadow wars e seus métodos e técnicas de regime change, de nada duvido. E o fato foi que conveio um acidente e apagou a vida do governador Eduardo Campos. E assim se abriu o caminho para a Sra. Marina Silva tornar-se a candidata à presidência do Brasil.
Afigura-me bastante estranho que ela se recuse a revelar, como noticiou a Folha de São Paulo, o nome das entidades que pagaram conferências, num total (que foi, declarado) R$1,6 milhão (um milhão e seiscentos mil reais), desde 2011, durante três anos em que não trabalhou. Alegou a exigência de confidencialidade. Por que a confidencialidade? É compreensível porque talvez sejam fontes escusas. O segredo pode significar confirmação.
Fui membro do PSB, antes de 1964, ao tempo do notável jurista João Mangabeira. Porém, agora, é triste assistir que a Sra. Marina Silva joga e afunda na lixeira a tradicional sigla, cuja história escrevi tanto em um prólogo à 8a. edição do meu livro O Governo João Goulart, publicado pela Editora UNESP, quanto em O Ano Vermelho, a ser reeditado (4a edição), pela Civilização Brasileira, no próximo ano.
As declarações da Sra. Marina Silva contra o Mercosul, a favor do subordinação e alinhamento com os Estados Unidos, contra o direito de Cuba à autodeterminação, e outras, feitas em vários lugares e na entrevista ao Latin Post, de 18 de setembro, enxovalham ainda mais a sigla do PSB, um respeitado partido que foi, mas do qual, desastrosamente, agora ela é candidata à presidência do Brasil.
Lamento muitíssimo expressar-lhe, aberta e francamente, o que sinto e penso a respeito da posição do PSB, ao aceitar e manter a Sra. Marina Silva como candidata à Presidência do Brasil.
Aos 78 anos, não estou filiado ao PSB nem a qualquer outro partido. Sou apenas cientista político e historiador, um livre pensador, independente. Mas por ser o senhor um homem digno e honrado, e em função do respeito que lhe tenho, permita-me recomendar-lhe que renuncie à presidência do PSB, antes da reunião da Executiva, convocada para sexta-feira, 27 de setembro. Se não o fizer – mais uma vez, por favor, me perdoe dizer-lhe – estará imolando seu próprio nome juntamente com a sigla.
As declarações da Sra. Marina Silva são radicalmente incompatíveis com as linhas tradicionais do PSB. Revelam, desde já, que ela pretende voltar aos tempos da ditadura do general Humberto Castelo Branco e proclamar a dependência do Brasil, como o general Juracy Magalhães, embaixador em Washington, que declarou: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil.”

Cordialmente,

Prof. Dr. Dres. h.c. Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira
Reilinger Str. 19
68789 St. Leon-Rot – Deutschland
Tel.: 0049-6227/880533
Fax: 0049-6227/880534 
 
Blog do Porter

terça-feira, 23 de setembro de 2014

DILMA TEM AS MELHORES PROPOSTAS E DEVERÁ VENCER SE A MILITÂNCIA NÃO FIZER CORPO MOLE

Em novo artigo, a jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247, avalia o quadro eleitoral e os momentos distintos vividos pelas três principais campanhas.
No PT, o quadro é de otimismo com o desempenho da presidente Dilma Rousseff. "Em sua campanha, há grande satisfação com seu crescimento sustentado e continuado nas pesquisas, embora ele esteja ocorrendo de forma moderada e não aos saltos", diz ela, na coluna "Reta final: as apostas de Dilma, Aécio e Marina".
Tereza ressalta que Dilma terá hoje uma bela vitrine. "Para desgosto dos adversários, a presidente terá um momento de grande exposição na quarta-feira, quando falará na abertura da Assembleia-Geral da ONU", diz ela. "Vai faturar os avanços sociais do Brasil reconhecidos pela própria ONU, insistirá na importância de uma governança global da Internet para evitar violações da privacidade de cidadãos e autoridades e abordar a crise internacional, reiterando que ela e seus efeitos nefastos persistem".
No QG de Marina Silva, no entanto, a situação é adversa. "A estratégia de Marina Silva na reta final é forçosamente defensiva, tentando rebater as críticas de Dilma e Aécio para segurar os votos conquistados", diz Tereza. A candidata também tentará se reaproximar de movimentos populares. "Depois de ter sido muito associada a banqueiros e setores de elite, Marina se esforça para recuperar trânsito em setores populares. Nesta quarta-feira ela faz um ato com sindicalistas em São Paulo, embora sem o patrocínio de nenhuma das centrais sindicais, que estão divididas entre os outros dois concorrentes."
Aécio, por sua vez, ainda tem esperança. "Na campanha de Aécio Neves a avaliação é de seu crescimento, também lento mas contínuo, pode ainda dar lugar a um impulso maior, que o leve a empatar com Marina na reta de chegada e ultrapassá-la.  Mas para isso, seria necessário algum fato imponderável que levasse a uma sangria maior de Marina, razão pela qual ele vai manter as críticas e o discurso de que ela é apenas “Dilma com outra roupa”, não representando a saída do PT do poder."

Quem é Jack Ma, o dono do grupo chinês Alibaba



Jack Ma em festa dos funcionários

Publicado originalmente na BBC.
A autora, Juliana Liu, é correspondente da BBC em Hong Kong.


Conheci Jack Ma, fundador do Alibaba Group, em uma conferência de tecnologia pouco depois dechegar a Pequim em 2002.
Ele se destacou imediatamente entre as jovens, energéticas pessoas que falavam inglês.
Sua empresa, que na época encontrava clientes de fora da China para fábricas que queriam vender seus produtos, era baseada em Hangzhou, uma cidade no leste mais conhecida pela sua paisagem pitoresca
do que pela qualidade de seus engenheiros.
Ele também não tinha pedigree educacional ocidental, tendo estudado na faculdade de um professor em sua cidade natal depois de ter fracassado no exame nacional de admissão à universidade – não uma,
mas duas vezes.
Com seu entusiasmo e uma forma extremamente direta de falar, ele é um personagem maior que a vida.
Afinal, não há muitos executivos que se vestem com couro, uma peruca moicano, passa batom, põe piercing no nariz e canta músicas de Elton John para seus empregados.
Mas foi isso exatamente o que ele fez para comemorar 10 º aniversário da companhia em 2009.
Escavando o tesouro Excepcionalmente para alguém que nunca tinha vivido fora da China, ele falava inglês fluentemente.
Quando lhe perguntei sobre suas habilidades com a língua, ele riu e disse que aprendeu o idioma organizado passeios gratuitos de West Lake a Hangzhou para turistas estrangeiros.
Naqueles dias, Jack era muito generoso ao falar com os repórteres.
Ele escreveu seu número de celular em seu cartão de visita e sempre atendeu chamadas pessoalmente.
Liguei para ele em uma sufocante sexta-feira, em julho de 2003, quando o Alibaba anunciou que estava entrando em um novo mercado – compras on-line.
Dois meses antes, ele havia lançado um site chamado Taobao, que significa “cavar o tesouro”.
O site oferece uma plataforma para os compradores e vendedores para atender on-line e comércio uns com os outros.
Para mim, o modelo de negócio soou exatamente como o site de leilões eBay, que tinha investido centenas de milhões de dólares na construção de seu mercado de China.
Jack se disse satisfeito com o desafio do eBay. Mas a sua era uma empresa totalmente caseira, e usou o conhecimento local como vantagem.
Em vez de cobrar pelas listas, o Taobao as oferece de graça, e ainda o faz. Ao contrário do eBay, que anuncia na internet, o Taobao anuncia na televisão, que tem um público muito maior.
Em seus primeiros dias, conseguiu conquistar um público específico – os funcionários de escritório do sexo feminino em meados dos 20 anos que gostam de fazer compras de cosméticos e lingerie. Eles
ainda formam a espinha dorsal do seu negócio.
O site foi tão bem que, três anos depois, no final de 2006, a eBay decidiu fechar suas operações na China.
Fama internacional Desde então, o Taobao tornou-se a jóia da coroa do império de internet do Alibaba e é hoje o maior site de compras da China.
Taobao e seu site irmão Tmall lida com mais mercadoria do que o eBay e a Amazon combinados.
Quanto a Jack, a derrota do eBay fez dele uma celebridade nacional.
Enquanto que, em janeiro, ele deixou o cargo de executivo-chefe, entregando a função para o funcionário de longa data Jonathan Lu Zhaoxi, ele continua a ser presidente e chefe efetivo da empresa.
Também é agora o homem mais rico da China, de acordo com o índice Bloomberg Billionaires, com um patrimônio líquido de mais de US $ 21 bilhões, o que não é ruim para uma empresa que começou em 1999, com 60 mil dólares levantados a partir de cerca de 80 amigos.
Quanto à Alibaba, sua avaliação atual varia entre US$ 150 bilhões e US$ 250 bilhões. Seu IPO, em Nova York – um dos maiores que já vi na área de tecnologia – significa que Jack Ma está prestes a se tornar internacionalmente famoso. 
 
DCM

AÉCIO DIZ COM TODAS AS LETRAS QUE VAI ENTREGAR A PETROBRAS PARA OS ESTRANGEIROS

NO MAU DIA BRASIL NA GLOBO: URUBOLOGA DEIXA ARROCHO FALAR E ELE ENTREGA O PRE SAL


E nem uma perguntinha sobre o aeroporto do Titio …

Arrocho Neves, ou Aecioporto do Titio, foi o “entrevistado” dessa terça-feira (23/09) no Mau Dia Brasil, onde, na véspera, a Urubóloga (no ABC do C Af) não deixou a Dilma falar.
Dessa vez, pontificou a Ana Paula Poeta (revisor …).
E a Urubóloga deixou “o candidato” falar à vontade.
Embora se tenha dirigido a ele com um “olha aqui” e levantado em direção a ele o dedinho da Poeta (a verdadeira).
(A Ana Paula o chamou de “você”…).
A Urubóloga ousou perguntar sobre se o candidato ia manter o regime de partilha para explorar o pré-sal.
(Talvez para dar divulgação às ideias do candidato sobre o assunto, que ela está careca de conhecer …)
O candidato, como previsto, não perdeu a oportunidade de entregar o pré-sal à Chevron, como seu aliado, o Cerra.
Aecioporto do Titio disse que quer ouvir a sociedade e a Urubóloga sobre a questão partilha vs concessão.
Não precisa.
A Urubóloga e seu consultado, o Adriano Pires – ah, se eu fosse o Adriano Pires – são a favor de entregar.
“Entregar” no sentido que o professor Bercovici emprega.
Aecioporto do Titio diz que “em determinados casos” é melhor entregar mesmo.
Porque ele quer “menos ideologia e mais prática” na política do petróleo.
A Chevron também.
Como se na Privataria e na Petrobrax não houvesse “ideologia”, a “ideologia” do entreguismo.
E aí ele chegou ao marco zero da ideologia entreguista: a “capacidade da Petrobras”.
Ela não tem “capacidade” para explorar o pré-sal no regime de partilha.
É o mesmo argumento dos que são contra a política de “conteúdo nacional”: porque a indústria brasileira não tem “capacidade” para se responsabilizar por 60% das encomendas da Petrobras.
Somos todos uns incapazes …
Capazes são eles: os Metropolitanos, americanos, ingleses, franceses e seus instrumentos tropicais: o FHC (leia “em tempo”), os NauFragas – dos juros de 45% -, que Privatizaram e quebraram o Brasil três vezes.
(E os “pensadores” da Bláblá, que não dão prioridade ao pré-sal, têm dúvidas sobre a política de “conteúdo nacional” – e, se pudessem, entregavam a Amazônia aos americanos.)
Como se sabe, naquele fuzilamento em que não deixaram a Dilma falar, boa parte das intervenções foi para criminalizar a Petrobras.
Na entrevista com o Arrocho, o do Aecioporto do Titio, nem uma mísera perguntinha sobre o aeroporto do Titio em Claudio.
Eles pensam que a gente não percebe, não é isso, Bessinha ?

Em tempo: o Conversa Afiada ofereceu ao amigo navegante uma pérola, em forma de pitaco: “o título da biografia do Fernando Henrique está pronto: dependência, da teoria à prática”, de autoria de PNB Jr.

Em tempo2: como diria o Mino, no Brasil os jornalistas são piores que os patrões.

Paulo Henrique Amorim

Walk dead ? - Ebola já matou 2.800, anuncia OMS; Serra Leoa identifica 150 casos durante toque de recolher



Equipe desinfeta corpo de um homem encontrado quando buscava ajuda - não recebeu - na entrada do centro de tratamento do Médicos Sem Fronteiras na Libéria.

A epidemia de ebola já matou 2.793 e infectou 5.762 pessoas em cinco países na África Ocidental, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (22/09). Os três países mais afetados são Libéria, Serra Leoa (que encerrou hoje o toque de recolher para evitar a doença), e Guiné. Nigéria e Senegal vêm em seguida, com menos casos.
Responsável por cerca de 60% dos tratamentos na região, a organização MSF (Médicos Sem Fronteiras) disse estar chegando ao limite da capacidade de ação.

O Comitê de Emergência da organização reafirmou que o mundo enfrenta uma "emergência de saúde pública de alcance internacional" e voltou a solicitar à comunidade internacional que faça tudo o que for necessário para deter a epidemia.
O estudo mostra que não houve mais nenhuma morte desde o levantamento da semana passada no Guiné e que o surto está "controlado" na Nigéria e no Senegal. A transmissão do vírus nos três primeiros países é constante, por isso é esperado que o número de contágios continue aumentando de forma exponencial nas próximas semanas.
A organização de saúde alertou que, ao contrário do efeito desejado, os cancelamentos de voos e outras restrições de viagens isolam os países afetados pela epidemia e prejudicam a entrada de equipes e material médico de emergência, o que pode contribuir para expandir ainda mais o vírus.
Toque de recolher
Em Serra Leoa, terminou o toque de recolher, estabelecido por três dias, para tentar controlar a expansão do vírus. Hoje, autoridades do país anunciaram que 150 novos casos de foram registrados durante o período de confinamento. Destes, 70 pessoas faleceram em decorrência da doença, como informou a agência italiana Ansa.
De sexta-feira (19/09) a domingo (21/09), cerca de 30 mil voluntários foram de casa em casa para medir a temperatura, distribuir 1,5 milhão de pastilhas de sabão e informar os cidadãos sobre as medidas para prevenir o ebola. Com 1.600 pessoas infectadas e 500 mortes, Serra Leoa é o segundo país com mais casos na região.
"No geral, a medida teve êxito. Estamos convencidos de que os problemas que enfrentávamos no início foram reduzidos. Nosso objetivo era chegar a todos os lares do país e garantir que todas as famílias tiveram acesso à informação adequada sobre o ebola", afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde, Sidi Yahya Tunis.
Apesar do efeito da medida, ela foi amplamente criticada pelos cidadãos do país e por organizações internacionais, como a MSF (Médicos Sem Fronteiras). A entidade também disse estar chegando ao limite de sua capacidade para combater o vírus.
O surto do vírus surgiu em março, em Guiné, e depois se estendeu para Libéria, Serra Leoa, Nigéria e Senegal.
Ajuda internacionalOs países europeus estão avaliando os recursos de que dispõem para ajudar a combater o ebola e planejando uma resposta coordenada ao surto, como afirmou a ministra da Saúde da Itália, Beatrice Lorenzin, citada pela agência Reuters.


Policiais patrulham ruas de Serra Leoa durante toque de recolher

A União Europeia prometeu 140 milhões de euros (180 milhões de dólares) para reforçar o combate ao vírus. Na semana passada, a ONU solicitou US$ 1 bilhão para combater a pior epidemia de ebola que o mundo já enfrentou.
O presidente do MSF, Loris De Filippi, disse hoje à agência Ansa que "a situação na África Ocidental é dramática. Dezenas de pessoas adoecem todos os dias e enchem as portas dos nossos centros de atendimento, mas temos que mandá-las para casa porque não temos leitos suficientes para atendê-las".
Segundo dados apresentados nesta segunda, o MSF tratou 60% dos casos da doença na África e conseguiu tratar 2.930 pessoas - das quais 1.750 estavam com ebola - e salvou 520 contaminados pela doença. A entidade também disse estar chegando ao limite da capacidade para combater o vírus.
Também hoje, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon agradeceu o governo cubano pelo envio de 165 especialistas (62 médicos e 103 enfermeiros) a Serra Leoa a pedido da organização.
TratamentoUm missionário espanhol, de 69 anos, chegou na madrugada de hoje a Madri para receber tratamento após ter sido infectado em Serra Leoa. A situação de Manuel García Viejo é grave, informou o hospital Carlos III.
Ele não deverá ser tratado com o medicamento experimental Zmapp. Isso porque as doses acabaram e não há disponibilidade delas no mundo. O Zmapp é o medicamento que mais tem apresentado eficácia na cura dos pacientes.


Missionário espanhol dirigia há 12 anos o hospital da cidade de Lunsar, em Serra Leoa

Hoje, no entanto, a empresa farmacêutica Tekmira Pharmaceuticals Corp afirmou que agências reguladoras norte-americanas e canadenses autorizaram a utilização do tratamento dela contra o ebola. O remédio, administrado em regime de urgência em pacientes, tem sido bem tolerado, disse a empresa. A quantidade do remédio também é limitada.

Voto útil do PSDB em Marina se tornou inútil

247 – Foi recolhida de circulação na tarde desta segunda-feira 22, em entrevista coletiva do ex-presidente Fernando Henrique e do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, em São Paulo, a tese que ambos haviam divulgado em benefício da adversária Marina Silva, do PSB. Assim como deram a senha, em uma declaração pública, no caso do ex-presidente, e em entrevista a um jornal, como fez Fraga, para que os tucanos não incomodassem a adversária Marina Silva, do PSB, agora ambos sustentam que é preciso empolgar a militância do PSDB para levar o candidato Aécio Neves a ultrapassar a ex-ministra e, assim, ele próprio atingir o segundo turno, no qual mediria forças com a presidente Dilma Rousseff. Em outras palavras, a tese envergonhada do voto útil tucano a favor de Marina, miou.
Enquanto FHC chegou a declarar, ao lado do candidato do partido, Aécio Neves, que não queria "melindrar" a candidata do PSB, Fraga disse ao jornal O Globo, no último final de semana, que "claramente não é fácil" para Aécio chegar ao segundo turno. Num impulso a Marina, também disse, ao mesmo veículo, que "genericamente" a adversária tem o mesmo programa econômico do postulante tucano. Vindas de quem vieram, uma vez que FHC foi quem lançou Aécio, e Fraga ganhou do candidato a nomeação antecipada como ministro da Fazenda, em caso de vitória tucana, as declarações soaram como senhas de confusão no ninho tucano. Afinal, a orientação do maior quadro político e do principal nome econômico seria mesmo a deixar Marina passar sem incômodo sobre Aécio em nome do objetivo maior de derrotar o PT? Ou ocorreu apenas um mal entendido? 
Agora, porém, a luz das tendências registradas nas pesquisas dos maiores institutos, já se sabe que os movimentos de FHC e Fraga foram inúteis para a campanha do próprio PSDB. Também nesta segunda 22, o portal Fórum, editado pelo jornalista Renato Rovai, noticiou que uma das campanhas presidenciais trabalha com um quadro eleitoral que marca 40% de intenções de voto para a presidente Dilma, contra 22% para Marina e 17% para Aécio.
No segundo turno, de acordo com a mesma fonte, a presidente já estaria com seis pontos percentuais adiante da adversária do PSB. A estarem certos, esses indicadores apontam que, ainda numa situação de empate técnico, a candidata do PT teria apenas 1% a menos do que a soma de seus adversários. Dilma estaria, assim, a apenas um ponto de vencer em primeiro turno.
Para que exista o chamado voto útil, o partido que abre mão de pedir o sufrágio para seu próprio candidato tem de enxergar num postulante de outra legenda chances de reais de bater o que esse mesmo partido considera como o mal maior. Na prática, os tucanos deixariam de votar em peso em Aécio para que Marina tivesse mais chances de superar Dilma. No entanto, os números estão mostrando que a candidata do PSB vai, dia a dia, perdendo intenções de votos. Aécio, na mão contrária, parece ter estancado sua própria sangria. Ele fez bem o movimento de voltar a concentrar-se em Minas Gerais, seu berço político. Dessa forma, desde a semana passada passou a reduzir perdas e, até mesmo, a recuperar pontos importantes. Combinado com o declínio de Marina, a estabilização com viés de alta de Aécio devolveu-o ao páreo.
Fernando Henrique, que havia, sem meias palavras, determinado que o alvo preferencial do PSDB deveria continuar a ser Dilma e o PT, nesta segunda 22 voltou atrás.
- Eu não sou marqueteiro. Quem tem de avaliar o caminho a seguir neste momento são o Aécio e os marqueteiros dele. Da minha parte, o que eu acho é que temos de ter garra para chegarmos ao segundo turno com o nosso candidato. O que será do segundo turno, veremos depois. Por isso é que a eleição tem dois turnos.
A declaração foi dada ao final do almoço-debate do Lide - Grupo de Líderes Empresariais, presidido pelo empresário João Doria Jr. Com a presença recorde de 602 executivos de grandes empresas, que faturam anualmente mais de R$ 200 milhões por ano, FHC foi aplaudido de pé. Para entusiasmar, o próprio Doria fez uma defesa enfática de Fernando Henrique, atacando, sem citar nominalmente, seus sucessores petistas, Lula e Dilma:
- Tenho orgulho de ter o presidente Fernando Henrique conosco. Dos outros, não tenho. 
O próprio FHC manifestou sua fé de que Aécio pode vencer as dificuldades da reta final e alcançar o segundo turno. Fraga, que falou antes, não parecia tão animado, mas, ao menos, evitou citar semelhanças entre a plataforma econômica tucana e a de Marina Silva. Como se sabe, o ex-presidente do BC foi 'nomeado' por Aécio como seu futuro ministro da Fazenda, em caso de vitória.
- O País já está em recessão. É relativamente fácil sair dela, mas para isso precisamos da confiança da sociedade, disse Fraga.
Os tucanos, assim, se mostraram unidos, diante de uma plateia de elite, o chamado PIB nacional. Mas a festa de comunhão em torno e Aécio não foi completa. Pesquisa Lide-FGV, feita entre os comensais, apurou que 53% acreditam que Marina será eleita presidente, contra 35% de projeções a favor de Aécio e apenas 12% de manifestações com o prognóstico de vitória da presidente Dilma.
À luz deste tipo de resultado, a nova pergunta que não quer calar é: a 13 dias das urnas de 5 de outubro, a estratégia de fortalecer Aécio e deixar Marina com seus próprios problemas vai mesmo empolgar da base, o corpo e a mente dos tucanos?