sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Com trinca de ases, Dilma vira mesa a seu favor
Jogo vira a favor da presidente; com três cartas
sobre a mesa, Dilma Rousseff barrou as apostas contra; investidores
mandam sinais de aprovação tanto para Luiz Carlos Trabuco, Nelson
Barbosa e Henrique Meirelles; presidente do Bradesco,
ex-secretário-executivo da Fazenda e ex-presidente do BC são craques no
jogo do mercado financeiro; eles conhecem atalhos para atrair
investimentos, gostam de controlar despesas e tem vocação para o
crescimento; conheça as chances de cada um
Presidenta reeleita paralisa a coluna raivosa da extrema-direita golpista ao propor os três nomes de peso internacional |
247 – Um jogo que parecia perdido está virando a
favor da presidente Dilma Rousseff. Até o final da semana passada, antes
de conseguir a reeleição, tudo o que Dilma fazia ou dizia atentava
contra ele própria no chamado mercado. Pesquisas a favor da presidente
correspondiam a quedas nos principais índices econômicos, especialmente
na Bolsa de Valores de São Paulo e no câmbio. Quando perdia terreno para
Aécio Neves, os investidores e especuladores soltavam foguetes e a
marcas subiam na mesma velocidade. Ao crescer, Dilma derrubava as
expectativas. Para os analistas montados em espaços da mídia
tradicional, a presidente, no final das contas, só errava.
A partir do pronunciamento das urnas, porém, a partida ganhou uma
feição bem direfente. Com rapidez, Dilma retomou a iniciativa, discursou
pela união e pelo diálogo nacional, assumiu que havia se distanciado
mais do que desejava das forças produtivas e, melhor de tudo, deixou
correr a versão, verdadeira, de quem está fixada na escolha de um entre
três nomes para o comando do Ministério da Fazenda – a saber, o
verdadeiro fiador da política econômica.
Após uma segunda-feira 27 de ressaca das eleições, a Bovespa só fez
subir nos dias seguintes. Na base do crescimento do valor das ações das
companhias brasileiros estão os chamados rumores positivos. A presidente
deixou circular, sem nenhum sinal de desmentido, que o ministro Guido
Mantega encerrará seu período na Fazenda com tranquilidade. Acrescentou
que ela própria não tem toda a pressa do mundo em anunciar o sucessor
dele, o que deverá acontecer ao longo do mês de novembro. E, numa jogada
de mestra, fixou-se em três em três nomes que agradaram em cheio aos
investidores.
Na primeira deixa, o governo lançou, informalmente, o nome do
presidente-executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi. Foi um
estorou. Tanta na mídia quanto empresas privadas e consultorias
financeiras, o nome de Trabuco foi saudado como uma grande solução de
mercado. À frente do banco de maior capilaridade do País, Trabuco vai
realizando um trabalho que soma lucros para os acionistas e inclusão
bancária para populações mais carentes. Na classe média, ele é
reconhecido com o líder de uma instituição sólida, antiga e que dá
atenção para pequenos poupadores e empresários de todos os portes,
inclusive os pequenos.
Formado em Filosofia, com uma história de sucesso dentro do banco, no
qual entrou como contínuo, em 1969, Trabuco tem um sotaque interiorano
que é o mesmo de grande parte da população. Sem exibicionismo, ele tem
colecionado resultados a cada trimestre melhores no Bradesco. Nesta
quinta-feira, o lucro reportado pelo banco nos nove primeiros meses do
ano foi nada menos que 25% maior no período anterior. As despesas da
instituição ficaram abaixo da inflação e os ativos administrados
chegaram bem perto de R$ 1 trilhão. Resultado: as ações do banco
dispararam em alta na Bovespa.
Ex-secretário-executivo da Fazenda, o economista Nelson Barbosa
deixou a equipe de Guido Mantega com divergências sobre a política
econômicas, mas não perdeu a confiança da presidente. Ele se tornou,
desde então, um dos principais conselheiros dela, com a grande vantagem
de saber onde estão os nós e os laços das contas públicas. Dilma
acostumou-se a convocar Barbosa para ter uma segunda opinião. Ele, por
sua vez, não saiu atirando, foi extremamente econômico em entrevistas e,
assim, poupou sua imagem para, agora, ter chances reais de ser o nome
capaz de encarnar o binômio continuidade com mudança.
- A presidente confia em Barbosa. Ele sabe os pontos em que ela é
turrona, e ele conhece os pontos que ela não negocia. Se entendem muito
bem, contou uma fonte palaciana.
Para completar a trinca de ases, a presidente tem ainda um nome
considerado acima do bem e do mal pelo mercado financeiro: Henrique
Meirelles. O ex-presidente do Bank Boston e do Banco Central da era
Lula, é simplesmente o cara que formou as bases para as atuais reservas
de mais de US$ 300 bilhões que o Brasil possui. Com Meirelles, discreto
mas que, quando quer, sabe aparecer, a inflação nunca fugiu da meta,
permanecendo em seu centro.
Entre auxiliares de Dilma, os três nomes estão vivos. A presidente
está descansando na Bahia, e de lá mesmo poderá fazer os contatos
necessários para definir sua escolha.
Trabuco precisará ser convencido a deixar o comando do Bradesco, o
que não é tão simples assim. Porém, o fato de ele não ter reclamado da
inclusão de seu nome na lista da presidente já é visto como um sinal de
que, bem convidado, ele aceitaria a missão.
Para Barbosa, o movimento é mais simples. Ele já é das relações de
Dilma, tem todo o conhecimento da máquina e faria uma transição natural
com Mantega. Nesta medida, é, neste momento, o favorito.
Quanto a Meirelles, ocorreram diferenças com Dilma durante o governo
Lula. Mas o próprio Lula, agora, recomenda a sua parceira a superação
das pequenas rusgas para a inauguração de uma novo relacionamento. Pode,
assim, ser ele o nome.
O fato comum é que, com qualquer um dos três, Dilma fez o que de
melhor poderia ter feito nessa fase de articulações: preencheu o vácuo,
expôs preferencias e agradou o mercado. Quer mais?
Laudo da PF engavetado no governo FHC ligava Youssef à caixa de campanha de Serra e do próprio FHC
De uma reportagem de Amaury Ribeiro Jr, autor de A Privataria Tucana, em 2003:
“Documentos começam a esclarecer por que o laudo de exame financeiro
nº 675/2002, elaborado pelos peritos criminais da PF Renato Rodrigues
Barbosa, Eurico Montenegro e Emanuel Coelho, ficou engavetado nos
últimos seis meses do governo FHC, quando a instituição era comandada
por Agílio Monteiro e Itanor Carneiro.
Nas 1.057 páginas que detalham todas as remessas feitas por doleiros
por intermédio da agência do banco Banestado em Nova York está
documentado o caminho que o caixa de campanha de FHC e do então
candidato José Serra, Ricardo Sérgio Oliveira, usou para enviar US$ 56
milhões ao Exterior entre 1996 e 1997. O laudo dos peritos mostra que,
nas suas operações, o tesoureiro utilizava o doleiro Alberto Youssef,
também contratado por Fernandinho Beira-
Mar para remeter dinheiro sujo do narcotráfico para o Exterior.
Mar para remeter dinheiro sujo do narcotráfico para o Exterior.
Os peritos descobriram que todo o dinheiro enviado por Ricardo Sérgio
ia parar na camuflada conta número 310035, no banco Chase Manhattan
também em Nova York (hoje JP Morgan Chase), batizada com o intrigante
nome “Tucano”. De acordo com documentos obtidos por ISTOÉ, em apenas
dois dias – 15 e 16 de outubro de 1996 – a Tucano recebeu US$ 1,5
milhão. A papelada reunida pelos peritos indica que o nome dado à conta
não é uma casualidade.
Os dois responsáveis pela administração da dinheirama, segundo a
perícia, são figurinhas carimbadas nos principais escândalos envolvendo o
processo de privatização das teles e auxiliares diretos de Ricardo
Sérgio: João Bosco Madeiro da Costa, ex-diretor da Previ (o fundo de
pensão do Banco do Brasil) e ex-assessor do caixa tucano na diretoria
internacional do BB, e o advogado americano David Spencer.
A perícia revela ainda que Spencer é procurador de Ricardo Sérgio em
vários paraísos fiscais. Ao perseguir a trilha do dinheiro, os peritos
descobriram que os milhões de Ricardo Sérgio deixavam o País por
intermédio de uma rede de laranjas paraguaios e uruguaios contratados
por Youssef e eram depositados na conta 1461-9, na agência do Banestado
em Nova York antes de pousar na emplumada Tucano, que contava com uma
proteção especial para dificultar sua localização.
Ela estava registrada dentro de outra conta no Chase em nome da
empresa Beacon Hill Service Corporation. De lá, o dinheiro era
distribuído para contas de Ricardo Sérgio e de João Bosco em paraísos
fiscais no Caribe.”
Fonte: DCM
ESTREMECEI, PAULISTAS! - ATENTAI PLANALTO! - CAIU A FICHA NO CÉREBRO DO GOVERNADOR MARCHA-LENTA
Este bananeiro sul americano aqui, não tem a menor vocação para transformar-se num estadista |
por Eduardo Bueres
Em
vez de criar um gabinete de crise, supra partidário e transversal, viajar para
Brasília para planejar conjuntamente com o governo federal e até outras esferas ligadas a comunidade científica internacional,visando as possíveis
soluções de curto, médio e longo alcance, para mitigar a seca em seu feudo, o governador do
politicamente azarado e belo Estado de São Paulo, priorizou o seu orgulho pessoal - que o povo nordestino classifica de 'besta' -
e o preconceito partidário cafona.
Por conta do seu vacilo egoísta, medidas
importantes e de caráter prioritário e emergencial, deixaram de ser deslanchadas, aprofundando ainda
mais a crise hídrica...
Precisa agora vir à público confessar que, o agudo problema referente a questão da água, que muito castiga e maltrata o povo paulista, ficou em segundo plano, sim, porque priorizou e valorizou esse tempo todo a eleição de Nóia, da coligação pig-tucana.
Resta-lhe agora pedir uma ajudinha para a golpista dona Veja e seus conspiradores, no sentido de, a partir daqui, momento que pedem finalmente ajuda ao Planalto, contorcerem os fatos, louvando esta iniciativa - tardia e sectária - e, doravante, jogar a culpa pela ostensão da estiagem em Dilma.
ACUADO PELA CRISE HIDRICA, CALIFA DO TUCANISTÂO PEDE AJUDA AO BRASIL
O Califa do Tucanistão Geraldo Alckmin, diz que aceita a ajuda oferecida pela presidente reeleita, Dilma Rousseff, para conter a crise de água que afeta o Estado. Na manhã da quarta-feira passada, ele afirmou que encaminhará pleitos ao governo federal – como exemplo citou o financiamento de projeto de interligação das represas.
energia elétrica”. Segundo ele, protocolos internacionais defendem que o abastecimento de pessoas e
de animais deve estar à frente de outras necessidades.
As afirmações do Califa do Tucanistão são em resposta às declarações da presidente brasileira reeleita
em entrevista exclusiva ao Jornal da Band. A Presidenta do Brasil criticou o Califa Tucano e disse que
o governo Brasileiro se colocou à disposição para ajudar a diminuir o problema no começo de 2014 e
que teria contribuído com qualquer obra de emergência.
em entrevista exclusiva ao Jornal da Band. A Presidenta do Brasil criticou o Califa Tucano e disse que
o governo Brasileiro se colocou à disposição para ajudar a diminuir o problema no começo de 2014 e
que teria contribuído com qualquer obra de emergência.
“O Califa optou por um processo, digamos assim, mais tradicional: optou pela licitação”, disparou
a presidente do Brasil. “Uma série de investimentos que deveriam ter sido feitos não foram”, disse na
entrevista.
O Tucanistão enfrenta a maior crise hídrica da história. O volume do Sistema Cantareira, reservatório
que abastece 9 milhões de pessoas, atingiu 3% e a Companhia de Saneamento Básico do Estado do
Califado Tucano (Sabesp) precisou utilizar a segunda cota da reserva técnica – o chamado volume
morto, que fica abaixo dos dutos de captação – para manter o abastecimento.
entrevista.
O Tucanistão enfrenta a maior crise hídrica da história. O volume do Sistema Cantareira, reservatório
que abastece 9 milhões de pessoas, atingiu 3% e a Companhia de Saneamento Básico do Estado do
Califado Tucano (Sabesp) precisou utilizar a segunda cota da reserva técnica – o chamado volume
morto, que fica abaixo dos dutos de captação – para manter o abastecimento.
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Aqui esta um lugar perfeito para os coxinhas e outros reacionários que denunciam o regime comunista de Dilma virem habitar
Foto: DAILY SLAVE
Cerca de 50 pessoas, incluindo integrantes do governo e
militares, foram publicamente executadas na Coreia do Norte desde o
início do ano. Entre elas estão 10 membros do Partido dos Trabalhadores
da Coreia, liderado por Kim Jong-un, que foram fuzilados por "crimes
contra o Estado". Eles foram acusados, por exemplo, de praticar suborno,
cometer atos promíscuos e assistir novelas sul-coreanas. As informações
são do Telegraph.
Parte dos funcionários mortos eram próximos de Jang
Song-thaek, tio de Kim Jong-un, que foi preso em dezembro de 2013 e
posteriormente executado. A eliminação contínua de aliados de Jang, de
acordo com o jornal, indica que o Kim tem se "livrado" de possíveis
fontes de oposição para construir sua própria base de poder.
Desertores da Coreia do Norte disseram ao Telegraph que
versões piratas de programas de televisão sul-coreanos e chineses estão
amplamente disponíveis no "mercado negro" local. Embora o governo faça
esforços para impedir que seus cidadãos conheçam a vida fora das
fronteiras, de acordo com elas, a proliferação de celulares e mídias
eletrônicas facilitaram a influência estrangeira.
Os detalhes sobre as execuções foram fornecidos pelo
Serviço de Inteligência da Coreia do Sul em um relatório entregue ao
parlamento na terça-feira. O documento mostra ainda que mais de 200
policiais da artilharia do exército norte-coreano foram rebaixados
devido à "pouca precisão" em exercícios de treinamento.
Fonte: Portal UOL/ compartilhada pelo internauta Nalini
A esquerda é a preferida no segundo turno do Uruguai
Tabaré Vázquez celebra resultado do primeiro turno
Carta Capital
No domingo à noite a principal rua do centro de Montevidéu ficou cheia de bandeiras vermelhas, azuis e brancas. Apesar de não chegar aos 50% mais um dos votos que a lei uruguaia exige para vencer o primeiro turno das eleições nacionais, a Frente Ampla (esquerda) foi vitoriosa. Pelas primeiras pesquisas de boca de urna, o partido do presidente José “Pepe” Mujica não só conseguiria ficar como a força política mais votada, mas também guardava a esperança de obter a maioria parlamentar. A chance foi confirmada na segunda-feira 27, quando o primeiro escrutínio lhe outorgou 47,8% dos votos à Frente Ampla e a maioria nas duas câmaras legislativas.
No próximo domingo de 30 de novembro, o Uruguai de 2,9 milhões de pessoas habilitadas a votar terá segundo turno entre o candidato da esquerda, Tabaré Vázquez (presidente entre 2005 e 2010), e o candidato do Partido Nacional (direita), Luis Lacalle Pou. As pesquisas das últimas semanas antecipavam essa possibilidade, mas se esperava que o Partido Nacional conseguisse mais votos dos que finalmente teve: 30,9%. O candidato do Partido Colorado (direita), Pedro Bordaberry, ficou fora do segundo turno e, com menos votos do que teve nas eleições passadas, já anunciou o seu apoio ao seu antigo rival. “Estou convencido que a maioria dos uruguaios sente que há que mudar as políticas de segurança e educação. E eu acho que a pessoa que vá conseguir essas mudanças é Lacalle Pou. Vou trabalhar cada hora para que ele ganhe”, disse no domingo à noite. Mas a soma dos votos colorados (12,9%) e do Partido Nacional - uma possibilidade no segundo turno - não atinge os conquistados pela Frente Ampla.
Além de a lei uruguaia não permitir a possibilidade de reeleição presidencial, o atual presidente Mujica encabeçou uma lista para o Senado. As eleições do domingo 26 o confirmaram como o legislador mais votado na Frente Ampla. Desta forma, se entregasse a Presidência, Mujica poderia ter ficado como presidente em exercício no caso que o presidente eleito e o vice-presidente ficarem fora do país. Segundo pesquisas, Pepe tem uma popularidade de 62%; ele foi eleito no segundo turno de 2009.
“Nos comprometemos a procurar consensos políticos e sociais. Haverá diálogo, respeito às outras forças políticas e tolerância. Além das maiorias, o caminho será a procura desse encontro”, disse Vázquez no domingo à noite.
Nos últimos dez anos no governo, a Frente Ampla sempre teve maioria parlamentar, o que lhe permitiu aprovar leis como a legalização da maconha ou a permissão do aborto. No caso da lei que regula o mercado da maconha, o governo Mujica impôs disciplina partidária aos seus legisladores obrigando-os a aprovar a norma. No governo Vázquez a maioria parlamentar lhe permitiu fazer mudanças importantes no país, como uma reforma tributária, da saúde pública ou a criação do Ministério de Desenvolvimento Social encarregado da assistência aos mais pobres.
A esquerda também venceu em 14 dos 19 departamentos que dividem ao Uruguai, o que pode ser um indicador para as eleições dos governos locais do ano que vem. No total, a Frente Ampla conseguiu a mesma percentagem de votos que nas últimas eleições de 2009. Essa é a primeira vez nos últimos 60 anos que um partido ganha a maioria parlamentar três governos consecutivos.
Contudo no mês de fevereiro, quando assumirem os novos legisladores, o Parlamento uruguaio terá pequenas mudanças. Unidade Popular, de esquerda radical, terá um deputado e o Partido Independente, de militantes socialdemocratas, terá um senador além dos dois deputados que tinha até agora.
Vázquez, médico, ex presidente, de 74 anos, terá só um rival no segundo turno do mês de novembro. Luis Lacalle Pou é a figura surpresa neste ano eleitoral: com 41 anos é o candidato mais jovem em disputar a Presidência, só tem experiência como deputado, é filho do ex-presidente Luis Lacalle (1990-1995) e iniciou a campanha com 7% das intenções dos votos.
“Não é tirar a Frente Ampla, não é ter ou não ter as maiorias. Isso se trata de chegar até o governo. Os resultados não são os que eu tinha desejado, mas a possibilidade de ser governo fica intata”, disse Lacalle Pou no domingo à noite.
Mas, depois de mais de dez anos de crescimento econômico, os programas dos candidatos não refletem diferenças importantes. As discrepâncias na economia giram em torno da inflação (8,36% no mês de setembro) e o déficit fiscal (3,3% do PIB no mês de agosto). O Partido Nacional, mais liberal, propõe recortar gastos e tirar impostos, enquanto a Frente Ampla assegura que não é possível dessa forma manter programas sociais e propõe acrescentar tributações ao capital e as exportações. Também há diferenças na educação e a segurança. Os dois partidos, no entanto, querem explorar possibilidades fora do Mercosul.
Carta Capital
No domingo à noite a principal rua do centro de Montevidéu ficou cheia de bandeiras vermelhas, azuis e brancas. Apesar de não chegar aos 50% mais um dos votos que a lei uruguaia exige para vencer o primeiro turno das eleições nacionais, a Frente Ampla (esquerda) foi vitoriosa. Pelas primeiras pesquisas de boca de urna, o partido do presidente José “Pepe” Mujica não só conseguiria ficar como a força política mais votada, mas também guardava a esperança de obter a maioria parlamentar. A chance foi confirmada na segunda-feira 27, quando o primeiro escrutínio lhe outorgou 47,8% dos votos à Frente Ampla e a maioria nas duas câmaras legislativas.
Mujica é uma espécie de Lula uruguaio: tem absoluta credibilidade moral e política no seu país. Apesar da ultradireita viver tentando desconstruir, o mito é mais forte. |
No próximo domingo de 30 de novembro, o Uruguai de 2,9 milhões de pessoas habilitadas a votar terá segundo turno entre o candidato da esquerda, Tabaré Vázquez (presidente entre 2005 e 2010), e o candidato do Partido Nacional (direita), Luis Lacalle Pou. As pesquisas das últimas semanas antecipavam essa possibilidade, mas se esperava que o Partido Nacional conseguisse mais votos dos que finalmente teve: 30,9%. O candidato do Partido Colorado (direita), Pedro Bordaberry, ficou fora do segundo turno e, com menos votos do que teve nas eleições passadas, já anunciou o seu apoio ao seu antigo rival. “Estou convencido que a maioria dos uruguaios sente que há que mudar as políticas de segurança e educação. E eu acho que a pessoa que vá conseguir essas mudanças é Lacalle Pou. Vou trabalhar cada hora para que ele ganhe”, disse no domingo à noite. Mas a soma dos votos colorados (12,9%) e do Partido Nacional - uma possibilidade no segundo turno - não atinge os conquistados pela Frente Ampla.
Além de a lei uruguaia não permitir a possibilidade de reeleição presidencial, o atual presidente Mujica encabeçou uma lista para o Senado. As eleições do domingo 26 o confirmaram como o legislador mais votado na Frente Ampla. Desta forma, se entregasse a Presidência, Mujica poderia ter ficado como presidente em exercício no caso que o presidente eleito e o vice-presidente ficarem fora do país. Segundo pesquisas, Pepe tem uma popularidade de 62%; ele foi eleito no segundo turno de 2009.
“Nos comprometemos a procurar consensos políticos e sociais. Haverá diálogo, respeito às outras forças políticas e tolerância. Além das maiorias, o caminho será a procura desse encontro”, disse Vázquez no domingo à noite.
Nos últimos dez anos no governo, a Frente Ampla sempre teve maioria parlamentar, o que lhe permitiu aprovar leis como a legalização da maconha ou a permissão do aborto. No caso da lei que regula o mercado da maconha, o governo Mujica impôs disciplina partidária aos seus legisladores obrigando-os a aprovar a norma. No governo Vázquez a maioria parlamentar lhe permitiu fazer mudanças importantes no país, como uma reforma tributária, da saúde pública ou a criação do Ministério de Desenvolvimento Social encarregado da assistência aos mais pobres.
A esquerda também venceu em 14 dos 19 departamentos que dividem ao Uruguai, o que pode ser um indicador para as eleições dos governos locais do ano que vem. No total, a Frente Ampla conseguiu a mesma percentagem de votos que nas últimas eleições de 2009. Essa é a primeira vez nos últimos 60 anos que um partido ganha a maioria parlamentar três governos consecutivos.
Contudo no mês de fevereiro, quando assumirem os novos legisladores, o Parlamento uruguaio terá pequenas mudanças. Unidade Popular, de esquerda radical, terá um deputado e o Partido Independente, de militantes socialdemocratas, terá um senador além dos dois deputados que tinha até agora.
Vázquez, médico, ex presidente, de 74 anos, terá só um rival no segundo turno do mês de novembro. Luis Lacalle Pou é a figura surpresa neste ano eleitoral: com 41 anos é o candidato mais jovem em disputar a Presidência, só tem experiência como deputado, é filho do ex-presidente Luis Lacalle (1990-1995) e iniciou a campanha com 7% das intenções dos votos.
“Não é tirar a Frente Ampla, não é ter ou não ter as maiorias. Isso se trata de chegar até o governo. Os resultados não são os que eu tinha desejado, mas a possibilidade de ser governo fica intata”, disse Lacalle Pou no domingo à noite.
Mas, depois de mais de dez anos de crescimento econômico, os programas dos candidatos não refletem diferenças importantes. As discrepâncias na economia giram em torno da inflação (8,36% no mês de setembro) e o déficit fiscal (3,3% do PIB no mês de agosto). O Partido Nacional, mais liberal, propõe recortar gastos e tirar impostos, enquanto a Frente Ampla assegura que não é possível dessa forma manter programas sociais e propõe acrescentar tributações ao capital e as exportações. Também há diferenças na educação e a segurança. Os dois partidos, no entanto, querem explorar possibilidades fora do Mercosul.
PMDB já chefia a oposição?
Rebelião em curso no maior parceiro do governo;
sob a senha 'diálogo', comando do PMDB despeja carga sobre a presidente
Dilma Rousseff; após liderar derrubada do decreto de conselhos
populares, Henrique Alves assume pauta com votações de diversas emendas
orçamentárias de deputados; Renan Calheiros, no Senado, adianta que
conselhos também não serão aprovados na Casa; deputados se reúnem à
volta de Eduardo Cunha e candidatura dele para presidente da Câmara está
colocada; Dilma chama Alves ao Planalto; partido correu mais
rapidamente para emparedar governo do que esperava o PT; como antes da
reeleição, é Dilma quem volta a fazer sua própria articulação política;
ela vai conseguir amansar o PMDB?
247 – O PMDB correu primeiro – e, ao que se vê, já
está na oposição ao governo Dilma Rousseff. Ao menos a esse governo que
vai completando o primeiro mandato e inicia um processo de reforma
ministerial para a segunda gestão. Sob a senha do 'diálogo', que, em
tradução para o português claro, significa ter participação no
ministério que a presidente prometeu anunciar até dezembro, o PMDB já
age por cargos.
Foi por "falta de diálogo", na expressão do vice-líder do partido na
Câmara, Lúcio Vieira Lima, que a sigla impôs a primeira derrota ao
governo na arena parlamentar. Na terça-feira 28, aprovou-se a derrubada
do decreto presidencial que cria os conselhos populares. Hoje, após o
peemedebista Henrique Alves ter comandado a sessão na Câmara que arriou
uma bandeira vistosa da administração Dilma, o presidente do Senado,
Renan Calheiros, anunciou que já está empenhado em dar a mesma
destinação ao assunto quando chegar à Casa.
Entre esses dois atos, numa numerosa reunião, os deputados federais
do PMDB se uniram à volta do líder Eduardo Cunha para, na prática, impor
a candidatura dele à Presidência da Câmara. Em Brasília, ele já é visto
como favorito. Durante a eleição, ele integrou, discretamente, o
movimento Aezão, no Rio de Janeiro. Pouco antes do pleito, calculou que
pelo menos metade da bancada de 66 deputados eleita pelo partido
apoiaria um governo do adversário dela, Aécio Neves.
A legenda é a segunda maior da Câmara, atrás apenas do PT. O problema
é que, se já foi difícil para o partido do governo lidar com os
peemedebistas nos primeiros quatro anos de Dilma, agora vai ser mais
difícil ainda. Enquanto o PT viu sua bancada diminuir em 18 cadeiras, o
PMDB só perdeu cinco em relação à atual legislatura. Uma costura que una
PSDB e PSB à candidatura de Cunha poderá ser feita sem grandes
esforços.
Está tudo ajustado para que o governo perca, também no Senado, a
votação sobre os conselhos populares. Palavra de Renan Calheiros:
- Já havia um quadro de insatisfação com relação à aprovação dessa
matéria. Ela ser derrubada na Câmara não surpreendeu, analisou o
presidente do Senado, para prosseguir:
- Da mesma forma que não surpreenderá se ela for, e será, derrubada no Senado Federal, cravou o senador alagoano.
A presidente Dilma percebeu, é claro, o rumo cada vez mais oposto ao
seu que o partido do vice-presidente Michel Temer vai tomando. Assim
como nos últimos quatro anos, quando careceu de um grande articulador do
PT para entender-se com os indóceis peemedebistas, outra vez Dilma teve
de chamar esse trabalho para si. Na tarde desta quarta-feira 29, Alves,
que perdeu as eleições para o governo do Rio Grande do Norte, foi
recebido pela presidente no Palácio do Planalto.
- Tivemos uma conversa muito cordial, amável e respeitosa com a
presidente Dilma, disse ele, dentro do protocolo, para em seguida dar,
mais uma vez, seu recado:
- Eu diria a ela que ela faça o que prometeu fazer, ouvir muito,
adiantou-se o presidente da Câmara, que vem apontando na falta de apoio
do ex-presidente Lula a responsabilidade por sua derrota na eleição para
governador do Rio Grande do Norte.
- E, sobretudo, em relação ao Poder Legislativo, ouvir mais, porque essa é a Casa da ressonância da vontade popular.
O plano do PMDB de Alves e Cunha está traçado na Câmara. Serão
colocados em pauta projetos de emendas orçamentárias de diferentes
parlamentares, no que promete ser um show de benefícios com dinheiro do
Tesouro.
- Nada que represente irresponsabilidade ou ameaça ao equilíbrio
fiscal, completou Alves, dando indicações de que a mordida no Orçamento
vai ser grande.
O troco político que Alves e Cunha estão dando no PT é evidente. Para
o partido da presidente, o problema continua sendo a falta de um
negociador com poder delegado para apagar incêndios legislativos antes
que eles aconteçam. O segundo governo Dilma só começa em 1º de janeiro
de 2015, mas as primeiras labaredas já estão consumido as energias de
Dilma.
Abaixo, notícia da Agência Brasil a respeito:
Rejeição de decreto na Câmara é como 3º turno para oposição, dizem especialistas
Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil - Especialistas ouvidos pela Agência Brasil
avaliam que a derrubada, na Câmara dos Deputados, do decreto
presidencial que regulamentava a Política Nacional de Participação
Social e os conselhos populares tem um significado de revanche, de
terceiro turno eleitoral, para os partidos de oposição ao governo.
Desde a publicação do decreto,
alguns setores do Congresso Nacional vêm se opondo à ampliação da
participação da sociedade civil na elaboração de políticas do Estado,
destacou o advogado Darci Frigo, coordenador da Organização de Direitos Humanos Terra de Direitos.
“Essa oposição se dá em função do entendimento bastante conservador
de que o decreto é uma ameaça à democracia representativa, que está
configurada através do voto. Mas a Constituição garante também a
democracia direta, em um processo como esse, que amplia a participação
da sociedade. Seria um avanço importante de qualificação da democracia,
mas o Congresso não quer dividir poder com a sociedade, e essa negativa
confronta com as mobilizações que ocorreram no Brasil em 2013, que
pediam essas mudanças”, disse Frigo.
Para o advogado, a participação popular não implica a existência de
conflito com os direitos parlamentares, mas sim complementa. “A
democracia representativa não faz o esforço para resolver os problemas
que a sociedade está vivendo. Isso sinaliza que, se a população não se
mobilizar, não ir às ruas de novo, a reforma política que está por vir
pode ser no sentido de retroceder e não atender aos anseios do povo”,
completou.
Frigo conta ainda que a Articulação Justiça e Direitos Humanos, da
qual a Terra de Direitos faz parte, solicitou audiência com o presidente
do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para discutir
meios que permitam à sociedade participar de forma mais ativa no
processo de construção da Justiça do país. Ele conta que o ministro
falou sobre a ampliação dos mecanismos de participação em seu discurso
de posse na presidência da Corte. “Seria um passo importante para
debater ainda mais a participação popular.”
A presidenta do Conselho Nacional de Saúde,
Maria do Socorro Souza, explica que, na prática não haverá mudança na
criação de novos conselhos e eles continuarão existindo. O decreto
apenas regulamentava e reorganizava os conselhos e responsabilizava mais
os governos, nos três níveis.
“Temos quase 30 anos de democracia, mas é possível melhorar, ter mais
articulação entre a democracia participativa e a representativa. Não é
porque o Legislativo foi eleito pelo povo que damos o direito de [os
parlamentares] legislarem sem dar voz às comunidades. [A derrubada do
decreto] foi uma reação revanchista, precipitada, sem transparência ou
diálogo com uma política de Estado”, disse Maria do Socorro.
Em participação ontem (28) no programa Espaço Público, da TV Brasil,
o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, disse que a
derrubada do decreto não é o fim do mundo. “Já perdemos várias, perdemos
votações e a vida segue, claro que queremos ganhar o máximo possível.
Mas o resultado é ruim para quem defende posições populares”, avaliou.
“É uma derrota simbólica”, disse o assessor de Projetos e de Formação da Coordenadoria Ecumênica de Serviço,
José Carlos Zanetti. “O decreto seria o coroamento da criação de um
sistema de muitos conselhos já existentes, que legitimam políticas
públicas. Houve um sinal ruim com a suspensão do decreto que cria uma
cortina de fumaça naquilo que já estava acontecendo, provoca um desgaste
na sociedade”, disse.
Segundo a coordenadora-geral da associação Ação Educativa e integrante da Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong),
Vera Masagão, o decreto estava ligado à transparência e coibia o
aparelhamento do governo. Para ela, a Câmara colocou em xeque a
iniciativa de milhares de pessoas que, voluntariamente, participam de
conselhos em todos os níveis pelo país.
“Não há nenhum argumento válido [dos deputados]. A perda é grave com a
atitude do Congresso, uma ação que seria importante para a democracia
ser usada para embate político. E o que chama a atenção é a participação
de um grupo tão grande de lideranças de partidos historicamente
comprometidos com a participação social”, disse Vera.
A integrante da Abong acrescentou que a sociedade saiu mais
politizada da eleição e que é preciso cobrar desses partidos uma
oposição mais qualificada, com mais consistência dos argumentos e
propostas alternativas. “Se eles se sentem ameaçados, têm que
explicitar”, argumentou Vera.
O Projeto de Decreto Legislativo 1491/14, que derruba o Decreto nº 8.243, de maio deste ano, ainda passará pela avaliação do Senado Federal. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje que “dificilmente” o decreto será mantido no Senado.
PF suspeita de armação em depoimento de Youssef
Na Carta Capital:
Para a Polícia Federal, a acusação do doleiro contra Lula e Dilma pode ter sido estimulada pela defesa
de Youssef, com intenção eleitoral, um dia antes da publicação de “Veja”O jornal O Globo traz em sua edição desta quarta-feira 29 uma informação que pode ajudar a elucidar a história por trás da “bala de prata” da oposição contra Dilma Rousseff (PT), a indicação, feita pelo doleiro Alberto Youssef, de que a presidente reeleita e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras. Segundo o jornal, os investigadores suspeitam que a declaração do doleiro pode ter sido forçada pela defesa para influenciar o resultado do segundo turno das eleições.
A Polícia Federal investiga como o depoimento de Youssef vazou e, segundo a reportagem do Globo
indica, suspeita da ação da defesa do doleiro. De acordo com o jornal, Youssef prestou depoimento na
terça-feira 21, como vinha fazendo normalmente, e não citou Lula ou Dilma. Na quarta-feira 22, diz o
jornal, um dos advogados de Youssef pediu para “fazer uma retificação no depoimento anterior”. No
interrogatório, afirma o Globo, o advogado “perguntou quem mais, além das pessoas já citadas pelo
doleiro, sabia da fraude na Petrobras”. Youssef disse, prossegue o jornal, “acreditar que, pela dimensão
do caso, não teria como Lula e Dilma não saberem”. A retificação acabou exatamente neste trecho.
No dia seguinte, a quinta-feira 23, antecipando sua circulação semanal em um dia, Veja publicou as
No dia seguinte, a quinta-feira 23, antecipando sua circulação semanal em um dia, Veja publicou as
declarações de Youssef a respeito de Lula e Dilma. Segundo a reportagem da revista, o doleiro não
apresentou provas e elas não foram solicitadas.
A suspeita da PF levanta uma questão temporal curiosa. Enquanto a retificação do depoimento de
Youssef teria ocorrido na quarta-feira, segundo O Globo, Veja afirmou em nota que sua APURAÇÃO
“COMEÇOU NA PRÓPRIA TERÇA-FEIRA, mas só atingiu o grau de certeza e a clareza necessária
para publicação na tarde de quinta-feira”.
A defesa de Youssef é coordenada pelo advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto. Por um ano,
A defesa de Youssef é coordenada pelo advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto. Por um ano,
Basto teve um cargo de conselheiro do Conselho de Administração da Sanepar, a Companhia de
Saneamento do Paraná. Como consta no site da empresa, ele ASSUMIU O CARGO EM 17 DE
JANEIRO DE 2011, 16 dias após a posse de Beto Richa (PSDB) como governador do Paraná. Em 25
de abril de 2012, a carta de renúncia de Basto foi lida em assembleia geral da Sanepar, como consta em
ATA TAMBÉM PUBLICADA no site da companhia. No último 23 de outubro, no mesmo dia da
publicação de Veja, Basto disse ao mesmo jornal O Globo que DESCONHECIA O TEOR DO
DEPOIMENTO dado por Youssef na terça-feira 21.
A reportagem sobre a suspeita da PF, publicada nesta quarta-feira 29 pelo Globo, no pé da página 6
A notícia veiculada pelo Globo, apurada de Brasília e Curitiba e que não tem assinatura em sua edição
A reportagem sobre a suspeita da PF, publicada nesta quarta-feira 29 pelo Globo, no pé da página 6
A notícia veiculada pelo Globo, apurada de Brasília e Curitiba e que não tem assinatura em sua edição
imprensa, apenas na VERSÃO ONLINE, foi relegada à parte inferior da página 6 do periódico, uma
escolha que chama atenção diante da repercussão que teve a capa da revista Veja.
No horário eleitoral do dia seguinte, a sexta-feira 24, DILMA ROUSSEF DISSE QUE IRIA
PROCESSAR VEJA, e prometeu INVESTIGAR A CORRUPÇÃO NA PETROBRAS “doa a
quem doer”. Na Justiça, o PT conseguiu proibir a editora Abril de VEICULAR PROPAGANDAS
DE SUA CAPA, considerada “propaganda eleitoral”, e também o DIREITO DE RESPOSTA diante
da reportagem.
Na sexta-feira e no sábado, véspera do segundo turno, panfletos com a capa impressa de Veja foram
distribuídos em várias cidades do Brasil. Na madrugada de sábado 25 para domingo 26 começou a
circular pelas redes sociais o BOATO DE QUE YOUSSEF, INTERNADO EM CURITIBA, TERIA
SIDO ENVENENADO. A Polícia Federal e o hospital em que ele esteve desmentiram a informação,
que circulou pelas redes sociais em uma velocidade impressionante, assustando a militância petista na
reta final da votação e provocando um impacto que dificilmente poderá ser mensurado.
Também na imprensa brasileira houve repercussões. No domingo 26, um colunista da Folha de
Também na imprensa brasileira houve repercussões. No domingo 26, um colunista da Folha de
S.Paulo, que publicou reportagem de teor semelhante ao de Veja a respeito do suposto conhecimento
de Lula e Dilma sobre a corrupção, acusou a TV Globo de ter “medo” ao não repercutir as denúncias
dos dois veículos no Jornal Nacional. Em resposta, o diretor de jornalismo da Globo afirmou que as
fontes da emissora não confirmaram “com suas fontes o sentido do que fora publicado” pela revista e
classificaram como “distorcida” da reportagem da Folha.
(Por José Antonio Lima)
sábado, 25 de outubro de 2014
Dilma na cabêça em todas as ultimas pesquisas poucas horas antes do pleito: Ibope: 53% 47%. Vox: 53,4% 46,5%. Folha: 52% a 48%
Presidente Dilma Rousseff aparece na frente nas três pesquisas que foram divulgadas nesta noite; no Ibope, sua vantagem é de seis pontos; no Datafolha, de quatro; no Vox Populi, de 6,9 pontos. Ibope coloca a presidente Dilma Rousseff com 53% dos votos, contra 47% do senador Aécio Neves, oscilação ocorreu dentro da margem de erro; na pesquisa anterior, Dilma tinha 54% e Aécio 46%; na pesquisa Datafolha, ela tem tem 52%, contra 48% do senador Aécio Neves, o que configura empate técnico, no limite da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos; na Vox, os números são 53,4% a 46,5%; resultado da disputa presidencial mais emocionante de todos os tempos será conhecido neste domingo, às 20h
247 - A presidente
Dilma Rousseff se mantém à frente nas pesquisas Datafolha e Ibope que
acabam de ser divulgadas. No Ibope, ela tem 53%, contra 47% de Aécio, ou
seja, uma vantagem de seis pontos, acima da margem de erro, que é de
dois pontos.
No Datafolha, Dilma marcou 52%
contra 48% de Aécio, o que configura empate técnico no limite da margem
de erro. Por esse mesmo critério, os dois candidatos poderiam estar com
50% ou Dilma com 54% e Aécio com 46%.
Na pesquisa Vox Populi, Dilma tem 53,4% contra 46,5% de Aécio Neves.
Leia, abaixo, reportagem anterior da Agência Brasil sobreo Datafolha:
Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo
Pesquisa Datafolha divulgada hoje
(25) mostra a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, com 52% das
intenções de votos, e Aécio Neves, do PSDB, com 48%, considerando os
votos válidos (excluindo-se os brancos, nulos e indecisos).
Como o levantamento tem margem de
erro de dois pontos percentuais, os dois candidatos estão empatados
tecnicamente no limite da margem de erro, segundo o Datafolha. Na pesquisa anterior, divulgada na última quinta-feira (23), Dilma tinha 53% e Aécio, 47% dos votos válidos.
Considerando os votos totais, Dilma
tem 47% das intenções de voto (eram 48% na pesquisa anterior) e Aécio
tem 43% (tinha 42%). Votos brancos e nulos somam 5%. Além disso, 5% dos
eleitores não sabem ou não responderam.
Contratada pelo jornal Folha de S.Paulo e pela TV Globo,
a pesquisa Datafolha ouviu 19.318 eleitores ontem (24) e hoje (25) em
400 municípios brasileiros. O nível de confiança do levantamento é 95%. A
pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o
número BR-01210/2014.
Leia, ainda, reportagem da Agência Brasil sobre o Ibope:
Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo
A um dia do segundo turno, pesquisa
Ibope divulgada hoje (25) mostra a candidata do PT à reeleição, Dilma
Rousseff, com 53% das intenções de votos, e Aécio Neves, do PSDB, com
47%, considerando os votos válidos (excluindo-se os brancos, nulos e
indecisos). A pesquisa tem margem de erro de dois pontos.
No levantamento anterior, feito na última quinta-feira (23), Dilma tinha 54% e Aécio, 46% dos votos válidos.
Considerando os votos totais, Dilma
tem 49% das intenções de voto e Aécio, 43%. Votos brancos e nulos somam
5%. Eleitores indecisos ou que não responderam somam 3%.
A pesquisa foi encomendada pelo jornal O Estado de S.Paulo e pela TV Globo.
O Ibope ouviu 3.010 eleitores nos dias 24 e 25 de outubro em 206
municípios. O nível de confiança é 95%. O levantamento foi registrado no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01195/2014.
Pesquisas mostram que crime eleitoral de Veja fracassou
"As pesquisas Datafolha, Ibope e Vox Populi deste
sábado mostram que, além de o crime eleitoral de Veja não ter
funcionado, a revista ainda terá que arcar com o custo judicial – e,
consequentemente, financeiro – desse repugnante crime eleitoral", diz
Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania; capas da revista (isso mesmo,
só as capas) foram distribuídas pela campanha de Aécio Neves como
santinho eleitoral.
Por Eduardo Guimarães
As pesquisas Datafolha, Ibope e Vox
Populi deste sábado mostram que, além de o crime eleitoral de Veja não
ter funcionado, a revista ainda terá que arcar com o custo judicial – e,
consequentemente, financeiro – desse repugnante crime eleitoral.
A vantagem de Dilma sobre Aécio se
ampliou, o que sugere que o ataque rasteiro de Veja teve efeito
diametralmente oposto ao esperado pela revista e pelo PSDB. A vantagem
de Dilma na eleição de amanhã poderá ser maior do que a que ela teve em
2010.
Como dizem, o crime não compensa.
Fonte:Blog da Cidadania
Como prevenir um crime eleitoral que será cometido logo mais no Jornal Nacional
Hoje à noite,sábado 25.10.2014, exatamente às 20 horas, será cometido um crime de
imprensa e um atentado à democracia. O Jornal Nacional dará entre 5 a 10
minutos de reportagem sobre uma informação falsa veiculada pela revista
Veja.
O que fazer?
O primeiro passo é entender que a Constituição (e a democracia) não
admitem censura prévia. Mas não havendo a censura prévia tem que se
prever consequências, como forma de inibir o crime.
No Brasil, não existe a censura prévia nem as consequências. É isso que explica o estupro permanente da verdade.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite o direito de resposta.
Ocorre que um direito de resposta convencional só poderia ser exercido
na segunda-feira, quando as eleições já ocorreram.
Os advogados do PT deveriam ir agora ao TSE e solicitar uma medida cautelar com direito de resposta. Seria assim:
Um porta-voz de Dilma ficaria disponível no estúdio da Globo, aguardando o Jornal Nacional.
Saindo a reportagem sobre o factoide da Veja, lhe seria assegurado o mesmo tempo para apresentar a sua versão.
Não se trata de uma saída jurídica convencional, mas tem todos os elementos de justiça para ser aceita pelo TSE.
APESAR DO JOGO SUJO, DO TERRORISMO DA ABRIL, DILMA DISPARA À FRENTE COM 9 PONTOS DE VANTAGEM APÓS O DEBATE
Aécio acerta tiro no pé |
No Blog do Rovai
O debate da Globo tem características diferentes dos de outras TVs e
portais. Ele conta com a presença dos chamados indecisos. Esses
eleitores fazem perguntas mais programáticas, mas ao mesmo tempo quebram
um pouco o ritmo do enfrentamento entre os candidatos. Até por isso, o
debate da Globo foi menos eletrizante que os anteriores. E isso
favoreceu a presidenta Dilma.
O primeiro bloco foi o mais quente. Como já era esperado, Aécio Neves foi pra cima de Dilma usando a capa da Veja logo de cara. Dilma se saiu de forma tranquila, mas muito firme. Disse que vai processar a revista e deixou meio claro que se tratava de uma tentativa de golpe eleitoral.
Nos outros blocos, o ritmo de ataques diminuiu. E o debate ficou mais tranquilo e programático. De qualquer forma, ainda houve tempo para Aécio trazer à baila o mensalão e perguntar a Dilma o que ela achava do fato de Zé Dirceu estar preso.
E deu tempo também de Dilma perguntar se houve falta de planejamento no caso da falta de água de São Paulo, já que no Nordeste também não chove , mas não falta água. E aí veio a melhor tirada da noite. Dilma citou o humorista José Simão e disse que do jeito que a coisa estava indo os tucanos iam lançar o plano Meu Banho, Minha Vida.
Não houve grandes vencedores no debate desta noite. Mas eu diria que Dilma pode até ter ganhado por pontos.E que como já estava em vantagem, esse resultado foi excelente para ela
Hoje, em várias cidades brasileiras a militância petista foi às ruas de vermelho e criou um clima de vitória. Quando essa onda se forma é muito difícil revertê-la. Se Aécio começou com pequena vantagem no segundo turno, Dilma passa pelo debate da Globo como a grande favorita.
É claro que numa eleição dessas é de alto risco fazer previsões, mas este blogueiro cravaria todas suas parcas economias na vitória de Dilma no domingo.
Dilma deve ser reeleita presidenta da República, ganhando de toda a mídia, do PSDB, de Marina, da família Campos, de parte do PMDB e de toda a direita truculenta.
Não é pouca coisa.
Dilma deve ganhar de todos eles e com o apoio do PSoL e de quase todos os movimentos sociais brasileiros sérios.
Também não é pouca coisa.
O primeiro bloco foi o mais quente. Como já era esperado, Aécio Neves foi pra cima de Dilma usando a capa da Veja logo de cara. Dilma se saiu de forma tranquila, mas muito firme. Disse que vai processar a revista e deixou meio claro que se tratava de uma tentativa de golpe eleitoral.
Nos outros blocos, o ritmo de ataques diminuiu. E o debate ficou mais tranquilo e programático. De qualquer forma, ainda houve tempo para Aécio trazer à baila o mensalão e perguntar a Dilma o que ela achava do fato de Zé Dirceu estar preso.
E deu tempo também de Dilma perguntar se houve falta de planejamento no caso da falta de água de São Paulo, já que no Nordeste também não chove , mas não falta água. E aí veio a melhor tirada da noite. Dilma citou o humorista José Simão e disse que do jeito que a coisa estava indo os tucanos iam lançar o plano Meu Banho, Minha Vida.
Não houve grandes vencedores no debate desta noite. Mas eu diria que Dilma pode até ter ganhado por pontos.E que como já estava em vantagem, esse resultado foi excelente para ela
Hoje, em várias cidades brasileiras a militância petista foi às ruas de vermelho e criou um clima de vitória. Quando essa onda se forma é muito difícil revertê-la. Se Aécio começou com pequena vantagem no segundo turno, Dilma passa pelo debate da Globo como a grande favorita.
É claro que numa eleição dessas é de alto risco fazer previsões, mas este blogueiro cravaria todas suas parcas economias na vitória de Dilma no domingo.
Dilma deve ser reeleita presidenta da República, ganhando de toda a mídia, do PSDB, de Marina, da família Campos, de parte do PMDB e de toda a direita truculenta.
Não é pouca coisa.
Dilma deve ganhar de todos eles e com o apoio do PSoL e de quase todos os movimentos sociais brasileiros sérios.
Também não é pouca coisa.
Dois projetos antagônicos