Bahia 247 - O
deputado estadual baiano Marcelino Galo (PT) classificou como
"medíocre", "hipócrita" e "carregada de arrogância" a sugestão do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em postagem no Facebook na
segunda-feira (17), para que a presidente Dilma Rousseff renuncie ao
mandato ou admita o que ele considera erros.
"O ex-presidente não tem idoneidade para propor a renuncia da
presidenta Dilma. Ele foi submisso ao FMI (Fundo Monetário
Internacional), com sua política econômica desastrosa quebrou o Brasil
três vezes, aumentando significativamente a dívida pública, que em 2001
já equivalia a 54,5% do PIB, permitindo a recessão, aumentando os
impostos, perdendo o controle sobre a inflação e os juros que repercutiu
diretamente, na época, sobre os preços dos alimentos, do gás e dos
combustíveis. Quem não se lembra da cotação do dólar, em setembro de
2002, a R$ 3,76? O desemprego em seu governo cresceu 38% no Brasil e
nosso país na era tucana tinha 50 milhões de indigentes", lembrou Galo.
"O Estado brasileiro foi desmantelado por uma política de
lesa-pátria, com as privatizações criminosas das principais empresas
nacionais, estratégicas ao nosso desenvolvimento enquanto Nação,
vendidas a preço de banana. Quem não se lembra da série de apagões no
sistema elétrico ocorridos no governo FHC e da mesada paga a deputados
no Congresso Nacional que garantiu a aprovação da PEC da reeleição, que
lhe garantiu a disputa por mais um mandato em 1998? Seu governo sofria
com a baixa popularidade e porque ele não renunciou e foi embora do
Brasil?", questiona o deputado.
O petista rebate tese da oposição de que o governo ignora a corrupção
e destaca a "independência" das instituições que investigam
irregularidades, como Polícia Federal e Ministério Público da União.
"Nós não somos coniventes com a corrupção, prova maior disso é que as
instituições do Brasil funcionam plenamente, investigam e apuram sem
interferências políticas. O mesmo não podemos dizer do governo FHC, onde
a política do abafa e da blindagem imperava na República. O povo não
esquece que, em 2001, ele criou as amarras para impedir a instalação da
CPI da corrupção. Essa é a diferença crucial entre Dilma, mulher
honrada, honesta, de coragem, estadista e republicana; e FHC".
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