quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Brasil: apesar do PIG vomitar diariamente mentiras, desemprego é o menor da história em 2014: 4,8%


 O desemprego brasileiro caiu a 4,3 por cento em dezembro, ante 4,8 por cento em novembro, e igualou a mínima histórica registrada no mesmo mês de 2013, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
Com isso, o desemprego encerrou 2014 com taxa média de 4,8 por cento, também a menor da série, contra uma taxa média de 5,4 por cento em 2013.
Pesquisa da Reuters apontava expectativa para a taxa de desemprego de 4,6 por cento em dezembro, segundo a mediana de 26 projeções, que foram de 3,85 a 5,20 por cento.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)


Confira abaixo o texto publicado pelo IBGE com os dados da pesquisa:
Em dezembro, taxa de desocupação fica em 4,3% e fecha 2014 com média de 4,8%
Em dezembro de 2014, a taxa de desocupação foi estimada em 4,3%, repetindo o percentual de dezembro de 2013 e mantendo o menor nível de toda a série histórica da PME. Em novembro de 2014, a taxa fora de 4,8%. Já a taxa de desocupação média de janeiro a dezembro de 2014 foi estimada em 4,8% (a menor da série), contra 5,4% em 2013. Em relação a 2003 (12,4%), a redução chegou a 7,5 pontos percentuais.
Em 2014, a média anual da população desocupada foi estimada em e 1,176 milhão de pessoas desocupadas, contingente 54,9% menor que o de 2003 (2,608 milhões) e 10,8% abaixo da média de 2013 (1,318 milhão). Em dezembro de 2014, a população desocupada nas seis regiões pesquisadas (1,051 milhão) recuou 11,8% em relação a novembro (1,192 milhão) e 0,9% contra dezembro de 2013 (1,061 milhão).

A média anual da população ocupada nas seis regiões pesquisadas em 2014 foi estimada em 23,087 milhões de pessoas, recuando 0,1% em relação a 2013, quando este contingente era de 23,116 milhões. Em dezembro de 2014, a população ocupada nas seis regiões pesquisadas chegou a 23,224 milhões, recuando 0,7% em relação a novembro e ficando estatisticamente estável (0,5%) frente a dezembro de 2013.
O percentual médio de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado em relação à população ocupada passou de 50,3% (11,6 milhões) em 2013, para 50,8% (11,7 milhões) em 2014. Em 2003 essa proporção era de 39,7% (7,3 milhões). Em 12 anos esse contingente cresceu 59,6% (ou mais 4,4 milhões). Em dezembro de 2014, havia 11,807 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, apresentando estabilidade no mês e no ano.
Em 2014, a média anual do rendimento habitual real da população ocupada (R$ 2.104,16) cresceu 2,7% em relação a 2013 (R$ 2.049,35). Em relação a 2003 (R$1.581,31), houve um ganho de 33,1% (ou cerca de R$ 522,85). De 2003 a 2014, o rendimento habitual real nos serviços domésticos teve o maior aumento (69,9%) entre os grupamentos de atividade pesquisados pela PME. Em dezembro de 2014, o rendimento médio habitual dos ocupados era R$ 2.122.10. Houve queda de 1,8% em relação a novembro (R$ 2.161,93) e alta de 1,6% contra dezembro de 2013 (R$ 2.089,57).
 
A média anual da massa de rendimento real mensal habitual em 2014 (R$ 49,3 bilhões) cresceu 3,0% em relação a 2013 e 66,0% contra 2003. Em dezembro de 2014, a massa de rendimento real habitual (R$ 50.015 milhões) caiu 2,4% em relação a novembro (R$ 51.243 milhões) e subiu 1,4% em relação a dezembro de 2013 (R$ 49.307 milhões). Já a massa de rendimento efetivo (R$ 55.180 milhões) cresceu 7,2% em relação a outubro (R$ 51.467 milhões) e cresceu 5,5% contra novembro de 2013 (R$ 52.297 milhões).
A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Sua publicação completa está disponível aqui. A publicação da Retrospectiva do Mercado de Trabalho 2003-2014 está aqui.


Rio de Janeiro mostra maior redução na população desocupada
O maior percentual de redução na população desocupada de 2014 em relação a 2013 foi na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (-23,4%), com São Paulo (-16,5%) e Belo Horizonte (-12,5%) a seguir. Nas Regiões Metropolitanas de Salvador (14,8%), Porto Alegre (8,7%) e Recife (1,8%), por outro lado, a população desocupada cresceu entre 2013 e 2014.
Nível de ocupação das mulheres ainda é menor, porém cresce mais que o dos homens
O nível da ocupação, proporção entre a População Ocupada e a População em Idade Ativa (dez anos ou mais de idade), alcançou 53,3%. Frente a 2003 (50,0%) houve alta de 3,2 pontos percentuais. O nível de ocupação das mulheres (45,4%) continuou inferior ao dos homens (62,6%), mas, em relação a 2003, seu aumento foi superior ao dos homens. Em relação a 2003, aumentou o nível da ocupação dos jovens de 18 a 24 anos (de 53,8% para 57,2%) e da população de cor preta ou parda (de 48,5% para 53,0%).
Serviços domésticos e construção têm os maiores ganhos no rendimento

Em todos os grupamentos de atividade houve ganhos no poder de compra do rendimento do trabalho. Os grupamentos com os maiores aumentos percentuais foram aqueles com os menores rendimentos. De 2013 a 2014, os ganhos de rendimento dos grupamentos foram: construção, 6,7%; serviços domésticos, 4,5%; comércio, 4,2%; educação, saúde e administração pública, 2,7%; outros serviços, 1,9%; indústria, 1,3% e serviços prestados às empresas, 0,6%.
Nos serviços domésticos, de 2003 a 2014, houve o maior aumento entre os grupamentos, 69,9%. Ainda em relação a 2003, outro destaque foi a construção, composto em sua maioria por pedreiros, com ganho de 58,7%.
Em 2014, o rendimento médio real domiciliar per capita (R$1.425,63) aumentou 2,4% em relação a 2013 e 49,6% comparado a 2003.
Rendimento dos pretos e pardos equivale a 58,0% dos rendimentos dos brancos
A pesquisa apontou disparidades entre os rendimentos de homens e mulheres e, também, entre brancos e pretos ou pardos. Em 2014, em média, as mulheres ganhavam em torno de 74,2% do rendimento recebido pelos homens - uma expansão de 0,6 ponto percentual frente a 2013 (73,6%). A menor proporção foi registrada em 2003, 70,8%.
O rendimento dos trabalhadores de cor preta ou parda, de 2003 para 2014, cresceu 56,3%, enquanto o rendimento dos trabalhadores de cor branca cresceu 30,4%. Mas a Pesquisa registrou também, que os trabalhadores de cor preta ou parda ganhavam, em média, em 2014, 58,0% do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca. Em 2013, esta razão era 57,4%. Destaca-se que, em 2003, não chegava à metade (48,4%).
Rendimento no Rio de Janeiro mostra o maior crescimento
Entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas, o rendimento médio real habitual da população ocupada no Rio de Janeiro teve a maior expansão (6,4%), com Recife (4,1%) a seguir.
Em relação a 2003, quatro regiões apresentaram variações maiores que a verificada no total das seis regiões metropolitanas (33,1%): Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, com taxas de 36,6%; 39,8%; 43,5% e 49,3%, respectivamente. As menores variações foram em São Paulo (23,9%) e Salvador (27,5%). Embora São Paulo tenha crescido menos do que a média das regiões pesquisadas, seu patamar é o segundo mais alto (R$ 2.192,43), logo atrás do Rio de Janeiro (R$ 2.346,50).

De 2013 para 2014, o rendimento aumentou em quase todas as formas de inserção: empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (1,7%), os militares e funcionários públicos estatutários (2,6%), trabalhadores por conta própria (3,8%) e empregadores (7,1%). Já os empregados sem carteira no setor privado registraram queda real de 1,7%.
Cresce a presença de pessoas com 50 anos ou mais no mercado de trabalho
De 2013 para 2014, a proporção de pessoas com 50 anos ou mais de idade na população em idade ativa aumentou de 32,3%, para 34,1%. Neste período, a presença de pessoas com 50 anos ou mais de idade no mercado de trabalho passou de 23,6%, para 24,7%. Em 2003, este grupo representava 16,7% da população ocupada.
Escolaridade de população ocupada continua crescendo
De 2013 para 2014, a escolaridade da população com 10 anos ou mais de idade aumentou. A proporção de pessoas com 11 anos ou mais de estudo cresceu 1,4 ponto percentual (de 48,5% para 49,9%). Em relação a 2003, quando este percentual era 34,3%, a expansão foi de 15,5 pontos percentuais em 12 anos.
Entre os trabalhadores, o avanço da população com 11 anos ou mais de estudo foi ainda maior, passando de 46,7% em 2003 para 65,4 % em 2014, crescimento de 18,7 pontos percentuais. Aumentou também a proporção de trabalhadores com ensino superior completo: em 2003 eles representavam 13,8% e, em 2014, 21,3%.
No ano, participação feminina no mercado de trabalho ficou estável
A participação das mulheres na população ocupada praticamente não se alterou, passando de 46,0% em 2013 para 46,1% em 2014. Ressalta-se que no confronto 2003 (43,0%), houve elevação significativa da participação delas no mercado de trabalho.
Em 2014, as pessoas ocupadas tinham uma jornada média semanal de 40,1 horas efetivamente trabalhadas, contra 41,3 horas em 2003. As regiões metropolitanas de São Paulo (40,6) e Rio de Janeiro (40,8) apresentaram jornadas superiores à média das seis regiões.
De 2013 para 2014, os grupamentos de atividade que mais aumentaram sua participação na população ocupada foram Serviços prestados às empresas (de 16,2% para 16,4%) e Outros Serviços (de 18,0% para 18,5%).
Resultados de dezembro de 2013: taxa de desocupação cai para 4,3%
A taxa de desocupação em dezembro de 2014 foi estimada em 4,3% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas, atingindo pelo segundo ano consecutivo o menor valor da série histórica da pesquisa (mesmo valor em dezembro de 2013). Frente a novembro último a taxa diminuiu 0,5 ponto percentual.
Regionalmente, na análise mensal, a taxa de desocupação sofreu redução em quatro das seis regiões analisadas: em Salvador caiu 1,5 ponto percentual (passou de 9,6% para 8,1%); em Recife caiu 1,3 ponto percentual (passou de 6,8% para 5,5%); em Belo Horizonte caiu 0,8 ponto percentual (passou de 3,7% para 2,9%); em Porto Alegre caiu 0,6 ponto percentual (passou de 4,2% para 3,6%) e nas demais regiões não variou. Em relação a dezembro de 2013, a taxa só apresentou variação estatisticamente significativa na região metropolitana de Porto Alegre, onde aumentou 1,0 ponto percentual, passando de 2,6% para 3,6%.
O contingente de desocupados, em dezembro de 2014 (1,1 milhão de pessoas no conjunto das seis regiões investigadas) recuou 11,8% em comparação com novembro (menos 141 mil pessoas). Na comparação com dezembro de 2013, apresentou estabilidade. Na análise regional, o contingente de desocupados, em comparação com novembro, caiu em Belo Horizonte (22,1%), em Recife (20,2%), em Salvador (16,8%) e em Porto Alegre (15,0%), ficando estável nas demais regiões. No confronto com dezembro de 2013, a desocupação aumentou 44,2% em Porto Alegre e caiu 17,7% em Belo Horizonte. Nas demais regiões não apresentou variação estatisticamente significativa.
O contingente de pessoas ocupadas em dezembro de 2014 (23,2 milhões para o conjunto das seis regiões) recuou 0,7% em relação ao mês de novembro. Frente a dezembro de 2013, esse contingente não apresentou variação. Regionalmente, a análise mensal mostrou que essa população manteve-se estável em todas as regiões, exceto no Rio de Janeiro, onde apresentou queda de 1,3%. Na comparação com dezembro de 2013, Salvador e Porto Alegre, registraram alta (3,8% e 2,8%, nesta ordem), Belo Horizonte, retração (2,6%) e nas demais regiões pesquisadas o quadro foi de estabilidade.
Para os grupamentos de atividade, no conjunto das seis regiões, de novembro para dezembro de 2014, houve quedas na Indústria e na Construção (ambas de 3,9%) e alta nos Serviços Domésticos (4,0%). Em relação a dezembro de 2013, houve retração na Construção (5,1%) e elevação em Outros serviços (3,4%).
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado, em dezembro de 2014, foi estimado em 11,8 milhões no conjunto das seis regiões pesquisadas. Este resultado não assinalou variação frente a novembro último e quando comparado com dezembro de 2013 também se mostrou estável.
 
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado, para o conjunto das seis regiões pesquisadas, no mês de dezembro de 2014, em R$ 2.122,10. Este resultado ficou 1,8% abaixo do registrado em novembro (2.161,93) e 1,6% acima do assinalado em dezembro do ano passado (R$ 2.089,57). Regionalmente, em relação a novembro passado, o rendimento apresentou retração em São Paulo (3,4%), Belo Horizonte (2,2%), Recife (1,8%) e Rio de Janeiro (1,0%). Cresceu em Salvador (2,3%) e em Porto Alegre (1,6%). Frente a dezembro de 2013, o rendimento apresentou resultado positivo em Salvador (9,7%), Porto Alegre (6,1%), Rio de Janeiro (2,6%) e Recife (1,0%); declinou 1,2% em Belo Horizonte e ficou estável em São Paulo.
A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 50,0 bilhões em dezembro de 2014, registrou queda de 2,4% em relação a novembro último. Na comparação anual esta estimativa cresceu 1,4%.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Além do que se pode ver. Fidel: “Não confio nos EUA”



"Não confio na política dos Estados Unidos, nem troquei uma palavra com eles. Isso não significa - longe disso - uma rejeição a uma solução pacífica dos conflitos", disse o líder cubano Fidel Castro, de 88 anos, afastado do poder desde 2006, em uma carta dirigida à Federação Estudantil Universitária; ele rompe, assim, o silêncio de mais de um mês sobre a histórica aproximação anunciada por seu irmão e sucessor Raúl Castro e pelo presidente Barack Obama. 

AFP - O líder cubano Fidel Castro disse nesta segunda-feira (26) que não confia nos EUA e que não 
conversou com Washington, rompendo, assim, o silêncio de mais de um mês sobre a histórica 
aproximação anunciada por seu irmão e sucessor Raúl Castro e pelo presidente Barack Obama.
"Não confio na política dos Estados Unidos, nem troquei uma palavra com eles. Isso não significa - 
longe disso - uma rejeição a uma solução pacífica dos conflitos", disse Fidel, de 88 anos, afastado do 
poder desde 2006, em uma carta dirigida à Federação Estudantil Universitária.
Com a data de hoje (27), a carta foi lida pelo presidente da Federação, Randy Perdomo, esta segunda à 
noite na televisão cubana.
O pai da Revolução Cubana não criticou o acordo anunciado por Raúl e Obama em 17 de dezembro 
passado, por meio do qual ambos pretendem normalizar as relações bilaterais. O acontecimento foi 
saudado em todo o mundo.
 

"O presidente de Cuba deu os passos pertinentes de acordo com suas prerrogativas e com as 
faculdades que a Assembleia Nacional e o Partido Comunista de Cuba concedem a ele", escreveu 
Fidel Castro.
"Defenderemos sempre a cooperação e a amizade com todos os povos do mundo e, entre eles, os 
dos nossos adversários políticos. É o que estamos reivindicando para todos", completou Fidel 
Castro, o grande ausente no histórico processo de aproximação entre ambos os países, após meio 
século de inimizade.
No longo texto, Fidel fala dos mais diversos tópicos, indo da Grécia Antiga à incursão militar cubana 
na África, nas décadas de 1970 e 1980, e encerra com seus comentários sobre a reaproximação com os 
Estados Unidos.
O silêncio de Fidel voltou a alimentar rumores sobre sua saúde e sobre sua morte no início do mês, até 
que o ex-jogador de futebol argentino Diego Maradona, seu amigo pessoal e que estava de visita em 
Havana, anunciou há duas semanas ter recebido uma carta do líder cubano.
A última aparição pública de Fidel foi em 8 de janeiro de 2014, quando assistiu à inauguração de uma 
galeria do artista cubano Alexis Leyva "Kcho", também seu amigo.

Para a Grécia é melhor que Tsipras seja um novo Lula ou um novo Chávez?

Parecidos, mas diferentes
por : Paulo Nogueira
Tsipras
Boa a reflexão de um jornalista do Financial Times sobre Tsipras, o novo premiê grego.
Ele vai ser um novo Lula ou um novo Chávez?
Ou, em outras palavras: vai contemporizar, como Lula, ou vai para o enfrentamento, como Chávez?


Tenho para mim que, a rigor, Tsipras não terá alternativa. Caso queira de fato mudar as coisas, terá que 
ser Chávez e não Lula.
Você não faz revolução sem fazer revolução, disse Robespierre.
Lula optou por uma espécie de caminho do meio, e isso resultou na manutenção da maior parte das 
mamatas e privilégios de um pequeno grupo.
Por que ele não foi mais combativo é uma questão que só ele mesmo poderia responder.
Uma hipótese que faz sentido é que Lula temia ser removido do poder como Collor caso afrontasse o 
poder de fato.
Não teria sido tão fácil, no entanto. Collor era um presidente sem base nenhuma. Lula chegou ao poder 
amparado em sindicatos fortes e em movimentos sociais como a UNE.
Um golpe poderia parar o país.
Uma leitura possível é que o “mercado” blefou e Lula e o PT caíram no blefe. O resultado é que o 
Brasil avançou socialmente, com Lula, menos do que deveria e poderia.
Chávez, talvez pela formação militar, não recusou o combate. A elite venezuelana consegue ser pior 
que a brasileira, e ele sabia que se tentasse negociar com ela acabaria neutralizado ou esmagado.
Tsipras, se repetir Lula, atenderá os interesses de quem não quer que as coisas mudem na Grécia.
Ele vai ter que ser Chávez, se quiser romper, de fato, com o passado recente de humilhações impostas 
a seu país.
É menos arriscado ser Chávez na Grécia do que na Venezuela. Os Estados Unidos estão mais 
distantes, a Grécia não produz petróleo e a plutocracia grega está longe de ter a índole descaradamente 
golpista da venezuelana.
Circulou nas mídias sociais, estes dias, uma foto em que Tsipras segura uma camiseta com a foto de 
Chávez.
É exatamente nele, Chávez, que Tsipras terá que se inspirar caso queira marcar um novo tempo para a 
Grécia.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Bandeira de Mello: "O maior inimigo do Brasil é a mídia brasileira"





Bandeira de Mello defende o aumento do nível cultural da população para se contrapor aos 
efeitos deletérios da imprensa
Lilian Milena

Jornal GGN - Ele é considerado um dos expoentes do Direito Administrativo no Brasil, é a quinta geração envolvida com o mundo jurídico na sua família, começou como professor da Faculdade de Direito da PUC, onde mais tarde se tornou vice-reitor acadêmico. Aos 78 anos acumula os títulos de professor honorário da Faculdade de Direito da Universidade de Mendoza, na Argentina; da Faculdade de Direito do Colégio Mayor de Rosário, em Bogotá (Colômbia), membro correspondente da Associação Argentina de Direito Administrativo, membro honorário do Instituto de Derecho Administrativo da Faculdade de Direito da Universidade do Uruguai, professor extraordinário da Universidade Notarial Argentina e membro titular de seu Instituto de Derecho Administrativo e professor titular visitante da Universidade de Belgrano - Faculdade de Direito e Ciências Sociais, também da Argentina.
Estamos falando de Celso Antônio Bandeira de Mello, que em entrevista concedida ao jornalista Luis Nassif, no programa Brasilianas.org (TV Brasil) reconheceu a necessidade de uma reforma no poder judiciário. Para ele, os ministros do Supremo Tribunal Federal deveriam ocupar o cargo por no máximo oito anos. Hoje, o cargo é vitalício.
“Uma ministra do Supremo [Tribunal Federal] me disse, não faz muito tempo: ‘tanto nos chamam de excelência que a gente acaba pensando que é mesmo’”. Segundo o professor, a ministra em questão se referia à necessidade de se estabelecer um limite para os mandatos no STF.
Ele ponderou que o conservadorismo ainda é um dos elementos que atrapalham o aprimoramento das relações entre o poder judiciário e o cidadão comum. E criticou severamente a imprensa brasileira. “Eu considero que o maior inimigo do Brasil, o mais perigoso inimigo do Brasil, é a mídia brasileira e do jeito que ela é”.
E explica: “Fala-se muito em liberdade de imprensa como sendo uma coisa importante por uma razão óbvia: onde é que nós recebemos informações sobre o Brasil e sobre o mundo? É pela mídia. Logo, se ela nos der uma informação truncada, orientada, encaminhada para valorar certas coisas e desvalorizar outras, o que nós brasileiros vamos ter dentro da cabeça?”. Bandeira de Mello defende o aumento do nível cultural da população para se contrapor aos efeitos deletérios da imprensa.
Durante o debate, o professor abordou a histórica polarização entre a Faculdade de Direito da USP "Largo de São Francisco" e a Faculdade de Direito da PUC; falou das suas principais influências e críticas em relação ao julgamento da Ação Penal 470.
“Estava tão indignado com a decisão do Supremo. Isso me fez pensar que, se eu vivesse de renda, fecharia meu escritório no dia seguinte, não admitiria reedição mais de livro nenhum meu, porque o direito acabou”, declarou.
Bandeira de Mello pontuou, ainda, que o direito administrativo brasileiro é, historicamente, autoritário quando deveria ser literalmente o oposto. “O direito administrativo nasceu exatamente [durante a constituição] do estado de direito, com o esforço para a contenção dos poderes do estado e valorização do cidadão”. E foi esse princípio que procurou, junto com Geraldo Ataliba, inspirar no curso de especialização de direito administrativo da PUC, realizado durante a ditadura militar. Ele conta que objetivo das aulas era o de questionar “todas as manobras que levavam o poder a querer se prevalecer sobre o cidadão”. O curso chamou a atenção dos órgãos de repressão, mas não chegou a ser fechado.
“Nesse período éramos alertados para ter cuidado, porque falávamos muita coisa. Mas eu tinha um realismo sutil de saber que eu não tinha importância suficiente para ser preso”, ironizou. Com o final da ditadura militar, se alastrou no Brasil um movimento para a construção de uma nova Constituição Federal. Como advogado, Bandeira de Mello colaborou com o PMDB. “Mas foi uma assessoria inútel. Os deputados não queriam ser assessorados, foi uma coisa figurativa”.
Ainda assim conseguiu emplacar o Artigo 37, que legisla sobre a administração pública no país. “Não está exatamente nos termos que eu encaminhei para ele”, se referindo ao então líder do PMDB no Senado Federal, Fernando Henrique Cardoso. Bandeira de Mello ressalta que, décadas mais tarde, já como presidente, FHC “fez o possível e o impossível para tentar mutilar a constituição”, dizendo-se ingênuo por um dia ter admirado o ex-presidente.

BRASIL TEM UM JUDICIÁRIO ESCÂNDALOSA E ESCANCARADAMENTE BIZARRO!



Por: Fernando Brito

É inacreditável a alegria pelo “bom negócio” feito pelo doleiro Alberto Youssef, segundo as declarações de seu advogado tucano hoje na Folha.

 

 O crime compensa. E com aval do Judiciário brasileiro.

Já havíamos ficado sabendo que o acordo de delação restringe a pena de Youssef a três anos em regime aberto. E que ele vai conservar parte do patrimônio adquirido com o seu papel de “lavador” das roubalheiras de Paulo Roberto Costa.
Agora, graças aos repórteres Mario Cesar Carvalho e Gabriela Terenzi, ficamos sabendo que ele vai ganhar “comissão” sobre o dinheiro roubado, num valor que pode chegar a R$ 10 milhões, uma quantia impensável para nós, mortais comuns e honestos, mesmo depois de uma longa vida de trabalho duro.
O advogado Figueiredo Basto comemora: diz ele que a ” delação premiada” contém a noção de que o criminoso “vai ganhar algum prêmio no final do processo”.
O prêmio, claro, na visão dele, deve ir além de uma pena menor.
É em dinheiro, mesmo.
No caso, em dinheiro público surrupiado nas negociatas.
Imagine: você rouba um banco, é preso. Aí, negocia entregar seus cúmplices. E também os não-cúmplices que, do jeito que são a Justiça e a mídia brasileira, passam a ter de “provar” que não roubaram.
A polícia vai atrás do dinheiro e você, depois de um pequeno castigo, recebe uma mala de dinheiro – os tais R$ 10 milhões – e é mandado embora, com um “muito obrigado”….
No caso de Youssef, com o agravante de que já negociou um acordo de delação e continuou a roubar, nas barbas do juiz Sérgio Moro, porque Youssef prometeu a ele que, depois de operar criminosamente dinheiro do Banestado, do Governo do Paraná, iria parar de roubar. Não parou.
Note-se, também, a cara-dura do Ministério Público de dispor do dinheiro que vier a ser recuperado para o pagamento de comissões ao ladrão.
Quem sabe o MP não resolve estender a “promoção” para seus demais delatores. Vai ser uma festa. Todo mundo saindo livre e ainda com uma “mala” de dinheiro bem lavado.
Se o acordo com Youssef for assim, é difícil crer que se queira “restaurar a moralidade”.
Não se pode fazer isso com a imoralidade desta corrupção legalizada e referendada pelo Judiciário, como a que se propõe para o doleiro ladrão.

sábado, 24 de janeiro de 2015

UFPA - VESTIBULAR 2015 LISTÃO DOS APROVADOS

 
O listão de aprovados no vestibular 2015 da Universidade Federal do Pará ( UFPA) foi divulgado neste sábado (24) e está disponível abaixo aqui no Mviva!
Aqueles quem passaram, parabéns!, comemorem!. Os que não conseguiram, lembrem-se, até Deus fez o mundo em sete dias. A luta continua, um dia não derrota o sonho de uma vida inteira. Você vai chegar lá!.

Fonte: O GLOBO

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Preso na Lava Jato expõe falência da política

: 247 – Em sua defesa no processo da operação Lava Jato, o executivo Gerson de Mello Almada, vice-presidente da construtora Engevix, relacionou o esquema de desvios e suborno de agentes públicos do esquema de Alberto Youssef ao sistema de financiamento privado dos partidos.
Na petição assinada pelo advogado, Antonio Sergio de Moraes Pitombo, o empresário diz que sofreu “achaques”, do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, e de outros administradores da petroleira, "em nome de partido, ou em nome de governo".
A declaração expõe falência da política e a urgência em se acabar as doações privadas nas campanhas.
Leia trechos em questão da petição, disponível abaixo na íntegra:
“A denúncia não pode ser recebida, pois não conta a verdade, fim precípuo do processo penal. Vale registrar alguns fatos notórios, outros emergentes dos próprios autos do inquérito policial, que desapareceram da acusação: faz mais de doze anos que um partido político passou a ocupar o poder no Brasil. No plano de manutenção desse partido no governo, tornou-se necessário compor com políticos de outros partidos, o que significou distribuir cargos na Administração Pública, em especial, em empresas públicas e em sociedades de economia mista.
O pragmatismo nas relações políticas chegou, no entanto, a tal dimensão que o apoio no Congresso Nacional passou a depender da distribuição de recursos a parlamentares. O custo alto das campanhas eleitorais levou, também, à arrecadação desenfreada de dinheiro para as
tesourarias dos partidos políticos.
Nessa combinação de interesses escusos, surgem personagens como PAULO ROBERTO COSTA, que, sabidamente, passou a exigir percentuais de todos os empresários que atendiam a companhia. Leia-se, exigir. O que ele fazia era ameaçar, um a um, aos empresários, com o poder econômico da PETROBRÁS. Prometia causar prejuízos no curso de contratos.”

FALTA DE ENERGIA E FALTA DE VERGONHA



Não dá para falar no perigo da falta de energia sem debater quem fez campanha permanente 
contra hidroelétricas

por Paulo Moreira Leite

É inacreditável. Os cortes de energia ocorridos nos últimos dias têm sido usados por economistas e 
observadores ligados à oposição para sua revanche diante dos benefícios obtidos pela população mais 
pobre nos últimos anos e tentar desgastar o governo.
O argumento é sentimental: dizer que ocorreu uma grande ampliação do consumo, em particular de 
eletro-domésticos, mas lamentar em tom lacrimoso que não houve um aumento correspondente na 
oferta de energia.
O truque é esconder o que ocorreu com nossa oferta de energia — e quem é responsável pelo que 
acontece agora. Não estamos falando de um episódio que aconteceu ontem ou na semana passada nem 
há dois anos, mas de uma política de décadas.
Qualquer que seja a causa real para os cortes de energia dos últimos dias, a verdade é que o país estaria 
em situação muito mais segura e confortável se não tivesse sido obrigado a enfrentar — e ceder — 
diante de pressões poderosas, ocupadas em atrasar os principais investimentos no setor, com 
argumentos razoáveis, absurdos ou apenas estúpidos mas que, na prática, apenas contribuíram para 
enfraquecer o desenvolvimento do país. O governo Lula-Dilma encontrou o dinheiro, fez o projeto, 
definiu como seria feito — mas foi impedido de seguir em frente, por campanhas políticas, de 
marketing, ou através da judicialização do debate.
Segunda maior hidroelétrica do país, a terceira maior do mundo, Belo Monte é um projeto de três 
décadas, que sofre um massacre sistemático e agressivo, inclusive campanhas internacionais com 
estrelas de Hollywood, onde se multiplicaram ações na Justiça e repentinas preocupações com o bem-
estar dos trabalhadores dos canteiros de obras apenas para justificar o apoio a todo tipo de paralisação. 
Poderia estar pronta, contribuindo para acender lâmpadas no país inteiro, mas só vai entrar em 
funcionamento no ano que vem. Irá produzir menos da metade de seu potencial porque a pressão 
ecológica levou a uma reforma do projeto para agradar entidades ambientais.
Contra a usina de Madeira se insurgiram os amigos de um tipo especial de bagres que se reproduzem 
pelo rio — e poderiam ser ameaçados pelas turbinas.
Faça sua lista e não esqueça de incluir as usinas nucleares que, de uma forma ou de outra, asseguram 
energia para a maioria das sociedades desenvolvidas, inclusive aquelas que financiam milionárias 
entidades ecológicas abaixo da linha do Equador. Não pense em teorias da conspiração.
É disputa de interesses, pura e simplesmente, tão antiga como a história do capitalismo. Falando na 
forma de caricatura, apenas para tornar as questões mais claras: houve uma época na qual as potências 
mundiais usavam a religião para submeter os povos da América e da Ásia com a ameaça do inferno 
cristão. Hoje, a ameaça de destruição da Terra serve como argumento ideológico para manter tudo 
como está — e azar de quem ainda não possui aquilo que necessita e tem direito.
É claro que Marina Silva tem explicações a dar nesse debate, vamos combinar. Suas responsabilidades 
são óbvias, ainda mais como candidata presidencial, que se apresenta como porta-voz da natureza 
ameaçada. Emprestou um prestígio adquirido na luta popular para causas que nada têm a ver com a 
melhoria no bem-estar das maiorias. Ajudou a dividir a resistência brasileira para defender o direito ao 
desenvolvimento. Mas não só.
Esse discurso só tem ressonância porque expressa interesses muito maiores, que nada têm a ver com os 
brasileiros que lutam dia e noite por um destino melhor na floresta — mas às grandes forças que 
sempre governaram o mundo e trabalham diariamente para manter tudo como está. Não foi por acaso 
que o esforço do PSDB para ampliar nosso parque energético esteve perto da nulidade.
Não se trata de negar a importância de medidas preservacionistas. Elas podem e dever ser estimuladas. 
A questão é de prioridade: preservar a natureza ou o status quo? Para quem? Para beneficiar o que?
O debate é este.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

UM 2015 DE MALDADES: A MARCHA DA INSENSATEZ DO PIG COM EDUARDO CÚ-NHA


Luis Nassif


O ano não promete ser fácil.
Na política econômica, o pacote de maldades do Ministro da Fazenda Joaquim Levy impactará a atividade econômica e o emprego.O realinhamento de tarifas afetará os preços. Quando vier para valer, a falta de água em São Paulo, criará um clima insuportável. A Lava Jato manterá elevada a temperatura política e afetará a produção industrial e as obras de infraestrutura.
***
Por tudo isso, só pode se entender como marcha da insensatez o apoio incondicional dado pelos grupos de mídia à candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara. Para a mídia, Cunha tornou-se um novo sir Galahad, em substituição ao pio ex-senador Demóstenes Torres.
Por várias razões, é uma jogada de alto risco.
Do lado político, por ser um fator a mais de ingovernabilidade.
Do lado ético, por desnudar de forma implacável os chamados princípios morais da mídia.Veja aliou-se ao bicheiro Carlinhos Cachoeira; alçou o ex-senador Demóstenes Torres à condição de paladino da moral e dos bons costumes; blindou todas as estripulias do Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal); escondeu todos os malfeitos de José Serra.
Mas todos esses episódios foram cometidos nos bastidores.
***
Mas, Eduardo Cunha?! Cunha começou sua vida pública aliado de PC Farias, e foi processado como tal. Depois, assumiu um cargo na companhia habitacional do Rio, no governo Garotinho, e foi acusado de desvios. Teve envolvimento direto com uma quadrilha que fraudava ICMS em distribuidoras de gasolina.
Na Câmara, seu trabalho diuturno foi articular lobbies de grandes grupos. Nas últimas eleições, financiou a candidatura de dezenas de deputados, com recursos repassados por grupos econômicos 
com a finalidade única de fazer negócios.
Cunha é a definição impura e acabada do parlamentar negocista – aquele contra quem o moralismo da mídia deblatera dia e noite.
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E o que se pretende com esse apoio? Apenas o desgaste do governo. O governo Dilma não precisa de ajuda para se desgastar: sabe se desgastar sem a ajuda de ninguém.
No campo dos negócios, os grupos de mídia nada conseguirão, apenas piorar mais ainda o mercado 
publicitário.
O governo Dilma já mostrou que não retalia críticos com cortes de publicidade; mas também não cede 
a chantagens nem entra em negociatas.
Pode ser que pretendam, através do Congresso, barrar a entrada dos grandes competidores estrangeiros, aprovar leis que reduzam a obrigatoriedade de capital estrangeiro na mídia, conquistar outra anistia fiscal para suas dívidas.
Não conseguirão. De um lado, porque a Câmara não faz política econômica. De outro, porque acumularam tal quantidade de inimigos com o estilo metralhadora giratória que jamais conseguirão montar uma frente pró-mídia.
Frente anti-PT e anti-governo é simples de montar. Pró-mídia, ainda mais em uma fase de crise econômica, impossível.
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O que e conseguirá com o fator Eduardo Cunha será uma pitada a mais de desmoralização da mídia, mais insegurança econômica – revertendo em menos publicidade – e a confirmação de que jornais não foram feitos para pensar estrategicamente: eles sabem apenas “causar”.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Golpe de 'foice' moral no golpista cara-de-pau!. Vice do PT rebate Goldman: “protagonista do caos”

Gisele Federicce, 247 – O vice-presidente nacional do PT, deputado José Guimarães (PT-CE), rebateu nesta quarta-feira 21 o artigo publicado pelo ex-governador Alberto Goldman. No texto, o vice-presidente do PSDB volta a defender o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que chama de "transição democrática".
"Ele devia saber que a democracia brasileira é sólida e não vai permitir esses atalhos autoritários", respondeu o petista, em entrevista ao 247. Guimarães lamentou que de "defensor das liberdades" – o tucano lutou contra a ditadura militar e foi membro do Partido Comunista Brasileiro – Goldman tenha se tornado um crítico da democracia.
"É preciso primeiro saber se é opinião pessoal dele ou do PSDB. Para uma pessoa que, no passado, foi um defensor das liberdades e da democracia como ele foi, [a nova posição] é de uma leviandade e de um afastamento desse legado sem precedentes", comparou o dirigente petista.
Quanto à questão colocada por Goldman sobre como Dilma irá resistir a mais quatro anos no poder "em um quadro de superação difícil, se não impossível", o deputado do PT ressalta: "Bobagem. A Dilma está respaldada por 54 milhões de brasileiros, tem o mandato dado por brasileiros e brasileiras. Não é uma revista do PSDB que vai dizer se ela tem ou não moral".
"São vozes golpistas e vozes do além. Protagonistas do caos. Ganha-se eleição disputando ideias e programas. A sociedade recusou o programa neoliberal dele (Aécio Neves)", acrescentou Guimarães. "Não aceitaremos essa incursão autoritária desse dirigente", assegurou, em referência a Goldman.
Apagão
Sobre a ofensiva oposicionista na questão energética, que tem colocado em Dilma a responsabilidade pelo que chama de crise no setor, Guimarães afirmou que "não há crise nem de geração nem de transmissão de energia".
Ele lembrou que "o apagão do [governo] FHC foi por conta da falta de linha de transmissão. Não fizeram nenhum investimento", criticou. E disse que o PSDB "não é alternativa e muito menos tem autoridade para falar de apagão no governo Dilma".